Por Robson Santos Dias
comentário no post Xadrez do pacto de Bolsonaro com o Estado profundo, por Luis Nassif
A questão em todo esse cenário é que se está matando a galinha dos ovos de ouro, como apontado no final do Xadrez. Após a Reforma Trabalhista, que destruiu a CLT, se partirá para a destruição do funcionalismo público, suprimindo, de vez, o mercado de consumo interno.
Há uma diferença fundamental em relação à ditadura: o arrocho da década de 60 e 70 era compensada por políticas industriais robustas. Como Lula falou certa vez: “Os trabalhadores sentiam o arrocho, mas em compensação havia a sensação da expansão das oportunidades de emprego.” O atual projeto é arrocho com uberização, que no limite não tem viabilidade porque depende do consumo de quem ainda tem emprego.
Nosso futuro será um grande camelódromo. Vide o Rio de Janeiro, que é o reduto de Bolsonaro, Guedes, Maia, Fux, Barroso e Eduardo Cunha. Uma cidade ingovernável, mas que ainda possui um mercado importante por causa do petróleo e do setor público, federal principalmente. Tire esses dois setores importantes de demanda econômica e só sobrara o Leblon/Ipanema, rodeado por uma classe média em processo de empobrecimento e sitiado por uma periferia imensa e violenta.
No horizonte, o país flerta com a fragmentação. Se a burguesia brasileira não abrir o olho, vai perder os dedos também. Se esqueceram que a raiz das revoluções (qualquer que seja a direção) é o completo abandono do povo.
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Acorda Trabalhador: “Bozó” chefão da quadrilha dos golpistas, descumpridor da CF/88, fascista, genocida, miliciano, irresponsável com o Brasil continua no poder pela blindagem do “Congresso Nacional-empresarial e o centrão corruptos (direita podre) de décadas enganando os trabalhadores por todo Brasil.