Foto: Agência Brasil
Jornal GGN – O futuro ministro da Casa Civil Onyx Lorenzoni ficou irritado com jornalistas e abandonou uma coletiva de imprensa nesta sexta (7), após um repórter perguntar “qual é a origem do dinheiro” (R$ 1,2 milhão) que o ex-assessor de Flávio Bolsonaro movimentou em transações consideradas suspeitas pelo Coaf, ao longo de 2016. “A sua pergunta não tem a menor relevância”, respondeu em tom exaltado, segundos antes de deixar o local.
No dia anterior, o Estadão revelou que Fabrício Queiroz, motorista e segurança de Flávio Bolsonaro lotado na Alerj até outubro passado, foi relatado pelo Coaf, por ter movimentado R$ 1,2 milhão, entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017, sem ter renda nem patrimônio compatíveis com esse montante. Além disso, ele sacou mais de R$ 300 mil em espécie naquele ano, e assinou um cheque de R$ 24 mil para Michelle Bolsonaro.
Cobrado pela imprensa, Onyx tentou tangenciar a pergunta atacando o PT e insinuando que a imprensa estava fazendo perseguição a Bolsonaro.
“A aliança ideológica que se construiu no Brasil faz com que vocês queiram misturar governo decente, honesto, que está apenas no seu arvorecer, com a lambança que o PT fez nos 14 anos. Setores defendem que a candidatura do Lula tinha que acontecer. O Haddad com 32 processos ninugém fala…”
Quando um repórter interrompeu para questionar “o que o Coaf tem a ver com isso?”, Onyx começou a se exaltar: “O que tem a ver com isso? Eu estou respondendo ao senhor: o presidente é um homem que não teme a verdade, assim como eu não temo. (…) A pergunta é: onde estava o Coaf no Mensalão? Aonde estava o Coaf no Petrolão?”
Um jornalista então respondeu que a pergunta, na verdade, é “qual a origem do dinheiro” na conta do ex-assessor? Foi quando Onyx disparou: “Amigo, eu sou o investigador? Não. Quanto o senhor recebeu neste mês?”
Depois de ouvir que nenhum repórter ali recebia recursos advindos do poder público, Onyx se exaltou e deixou o local dizendo “Não tem a menor relevância sua pergunta.”
O repórter Pedro Durán, da Rádio CBN, compartilhou as imagens nas redes sociais.
Veja o momento em que o futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, abandona coletiva de imprensa em evento do Lide. Ele foi perguntado sobre as investigações da Coaf, de onde vinha o R$1,2 mi do segurança do futuro Sen. Flávio Bolsonaro. E questionou o salário de um repórter: pic.twitter.com/v984dZHXB1
— Pedro Durán (@pedromeletti) 7 de dezembro de 2018
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Esse abandonou a entrevista e
Esse abandonou a entrevista e Bolsonaro por “recomendação medica” foi repousar.
Bolsonaro deve estar com tosse. Coaf, Coaf, Coaf, Coaf.
Indignação
“Caramba, de novo?”
Tem razão ..o governo esta no
Tem razão ..o governo esta no “arvorecer” ..e o que ja tem de gorila, milico dependurado, nem te conto ?
.. são tantas emoções ok ?!
Tem que acabar com isso aí, pô !?
tem tudo do tempo dos milicos…
jornalistas que tomem cuidado com as suas perguntas
OESP?
Parece que o evento “Bolsonaro, Ônix, Moro e bando” não estava nos planos da “direita”. O pessoal do neoliberalismo prefere, parece, que seus crimes fiquem discretamente escondidos a esse bando de bocudos metendo a boca numa postura de “faço mesmo, e aí? Vai encarar?”
Senão como entender a opção dos editores da Folha e do OESP pelas denúncias que vêm fazendo? Que a turma de Bolsonaro é corrupta e suja até as pedras sabiam faz tempo, quanto mais jornalistas e suas fontes. Porque só agora decidiram denunciar?
Estaremos vendo nascer um golpe contra os golpistas? Tentativa de enquadramento dos bocudos pelos enrustidos? Desavenças na divisão do butim?
Haddad com 31 processos?
É por isso que o MP juizes etc abrem inqueritos e mais inqueritos apenas para citação sobre a moral alheia ?