TV GGN 20hs: A Prevent Senior na CPI/Aliança PSOL e PT nas eleições de 2022

Nassif e Marcelo Auler conversam sobre a CPI da Pandemia, a partir do depoimento da advogada Bruna Morato.

Nassif começa o programa com algumas informações inéditas sobre Francisco Emerson Maximiano. “Ele deu golpe no Ministério da Saúde, recebeu e não entregou os medicamentos; deu golpe na Petrobras para oferta de remédios (…)”

“Para onde iria esse dinheiro? E lembrem-se que o Flávio Bolsonaro levou ele até o BNDES para conseguir financiamentos para banda larga”, ressalta Nassif. “Os golpes desse rapaz começaram em 2016, 2017, 2018 com o Ricardo Barros na Saúde”, diz Nassif, mostrando alguns dados sobre empresas abertas por Maximiano.

Dentre as empresas, estão algumas abertas para o fornecimento de internet banda larga e o convênio com uma grande empresa de seguros – Nassif também detalha o esquema de abertura de franquias, em algo similar ao que houve no começo dos portais de internet

“É nesse quadro que entra esse Maximiano. Ele entra, abre em vários lugares com ele levando banda larga”, diz Nassif, abrindo espaço para uma ilação. “Esse Otávio Fahkoury (presidente do PTB em São Paulo) está querendo montar uma rede de apoio ao Bolsonaro, comprar essas concessões e montar uma rede de comunicação de maneira geral”, diz Nassif.

“E é óbvio que, se ele tiver o controle de banda larga em vastas regiões, a banda larga hoje é uma ferramenta utilizada para montar público”, diz Nassif. “Tanto que esse genro do Silvio Santos (Fabio Faria), ele não é enquadrado entre os radicais, mas eles implantaram wi-fi públicos em alguns lugares que o cara, quando entra, tem propaganda do governo”

“Então, é possível – não sei se tem esse ponto em específico, mas é possível que você tem um movimento muito mais largo”, diz Nassif.

CPI da Pandemia

Nassif e Marcelo Auler conversam sobre a CPI da Pandemia, a partir do depoimento da advogada Bruna Morato. “Te dou toda a razão quando você fala – e essa é uma bandeira que tenho defendido em todos os lugares que eu vou – de que, ao contrário do que a Lava-Jato fez, nós não podemos destruir a empresa e temos que condenar os responsáveis pelos crimes”, diz Auler.

“Acho que a CPI ainda não atentou para isso (…) Não atentou que passa a ter, agora, um problema social”, diz Auler. “Como atender 500 mil idosos?”

“Agora, eu achei estarrecedor o que foi dito (…) Eu achei ela muito coerente, em uma linha de pensamento correto, teve resposta para tudo, deixou sem diálogo a tropa de choque bolsonarista (…)”, ressalta Auler, chamando a atenção para a frase dita por uma médica de que óbito também é alta e o fato de que tiravam os pacientes da UTI, a título de tratamento paliativo, colocavam na enfermaria e reduziam oxigênio.

“Eu acho que tem algumas coisas muito graves. Por exemplo, a omissão do Conselho Federal de Medicina e do Conselho Regional de Medicina. A omissão da Agência Nacional de Saúde Complementar, que teria de estar fiscalizando essa e outros planos de saúde”

Juliano Medeiros e as manifestações de 02/10

Em outro segmento do programa, Nassif e Auler conversam com Juliano Medeiros, presidente nacional do PSOL – reeleito no último final de semana. “Nas últimas duas semanas, nós fizemos uma série de conversas entre os presidentes de partido, entre movimentos sociais, e estou realmente achando que o dia 02/10 vai ser uma mudança de qualidade em relação ao que a gente fez até agora”

“É óbvio que o que a gente foi muito importante, a campanha Fora Bolsonaro botou os movimentos sociais, os partidos e movimentos, isso foi muito importante mas também ficou evidente que o que nós fizemos até agora não é suficiente para viabilizar o impeachment do Bolsonaro”

“Nós precisamos de um movimento mais potente do que o que a gente fez até agora”, diz Medeiros. “E não tem jeito: vai ter que expandir. A esquerda social e política não é suficiente hoje para, sozinha, viabilizar o impeachment”

“Ainda acho que pode acontecer o impeachment – acho que as chances diminuíram muito com o acordo entre Bolsonaro e o centrão, mas acho que pode acontecer. A situação do Bolsonaro vai se tornando cada vez mais delicada, e cada vez mais difícil na medida em que a CPI avança (…)”, afirma Medeiros.

Sobre a CPI da Pandemia, o presidente do PSOL afirma que não se pode perder o foco. “A Prevent Senior só fez o que fez porque tinha a guarida do Ministério da Saúde do governo Bolsonaro, para que daqui a pouco não se vire aí um repeteco da Lava-Jato (…)”, ressalta Juliano Medeiros. “Eu estou otimista, eu acho que o dia 02/10 vai ser uma mudança de qualidade, ainda não completa (…) Mas já vai ser maior, vai ser mais amplo e vai ser importante. Eu estou otimista”, diz o presidente nacional do PSOL.

Sobre as eleições de SP e a formação de uma frente ampla, Juliano diz que cada partido tem seu projeto eleitoral e que isso precisa ser respeitado.

“Em 2020 nós tivemos em SP quatro candidaturas do campo progressista – não estou incluindo Márcio França nessa conta porque ele fez sinalizações pró-Bolsonaro na campanha pela Prefeitura (…) Foi bom? Bom não foi, claro que não – quanto mais unidade a gente puder construir no primeiro turno, melhor. Mas o eleitor resolve isso, o eleitor escolhe quem ele quer colocar no segundo turno e coloca”, diz o presidente do PSOL.

“É claro que, no caso do governo do Estado, isso é um pouco mais complicado – você tem pelo menos duas candidaturas do campo progressista com certa força, o Fernando Haddad e o Guilherme Boulos. Então, é óbvio que se eles puderem construir um entendimento, eu acho muito melhor. E é óbvio que, como presidente do PSOL, eu acho que esse entendimento tem que ser construído em torno do Guilherme Boulos (…)”, diz Juliano Medeiros.

“Vamos conversando, não tem muito jeito. É na conversa que a gente resolve essa parada, para tentar resolver esse imbróglio e chegar a uma unidade. E, se não chegar a uma unidade no primeiro turno, fazer uma campanha com respeito, com consideração, sem romper pontes para no segundo turno estar todo mundo junto”

Acompanhe a entrevista completa com Juliano Medeiros e o debate entre Auler e Nassif sobre a CPI da Pandemia na íntegra do programa TV GGN 20 horas. Confira!

Redação

1 Comentário

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  1. Nassif. Assassinato da reputação corporativa e demonização dos sócios e diretores médicos. É verdade que houve erro no inicio da condução da pandemia. Mas no início, todas as instituições estavam sem saber o que poderia ou não funcionar.

    A advogada é filha do Presidente da Associação de Hospitais Brasileiros. Sugestivo, né? a United Health , corporação de U$70 bilhões de dolares de faturamento, deve estar agradecendo, quiçá financiando a velha mídia para destruir a Prevent. A UH comprou a Amil, em 2018, vale dizer. Assista na íntegra o depoimento do diretor médico da PS e verá como tiram do contexto as msgs de whatsapp. MInha familia é usuaria de PS desde 2008, minha sogra tem 88 anos e fez, em mais de uma oportunidade, vários exames contra covid, de todos os tipos. Lamentável a midia alternativa de esquerda se prestar ao papel da espetacularização e demonização da PS.

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