Cientistas portugueses criam medicamento que tem 96% de eficácia contra hepatite C

Jornal GGN – Testes feitos por cientistas portugueses em 16 pacientes durante três meses atestaram a eficácia de 96% de um novo medicamento contra hepatite C, livrando 13 deles da doença. Os experimentos foram conduzidos por representantes da Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia em um hospital de Lisboa. Além da elevada taxa de cura, o medicamento ainda mantém os pacientes livres dos efeitos colaterais dos tratamentos convencionais, como ansiedade, depressão, cansaço incapacitante e anemia.

A nova droga, em formato de comprimido, afirmam os pesquisadores, não é um complemento aos tratamentos convencionais, mas um substitutivo. Apesar de ainda estar sendo submetida a testes, o que pode levar com que o medicamento leve algum tempo até chegar ao mercado, a expectativa é que ele não tenha dificuldades de aprovação, uma vez a Europa está prestes a aprovar, no próximo ano, dois novos medicamentos – o Sofosbuvir e o Simeprevir – que têm substâncias com níveis de eficácia semelhantes aos do produto ensaiado em Lisboa.

A hepatite C é considerado um vírus “silencioso” por ser assintomático: pode não apresentar sintomas durante 20, 30 ou até 40 anos. A doença é geralmente contraída pela manipulação de agulhas, consumo de drogas injetáveis com partilha do material, sexo sem proteção ou tatuagens sem que o material tenha sido devidamente esterilizado. Uma vez no organismo, a hepatite C ataca o fígado dos pacientes o que, sem tratamento adequado, evolui para cirrose e pode até chegar a causar câncer de fígado.

O risco da doença evoluir para problemas como cirrose e câncer varia de 30 a 40% de chances a longo prazo. Há boas possibilidades de cura completa caso não haja agravamento para cirrose ou mesmo câncer, desde que tratada a tempo. Além dos problemas físicos, a hepatite carrega estigma social e pode levar à discriminação. Até 1992, transfusões de sangue eram de alto risco de contaminação. Até mesmo profissionais de saúde, no passado, contraíram a doença por conta de manipulação de agulhas e seringas.

Com informações do Sol.pt

Redação

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