Surto de mpox na África preocupa OMS, que alerta possibilidade de risco global

Congo registrou 11 mil casos e 450 mortes até 20 de julho; diretor da OMS pede mais esforços para conter nova cepa, mais letal que as anteriores

Crédito: Dr Festus Mbrenga/ Instituto Pasteur de Bangui

A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta sobre o risco global de um novo surto de mpox na África, doença também conhecida como varíola dos macacos, devido ao surgimento de uma cepa mais letal. 

No último mês, diversos países africanos registraram casos. A Uganda, por exemplo, anunciou dois novos casos de mpox no último sábado (3). Investigações apontam que as infecções foram contraídas na República Democrática do Congo e, desde então, nove pessoas tiveram contato com os infectados. 

O Congo, aliás, apresentou este ano um surto expressivo de mpox: até 20 de julho, o país registrou 11 mil casos e 450 mortes. 

“À medida em que uma variante mais mortal da mpox se espalha por diversos países africanos, a OMS, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças da África, governos locais e parceiros intensificam suas respostas para interromper a transmissão da doença”, escreveu Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, em seu perfil na rede social X. 

O diretor-geral então avalia se deve convocar o Comitê de Emergência de Regulamentos Sanitários, a fim de receber orientações sobre se deve declarar a mpox uma emergência de saúde pública de interesse internacional.

Sintomas

A mpox é uma doença zoonótica viral. A transmissão para humanos pode ocorrer por meio do contato com animais silvestres infectados, pessoas infectadas pelo vírus e materiais contaminados.

Os pacientes, então, apresentam  lesões de pele que tendem a se concentrar no rosto, na palma da mão e nos pés, além de linfonodos inchados (ínguas), febre, dores no corpo, dor de cabeça, calafrio e fraqueza.

O período de incubação varia entre 3 e 16 dias, mas pode chegar a 21 dias. As erupções cutâneas aparecem entre um e três dias após o início da febre. Quando a pele do paciente estiver cicatrizada, o paciente deixa de transmitir o vírus. 

Em julho de 2022, a OMS decretou status de emergência devido ao surto de mpox em diversos países. Já em maio do ano seguinte, a doença deixou de ser um alerta de importância internacional. 

“Assim como com a covid-19, o fim da emergência não significa que o trabalho acabou. A mpox continua a apresentar desafios de saúde pública significantes que precisam de resposta robusta, proativa e sustentável”, declarou, à época, Tedros Adhanom.

Além de viajantes, o risco de contaminação é maior entre portadores do vírus HIV não tratado, segundo o diretor da OMS.

*Com informações da Agência Brasil.

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