Andre Motta Araujo
Advogado, foi dirigente do Sindicato Nacional da Indústria Elétrica, presidente da Emplasa-Empresa de Planejamento Urbano do Estado de S. Paulo
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Brasil, o centro mundial do tráfico de escravos, por André Motta Araújo

Por André Motta Araújo

Pesquisas recentes de um programa de duas universidades, a de Emory, em Atlanta nos EUA e a de Hull, no Reino Unido, a primeira a cargo do professor David Ellis e a segunda a cargo do professor David Richardson, que em 12 anos examinaram os registros de 35.000 viagens marítimas de tráfico de escravos da Africa para as Américas, pelos diários de 5.200 navios examinados, chegaram a conclusão que o papel comercial do Brasil no negócio da escravidão negra é muito maior do que se pensava. Liderança absoluta que deixou todos os demais países bem distantes, ficando em segundo lugar os navios britânicos que transportaram 3 milhões para todos os países das Américas como negociantes, tinham mercado nas colônias americanas do Sul da América do Norte, da Jamaica, ilhas do Caribe, Cuba e America Central, mas também disputavam mercado no Brasil.

Dos 12,5 milhões de escravos transportados da África para as Américas, 2,5 milhões morreram nas viagens e chegaram ao destino 10 milhões de escravos para todos os portos. Desse contingente, chegaram ao Brasil 5.800.000 escravos, quase 60% do total, em comparação para as colônias americanas da Inglaterra (as 13 colônias), chegaram um décimo do que veio para o Brasil, 597.000 escravos.

Mais ainda, a maior parte dos navios que transportaram escravos para o Brasil eram matriculados nos Rio de Janeiro e não em Portugal, como se pensava. O Rio de Janeiro entre os seculos XVI e XIX, 350 anos em que o negócio de tráfico negreiro foi praticado, foi o centro mercantil mais importante do comércio de escravos em todas as Americas. O Rio de Janeiro tinha bancos especializados no financiamento do trafico, tinha companhias seguradoras para os riscos das viagens e tinha grandes comerciantes com vasto capital que o trafico exigia.

O Brasil foi o PRIMEIRO pais a importar escravos da Africa, foi o que praticou o trafico por mais tempo e foi o ultimo a  abolir o trafico e a propria escravidão. Nenhum outro Pais teve a proeminencia do Brasil na processo da escravidão africana e nenhum contava com as estruturas montadas para o negocio, como armazens para leilões e um sistema juridico sofisticado para registro de propriedade e de organização desse comercio. Parte dessa primazia foi facilitada pela presença portuguesa na Africa, anterior e de maior dimensão a de outros paises, como Espanha, França e Inglaterra, que chegaram à Africa muito depois de Portugual.

A pesquisa contou tambem com o apoio do maior especialista brasileiro no tema, Manolo Florentino e o livro decorrente da pesquisa foi publicado pela Yale University Press.

Andre Motta Araujo

Advogado, foi dirigente do Sindicato Nacional da Indústria Elétrica, presidente da Emplasa-Empresa de Planejamento Urbano do Estado de S. Paulo

14 Comentários

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  1. Literalmente uma mancha negra

    Literalmente uma mancha negra na história do Brasil. E que parte da elite, mesmo após 127 anos do fim da escravidão, ainda sente saudades daquela época deprimente da história humana.

    1. Meu caro, a Historia como

      Meu caro, a Historia como ciencia não se ocupa de julgamentos morais mas sim da observação dos fatos passados.

      Os romanos conquistaram mais de cem povos, eram senhores duros e implacaveis mas deram tambem vastas contribuições a esses povos, era possivel ir de Roma a Antioquia por boas estradas e com segurança, algo que não existia antes deles. A contribuição cultural e de normas legais do Imperio Romano fica a credito desse Estado.

      A escravidão existia na Africa séculos antes do Descobrimento do Brasil e sem a importação de africanos o Brasil teria outra feição de Pais. outra contraposição que pode discutir-se, os descendentes desses escravos provavelmente estão no Brasil em situação melhor do se estivessem em determinados paises africanos, onde seus habitantes preferem o risco de morrer afogado no Mediterraneo do que ficar na sua terra e morrer de fome.

