
(Foto: Léo Ramos/Pesquisa FAPESP)
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Renato Lazzari
- 2017-08-03 17:00:25Gostaria de ver uma
Gostaria de ver uma entrevista com algum empresário ou dirigente de sindicato patronal que dissesse algo como:
- "Estamos bem. Temos tido lucro suficiente mesmo com a tributação, a que nos submetemos sem sonegar. Na verdade não dependemos do estado e fazemos questão de mantermo-nos afastados de assuntos públicos já que somos do setor privado. Não corrompemos o estado, não compramos voto de legislador nem fazemos lobby.
Mas voltando aos lucros, nossos preços se aproximam dos custos e é desse intervalo, suficiente, que apuramos nosso lucro. E da mesma forma que adotamos em relação ao estado, mantemo-nos afastados e independentes dos bancos. Assim como somos organização privada, também somos do ramo industrial, não financeiro. Nosso negócio é produzir (insira aqui o produto que quiser, por exemplo, medicamento, automóvel, brinquedo, chuveiro...) e buscamos, antes de qualquer outra coisa, excelência nos nossos produtos."
E para completar:
"Sim, se vier a reforma trabalhista, repassaremos integralmente tudo o que deixarmos de destinar ao estado aos nossos funcionários. Apesar de conhecermos o limite da pessoa comum em administrar suas finanças, de saber que essa pessoa tem, por conta da educação a que tem acesso, pouco recurso para se defender dos ataques publicitários à sua auto-estima, que procura restabelecer através do consumo, cremos que isso é o mínimo que podemos fazer. Mas o certo seria o estado, ao mesmo tempo que protegê-lo, ensiná-lo a administrar melhor seus recursos e a fugir das armadilhas do apelo comercial. Por fim, não; não contratamos terceirizados, nosso objetivo é o bem da pessoa humana, concreta, física, não da abstrata jurídica. É para ela que fazemos (medicamento, automóvel, brinquedo, chuveiro...).
Mas tinha que ser sincero porque discursos como esses usados apenas como propaganda e publicidade, ora... toda hora alguém os fazem. Propaganda e publicidade é o que não falta. Além, é claro, do eterno chororô, das famosas lágrimas de crocodilo, que chora ao se locupletar.
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Andre Araujo
- 2017-08-03 18:35:45Laboratorios como o Aché
Laboratorios como o Aché estão há decadas explodindo em lucros, com os dividendos pagos as tres familias fundadoras são hoje grandes investidoras no mercado imobiliario, outros laboratorios nacionais são fabricas de bilionarios, a Hypermarcas
cresceu triunfalmente com a compra de rotulos velhos e descartados por seus criadores, revigorou-os e ganhou com isso fabulas de lucros, é estrela da bolsa. O setor é dos mais prosperos da economia brasileira e não tem do que se queixar.
Não vejo crise no setor, o Aché recusou uma oferta de compra por R$11 bilhões, seus donos acham que vale bem mais.