Corporativismo médico e miséria moral

Nos dias tensos e intensos que o país vive nas últimas semanas em virtude da emergência de vários fatores, a incerteza sobre os destinos da economia e, em especial, as manifestações massivas dos jovens de classe média, abriram a caixa de Pandora do país, expondo seus males históricos e estruturais, entre eles, a precariedade absurda da mobilidade urbana das grandes metrópoles. O Movimento Passe Livre (MPL), que fez as primeiras convocações, teve uma adesão enorme e, com isto, tornou público o sofrimento cotidiano da ida e vinda ao trabalho de milhares de pessoas que padecem horas em trens, metrôs e ônibus superlotados, pagando caro por um serviço indigno.

A magnitude das manifestações pareceu a muitos um raio em céu azul.   Penso que surpreendeu a todos. Ainda estamos ensurdecidos e perplexos com a forma como  tomaram as ruas, e mais ainda com a violência da repressão policial que se abateu sobre elas, em especial em São Paulo e no Rio de Janeiro, ampliando ainda mais o número de manifestantes. A geração de 1968 não teve como não se lembrar das pancadarias que viveu sob a ditadura militar a cada protesto coletivo realizado.

 Os manifestantes escancararam a precariedade da prestação de todos os serviços públicos. No bojo da explosão reivindicatória, em que a questão da Saúde Pública compareceu fortemente, tornou-se público, ou mais difundido, o projeto governamental Mais Médicos, que se apresentara inicialmente como a necessidade emergencial de contratação de médicos estrangeiros diante da carência desses profissionais no Brasil. Logo mais, a proposta de inclusão de um estágio no SUS de dois anos, com certa semelhança à residência médica. Depois disto o governo anunciou a precedência nos contratos para médicos brasileiros, com salários de R$ 10.000, casa e alimentação para a família, desde que aceitassem trabalhar nas regiões brasileiras mais carentes destes profissionais.  O que se viu diante dessas propostas? Passeatas de jovens estudantes de medicina contestando com veemência retórica e gestual o projeto governamental.  Alguns cartazes exibidos foram escritos com dizeres de um grotesco assustador, além de escancararem preconceitos de várias ordens.

Um dos males de nossa caixa de Pandora reside na péssima formação cívica que guardamos como herança intocável de nossa formação. Habita soberana entre nós uma enorme ausência de qualquer coisa como espírito público e republicanismo. Aspecto ressaltado por todos os nossos clássicos. Imediatamente, mesmo se consideramos que o projeto foi apresentado de modo inábil, ou sem a devida discussão com a sociedade e com os movimentos sociais, a grande mídia não teceu nenhuma crítica à falta de civic culture  dos nossos doutores. Ao contrário, em vez de se preocupar com a sorte dos sem-médicos, entrou em cena desqualificando completamente as propostas, e com isto reforçando o já poderosíssimo corporativismo médico.

Todos conhecem no Brasil a força dessa corporação e a “eficácia de sua voz”, para  usar um conceito do economista Albert Hirchsmann. É bom lembrar que os que tiveram o privilégio de estudar nas universidades públicas – infelizmente no Brasil ingressar em uma universidade pública, e muito mais em um curso de medicina, constitui um privilégio, e não um direito universal – tiveram seu curso pago com dinheiro de todos nós. È o povo brasileiro que paga os doutorados e pós-doutorados no exterior e o resultado deste investimento da nação foi excelente: temos ótimos médicos. A medicina brasileira  não deve nada aos melhores centros médicos de excelência mundial.  Contudo, no interior deste processo de formação de médicos de alta qualidade técnica se oculta uma grande tragédia. Essa medicina está concentrada  nas regiões ricas do país e serve a pouquíssimos brasileiros, ou melhor, serve aos ricos.

Na outra ponta da nação existem milhões de brasileiros cujas vozes e grandes sofrimentos ninguém ouve, pois a grande mídia não fala deles, são invisíveis, são silenciados exatamente pela sua pobreza. Estes não têm médicos. Centenas de cidadezinhas não dispõem de nenhum profissional para socorros emergenciais e para salvar vidas. Estão alijadas do sistema de saúde porque são vítimas de uma mentalidade e de uma visão de profissão elitista e individualista. Existem outras formas mais nobres de enxergar a medicina – por exemplo, a de uma organização como Médico Sem Fronteiras, que enfrenta situações mais duras em países em guerra, como o Afeganistão e outros, totalmente desprovidos de qualquer estrutura de equipamentos médicos. Salvo engano, são considerados excelentes profissionais. Mas esta é outra história.

  Em uma viagem de pesquisa, nos fundões da Bahia, entrevistei uma mulher que chegara aos 50 anos sem conhecer este personagem,  o médico. Passara a vida em curandeiros/as e ingerindo as tais garrafadas “medicinais”. Nossa tragédia neste campo não para aí. A pergunta que temos na garganta é: por que os médicos agem de forma tão desumana, se recusando a sair das grandes e médias cidades para salvar vidas e, com isto, respeitar o direito mais elementar dos homens, o direito à vida?

Esta questão se desdobra na constituição de uma medicina sem alma, calcada em uma ideologia absolutamente mercantil da profissão. Tal processo formativo modela a expectativa entre os jovens candidatos a médicos, que se tornam pessoas, donas de atitudes e sentimentos desprovidas de qualquer compromisso com seus concidadãos, com seu país.

Justíssima a posição de vários deles de dizer que o crônico problema da Saúde Pública no Brasil não se resolve apenas com mais médicos, mas com investimentos vultosos em postos de saúde, hospitais e equipamentos médicos.  No entanto, as pesquisas mostram que isso não é tudo. O jornal O Estado de S. Paulo exibiu em suas páginas uma reportagem, no dia 14 de julho/2013, com a seguinte informação: “Número de médicos não segue crescimento de infraestrutura. Nos últimos cinco anos, a infraestrutura de Saúde no Brasil cresceu em ritmo mais acelerado do que o número de médicos que atendem a população.” Ainda mais, demonstra graficamente a grande defasagem entre as duas variáveis. Ou seja, existem hospitais fechados por ausência de médicos dispostos a trabalhar neles e as populações dessas cidades têm de enfrentar viagens longas para ter acesso a uma consulta em uma cidade maior.  Muitas destas travessias terminam com a morte precoce de pessoas que não suportaram a viagem.  E as periferias e hiperperiferias urbanas têm a mesma carência de médicos. Tornou-se comum aos doentes esperarem horas, às vezes dias, depois de viajar nos malfadados ônibus lotados e chegarem aos postos de saúde e não encontrarem médicos. 

 Em suma, como começar a desatar, ou para ser mais precisa com a lenda, cortar o nó górdio da ausência de médicos? Puxando algum fio, pode ser pelo caminho mais carregado de interesses particularistas, ou seja, daqueles interesses voltados à reserva de mercado e à exclusividade da pratica médica para brasileiros que não querem se deslocar dos grandes centros, portanto um profissional escasso. Isto tem um nome: chama-se manutenção de privilégios corporativos e absoluta ausência de responsabilidade moral. Começa por não se colocar uma questão simples: devolver à sociedade que pagou os seus estudos alguma dedicação a ela.

Muitos médicos com quem converso há anos sobre isso atribuem esta atitude ao tipo de formação profissional que as atuais faculdades de medicina fornecem aos seus estudantes, ou seja, as escolas formam mentes excessivamente voltadas para o mercado, para as especialidades mais rentáveis, e ignoram as necessidades do País e de seu povo.  Como se sabe, muitos países adotam a contratação de médicos estrangeiros, uma vez diagnosticada a carência destes profissionais. Vejamos os nossos dados sobre a distribuição dos médicos pelo território nacional.  Segundo o Ministério da Saúde, existe no País 1,8 médico por mil habitantes, ao passo que na Argentina a fração é 3,2; no Uruguai, 3,7; em Portugal, 3,9, e na Grã-Bretanha, 2,7. Portugal, que tem 4 médicos por mil habitantes, tem um programa de atração de médicos cubanos, hondurenhos e costa-riquenhos para atender nas regiões rurais. Dezessete por cento dos médicos que atuam no Canadá são estrangeiros; em algumas províncias, o número chega a 60%. Lá se atrai o médico sem a validação do diploma.

A validação do diploma e o controle da qualidade dos profissionais estrangeiros contratados deve ser um quesito inegociável.  Fora disto, e da constatação absolutamente verdadeira de que o financiamento a saúde permanece precário e insuficiente, as manifestações da corporação até agora só revelam uma coisa: tratam-se de posições corporativas, estreitas, egoístas e com facetas de insensibilidade moral e social assustadoras. 

Que setor profissional recebeu a oferta de começar a vida na profissão com salários de R$ 10.000 – em alguns municípios até de R$ 20.000? Ainda assim, os doutores não consideram essas vantagens suficientemente atrativas para salvar vidas nos cantos mais pobres de nosso país e de nossas grandes cidades. A nota predominante é a recusa de servir às populações mais indefesas, mais carentes. Em outras palavras, os médicos se mostram incapazes de cooperar para a melhoria da qualidade de vida dos seus concidadãos.