      Portanto não há mancha negra sobre o Brasil atual, nos brasileiros de hoje não podemos assumir culpas de antigos habitantes da terra que traficavam, nós de hoje não somos responsaveis pelo processo de escravidão, que tambem foi praticada em muitos outros paises, era a regra da época, assim como as fogueiras da Inquisição

      1. Extremamente preconceituoso e infeliz nos comentários. Portanto acho necessário que pesquise melhor e faça uma reflexão sobre seu texto. Hoje a sociedade não pode responder pela Escravidão mas sim pelo racismo que justificou e justifica a escravidão até hoje. E comparar a situação do povo africano hoje sem uma contextualização histórica é no mínimo fraude intelectual, para não dizer outra coisa. Caso não queira ampliar seus horizontes e se manter na sua zona de conforto, muito comum a muitos brasileiros, pelo menos tenha a dignidade de entender que a disparidade social que vivenciamos hoje e fruto de um processo e um projeto histórico que insiste em separar o país numa hierarquia social. E isso trouxe e traz graves consequências sócio-econômicas. Mas acho que isso você sabe.

  2. 1.- OS NEGROS EM PORTUGAL – UMA PRESENÇA SILENCIOSA

    José Ramos Tinhorão – Lisboa
    Editora Caminho,1988

    QUER UM CONSELHO AMIGO: LEIA A OBRA EM EPÍGRAFE, SE DESEJA INFORMAR-SE E FICAR MARAVILHADO.

    UM TÍTULO E UM AUTOR, BRASILEIRO, DESCONHECIDOS DE BRASILEIROS E PORTUGUESES E SOMENTE EDITADO, ATÉ HOJE, EM PORTUGAL… NOSSA HOMENAGEM AO PROF. DOUTOR JOSÉ RAMOS TINHORÃO, A QUEM NÃO TEMOS A HONRA DE CONHECER PESSOALMENTE.

    Afigura-se-nos necessário destacar a introdução à obra deste notável historiador brasileiro, em que procura justificar o seu trabalho. Repare na seguinte passagem:

    “Foi há quinze anos, ao reunir material para o livro Música Popular – De Índios, Negros e Mestiços, que o autor pôde perceber que – tal como o caso das histórias política ou económica – também a da cultura popular no Brasil só poderia ser bem compreendida com o prévio conhecimento da realidade portuguesa, desde os fins da Idade Média. E, então, como um primeiro sinal dessa descoberta, o autor escreveu, referindo-se às primeiras remessas de negros da Guiné para Portugal na segunda metade do século XV.”

    E a seguir:

    “Ora, como esses negros, embora sujeitos ao regime escravo (outro costume que os árabes se haviam encarregado de difundir na Península), só em parte se destinavam, em Portugal e na Espanha, ao trabalho organizado dos campos ou da indústria artesanal, as suas relações com os senhores se estabeleceram quase sempre com um carácter familiar, como já havia acontecido, aliás, na antiguidade clássica, em muitas cidades gregas.”

    O autor que estamos acompanhando abre o II Capítulo escrevendo em «1. O duplo atractivo dos negros: o valor das suas informações e o «proveito da sua serventia»»:

    “Desde as suas origens, Portugal conhecia o regime da escravidão, não apenas devido à norma de transformar os mouros vencidos na guerra em cativos ou servos, mas através de relações de comércio com mercadores árabes ou mesmo pela acção de pirataria realizada directamente pelos seus navios na região do Mediterrâneo fronteira ao Norte de África.
    Segundo anota Pedro A. d´Azevedo, em pequeno estudo de muito valor intitulado Os Escravos (33), havia desde meados do século XIV postos de venda de cativos na Rua Nova de Lisboa, onde se comerciavam peças trazidas inclusive de Sevilha – que em Castela funcionava como entreposto – e, segundo um documento encontrado pelo pesquisador no Convento de Chelas, uma das freiras desta casa lá comprara por 150 libras em 1368 a um mercador sevilhano uma jovem moura de pele branca chamada Moreima.

