Aumentam os casos de morte por Ebola, mas alguns sinais encorajam

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
[email protected]

Jornal GGN – A Organização Mundial de Saúde (OMS) atualizou nesta terça-feira os dados relativos à evolução do surto de Ebola na África Ocidental e indicou que, até o momento, o vírus não se espalhou para qualquer outro país fora da Libéria, Nigéria, Guiné e Serra Leoa.

Até o momento foram contabilizados 2.240 casos confirmados, suspeitos e prováveis, e 1.229 pacientes morreram.

A OMS disse que há sinais alentadores no caso de Lagos, capital da Nigéria, onde se detectou em julho o primeiro paciente e onde a situação parecer ter-se acalmado, disse a agência.

Os 12 infectados confirmados nesta cidade são parte da mesma cadeia de transmissão, dos quais quatro faleceram. Além disso, nenhuma pessoa no mesmo avião em que viajou este primeiro paciente, contraiu a enfermidade.

A OMS detalhou que um dos infectados da Nigéria se recuperou totalmente, o que demonstra que a detecção precoce e os tratamentos de apoio aumentam as perspectivas de sobrevivência.

Por outro lado, indicou que na Guiné, onde o vírus foi detectado pela primeira vez em dezembro, a situação é menos alarmante que na Libéria e Serra Leoa.

A consciência pública sobre o Ebola é mais forte neste país que nos outros, e encontraram soluções inovadoras. Por exemplo, através da colaboração de líderes comunitários em 26 localidades que resistiam à ajuda externa.

No entanto, a OMS disse que o surto na Guiné não está sob controle já que a experiência demonstra que o progresso pode ser frágil, e apresentou um novo aumento de casos.

A Libéria é o país mais afetados nos últimos dias, com 53 das mortes ocorridas entre 14 e 16 de agosto. Ao todo, foram 466 mortes e 834 casos registrados.

A epidemia teve como origem a Guiné-Conacri, onde já foram contabilizados 543 casos e 394 mortes, sendo 14 neste período de 14 a 16 de agosto. Em Serra Leoa já somam-se 848 casos com 365 mortes, sendo 17 concentradas nestes 3 dias.

Na Nigéria, país mais populoso da África, onde a doença chegou por último, nenhuma morte foi registrada nos últimos dias, mas três novos casos ainda estão sob investigação. No total, foram contabilizados 15 casos e quatro mortes.

No dia 8 de agosto, a OMS decretou estado de emergência de saúde pública mundial contra a epidemia de febre hemorrágica e recomendou medidas de exceção nos países afetados.

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

1 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Malária

    Amigo do meu irmão é engenheiro a serviço da CVRD em Conakry, na Guiné.

    Bilde

    Ele trouxe, prá mim, duas esculturas em ébano (um leão e um guerreiro Maasai) há menos de dois anos.

    A sua funcionária particular, brasileira, foi infectada pela malária em Conakry e veio a óbito.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador