PM de São Paulo quer fazer compra inédita de pistolas importadas

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Foto: Du Amorim/A2 

Jornal GGN – A Polícia Militar do Estado de São Paulo vai realizar uma licitação para adquirir 5 mil pistolas importadas de calibre .40, após vinte utilizando armas da fabricante nacional Taurus.

A PM conseguiu autorização do Exército para a importação de armamento e agora espera pela decisão da Procuradoria Geral do Estado.

De acordo com a Folha de S. Paulo, como a importação de pistolas é algo inédito na corporação, foi realizada uma audiência pública que a apresentou detalhes técnicos das armas que deverão ser adquiridas.

O governo de Geraldo Alckmin (PSDB) afirma que nove empresas demonstraram interesse em participar da licitação. A PM de São Paulo é a principal compradora de armas no Brasil, tendo gasto R$ 29 milhões nos últimos cinco anos.

Fabricante nacional

O Estatuto do Desarmamento não permite a aquisição de armas importadas quando existem similares nacionais. Entretanto, o Exército liberou a licitação internacional da PM porque a Taurus foi impedida de fechar novos contratos com a Polícia por dois anos.

O impedimento ocorreu no ano passado, depois que a empresa, uma das maiores fabricantes de armas leves do mundo, teve dificuldades em cumprir o fornecimento de 6 mil submetralhadoras. A companhia não teria conseguido resolver problemas técnicos do armamento.

Em 2013, um grupo de estudos do governo federal analisou as armas brasileiras após notícias de acidentes, e sugeriu a adoção de licitações internacionas, argumentando que o produto fabricado no Brasil estava em “patamares inadequados e inferiores às demandas operacionais”. Outras instituições, como a Polícia Federal, também estão procurando armas importadas.

Por meio de nota, a Taurus afirma que as notícias de falhas em seus produtos fazem parte de uma “campanha difamatória, movida por interesses comerciais e financeiros”. A companhia também alega que o Exército têm avaliado seu processo produtivo e que não encontrou falhas de projeto ou de fabricação.

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Redação

5 Comentários

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  1. Comentário.

    O interessante é que isto se dá num momento em que até o mundo mineral sabe como está a Polícia Civil de São Paulo.

    Há um investimento pesado em armas letais e os índices de resolução de casos pela Polícia Civil, no geral, é relativamente baixo.

    Tudo isso faz parte de um caldo político que permite com que seja utilizada a força de qualquer modo.

    Quanto mais se pisa “tem que investir em inteligência (nota, pra isso, precisa da valorização de forças policiais civis)”, mais se vê o contrário.

    Junte a isso a compra de blindados pelo governo golpista. http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/275110/%20Sem-licita%C3%A7%C3%A3o-Governo-Temer-vai-gastar-R$-63-bi-em-blindados-para-o-Ex%C3%A9rcito.htm.

    Bom, pra quem entrar numa discussão do tipo “fora polícia” e não levar em conta o recorte e o contexto… ah…

     

  2. R$ 1.602,00

       Foi quanto a PMMT pagou a Glock em 2016 por cada uma das 110 pistolas G17 adquiridas para o BOPE/PMMT,  tambem não é tão dificil assim como parece pela reportagem, que o exército libere aquisições de armas importadas por quaisquer dos entes federativos, basta solicitar, os casos de liberação são muitos desde 2010.

        O MJ/DPF é “cliente” da Glock e da Heckler-Koch faz tempo.

  3. O EUA nao da ponto sem nó

    Tendo como base as ultimas reportagem sobre as compras de armamentos temos as seguintes conclusão:

    A Taurus EUA foi vendida parte dela aos basileiros porque deveria ser uma fabrica de má-qualidade;

    A importação seja Glocks ou qualquer outro poduto, que for bem mais economica deve se feita.

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