    Ao lado desse comércio entregue a particulares existia o tráfico de certa forma oficial, uma vez que os corsários necessitavam de autorização real para desempenho da actividade, e essa só era concedida contra a opção de compra, pelos reis, dos cativos apresados (ou filhados, como então se dizia). Uma notícia comprovadora desse tipo de actividade seria fornecida pelo documento em que em 1317 o rei D. Diniz, ao contratar os serviços do almirante genovês Manuel Pesagno, o autorizava a usar os seus barcos em sortidas de corso, mas reservando-se o direito de adquirir quantos mouros aprisionados desejasse, ao preço de 100 libras por cabeça.” escreve Tinhorão.

    A páginas 44 e 45 (edição da Editorial Caminho, AS – Lisboa, 1988 – 31 colecção universitária) da obra referida em título, escreve o mesmo pesquisador e distinto historiógrafo brasileiro:

    “Além do comércio normal de compra e venda de escravos destinados à exploração do trabalho, o intercâmbio de cativos entre a Península Ibérica e o Norte de África costumava ser praticado também por razões políticas. É que, como os chamados mouros da costa transformavam em escravos todos os náufragos que arribavam às suas praias (e os náufragos devido a lutas entre navios de bandeiras rivais ou por inclemência do mar eram frequentes) e, além disso, os corsários cristãos e muçulmanos se revezavam na redução ao cativeiro dos contrários vencidos, tornou-se praxe o sistema de resgates para obter a libertação de prisioneiros importantes pela sua condição económica ou social. Tal sistema de trocas contava inclusive com os serviços de um tipo especial de emissário para as negociações, o alfaqueque.”

    E a seguir:

    “Foi através de tais trocas que os portugueses entraram em contacto mais íntimo com negros africanos das regiões denominadas pelos mouros de bailad-as-Sudan, o além-Sara para o sul, habitado pelos negros islamizados do Sudão, e das áreas ocidentais vizinhas dos rios Níger e Senegal, ao norte do Equador.”

    2.- OS ESCRAVOS IDOS DAS ILHAS CANÁRIAS. ANTEPASSADOS DOS MADEIRENSES…

    Sem dúvida alguma, a importância do trabalho escravo foi grande na política de expansão. Tinhorão destaca:

    “A possibilidade da criação de um núcleo económico rendível na ilha da Madeira, logo objectivada no sucesso da extracção de madeira e produção de açúcar de cana para exportação a partir de meados do século XV (50), ia mudar a visão do infante no que se referia às tácticas e meios empregados no seu obstinado plano de conquistas militares em território do Magrebe e de exploração na direcção sul da costa africana.

    Não será impossível que, após o estabelecimento do pequeno núcleo de colonização montado à volta da família do seu descobridor, João Gonçalves, em 1421, o infante D.Henrique tenha iniciado (ou intensificado) a cultura da cana- de- açúcar usando como mão-de-obra cativos levados das Canárias nas suas investidas de 1425, 1427 e 1434.
    É que dessas tentativas de conquista (se é que o objectivo era apenas militar, e não também de caça aos nativos das ilhas) resultou sempre o sequestro de numerosos «inimigos», como provaria a existência de canários entre os trabalhadores vistos pelo meio do século XV em terras do infante no cabo de São Vicente e na Vila de Sagres (51).

    De qualquer forma, a certeza de que o início da exploração económica das ilhas atlânticas, principalmente a Madeira, coincidindo com a chegada às partes negras do continente africano (através da viagem de Nuno Tristão próxima à foz do Senegal, em 1444), marcou o momento definitivo da fixação, pelo poder de Estado português, da moderna política de exploração internacional conhecida como «grandes navegações» , pode ser comprovada pelo fim da ambiguidade que marcava as relações dos navegadores com os naturais das terras abordadas.»…

    Continua em (quatro partes) Aqui ==> http://www.portugal-linha.pt/opiniao/CAlexandrino/cron5I.html

     

    1. Em resumo…

      … escravos africanos e seu comércio existiam em Portugal, muito antes de anunciarem o “descobrimento” do Brasil, que aliás nem esse nome tinha; provavelmete existiram africanos nos primeiros navios portugueses que aqui aportaram. Também existia o “plantation” e o engennho de açúcar, movidos pelo trabalho escravo, na Ilha da Madeira; o que os portugueses trouxeram para cá foi a experiência que tinham acumulado, na indústria do açúcar e no trato do trabalho escravo.

