Presidente da Anvisa rebate Bolsonaro e defende vacinação para crianças

Antônio Barra Torres não só defendeu decisão, como afirmou que ela está entrelaçada com todos os 1,6 mil servidores da autarquia

Foto: Agência Senado

Jornal GGN – O diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), almirante Antônio Barra Torres, rebateu as críticas do presidente Jair Bolsonaro e defendeu a decisão que autoriza a aplicação da vacina da Pfizer em crianças de cinco a 11 anos.

“Se formos consultar todas as pessoas que ali contribuíram direta ou indiretamente, essa lista contaria por certo com mais de 1,6 mil nomes porque todas as nossas atividades estão entrelaçadas. Seguramente na letra A meu nome vai estar lá”, disse Barra Torres, segundo informações do portal G1.

A fala do diretor-presidente coincide com a manifestação da Univisa (Associação dos Servidores da Anvisa).

“Tendo como pano de fundo um discurso negacionista e anticientífico – antagônico à boa técnica e às boas práticas regulatórias – servidores públicos foram ameaçados pelo regular exercício do seu dever funcional. Algo extremamente incompatível com o regime democrático e que deveria inspirar a máxima atenção das autoridades competentes”, disse a entidade, em nota.

Barra Torres lembrou que a entidade já foi alvo de ameaças nos meses de outubro e novembro, com seus profissionais sendo perseguidos e sofrido ameaças de morte no período, o que também foi citado pelos servidores.

“Antes, mostra-se como ameaça de retaliação que, não encontrando meios institucionais para fazê-lo, vale-se da incitação ao cidadão, método abertamente fascista e cujos resultados podem ser trágicos e violentos, colocando em risco a vida e a integridade física de servidores da Agência”, afirma a Univisa.

A decisão da Anvisa foi alvo de críticas de Bolsonaro – horas depois da autorização, o presidente aproveitou sua live semanal para afirmar que pediu a divulgação dos nomes dos envolvidos na autorização.

Além disso, Bolsonaro mentiu ao afirmar que a vacina é experimental e afirmou que irá avaliar se sua filha de 11 anos será vacinada.

Redação

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