A Bolsa Família e o estado de bem estar inglês

Quando visitei Londres pela primeira vez, fiquei impressionada com a riqueza da cidade. Trafalgar Square com seus leões imponentes, a National Gallery e seu acervo de sonhos, o British Museum e suas múmias, deuses gregos e outros muitos tesouros arqueológicos. O tamanho destes prédios, que abrigam algumas das melhores coleções do mundo, o palácio da rainha, os parques, eu poderia escrever parágrafos e mais parágrafos sobre as maravilhas de Londres. Na minha cabeça eu só pensava: que povo rico! Mas a história não foi sempre assim. O Império Britânico sem dúvida era muito rico, mas o povo… O que se vê nas ruas das grandes cidades da Inglaterra hoje é bem diferente do que se via antes da segunda guerra, com grande parte da população vivendo em condições precárias, ainda sem ter o privilégio de sonhar com os benefícios, que a revolução industrial havia trazido para os mais ricos da sociedade.
 
O que mudou com o pós-guerra foi a ampliação dos direitos econômicos e sociais, com princípios baseados em igualdade de oportunidades e distribuição de riqueza. O programa se deu em duas frentes: a da saúde e educação e a dos benefícios sociais.
 
O Sistema Nacional de Saúde (NHS em inglês) foi criado em 1948 e é motivo de orgulho dos britânicos. É óbvio que existem problemas com o sistema de saúde daqui. Volta e meia surgem escândalos de maus-tratos e má administração em hospitais públicos. Ainda assim, a maioria vê o NHS como uma instituição que define um modo de vida. Os comentários sobre a saúde nos Estados Unidos, onde quem não tem um plano de saúde está frito, vem sempre com um tom de desaprovação e pena.
 
Na Inglaterra existem as ‘Public Schools’ que eu achava que eram escolas públicas, mas são as particulares. Isso porque antigamente só existiam as escolas de igrejas, depois surgiram outras abertas ao público, que podia pagar. Daí o termo ‘public’.Mais tarde vieram as ‘state schools’, o que nós chamamos de escolas públicas. Como excelência é uma coisa que não existe, uma vez que sempre se pode melhorar, os jornais aqui reclamam que o resultado dos estudantes britânicos em testes internacionais como o PISA fica atrás de muitos outros países. Não sou nenhuma especialista no sistema educacional britânico, mas posso contar a minha experiência. Há anos trabalho como voluntária na escola da minha filha, ajudando a promover a leitura. Até hoje quando chego lá fico deslumbrada com a qualidade do ensino e com a disponibilidade de recursos didáticos. Num rasgo de autopiedade, fico com pena da menina que eu fui, quando comparo a minha escola particular em Belo Horizonte com a escola pública da minha filha. Educação aqui é coisa séria, que pode fazer ou derrubar um político.
 
Quem fica em casa cuidando de um membro da família doente (com algum tipo de necessidade especial) recebe um salário do governo. Até os 18 anos, tratamento dentário e medicamentos são de graça, benefício também dado às gestantes. Aliás, os medicamentos são subsidiados para todos, o bolsa remédio. O preço máximo de um medicamento é £7.85 (cerca de 30 reais). Se o remédio custa menos, o paciente paga o valor do remédio. Se custar mais, o governo paga a diferença. O médico escreve a receita e o paciente retira o medicamento em qualquer farmácia. Se o paciente não tem como ir sozinho até o hospital para um tratamento, o hospital tem que resolver o problema de transporte. Se não fala inglês direito, o hospital (e os tribunais também) tem que fornecer um intérprete. Os velhinhos recebem uma ‘bolsa quentinha’ todos os dias em casa (meals on wheels), a preços subsidiados, se eles têm como pagar. Se não, vai de graça mesmo. Eles têm também ‘bolsa energia’ – o ‘gas benefit’, uma ajuda de custo para pagar as contas de gás e eletricidade. O ‘bolsa tv’ é para eles não pagarem o imposto para ver televisão ( TV Licence). Aqui tem que se pagar para ver televisão, mesmo os canais abertos. O ‘bolsa transporte público’ é subsidiado para estudantes e idosos. Depois de dar a luz, a mãe e o bebê recebem várias visitas dos agentes de saúde, até eles acharem que a família não precisa de mais de ajuda. Cabe ao Estado fornecer moradia digna para seus cidadãos, uma espécie de ‘bolsa moradia’. Se não tem uma casa ou apartamento disponível, o sem teto vai para um hotel, pago pelo governo. Tem também o ‘child benefit’ (bolsa família), o seguro por doença ou invalidez e o seguro desemprego, só para lembrar alguns. 
 