      1. É exatamente como vc

        É exatamente como vc descreve, o Brasil teve escravidão muito antes dos EUA porque nossa agricultura baseada na cana de açucar antecede 200 anos a cultura do algodão no sul dos EUA, que era a razão da importação de escravos para aquele Pais. Nós portanto somos muito mais antigos no uso da escravidão do que os EUA porque nosso agronegocio era mais antigo e muito maior do que o deles, limitado ao algodão naquela época. Alem da agricultura o Brasil tambem necessitava de muita mão de obra escrava na mineração de ouro, que não havia nos EUA.

        Mais ainda, no Brasil se usava escravos no comercio em larga escala, algo que não era usual nas cidades americanas.

        1. Triangular Trade

           Caro AA,

            O trafico negreiro financiado e realizado por armadores ingleses ( Bristol Merchant Guild ),para as colonias, tanto as caribenhas como o leste dos atuais Estados Unidos, foi bastante representativo entre o final do século XVII, até 1807, proporcionava grandes lucros a varios monopólios reais, gerando o “triangular trade” ( Bristol – Costa Africana – Caribe/Estados Unidos – Bristol ). Claro que até as grandes plantations de algodão ( sul do Potomac )- posteriores a independencia – não tinha muito capital nas “13 Colonias “, para a aquisição de escravos, portanto a maior parte das “peças” traficadas pelos ingleses, era destinada as já existentes plantations de cana-de-açucar caribenhas, tanto holandesas quanto inglesas, ficando nas colonias ( principalmente na Virginia ) americanas, poucos escravos destinados as plantações de fumo ( George Washington teve escravos ).

             www.discoveringbristol.org.uk/slavery

              Outro artigo interessante é referente ao “triangular trade” e a revolução americana:

             www.boston-tea-party.org/triangular – trade.html

  3. “O Brasil foi o PRIMEIRO pais

    “O Brasil foi o PRIMEIRO pais a importar escravos da Africa, foi o que praticou o trafico por mais tempo e foi o ultimo a  abolir o trafico e a propria escravidão. Nenhum outro Pais teve a proeminencia do Brasil na processo da escravidão africana e nenhum contava com as estruturas montadas para o negocio, como armazens para leilões e um sistema juridico sofisticado para registro de propriedade e de organização desse comercio.”

    AA traz notícias auspiciosas de papers gringos que jogam luz acadêmica no desapercebido ignorado protagonismo brasileiro na história econômica e civilizátória 300 anos para trás: “O Brasil foi o PRIMEIRO… proeminência do Brasil no processo da escravidão… sistema jurídico sofisticado para registro de propriedade e de organização desse comércio.”

    AA bate com luvas de pelica no complexo de vira-lata insidioso ainda presente em certos salões intelectuais neoliberais formadores na opinião pública nacional do miserável complexo de vira-lata.

    Subsídios ao “imperialismo consumado em nome da…

    [interregno nas ideias para ir à feira livre na base do pau mandado, aos berros xingamentos  empurrões safanóes perpetrados pela “doce sinhá” da casa grande… em busca do tomate perfeito… e menos caro]

    continua o fio da meada escravocrata após dar-se conta do eito doméstico na feira livre da xepa…

     

     

     

     

  4. E ………………..

    É sem duvida uma contribuição ao entendimento do que foi o tráfico negreiro  áquela época,. O que estranho é a ênfase de que o Brasil foi ” O PRIMEIRO” (grifo meu). ??????????????

    Creio também que foi uma análise superficial do tema, embora importante, mas deixou na superfície, talves por falta de espaço, os aspectos econômicos deste evento, e principalmente uma análise mais profunda de quais  eram os principais mercadores que se dedicavam a este asqueroso negócio !!!

    Suas origens e as proteções que recebiam para traficarem almas humanas !!!!!!!!!!!!!!

     

  5. Outra vergonha de um país que não conhece sua história

    O local que possuía o registro de todas estas transações no Rio de Janeiro, após a proclamação da república, foi “providencialmente” queimado por Ruy Barbosa, apagando toda a história anterior, registros de uma importância impar para esses negros descobrirem suas origens etc.

