Decisão da Caixa pode afetar reforma da Previdência

Diretoria do banco decidiu suspender empréstimos para Estados e municípios, moeda de troca de Temer para aumentar pressão sobre parlamentares
 
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(Foto Agência Brasil)
 
Jornal GGN – Com apenas 5% de aprovação do seu governo e com mais de 70% dos brasileiros contrários a reforma a Previdência, segundo levantamentos do Datafolha, o presidente Michel Temer recorreu aos programas populares de televisão para defender seu legado e tentar conversar a população de que a Previdência sofre déficit e, portanto, a reforma é imprescindível à saúde das contas públicas. Entrevistas foram gravadas nos programas de Sílvio Santos, Ratino e Amaury Jr e começaram a ser exibidos neste final de semana.
 
Mas, segundo informações do Painel da Folha, mais um obstáculo se apresenta ao emedebista: a decisão da Caixa em suspender empréstimos para Estados e municípios, anunciada na sexta-feira (26). Até então estavam previstos R$ 16 bilhões para serem repassados em obras de saneamento e mobilidade. Com esse recurso em mãos, prefeitos e governadores poderiam, em favor do governo, pressionar parlamentares a votarem pela reforma. 
 
Na entrevista ao apresentador Amaury Jr. na Band, apresentada na madrugada deste sábado (27), Temer disse que a reforma da Previdência deve ser votada no próximo mês: “E tenho certeza que, em fevereiro, conseguiremos fazer a reforma da Previdência.” E negou que pretende concorrer a eleição em 2018, porque seu objetivo é “ser lembrado lá na frente como o sujeito que fez as reformas indispensáveis para o país.” 
Redação

1 Comentário

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  1. Na verdade
    O mercado deu dois golpes de mestre com a Caixa. Vps de mercado. E tirar a caixa de empréstimos para estados e municípios. Tirando o interesse político da caixa e a fomentação pelo governo com ela é o primeiro passo para privatiza-la.

    Agora o governo precisa ver o que vai fazer com loterias, programas sociais e habitação. Mas acredito que em 3 anos com tudo resolvido o banco estará pronto para ser privatizado.

    Sem correção de rumo em 2021 a Caixa será privatizada.

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