Padilha diz que não indicou executivo e que Labogen nunca foi contratada


Foto: Juliana Granjeia – iG

Jornal GGN – O pré-candidato ao governo de São Paulo pelo PT, Alexandre Padilha, negou as acusações de que teria indicado um funcionário para o laboratório Labogen, quando ainda era ministro da Saúde.  “Mente quem diz que eu indiquei, mente quem diz que contratei os serviços da Labogen na minha gestão e mente quem estabelece envolvimento meu com doleiro. Quem usar meu nome em vão será interpelado pela Justiça. Desafio vocês jornalistas a encontrarem qualquer prova sobre o caso”, afirmou de forma contundente o ex-ministro em coletiva de imprensa no Hotel Pestana, na capital paulista.

Já na noite desta quinta-feira e na manhã de sexta, o nome de Alexandre Padilha foi citado em reportagens sobre escutas telefônicas interceptadas pela Polícia Federal envolvendo o doleiro preso Alberto Youssef e o deputado federal André Vargas (PT-PR). Nas conversas, Vargas diz à Youssef que falou com “Pad” sobre a marcação de uma agenda. Em seguida, cita o número de telefone de Marcus Cesar Moura e diz que “foi Padilha que indicou”.

O laboratório controlado por Alberto Youssef supostamente tentava obter contratos milionários com o Ministério da Saúde em 2013, o que não foi concretizado. Segundo Padilha, graças a alguns mecanismos, criados com ele no comando na Pasta, evitaram que qualquer contrato com a empresa fosse assinado. “Não existe parceria com empresa privada. Podem procurar no portal da transparência na minha gestão. Pode ter havido algum contrato firmado com a Labogen em outras gestões, não na minha”, ressaltou Padilha.

Segundo o ex-ministro, em dezembro do ano passado, o Laboratório da Marinha apresentou uma Proposta de Parceria (PDP) da qual constavam como parceiros privados do projeto os laboratórios EMS e o Labogen.  “Entre ter uma parceria e vir a ter qualquer tipo de contrato com o laboratório público da Marinha ainda aconteceriam. Só haveria contrato com o Laboratório da Marinha, provavelmente, em 2015, só depois que todas as medidas de fiscalização fossem tomadas”, disse Padilha.

Para ele, o Laboratório da Marinha só teria contrato com o Ministério da Saúde, depois de passar por uma série de filtros.  “O laboratório público é quem receberia os recursos do Ministério, nenhum real seria pago diretamente a qualquer laboratório privado, a Marinha que definiria os repasses para seus parceiros privados. Todos os laboratórios passariam por vistorias. O laboratório EMS teria o papel de fazer o fechamento do medicamento com a maior parte da tecnologia e o laboratório Labogen teria o papel de fornecer matéria-prima e era pra isso que teria sido feito a primeira avaliação. Pra ver se ele teria condição de fornecer matéria prima para a conclusão do medicamento”, comentou o ex-ministro.

Padilha ainda disse que dos cinco projetos apresentados pela Labogen ao ministério, quatro não passaram pelos filtros estabelecidos. “Apenas um projeto do qual a Labogen participa como fornecedora de matéria prima para o laboratório da Marinha que foi recebido pelo ministério da Saúde, mas que iria passar por uma série de filtros antes de firmar qualquer contrato”, disse.

Marcos Cesar Ferreira Moura

O pivô do envolvimento do nome de Alexandre Padilha nas denúncias é o executivo Marcus Cezar Ferreira Moura. Marcus trabalhou no Ministério da Saúde em 2011, no cargo de coordenador de promoção de eventos da assessoria de comunicação da Pasta e saiu em agosto do mesmo ano. Padilha admitiu que o conhecesse, mas negou que tivesse qualquer ligação com a indústria farmacêutica naquele período.

Ele foi indicado por funcionários do ministério da Saúde por ter relações com a prefeitura de Manaus. Não é um cargo que passaria pelo meu crivo, não é um cargo decisivo dentro do gabinete e ele trabalhou conosco pelo período de quatro meses, cuidando de eventos. Não era um cargo de ligação direta com o ministro, não despachava comigo nem com o secretário da pasta”, comentou o ex-ministro.

André Vargas

Sobre o deputado André Vargas, Padilha fez questão de lembrar que o próprio parlamentar desmentiu que Marcus Cezar tivesse sido indicado pelo então ministro da Saúde. “Se o André Vargas usou meu nome em vão, se as pessoas citadas usaram meu nome em vão, eu vou interpelar e esclarecer judicialmente isso”. Questionado se conversou com Vargas sobre a Labogen, o ex-ministro admitiu o contato, mas afirmou que apenas cumpriu sua obrigação na época de receber e encaminhar propostas de qualquer parlamentar.

Se qualquer um dos membros dessa parceria, que foi apresentada em dezembro de 2013, imaginou que teria um contrato com o Ministério da Saúde na minha gestão com os filtros que eu criei sem cumprir os passos estabelecidos, bateu na porta errada, porque desde 2012 os filtros criados teriam a capacidade de avaliar a capacidade e a condição desses laboratórios e cumprir a entrega desse produto importante para a saúde pública”, ressaltou o pré-candidato.

Por fim, o pré-candidato ao governo de SP, mandou um recado aos supostos lobistas que tinham a intenção de firmar contratos com o Ministério da Saúde. “Se alguém pensou que fazendo lobby conseguiria ultrapassar os filtros do Ministério da Saúde bateu na porta errada porque a nossa postura sempre foi de buscar a regularidade daquilo que nós estabelecemos de forma transparente”, concluiu Padilha, que segue em campanha com a sua Caravana Horizonte Paulista por todo o estado.

