Forças armadas brasileiras: entre a honra e a vergonha mais abjeta, por Eduardo Ramos

Mas e os bons militares, jornalistas, PMs, juízes? Ora, estes não aparecem, são anônimos, não têm voz na mídia, e isso é proposital, interessa ao PODER que a sociedade enxergue as instituições com o rosto da vulgaridade

Forças armadas brasileiras: entre a honra e a vergonha mais abjeta

por Eduardo Ramos

A primeira coisa a esclarecer é que o objetivo desse texto não é julgar ou desmerecer as nossas Forças armadas como um todo, injustiça comum que cometemos às vezes contra instituições que têm cometido barbaridades selvagens há décadas, como mídia, Judiciário, Ministério Público, Polícias Militares, etc. etc. Todas elas têm homens dignos, até em maior número, acredito nisso, as Forças armadas não são exceção. Mas infelizmente, no Brasil, pelo poder extraordinário que a direita detém e os métodos imundos de que se utiliza para se manter no poder a qualquer custo, é normal que se aglomerem, como moscas ao redor de um monte de esterco, as piores pessoas, os seres humanos mais sórdidos, nos jogos pelo poder em nosso país. Quem recebe os holofotes e microfones da mídia obviamente são esses brasileiros, na época do mensalão, Joaquim Barbosa, o patético ministro do STF, coitado, alçado a “Batman” e assumindo alegremente esse papel, onde tentou afogar todos seus ressentimentos com a vida através do gozo macabro do poder perverso. Depois deles, quais as vozes do Judiciário? Pessoas como Moro, Gabriela Hardt, Carolina Lebbos, Gebran, os três patetas que aumentaram a pena de Lula em tempo recorde, enfim, acabamos vendo através desses rostos degradados, a imagem do Judiciário. E assim é com o MPF da Lava Jato, de Janot, o desequilibrado, Deltan, o super hipócrita “temente a Deus”, o covarde Carlos Fernandes e seus arroubos canalhas contra dona Marisa, mulher falecida de Lula, e na polícia federal delegados perversos e malignos com Erica Marena, que levou o reitor Cancellier ao suicídio.

Na mídia, a turma da Globo, da Veja, colunistas como Fiúza, Constantino, até Nelson Mota, outrora um gentleman, sujando sua biografia de modo inenarrável, atacando com vulgaridades inacreditáveis dona Marisa, numa crônica jornalística que já entrou para a história como um dos seus momentos mais covardes e indignos.

Mas e os bons militares, jornalistas, PMs, juízes? Ora, estes não aparecem, são anônimos, não têm voz na mídia, e isso é proposital, interessa ao PODER que a sociedade enxergue as instituições com o rosto da vulgaridade, a barbárie, a selvageria, os preconceitos e o fanatismo dessas figuras citadas: é assim que se fomenta o ódio e o nojo contra Lula, Dilma, PT, qualquer inimigo dessa direita oligárquica que domina o país há 500 anos.

Dito isso, não podemos mais nos calar sobre essa banda podre que domina o lado mais aparente de nossas Forças armadas. E, dentro da instituição, está na hora do alto comando bradar que, como nós brasileiros, se sentem envergonhados com o triste espetáculo que nos apresentam todos os dias, gente como Pazzuelo, Luiz Eduardo Ramos, Braga Neto, General Heleno, o Villas Boas, esses boquirrotos de plantão a arrotarem seu ódio contra Lula e o PT, sua defesa de uma ditadura sangrenta e banhada em vergonha e covardias, sua defesa da tortura, sua defesa de um demente bestial que comandou por burrice, incompetência e corrupção o maior genocídio havido no Brasil nos últimos séculos! Basta! Os militares democratas, que honram verdadeiramente sua farda, têm que sair da escuridão das casernas e mostrar que existem, e que estão ao lado da verdade, da justiça, da democracia, e não dessa balela ridícula de “guerra aos comunistas”, ingenuidade que ainda se podia engolir no início da década de 60, mas desgastada e sem pé nem cabeça em pleno ano de 2021.

Porque celebram as Forças armadas a Sérgio Moro, o juiz que a serviço dos EUA humilhou e prendeu o almirante Othon? Honra ou vergonha abjeta, ajoelharem-se assim diante do juiz algoz desse grande brasileiro?

Porque celebram as Forças armadas a prisão de Lula, um democrata, estadista celebrado em todo o mundo, e que tratou A TODAS AS INSTITUIÇÕES COM RESPEITO e de modo republicano? Honra ou vergonha e burrice sem igual?

Porque celebram as Forças armadas a destruição da Amazônia, o governo bestial permitindo que madeireiros e grileiros queimem como nunca nosso maior tesouro ecológico, sem que se manifestem contra esse horror? Honra ou vergonha?

Porque celebram as Forças armadas a entrega de nossas estatais, patrimônio do povo brasileiro, estatais de outros países e multinacionais fatiando e comprando pré-sal, Petrobras, empresas de água e esgoto, eletricidade, Eletrobras e Correios a bola da vez? Honra ou vergonha?

Fala-se muito em golpe de Estado. Na verdade, já houve um golpe, APOIADO POR ALGUNS DOS GENERAIS que hoje se locupletam no poder. Mais uma vergonha eterna para nossas Forças Armadas. Será que não enxergam que continuar a apoiar Bolsonaro, lançarem ameaças toscas, criminosas contra congressistas e ministros do STF, só aumenta o pântano em que se enfiaram em nome de uma ideologia caduca, que nos humilha como país aos olhos do mundo?

Escolham, senhores militares. É muito pouco o se venderem a Bolsonaro e/ou à direita brasileira, por poder e alguns milhares de cargos e tostões. Não é essa a competência constitucional que rege as Forças armadas brasileiras. Nos deixem escolher quem queremos que nos governe, de modo livre e soberano. Os senhores deveriam ter há séculos a noção óbvia, de que servem AO POVO BRASILEIRO, e não às suas oligarquias. Ou assumam seu lado autoritário e antidemocrático, e fechem de novo o Congresso, prendam arrebentem, matem, torturem. É, ao menos, mais honesto. Decidam-se de uma vez, entre a HONRA DA FARDA QUE VESTEM OU A VERGONHA DE SERVIR A BOLSONARO E SEREM UMA FORÇA ETERNA DA DIREITA BRASILEIRA. Os senhores querem ou não, afinal, um Brasil democrático???

Um lembrete: 530.000 brasileiros mortos entram na conta das ações/omissões dos senhores em relação ao governo bestial.

Que apareçam de uma vez os militares honrados!

(eduardo ramos)

Este artigo não expressa necessariamente a opinião do Jornal GGN

Redação

1 Comentário

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  1. “interessa ao PODER que a sociedade enxergue as instituições com o rosto da vulgaridade”

    OU

    “para que o mal triunfe basta que os bons nada façam”?

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