França quer pagar para quem for ao trabalho de bicicleta

Sugerido por Marco St.
 
Uma ideia simples, barata e com inúmeros benefícios
 
Achei a idéia muito boa e caíria como uma luva em qualquer grande cidade brasileira.
 
França pretende pagar para quem for trabalhar de bicicleta
 
Do El País
 
Em troca de subsídios dados às empresas, trabalhadores receberiam 21 centavos de euro por quilômetro percorrido.

O Governo gastará 20 milhões de euros com a medida e espera poupar 5,6 bilhões de euros na área da saúde

 
 
O objetivo: incentivar o uso da bicicleta. Com esta ideia em mente, alguns países realizaram diversas propostas, desde baixar os impostos que taxam as bikes até elaborar um Plano Nacional da Bicicleta. A França propõe algo a mais: subsidiar os trabalhadores que pedalarem até seu local de trabalho. Com uma cifra de 21 centavos de euro por quilômetro percorrido, Thierry Mariani, atual ministro do Transporte, retoma uma ideia proposta por seu antecessor. As empresas realizariam o abono, em troca de isenções fiscais. O Governo gastará 20 milhões de euros com a medida e espera poupar 5,6 bilhões de euros na área da saúde.
 
A aposta da França nas bicicletas é séria. Depois de aprovar um ambicioso Plano Nacional da Bicicleta, que permite que os ciclistas circulem na contramão em algumas vias ou interpretem alguns semáforos vermelhos como amarelo, Paris segue seu esforço para promover as duas rodas. Agora, além de poupar em combustível, melhorar seu estado de saúde e favorecer um ambiente urbano mais limpo, os franceses que pedalam para o trabalho receberão um plus econômico.
 

Esta ideia não é nova. Mas agora, com as pinceladas que o ministro do transporte deu sobre a medida, parece avançar um passo mais. Embora os ciclistas estejam encantados com a proposta, ela recebeu críticas dos ativistas porque não será uma subvenção obrigatória para todas as empresas. O Governo oferecerá bonificações fiscais para assegurar a adesão da maioria das companhias, mas conta com um orçamento limitado de 20 milhões de euros. A subvenção estará dentro de um programa integral que busca melhorar a circulação dos ciclistas nas cidades, financiando a construção de estacionamentos de bicicletas em zonas estratégicas ou aumentando a segurança para evitar roubos.
 
 
Em outros países da Europa, como Espanha, ainda há poucas medidas para fomentar o uso da bicicleta. Um plano espanhol aprovado em outubro oferecia ajuda de 200 euros para a compra de  bicicletas elétricas. O deputado Odón Elorza (PSOE) apresentou uma proposta para impulsionar o uso da bicicleta. Entre as medidas, pedia uma liquidação do IVA (imposto sobre o valor da mercadoria) que taxa as bicicletas, que o abaixaria de 21% a 10%. Outra das propostas era a elaboração de um Plano Nacional da Bicicleta semelhante aos lançados na França, Grã-Bretanha ou Alemanha. Além disso, propunha a constituição do Conselho Estatal da Bicicleta, uma entidade que reuniria os diferentes ministérios implicados em mobilidade, entidades, associações e empresas do setor para permitir o dialogo sobre o ciclismo. “Em mobilidade ainda há muito o que se fazer”, comentava Elorza, depois de apresentar sua proposta.
 
 
Redação

9 Comentários

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  1. Coitados dos pedestres…

    Os ciclistas daqui já circulam na contra-mao e simplesmente furam sinais. Tb andam sobre as calçadas. É o principal risco para gente idosa. Já fui quase atropelada ao sair da porta do meu edifício. Tomara que essa idéia nao pegue aqui, seria o caos total. 

    1. Fique tranquila…

      … não há nada que nos faça temer a revogação da ordem vigente, onde 90% do espaço viário são consagrados ao automóvel e que impede o caos e garante a segurança dos pedestres.

      1. Pelo menos nao andam nas calçadas nem na contra-mao

        E nao furam os sinais sistematicamente. Logo, se um pedestre atravessa na faixa, geralmente estará livre dos automóveis. Mas pode ser atropelado por uma bicicleta na calçada saindo de casa, como eu quase fui. 

      2. Os ciclistas não podem se

        Os ciclistas não podem se arvorar do “caos” para impor ainda mais caos aos pedestres.

        Por quê não impõem (tentam) o caos aos motoristas de carros e/ou caminhões.

        Porque sempre é uma relação do mais forte contra o mais fraco, já pensou nisso?

        Isso, na minha terra, chama-se covardia.

    2. Anarquista,
       
      Concordo

      Anarquista,

       

      Concordo contigo em gênero número e grau.

      Sou ciclista, mas não me conformo com a atitude da maioria absoluta dos ciclistas (estou falando de SP, que me parecem que são mais organizados/politizados).No sentido de que os espaço dos ciclistas é a rua disputando com os carros, custe o que custar e pressionando o poder público a fazer ciclovias exclusivas.

      No Rio a piada é de ainda mais mau gosto. Primeiro, num governo César Maia, decidiram entrar para os livros dos recordes, para isso, transformaram um monte de calçadas de Botafogo, que já são curtas, como ciclovia, é tão ridículo, quem nem os ciclistas, mesmo sendo na calçada, usam. (na época, o Rio se vangloriava de ter a maior ciclovia do mundo)

      Depois a Orla, novamente, o lugar que deveria ser calçada/ponto de ônibus virou “ciclovia”, deixando para os usuários de transporte público, 20 cm de largura, é um verdadeiro teste para ator circence.

      Aqui em SP, um dia desses estava na USP e percebi que a classe média “ciclista”, durante a noite, de maneira fascista, ocupa parte do campus para “treinar”, num comportamento digno de torcidas organizadas de futebol. Porém, para os privilegiados, todos fecham os olhos, quando deveriam ser todos presos, por tentativa de homicídio (pelo menos eu entendo assim), pois colocam a vida de todos os pedestres em risco.

      1. O que você diz corresponde à minha experiência

        Já vi ciclista sobre o calçadao de Ipanema AO LADO DA CICLOVIA… E nao param nos sinais, os pedestres nao têm como atravessar a ciclovia, é o caos. 

  2. Que coisa antiquada

    Aqui no Brasil, há 10 anos já pagamos, pouco é verdade,  para as pessoas NÃO irem ao trabalho e não incomodar os úteis.

    Mas tenham calma, como todo mundo está reagindo bem ao Plano, ele já ganhou o mundo e em breve chegará aos europeus.

  3. Uma cidade que estimula o

    Uma cidade que estimula o transporte de bicicletas, é por definição, anti-capitalista.

    Tirando apenas o lugar do carro particular, mantendo o transporte público intacto e as calçadas somente para os pedestres.

    No Brasil e no mundo, com raríssimas exceções, quando se fala em bicicleta como meio de transporte é uma mistura de populismo com palhaçada.

    Vão dizer: é mais é melhor isso do que nada. Eu prefiro nada, pois a primeira coisa que vai acontecer é corrupção, ou seja, pessoas que nao vão de bicicleta, vão declarar apenas para se beneficiar.

    O que o mundo está precisando, especialmente o Brasil, é trocar faixas de carros e de estacionamentos por faixas de bicicletas. É tão simples, que na verdade, em se tratando de capitalismo, é muito complicado

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