Onyx foge de pergunta sobre “origem do dinheiro” do ex-assessor de Flávio Bolsonaro

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: Agência Brasil

 

Jornal GGN – O futuro ministro da Casa Civil Onyx Lorenzoni ficou irritado com jornalistas e abandonou uma coletiva de imprensa nesta sexta (7), após um repórter perguntar “qual é a origem do dinheiro” (R$ 1,2 milhão) que o ex-assessor de Flávio Bolsonaro movimentou em transações consideradas suspeitas pelo Coaf, ao longo de 2016. “A sua pergunta não tem a menor relevância”, respondeu em tom exaltado, segundos antes de deixar o local.

No dia anterior, o Estadão revelou que Fabrício Queiroz, motorista e segurança de Flávio Bolsonaro lotado na Alerj até outubro passado, foi relatado pelo Coaf, por ter movimentado R$ 1,2 milhão, entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017, sem ter renda nem patrimônio compatíveis com esse montante. Além disso, ele sacou mais de R$ 300 mil em espécie naquele ano, e assinou um cheque de R$ 24 mil para Michelle Bolsonaro.

Cobrado pela imprensa, Onyx tentou tangenciar a pergunta atacando o PT e insinuando que a imprensa estava fazendo perseguição a Bolsonaro.

“A aliança ideológica que se construiu no Brasil faz com que vocês queiram misturar governo decente, honesto, que está apenas no seu arvorecer, com a lambança que o PT fez nos 14 anos. Setores defendem que a candidatura do Lula tinha que acontecer. O Haddad com 32 processos ninugém fala…”

Quando um repórter interrompeu para questionar “o que o Coaf tem a ver com isso?”, Onyx começou a se exaltar: “O que tem a ver com isso? Eu estou respondendo ao senhor: o presidente é um homem que não teme a verdade, assim como eu não temo. (…) A pergunta é: onde estava o Coaf no Mensalão? Aonde estava o Coaf no Petrolão?”

Um jornalista então respondeu que a pergunta, na verdade, é “qual a origem do dinheiro” na conta do ex-assessor? Foi quando Onyx disparou: “Amigo, eu sou o investigador? Não. Quanto o senhor recebeu neste mês?”

Depois de ouvir que nenhum repórter ali recebia recursos advindos do poder público, Onyx se exaltou e deixou o local dizendo “Não tem a menor relevância sua pergunta.”

O repórter Pedro Durán, da Rádio CBN, compartilhou as imagens nas redes sociais.

 

 

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

6 Comentários

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  1. Esse abandonou a entrevista e
    Esse abandonou a entrevista e Bolsonaro por “recomendação medica” foi repousar.
    Bolsonaro deve estar com tosse. Coaf, Coaf, Coaf, Coaf.

  2. Tem razão ..o governo esta no
    Tem razão ..o governo esta no “arvorecer” ..e o que ja tem de gorila, milico dependurado, nem te conto ?

    .. são tantas emoções ok ?!

    Tem que acabar com isso aí, pô !?

  3. OESP?

    Parece que o evento “Bolsonaro, Ônix, Moro e bando” não estava nos planos da “direita”. O pessoal do neoliberalismo prefere, parece, que seus crimes fiquem discretamente escondidos a esse bando de bocudos metendo a boca numa postura de “faço mesmo, e aí? Vai encarar?”

    Senão como entender a opção dos editores da Folha e do OESP pelas denúncias que vêm fazendo? Que a turma de Bolsonaro é corrupta e suja até as pedras sabiam faz tempo, quanto mais jornalistas e suas fontes. Porque só agora decidiram denunciar?

    Estaremos vendo nascer um golpe contra os golpistas? Tentativa de enquadramento dos bocudos pelos enrustidos? Desavenças na divisão do butim?

     

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