John Stuart Mill dizia que um dos princípios cardeais do desenvolvimento da cidadania estava na formação de pessoas com “capacidade de cooperar” na busca de melhorias para a sociedade. O que estamos assistindo, por parte da corporação médica, com as louváveis exceções de sempre, é o oposto disto. Tem prevalecido o mais absoluto individualismo negativo, aquele que é totalmente indiferente ao sofrimento socialmente evitável de seus concidadãos. Com isto, predomina a miopia ética e social e a perda completa da capacidade de olhar o outro e suas necessidades. Trata-se de um caso – ou de mais um caso – de escancaramento de incapacidade cooperativa no país.

Outro grande autor, Antonio Gramsci insistia que se deter apenas no momento corporativo da ação coletiva significa que o interesse geral jamais será contemplado. O particularismo dos interesses se torna quase uma segunda natureza, que endurece as pessoas a tal ponto que a vida e a morte do outro passa a não fazer parte do seu universo mental.

 Como na abertura da caixa de Pandora, que joga ao mundo todos os males, permaneceu no seu fundo apenas um elemento, a esperança. Mas, depois de assistir pela televisão que o grande número de inscrições para o concurso médico era maior que a oferta de vagas, e que paira no ar a suspeita da sabotagem dos doutores ao concurso, a esperança posta no fundo da nossa caixa de Pandora se metamorfoseou em pessimismo da indignação. O caso dos médicos pode se transformar em caso de polícia.

* Walquíria Leão Rego é professora titular de Teoria Sociológica da IFCH-Unicamp

24 Comentários

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  1. comentário
    Só não concordo que a proposta do governo tenha sido precipitada. O momento tornou-a possível. O assunto vinha sendo discutido há
    tempos e as mobilizações tornaram possível
    politicamente o seu lançamento e a sua discussão, como está ocorrendo. O que haveria que esperar: pela governabilidade? Mas o governo não tem sido criticado por isso? Tampouco é justo falar “isso não basta”. Não foi colocado assim e haveria então que fazer uma análise mais global e histórica. Na minha opinião este é um tema em que a proposta do governo é corretíssima e colocar senões não ajuda nem a causa nem ninguém.
    __

  2. Salário

     Caro jornalista, você está muiiiiiiiiiiiiiiito desinformado. Em primeiro lugar a educação é OBRIGAÇÃO do estado e não uma esmola, em segundo lugar nem isso pode ser falado pois o serviço civil obrigatório atinge também os estudantes do ensino privado que muitas vezes são custeados com o esforço de toda a família. E essas pessoas privilegiadas como você diz suportam os impostos mais altos do mundo, tendo que trabalhar de 4 a 5 meses para sustentar essa máquina corrupta do governo. Outra coisa que salário que você está falando?? É uma bolsa, se for igual a residência o governo vai fazer o possivel para colocar imposto de renda, e ainda por cima se o médico não aguentar fingir que está tratando as pessoas e resolver sair tem que devolver todo do dinheiro do tempo trabalhado, ou seja forma de semi escravidão, parece da época do império e republica nova em que os extrangeiros eram trazidos e aqui ficavam com a divida da passagem mais a divida do mercadinho da fazenda que tinha sobrepreço, e o extrangeiro só poderia ir embora depois de ter sua “divida” paga. Tenho muitos amigos que foram para o interior e voltaram por não aguentar fingir que estava fazendo medicina, porque o prefeito dava calote e os ameaçava se eles não entrasse no esquema político dele. Agora faltam defensores público no Brasil inteiro, será que o governo vai fazer serviço civil obrigatório para direito???? Será que vai abaixar os salários dos juizes, promotores e defensores públicos e dizer que eles não vão para interior porque não querem? Se informe melhor antes de fazer uma reportagem.

  3. A Senhora leu a proposta do

    A Senhora leu a proposta do programa maismédicos? Se leu deve ter visto que a remuneração é de 10.000 reais, porém não existe vínculo empregatício. Traduzindo, os médicos trabalharão sem carteira assinada, sem INSS, sem FGTS, sem 13 salário, sem férias, sem aviso prévio e sem multa do FGTS caso sejam demitidos sem justa causa (o que sempre ocorre quando muda o prefeito). Se pedirem demissão antes de 180 dias terão que devolver toda a ajuda de custo recebida.  

    A Senhora gostaria de trabalhar assim? Sem os seus direitos básicos da constituição respeitados?

    Além disso, a medida também vai valer para quem estudou em instituições privadas. E estes não estão devendo nada à Sociedade.

    Passeie pela faculdade de medicina e veja que os estudantes permanecem nos últimos dois anos da formação trabalhando em tempo integral nos hospitais públicos, e de graça. Posteriormente fazem residência e permanecem mais 3 a 6 anos trabalhando mais de 80h semanais em hospitais públicos, recebendo apenas uma bolsa. É claro que como em qualquer profissão existem os maus médicos, mas não podemos generalizar.