Todos esses benefícios custam dinheiro e são bancados com o que é arrecadado pelos impostos. O imposto de renda varia entre 20 e 45%, dependendo da faixa salarial ou de ganhos. Se contar com a contribuição do National Insurance, (previdência) o imposto pode chegar a 54% dos vencimentos.Tem também o Council Tax (tipo um IPTU), o VAT, que é o ICMS inglês ( cigarro e bebidas recebem uma sobretaxa). Não é barato, tem gente reclama que o dinheiro não é sempre bem gasto e que existem pessoas que tiram proveito do sistema. Mesmo assim nunca vi ninguém chamando esses benefícios de bolsa esmola ou dizendo que tem que se ensinar a pescar e não dar o peixe.
 
Volta e meia aparece nos jornais alguém que burlou o sistema. Os jornais sensacionalistas adoram essas histórias, que apesar de exibirem um absurdo, são exceções. Nestas matérias frequentemente se vê um sujeito jogando golfe, ou futebol, mesmo estando afastado do trabalho por problemas na coluna. Aliás, problema de coluna é um clássico dos que exploram o sistema. Não que muitos não sejam genuínos, mas provar ou negar que alguém tem dor nas costas é difícil. 
 
Morar no centro de Londres é caríssimo. Entretanto o Westminster Council ,uma espécie de administração regional de Westminster, paga aluguéis altíssimos para que algumas famílias de baixa renda possam morar num dos bairros mais ricos do planeta. Os críticos do sistema dizem que não é justo eles bancarem (através de impostos) para que outros morem em áreas onde eles nem podem sonhar em poder pagar. Os defensores da ideia dizem que não se pode retirar essas famílias de lá, onde elas formaram laços sócio afetivos, não seria justo. Eles vão ainda mais longe: se os pobres forem tirados da região, Londres vai viver um ‘apartheid’ social. Um lugar onde só vivem os ricos e os pobres são segregados, levando assim os princípios de igualdade e oportunidades por água abaixo.
 
Ah, os britânicos e seus princípios. Logo que me mudei para Inglaterra, quando os ânimos pós 11 de setembro ainda estavam exaltados, se discutia muito a obrigatoriedade de um documento de identidade. Aqui ninguém é obrigado a ter e muito menos portar o RG. Eu, que nasci e cresci num país onde não se deve sair de casa sem a carteira de identidade, achei que eles estavam fazendo muito barulho por nada. O que é que tem andar com um documento no bolso? Foi então que eu li um artigo que nunca mais me esqueci. Dizia que se você colocar um sapo na água fervendo, antes que você perceber, ele já terá pulado fora. Mas, se você colocar o sapo numa panela com água tépida e ligar o fogo, quando ele se der conta, ele já terá virado sopa. Com os direitos sociais adquiridos é a mesma coisa: um dia é uma carteira de identidade, outro dia o sigilo bancário quebrado. Um dia se tira os pobres do centro de Londres, no outro, os princípios que regem o programa de bem-estar social perdem o sentido e o sistema entra em colapso.
 
Conversando com um jornalista amigo que mora em Paris, ele disse que gostaria que o filho tivesse mais contato com a família no Brasil e que a gente perde muito morando no exterior. Ele completou: mas eu não trocaria a educação humanista que meu filho recebe aqui na França por nada. Concordo em gênero, número e grau com ele. Uma educação humanista pressupõe que o indivíduo aprenda a considerar e valorizar o bem comum mais amplo e não só a sua necessidade pessoal e imediata. O ‘bolsa família’ inglês, como o ‘bolsa família’ brasileiro, precisa passar por ajustes. Pode ser mais eficiente e mais justo. Mas se você me perguntar qualquer dia da semana, eu vou dizer que muito melhor com ele do que sem ele.
há 4 minutos · Enviado da Web
 
 
Luis Nassif

34 Comentários

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  1. Enquanto o bolsa família no

    Enquanto o bolsa família no Brasil é motivo de escândalo.

    Cidadania é um conceito que ainda não nasceu por aqui.

     

    1. Bem estar

      Assis,

      Tudo em paz?

      Quando elogio o SUS, o único no mundo ao alcance de mais de 120 milhões, as pessoas habituadas ao JN se espantam, e quando elogio o Bolsa Família a irritação aparece na hora.

