
Cientistas da Universidade Hebraica de Jerusalém, em Israel, e do Imperial College London, no Reino Unido, desenvolveram um teste sanguíneo que detecta a doença de Parkinson antes mesmo do aparecimento dos sintomas.
O teste consiste na identificação de fragmentos específicos da molécula ARB no sangue, cuja concentração em uma sequência repetitiva é comum aos pacientes da doença neurodegenerativa. Tal sequência provoca, ainda, o declínio do ARN mitocondrial, que se agrava de acordo com a progressão da doença.
Publicado na revista Nature Aging, o estudo demonstrou ainda que pacientes com Parkinson em estágio inicial apresentam níveis elevados de tipo de RNA chamado RGTTCRA-tRFs, enquanto os níveis de MT-tRFs estavam reduzidos.
Tais sintomas não são apresentados apenas pelos pacientes que já demonstraram sintomas, mas também por pessoas com predisposição genética para desenvolver a doença.
Além de representar um método simples, barato e eficaz para o diagnóstico da doença, o exame de sangue também pode ser útil para monitorar a eficácia dos tratamentos.
Se comprovada por outros testes, a nova metodologia representa um grande avanço para a medicina, tendo em vista que o grande desafio dos médicos é definir o diagnóstico de maneira precoce.
Quando o paciente apresenta problemas motores, que é um dos principais sintomas, já houve uma perda expressiva de células cerebrais responsáveis pela produção de dopamina, neurotransmissor relacionado ao controle dos movimentos.
Consequentemente, o atual tratamento de Parkinson se concentra apenas em aliviar os sintomas. Não há como retardar ou administrar o avanço da doença.
LEIA TAMBÉM:

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.