Redação

14 Comentários

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  1. Confio plenamente na honra e

    Confio plenamente na honra e na integridade do ex-ministro Padilha. Só consigo enxergar nessa denúncia um factóide pelo fato dele ser candidato ao governod de SP. Querem desmoralizá-lo, simples assim.

    1. Se alguém assaca inverdades

      Se alguém assaca inverdades contra você, você fica quieto e apenas grita que são inverdades ou vai prá justiça?

  2. Não estou mais aguentando a

    Não estou mais aguentando a covardia e a falta de carater do PT e do governo ,em aturar passivamente essa enxurrada de denuncias e factóides e ficar num canto acovardado e acuadoi.

    Basta Dilma,reaja enquanto é tempo. Caso contrário seremos engulidos nas próximas eleições.

    Basta PT ,sai das cordas e passe para o ataque.

    Que porcaria é essa área de comunicação do governo.

    Estou cada vez mais triste e decepcionado

    .

     

  3. Já critiquei e critico o governo, mas retranca não cola mais.

    Porque o domínio do fato condena Dirceu e não condena a Globo? Porque o PT não se defende e não ataca? Todos sabem que o PSDB não tem condições administrativas em campo macro de governar, SP não tem nem água. O Aécio, o Arminio, o Serra, o Eduardo satélite, ainda pensam o Brasil como colônia. Porém, o conteúdo votante pensa como a Globo, ou pensa como patriotas? Ficou claro que o PSDB e cia podem destruir o Brasil para ter o poder, porém não sabem nada do Brasil e de seu povo. Mas o governo não quer informar dessa ótica, quer informar no positivo já usado. O Estedile, não sei como se escreve, mas sei que é brasileiro e o MST é brasileiro, disse: A economia já deu o que tinha de dar. O mundo ruiu em crise e ainda está ruindo. Quem segue o estilo de estado dos EUA vai para lona, não há mais campo para guerra e sangue, mas querem o Pré-Sal e nós não temos como nos defendermos com o PSDB. O partido se ruiu e quer vingança e não governança, quer destruir o Brasil para seu êxito político e não social. Aécio deteriorou no seu próprio sentido, seguir FHC significa virar as costas para o Brasil. Aécio é moderno e tem o direito de candidatar-se, porém está fora de controle como o PSDB. A Petrobras foi um erro, Aécio vai reconhecer. Ela controla a inflação e ajuda o país. Destruir a petrobras por razões políticas é destruir o Brasil, Cada gota de petróleo entregue será  cada gota do sangue brasileiro.  A rede itatiaia não vale isso tudo.

  4. Como o Padilha vai se livrar

    Como o Padilha vai se livrar desse carimbo midiático? Vai prá justiça contra a Folha, Globo, Veja e Estadão ou vai ficar no mi mi mi?

  5. E o nosso Ministro da Justiça

    E o nosso Ministro da Justiça que deveria comandar uma PF que está sempre sublevada contra o PT, mas nunca contra os desmandos do PSDB e alimentando a mídia sempre com vazamentos a troco do que mesmo? Bola? Dinheiro?

    1. É mesmo!

      Sendo ilegal o vazamento de informações, se o Ministro agisse alguém responderia algum processo, pelo menos disciplinar, mas, parece que não acontece nada!

  6. O repetitivo Osvaldo, vc leu

    O repetitivo Osvaldo, vc leu o artigo? Ficou cego é fio?  Não ta escrito lá ele dizendo que vai a justiça contra quem esta usando o nome dele em vão? Caro chato amigo.

  7. Política  é uma coisa bem

    Política  é uma coisa bem mais simples.

    Em Osasco o petista filho-da-puta que é Prefeito colocou um palanque com aparelho de som no novo Parque que construiu próximo ao bairro onde eu moro. E deixa a molecada tocar funk lixo alto até 3 da madrugada todo sábado para desespero da vizinhança.

    Padilha é do mesmo partido que aquele cretino. Sou eleitor de Dilma, mas votarei em qualquer candidato que prometa me deixar dormir colocando fim na putaria instituída pelos petistas osasquenses.  Milhares de moradores do bairro provavelmente farão o mesmo.

    Alckimin nos deixou sem água.

    Queremos silêncio a noite e água de dia. Nem PT, nem PSDB são capazes de providenciar estas duas coisas simples na periferia de Osasco.

    Qual partido nos dará o que queremos (menos funk e mais água)?

    Se a Democracia não nos der silêncio a noite e água durante o dia, talvez a Ditadura faça isto!

  8. Política  é uma coisa bem

    Política  é uma coisa bem mais simples.

    Em Osasco o petista filho-da-puta que é Prefeito colocou um palanque com aparelho de som no novo Parque que construiu próximo ao bairro onde eu moro. E deixa a molecada tocar funk lixo alto até 3 da madrugada todo sábado para desespero da vizinhança.

    Padilha é do mesmo partido que aquele cretino. Sou eleitor de Dilma, mas votarei em qualquer candidato que prometa me deixar dormir colocando fim na putaria instituída pelos petistas osasquenses.  Milhares de moradores do bairro provavelmente farão o mesmo.

    Alckimin nos deixou sem água.

    Queremos silêncio a noite e água de dia. Nem PT, nem PSDB são capazes de providenciar estas duas coisas simples na periferia de Osasco.

    Qual partido nos dará o que queremos (menos funk e mais água)?

    Se a Democracia não nos der silêncio a noite e água durante o dia, talvez a Ditadura faça isto!

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