      Os vira-latas se irritam quando comparo o $$$ anual do Bolsa Família prá mais de 30 milhões de  pessoas com o $$ anual do pagamento de juros prá uns 30 ou 40 mil rentistas, só não dizem o motivo da irritação. São os fatos.

      Um abraço

          1. rsrsrsr

            Os dois.

            Cabeça enterrada para não ver os problemas brasileiros

            Fundilhos levantados para ser atochado pelo mercadismo internacional.

            O traje também é emblemático.

      1. Não existem muitos RENTISTAS

        Não existem muitos RENTISTAS da divida publica. Os titulos federais estão no ativo dos bancos, fundos de pensão e tesouraria de empresas. Pessoas fisicas ricas costumam aplicar em outros ativos, não titulos publicos, a não ser temprariamente.

  2. uma perguntinha básica:

    pergunta básica:   ela quer voltar a morar no Brasil??? Melhor ainda: ela quer voltar a morar em Belo Horizonte????…parece que faltou essa informação importante, para complementar a idéia!

    1. Segurança

      wiilma,

      É bem possível que a autora prefira ficar por lá, onde o nível de segurança (detalhe importantíssimo prá qualquer um) é muitas vezes melhor que o de grandes cidades daqui, com SP e RJ a exibir este magnífico festival de grades, todo mundo enjaulado. Isto deve ser surrealista prá qualquer um que more há muito tempo no exterior. 

    2. uma perguntinha basica

      Nao quer,sabe porque,classe media nao faz trabalho voluntario,a nao ser com holofote ligado,quem é voluntario aqui sao os pobres que nem sabem do que se trata,na escola ,reuniao de pais comparece aluno dos bem sucedidos.Se voce exigir de um aluno fazer um “trabalho braçal” basico,como lavar uma xicara,voce vai parar na diretoria porque ameaçam até linchamento e ainda jogam na cara,pago caro para a “educaçao” de meu filho nao fazer isso.Âdoro pessoas que gostam de “viver” fotografia de cartao postal.Haja fantasia.O Brasil tem 5500municipios,a qualidade de vida em 500 e tanto é superior ao primeiro mundo,a imundicie normalmente sao as capitais e medias cidades.

  3. A maior bolsa de dinheiro no

    A maior bolsa de dinheiro no Brasil é o bolsa juros pago para banqueiros e alguns poucos rentista que possuem títulos da dívida pública brasileira. No ano de 2014 será pago  1 trilhão de reais (1.000.000.000.000 reais) em juros, amortizações e refinanciamento da dívida. Auditoria cidadã nesta dívida. Cumpram a constituição federal.        Esta dívida já foi paga.

    exemplo: dívida municipal de São Paulo no ano 2000 era cerca de 11 bilhões de reais . Até o ano de 2013 foram pagos 27 bilhões em juros, amortização e refinanciamento. Conclusão é que o município ainda deve 53 bilhões de reais. Isso não tem fundamento. O município não deve mais nada.

    Nos outros municípios e estados e no governo federal ocorre o mesmo. Não a esta dívida eterna. Entrem no site auditoria cidadã e leiam mais sobre o assunto.

    http://www.auditoriacidada.org.br 

    1. A unica despesa da divida

      A unica despesa da divida publica são os juros. Amortização não é despesa, é pagamento da divida. O sistema de contabilidade orçamentaria do Brasil coloca juros e amortização na mesma rubrica mas em ciencia economica são coisas completamente diferentes, da mesma forma que o dinheiro recebido quando se vende titulos do Tesouro não é receita, é aumento da divida, na contabilidade publica brasileira é colocado como receita, o que é uma aberração.

  4. Entre dois mundos.

    O “Brasil do ódio”: grita, esbraveja, xinga, ofende, acusa (sem provas) e tem a mídia a seu lado. Seu alvo: o governo e todos os “petralhas”.

    O “Brasil do povo”: escuta calado, ouve  e pensa, não xinga, agradece, “concorda” com o outro ( muitas vezes seu patrão), enfim se “submete”.

    Qual a diferença entre eles: o voto, este instrumento nefasto que o “Brasil do ódio” abomina.

    O “Brasil do ódio” são 5%. O “Brasil do povo” são 60%.

    Mas e os outros 35%? É o “Brasil PMDB”.

