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Horas pagas na indústria caem 1,1% em abril

Jornal GGN – O número de horas pagas aos trabalhadores da indústria, já descontadas as influências sazonais, apontou recuo de 1,1% frente ao mês imediatamente anterior, segundo resultado negativo consecutivo, acumulando nesse período perda de 1,5%. Os números foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Com tais resultados, a média móvel trimestral mostrou redução de 0,5% no trimestre encerrado em abril de 2015, frente ao patamar assinalado no mês anterior, e manteve a trajetória descendente iniciada em maio de 2013. A taxa acumulada nos últimos doze meses passou de -4,6%, em março, para -4,8%, em abril, e seguiu com a trajetória de baixa iniciada em setembro de 2013 (-1%).

Na comparação com igual mês do ano anterior, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria caiu 6% em abril de 2015, marcando assim sua vigésima terceira taxa negativa consecutiva neste tipo de confronto e a mais intensa desde setembro de 2009 (-6,1%). O ritmo de queda foi generalizado, já que os dezoito ramos pesquisados apontaram redução.

As principais influências negativas registradas no período vieram de meios de transporte (-11,5%), alimentos e bebidas (-3,3%), produtos de metal (-11,1%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-11,2%), máquinas e equipamentos (-7,5%), calçados e couro (-11,6%), outros produtos da indústria de transformação (-8,8%), vestuário (-5,5%), metalurgia básica (-7,3%), refino de petróleo e produção de álcool (-9,9%), minerais não-metálicos (-3,8%), papel e gráfica (-3,7%) e indústrias extrativas (-4,6%).

No índice acumulado no primeiro quadrimestre de 2015, o número de horas pagas na indústria recuou 5,4%, acentuando a magnitude de queda observada no último quadrimestre de 2014 (-5%), ambas as comparações contra iguais períodos do ano anterior.

No índice acumulado no primeiro quadrimestre de 2015, houve recuo de 5,4% no número de horas pagas, e os dezoito setores pesquisados também apontaram redução. Os impactos negativos mais relevantes na média global da indústria foram verificados nos ramos de meios de transporte (-9,7%), produtos de metal (-10,4%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-10,3%), alimentos e bebidas (-2,5%), máquinas e equipamentos (-6,6%), outros produtos da indústria de transformação (-9,3%), calçados e couro (-9,6%), vestuário (-4,6%), metalurgia básica (-8,0%), papel e gráfica (-4,3%), minerais não-metálicos (-3,5%), refino de petróleo e produção de álcool (-8,5%) e indústrias extrativas (-3,8%).

“Em síntese, o total do pessoal ocupado assalariado e o número de horas pagas na indústria permaneceram com o comportamento de menor intensidade, com o primeiro apontando o quarto resultado negativo consecutivo; e o segundo acentuando a queda verificada no mês anterior”, pontua o IBGE. “Vale destacar que esses resultados refletem, especialmente, a diminuição de ritmo que marca a produção industrial desde o último trimestre de 2013, com redução de 10,3% desde outubro de 2013”.

Nesse mesmo período, o total do pessoal ocupado e do número de horas pagas registraram perdas de -6,4% e de -6,9%, respectivamente. De acordo com o IBGE, “a evolução do índice de média móvel trimestral reforça esse quadro de menor intensidade do mercado de trabalho do setor industrial, já que esse indicador prosseguiu, nas duas variáveis, com o desempenho predominantemente negativo desde o fim do primeiro semestre de 2013”.

Os sinais de menor dinamismo também ficaram evidentes no confronto do último quadrimestre de 2014 com o resultado do primeiro quadrimestre de 2015, ambas as comparações contra iguais períodos do ano anterior, em que tanto o pessoal ocupado assalariado (de -4,3% para -4,8%) como o número de horas pagas na indústria (de -5,0% para -5,4%) permaneceram com o comportamento negativo, acompanhando o movimento de queda observado na produção industrial, que passou de -3,5%, no terceiro quadrimestre de 2014, para -6,3%, no índice acumulado nos quatro primeiros meses de 2015.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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