    Dizem que foi para evitar que o Estado fosse obrigado a indenizar os proprietários após a declaração de abolição da escravatura. Acho que foi para evitar que os próprios escravos processassem seus antigos proprietários, isso sim. 

    Sobre o assunto

    http://cartorios.org/2010/01/25/penhor-de-escravos-e-queima-de-livros-de-registro/

    Decisão s/n. de 14 de dezembro de 1890

    Manda queimar todos os papéis, livros de matrícula e documentos relativos à escravidão, existentes nas repartições do Ministério da Fazenda.

    Ruy Barbosa, Ministro e Secretário de Estado dos Negócios da Fazenda e presidente do Tribunal do Tesouro Nacional:

    Considerando que a nação brasileira, pelo mais sublime lance de sua evolução histórica, eliminou do solo da pátria a escravidão — a instituição funestíssima que por tantos anos paralisou o desenvolvimento da sociedade, inficionou-lhe a atmosfera moral;

    Considerando, porém, que dessa nódoa social ainda ficaram vestígios nos arquivos públicos da administração;

    Considerando que a República está obrigada a destruir êsses vestígios por honra da Pátria, e em homenagem aos nossos deveres de fraternidade e solidariedade para com a grande massa de cidadãos que pela abolição do elemento servil entraram na comunhão brasileira;

    Resolve:

    1º — Serão requisitados de todas as tesourarias da Fazenda todos os papéis, livros e documentos existentes nas repartições do Ministério da Fazenda, relativos ao elemento servil, matrícula dos escravos, dos ingênuos, filhos livres de mulher escrava e libertos sexagenários, que deverão ser sem demora remetidos a esta capital e reunidos em lugar apropriado na Recebedoria.

    2º — Uma comissão composta dos Srs. João Fernandes Clapp, presidente da Confederação Abolicionista, e do administrador da Recebedoria desta Capital, dirigirá a arrecadação dos referidos livros e papéis e procederá à queima e destruição imediata deles, que se fará na casa da máquina da Alfândega desta capital, pelo modo que mais conveniente parecer à comissão.

    Capital Federal, 14 de dezembro de 1890 — Ruy Barbosa. (Obras completas de Rui Barbosa, Vol. XVII, 1890, tomo II, pp. 338-40).

     

  6. Como o passado repica no presente…

    Dez vezes mais do que nos USA. Dez vezes mais humanos usados sob regime de escravidão pesada. E só recentemente, coisa de 127 anos, foram libertados e jogados ao léu em processos de favelização em grandes centros amorrados urbanos.

    Cento e vinte e sete anos… foi ontem. Foi ontem mesmo que Castro Alves que ante tanta desilusão implorava a Colombo que fechasse as portas daqueles mares.

    Portanto, sr. historiador, e com toda a franqueza do mundo: importa ter absoluta certeza de como este passado tão drástico, tão cruel e tão recente ainda repica no presente.

    Repica no STF?

    Repica no Moro?

    Repica no Mendes?

    Repica no PiG?

    Repica na oligarquia transnacional que fala através do PiG?

     

  7. E quem praticava esse

    E quem praticava esse comércio?

    Os navios eram registrados no Rio de Janeiro, quem eram os donos, armadores, financiadores, intermediários desse negócio?

  8. Muitas ………………….

    Muitas perguntas dirigidas ao autor AA e até agora  poucas respostas. 

    Não que ele tenha obrigação de responder, mas seria de bom tom que, uma vez levantado a lebre, venha complementar o artigo diante das várias perguntas feitas pelos internautas/comentadores, antes que o artigo vá para as prateleiras mais afastadas do blog.

    Seria uma forma de interagir conosco !!!!!

  9. Comércio de escravos para as ilhas da América Central

    Por que não consigo identificar nenhuma fonte segura do comércio realizado para estas regiões?

    Há indícios , culturas e heranças dos negros, mas não localizo nada que assunte sobre o comércio realizado.

    Há algo em suas pesquisas?

    Forte abraço e parabéns por seu trabalho.

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