     

  5. Seguridade Social

    Ivanisa Teitelroit Martins

    mestre em planejamento e política social pela London School of Economics and Political Science, assessora especial da Presidência da República, funcionária de carreira do Ministério do Planejamento, colaboradora na constituição dos princípios, normas e implementação da seguridade social no Brasil desde a Assembléia Nacional Constituinte

    28 fev 2008/0 Comentários /Por  

    Seguridade Social, um patrimônio nacional

    No Brasil, a partir do Fórum Nacional de Previdência Social, foram lançadas as bases do plano nacional de seguridade social. As reuniões do Fórum foram realizadas entre março e outubro de 2007. Extremamente representativo, congregando todas as centrais sindicais, as confederações patronais e os diversos setores do governo, os debates no Fórum representaram a perspectiva de um novo patamar para a adoção do modelo nacional de seguridade social.

    Um plano nacional de seguridade social abrangente deve estar integrado a outras medidas de proteção social e adequar-se a outras políticas de modo a expandir a cobertura e garantir que os recursos sejam redistribuídos aos grupos de mais baixa renda. Muitos sistemas de seguridade social em países em desenvolvimento não são efetivos porque foram copiados de outros países, sem os devidos arranjos nacionais. Mas este não é ou não deveria ter sido o caso da seguridade social brasileira.

    A Constituição de 1988, no capítulo da ordem social, foi explícita sobre os princípios que devem reger um plano de seguridade social.
    Estes princípios foram formulados de modo a desenvolver um novo modelo nacional de seguridade social. Porém, sua materialização foi sendo adiada durante 20 anos. Ao invés de trilharmos o caminho da expansão da cobertura e da inclusão de trabalhadores urbanos, rurais e sem vínculo formal, as reformas do sistema promoveram a redução da base contributiva e da cobertura e, por conseqüência, a redução do valor dos benefícios.

    Os argumentos que sustentaram as reformas do sistema previdenciário se basearam nos ciclos econômicos, no mercado de trabalho e no perfil demográfico da população, fatores históricos que determinam a necessidade de mudanças. A prática se justificou pelo argumento da sustentabilidade fiscal e, sem dúvida, foi fortalecida pela adoção da política de ajuste fiscal, em anos anteriores.

    No entanto, os princípios constitucionais não foram alterados, o que permitiu seu resgate no Fórum Nacional de Previdência Social. São princípios de natureza redistributiva, no que se refere à concessão de benefícios e, principalmente, no que se refere à concepção da base de financiamento – contribuição de natureza social que deliberadamente se distingue do financiamento por tributação, que é de ordem fiscal. Portanto, ao alterar a lógica fiscal pela lógica da contribuição social, altera-se a lógica do sistema como um todo, e se garantem direitos associados ao exercício do trabalho protegido pela cobertura dos riscos inerentes de desemprego, doença, acidente, velhice e morte. A base de financiamento foi composta de diversas fontes, com flexibilidade suficiente para manter um sistema de contribuição equânime, privilegiando a igualdade progressiva de benefícios entre trabalhadores urbanos e rurais, a partir da perspectiva inclusiva e de caráter redistributivo.

    Até hoje, os benefícios destinados aos trabalhadores rurais são considerados assistenciais, pois ainda prevalece o raciocínio de que deve haver uma fonte específica para cada tipo de benefício. E o resultado é que não conseguimos incluir socialmente trabalhadores rurais. Sem falar que 67% dos benefícios previdenciários são de até um salário mínimo.

    O Fórum Nacional de Previdência Social trouxe uma grande novidade. Restabeleceu princípios e procurou articular os programas de transferência de renda às políticas de seguridade social. O Programa Bolsa Família vem sendo elogiado internacionalmente, e seus parâmetros têm servido de modelo para outros países, inclusive para aqueles do chamado campo do desenvolvimento. O impacto efetivo do maior programa de transferência de renda lançou as atenções também para os benefícios de prestação continuada aos idosos e às pessoas com deficiência que, também, têm impacto sobre a redução da desigualdade social e sobre a reativação da economia dos pequenos municípios.

    Ainda há aqueles que se referem ao conceito de seguridade social como próprio das políticas sociais do pós-guerra, o Welfare State. Mas os debates no Fórum defenderam o modelo proposto há 20 anos que foi formulado pelos especialistas brasileiros. Somente a partir de 2001, os países europeus passam a debater um modelo semelhante denominado de Workfare State. Há contradições internas com o modelo em debate, mas sua base de pensamento é o trabalho e não somente o equilíbrio financeiro.

