O início do fim da Cirurgia para o Câncer de Próstata? Parece que não

Há alguns meses escrevi uma breve matéria sobre o HIFU e seu potencial em substiruir a cirurgia e radioterapia no tratamento do câncer de próstata. 

O início do fim da cirurgia e da radioterapia para os tumores da próstata

Infelizmente o HIFU parece estar mais longe dessa que seria uma grande façanha. 

No final do ano passado, após analisar resultados e submeter os estudos ao FDA e a uma câmara de notáveis para definição dos potenciais beneficios do tratamento, o HIFU foi recusado como terapia eficiente e pouco mórbida para cura de pacientes com câncer de próstata. Na verdade o tratamento não foi aprovado por não ter mostrado benefício em relação a conduta de apenas seguir os doentes e por apresentar complicações pouco aceitaveis na atual evolução do tratamento dessa condição.

Assim, e como as análises do FDA constumam ter muita consistência, o HIFU deverá continuar a margem das terapias consagradas para o temido câncer de próstata localizado.

Redação

9 Comentários

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  1. A maquina esta errada,

    A maquina esta errada, evidentemente.  Ela tem que emitir ultrasons de intensidades rigidamente e contavelmente variaveis, e modificadas extremamente rapidas de acordo com um “plano previamente desenhado”.  Dessa maneira o calor nao eh geral mas so atinge estruturas moleculares especificas.

    Resumindo, a arquitetura do ultrasom tem que ser arquitetura fotonica necessariamente.

    (Se nao entendeu nao tem importancia, Cesar, eh tautismo meu)

  2. Morbi/mortalidade

    (…)foi recusado como terapia eficiente e pouco mórbida para cura de pacientes com câncer de próstata(…)

    Desculpe, mas acho que o sentido é de que a terapia não é eficaz para alterar a morbi/mortalidade do CA de próstata, não é mesmo?

      1. mais discussão nas estrelas….!

        Sim, Ivan! O sentido em portugues é exatamente o mesmo por isto que morbidade (ou morbidity) refere-se à doença e não à terapia.

        Acrescento mais: o US promove diferentes efeitos em diferentes tecidos, sendo que cada um tem propriedades físicas específicas que determinam a sua própria capacidade de refringência, absorção e reflexão. Por esta razão é possível fazer imagens com ele. Por outro lado, quanto maior a frequencia utilizada, maior a sua capacidade de discriminação de pequenas estruturas mas, em compensação, diminui drasticamente sua capacidade de penetração. Resumindo: Em tese seria possível aplicar US de alta intensidade e “aquecer” apenas o tecido cancerígeno, mas seria melhor ter, digamos, três fontes diferentes emitindo US de três posições espaciais distintas, todas emitindo simultaneamente sobre o tecido adoecido, diminuindo as possíveis lesões indesejáveis em seu percurso e maximizando na área do cancer. Mas não há espaço para tanto! Aumentar a amplitude significa também aumentar muito a absorção de energia de modo indicriminado, o que levaria à morte de mais tecidoss do que o necessário. Parece um dilema interessante. Lembro também que o US é onda mecânica. Não há fótons envolvidos (não é “substância” quantica).

        Abração!

        1. Eu sei que nao tem a ver com

          Eu sei que nao tem a ver com quantica, Moraes.

          Eu estava falando de uma arquitetura serial para as emissoes do US baseada em fotonica.  As frequencias sao multiplos (sempre) da frequencia molecular que voce quer atingir.  E a energia seria de fato mais baixa, nao mais alta, do que o necessario.  Eh que com o tempo de reacao molecular a uma reacao aa frequencia x, a molecula ja estaria em posicao de reagir ao input levemente diferente de uma nova frequencia US.  So que lporque infinitas sequencias fotonicas existem, voce teria que saber exatamente o que quer atingir e se basear naquela numericidade molecular especifica.

          (Como eu disse, nao faz sentido pra ninguem exceto pra mim.)

          1. mais viagens….

            Entendo…

            Mas seria necessário determinar uma estrutura molecular-alvo que seria mais ou menos específica no cancer em questão.

            Um pessoal de São Carlos agrega corantes a substâncias que fazem parte do metabolismo normal dos tecidos. glicose, por exemplo. Como em tecidos tumorais o metabolismo é mais intenso, o consumo de glicose aí é maior. Esta glicose marcada se acumulará mais nestes locais. Então ekes “bombardeiam” a área com laser de uma cor específica que o corante absorva. As células normais são poupadas e as tumorais sofrem o “ataque” do laser. Poderia, portanto, pensar em “marcar” o tumor prostático com uma substância com resposta conhecida de absorção de frequencias específicas do US (e diferente dos tecidos circunjacentes) e utilizar esta frequencia e seus múltiplos para atacar o tumor.

          2. Ta mais facil do que eu

            Ta mais facil do que eu pensei entao:  atinja os corantes.

            Tudo que eu falei vai com a Teoria de Todas as Curas, e nao vai dar pra revisitar tudo de novo, ja passou.

            Tou com outro problema similar porque tou doido pra falar de “morte com hora marcada” (advinhe quem…) e eh assunto complexississimo mas pra mim eh dos 1975 (Tia Neiva ja explicava antes disso).  Eu nao vou voltar ao tempo.

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