    O resgate do modelo nacional de seguridade social só foi possível porque a prática governamental possibilita o diálogo social que privilegia o trabalho e a inclusão social e produtiva. A seguridade social é uma das políticas públicas que compõem o conjunto. Associada ao crescimento econômico, à política universal de educação, ao crescimento da produção e do emprego formalizado, finalmente o sistema de seguridade social se desenvolverá em condições inquestionavelmente sustentáveis.

    Ivanisa Teitelroit Martins é mestre em planejamento e política social

    (artigo publicado no Jornal do Brasil em 18 de fevereiro de 2008)

     

        

     

    1. E… pasmem!!! o governo esqueceu de mim

      Fui parar no subsolo do Palácio do Planalto sem uma mesa e um computador mesmo tendo sido caluniada em cinco colunas por Diogo Mainardi que as publicou na íntegra no livro “Lula é minha Anta”. Não consegui advogado para minha causa nem amparo jurídico-institucional tanto da Casa Civil como do MInistério do Planejamento.

      1. Poder mal utilizado

        Ivanisa,

        Ao menos tens um consolo, pois duro mesmo seria ter sido elogiada pelo pilantra fujão.

        Noves fora a brincadeira, este é o retrato do bloco de situação, sempre covarde. Diversos ministros (que não tinham nadica de nada que os desabonassem)  também ficaram sozinhos.  

        1. somos os bambus de Gushiken…

          comentários de um grande escritório de advogados que atendeu o Banco Opportunity: “eles riam e riam e diziam estamos balançando a árvore, o japa vai acabar caindo.” E outro advogado que atendia a Telecom Italia: “eles arrancavam páginas do contrato e diziam nós assinamos contratos “com sangue”. “

  6. É…de fato tenho que

    É…de fato tenho que concordar que infelizmente a segurança no UK é bem melhor. Mas com relação a educação, mesmo essa sendo melhor que a nosa, o que venho percebendo aqui é que a formação intelectual não se sobrepõem aos estudantes brasileiros, por exemplo. O nível de ignorância em temas considerados básicos é de fato o mesmo, independente da nacionalidade.

  7. “são de graça” . Não existe

    “são de graça” . Não existe “de graça” ainda tem gente que acredita nesta fábula em pleno 2014.

    A questão a ser resolvida é como promover a igualdade sem redução das liberdades.

     

     

  8. a tv gambá é filial da raposa?

    Enquanto isso, aqui no Brasil, uma âncora (sem trocadilho) esperta, pois ela conhece a limitada capacidade de informação de seus telespectadores, rasga o verbo, com dedinhos estendidos e voz esganiçada, fazendo analogias com os EUA onde não tem o “bolsa vagabundo”, sem lembrar, é claro, que eles gastaram $76,4 bilhões em 2013, para alimentar 47,6 milhões de americanos via benefícios do SNAP.

    1. Não existe bolsa familia do

      Não existe bolsa familia do tipo centralizado brasileiro mas os Estados e cidades tem amplos programas de assistencia a pobres e miseraveis, como food stamps e beneficios para pessoas idosas e mães solteiras, isso existe desde muito tempo, alem de programas federais como Medicare e Medicaid.

  9. welfare state so pra eles

    Ué, eduarda!

    mas a margareth thatcher nao ´éra inglesa, brit, uma lady?

    Entao o que ela ENSINOU e fez questao de divulgar ao mundo (chile, brasil, argentina de menem, mexico, bolivia da epoca,honduras de hoje etc etc.) o neo lib de cartilha e tudo ERA SO PARA OS OUTROS, os trouxas cucarachas?

     

    1. Nada a ver. Thatcher

      Nada a ver. Thatcher privatizou as enormes empresas estatais inglesas mas não desmontou serviços de saude e a educação e nem pregou isso. O modelo bolsa familia foi proposto nos anos oitenta por MILTON FRIEDMAN, era uma de suas bandeiras e perfeitamente compativel com a economia de mercado.

      O alvo de Thatcher eram as estatais e os sindicatos.

  10. A Bolsa Família e o Estado

    Admirável essa matéria. Sou totalmente a favor do BOLSA FAMÍLIA no Brasil. A população de baixa renda não tem culpa de ter nascido em condições menos favoráveis que os das classes média e alta, costumo pensar ao ver um pedinte: “Poderia ser eu ou alguém da minha família nessa condição de vida miserável e sem esperança.” Os que são contra o BOLSA FAMÍLIA estão de barriga cheia, com a conta corrente no azul e morando em locais confortáveis e de forma decente. Os que são contra o BOLSA FAMÍLIA SÃO CONTRA OS ENSINAMENTOS CRISTÃOS, DÊ DE COMER A QUEM TEM FOME, DÊ DE BEBER A QUEM TEM SEDE.

  11. faz tempo que não vou lá…

    Londres é minha segunda cidade, a primeira é Salvador onde nasci e vivi a maior parte de minha vida, morei lá um tempo e vivi bastante tudo de lá..sistema de saúde funciona, serviço social funciona, escola em tempo integral, sem lixo nas ruas, metrôs para todo canto etc etc etc..alguns reparos: preços caríssimos principalmente aulguel, gás,metrô e comida..segurança muito boa, mas eu que não saísse com meu passaporte no bolso, logo um bob (policial) me abordava muito educadamente, me revistava e pedia documentos..um dos meus amigos teve seu passaporte roubado em um supermercado e  se virou com a Embaixada do Brasil.. as notícias que tenho de uma amiga que mora lá é que com a crise os sem teto estão nas ruas..ah sim outras coisa: ela trabalha na área de saúde e no hospital a mão de obra (médicos) é de 47% de estrangeiros inclusive cubanos..

    lá é bom mas é ruim, aqui é ruim mas é bom

  12. DNA

    Moro em SP e já ouvi de de gente séria, sobre o bem estar europeu nas politicas sociais ,que lá funciona porque a genetica deles é melhor que a nossa !

  13. Um faminto pescando pode morrer afogado!
    universalizar e qualificar nosso sistma educacional
    universalizar e qualificar a prestação de serviço do SUS.
    Cem por cento de saneamento básico.diva do governo Lula
    Eliminaçao das moradias em áreas de risco.
    Frear a ocupação desordenada do solo urbano.
    frear a agressão ao meio ambietne e proteção dos
    mananciais híridricos das áreas rurais.
    As políuticas acima deveriam ser discutidas .mas o que está acontecendo
    Em plena pré campanha o é a oposição
    tentando entregar a Petrobrás aos leões.
    Eles querem privatizar , foram impedido pelos militares mas agora estam raivosos com a descoberta do pré-sal , dádiva do Governo Lula ao apoio dos Brasileiros que lhe confiaram a tarefa de resgatar a Petrobrás e ressuscitar a indústria naval.

  14. O sistema no Canadá é bem

    O sistema no Canadá é bem parecido, apesar dos cortes constantes, nos últimos quinze anos, nos três níveis de administração.

    Por isso, fico indignada quando ouço ou leio referências negativas ao bolsa-família. Todos os países desenvolvidos têm um sistema de benefícios sociais que não permitem a miséria e a pobreza extrema.

    Se bem que isso tem mudado numa velocidade muito grande.

    Enquanto em uma ponta esses benefícios vêm diminuindo substancialmente e o Estado encolhendo, na outra ponta o desemprego, a violência, formação de gangs, o tráfico e consumo de drogas, o número de pessoas vivendo nas ruas e em abrigos vêm aumentando na mesma proporção.

    A elite e a classe média que hoje reclama dos benefícios sociais não imaginam o que os espera. Por aqui muitos da classe média já estão lidando com o desemprego, débitos altos e diminuição dos salários. E olha que o Canadá é um país riquíssimo em recursos minerais e quintal dos Estados Unidos.

    É esperar para ver. Eu é que não sei se vou ter estômago para esperar as coisas piorarem e com temperaturas abaixo de 20 graus negativos….

     

  15. Concordo com tudo….e adoro

    Concordo com tudo….e adoro quando pessoas conseguem expressar o que sentem e o que pensam com tanta clareza e simplicidade. Parabens.

  16. Artigo irretócável! Obrigada

    Artigo irretócável! Obrigada pelo depoimento. A sociedade brasileira precisa aprender a não evocar razóes políticas em detrimento das questões sociais e humanitárias! Na inglaterra por exemplo, um formando em medicina é obrigado a prestar serviços no SUS de lá, durante dois anos após se formar. No Brasil, quando a presidenta Dilma Rousseff sugeriu algo semelhante, a classe médica manifestou uma indignação desumana e cruel. Isso tudo, apesar da Presidenta ter sugerido essa “contrapartida” somente para quem estudou nas universidades públicas! Temos muito o que refletir como sociedade!

  17. TV Inglesa

    gostaria de dizer que sim tem que pagar para ver TV na inglaterra mas esta taxa vai, na sua maioria, para a BBC que investe muito em programas educativos e tambem nao tem comerciais, e certamente os programas de natureza e ciencias da BBC sao realmente diferenciados, la é um prazer pagar a TV license. 

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