    Espero que a Senhora avalie esses aspectos.

    1. Em que mundo você vive?
      No

      Em que mundo você vive?

      No interior da Bahia o médico não tem carteira assinada, não tem 13º, não tem férias, não tem aviso prévio. E sabe porque nunca acharam ruim? Porque eles somam vários empregos dessa forma e fazem fortuna, chegando a ganhar duas vezes o que o governo está pagando para só trabalhar um dia na semana em cada localidade. Hipocrisia, a gente vê por aqui!

  4. Não sou médica, trabalho no

    Não sou médica, trabalho no setor de construção civil. Viajo muito para o iterior do país. Trazer mais médicos para o interior não vai resolver em nada o problema de saúde, pois o grande problema não são só falta de médicos, mas sim de estrutura. Se um peão de obra se machuca mais gravemente, em cidades pequenas não há hospitais, portanto deve ser levado ao posto de saúde para encaminha-lo a uma ambulância. Nos postos do interior  há normalmente 1 médico, que o examina clinicamente e não pode concluir nada, pois nem raio x não há… nem pode fazer reanimação pois não há desfibriladores, nem mesmo pode fazer uma pequena cirurgia, pois não há sala cirurgica… o que pode então fazer o médico?Pegar o telefone e ligar para a ambulância ( muitas vezes só há uma ambulância na cidade… se estiver em uso, o cidadão em  grave estado deverá esperar deitado numa maca, a ambulância chegar… se chegar a tempo….

    O que poderão fazer dois ou três médicos neste mesmo local? … Assistir a tres a chegada da ambulância?

    Isto nÃo acontece só no interior. Aqui mesmo na capital, muitas vezes é preciso levar um paciente a UTI, e estão todas cheias, não há vagas. 

    No interior , pequenos hospitais estão sempre lotados, e não tem tratamentos especializados, portanto os clínicos gerais enviam os doentes ( de tratamento de radioterapia, etc, para as capitais), o que lota o sistema. Assim já vi empregados de obra esperarem cerca de 6 meses para uma cirurgia,… e não por falata de médicos, mas por falta de salas cirúrgicas livres…

    É  como enviar cozinheiros a uma cozinha sem fogão, sem geladeira, etc… 

    Tanto que a associação médica espanhola, que já percebeu que esta é uma atitude eleitoreira, já avisou que só mandaria com garantias… de que o local tivesse estrutura adequada. 

    Muitos dos médicos são acionados na justiça, pois sem ter como fazer um diagnóstico adequado, levam seu doente a óbito. Mas eles não são adivinhos, precisam de equipamentos, locais , medicamentos e locais adequados para o atendimento. Viaje para o interior do Brasil e confira o estado dos postos de saúde !! 

    Nenhuma profissão quer ir a um local destes, ainda mais sem nenhuma garantia trabalhista. Eu mesma conheci médicos no interior que as Prefeituras abanaram com salários de 10 mil, e depois justificaram que estavam sem caixa, baixaram seus salários para 5 mil e depois para 3 mil… 

    Políticos no Brasil não são sérios, são desacreditados, pois nunca cumprem com sua palavra.

    1. Dei muita risada da sua

      Dei muita risada da sua postagem.

      Tem certeza de que vc não é médica? Qualquer um percebe que é. Pra quem trabalha com civil vc entende bem de transferência de pacientes, exames médicos…

      Se vc conhecesse realmente os interiores dos Estados brasileiros vc veria centenas de postos de saúde e hospitais brigando por médicos e também fechando por falta de médicos. Sabe quem não sente a falta deles? Quem mora na capital… Quem tem opção, pois ora há o SUS, ora há a rede privada. E quem não tem opção? Morre?

  5. Com os 2 anos a mais no SUS

    Com os 2 anos a mais no SUS incorporados à Faculdade de Medicina, finalmente aprenderemos algumas matérias para as quais anteriormente nao tínhamos tempo hábil.
    Só agora, na prática diária e sozinhos, dominaremos:

    1. Improvisação dos Materiais de Trabalho – I e II 
    2. Cura pelas Mãos – Protocolos Atualizados
    3. Cura pelo Pensamento Baseada em Evidências 
    4. Aguardando um Especialista – I, II, III e IV
    5. Desenvolvimento da Visão de Raios X – Técnica Rápida
    6. Aguardando uma vaga de UTI – I, II, III e IV
    7. Dois corpos na mesma Maca – Teoria e Prática
    8. Trabalhando por Amor – Práticas Avançadas
    9. Métodos de Relaxamento para Filas de Espera em Emergência
    10. Escolhendo quem Sobrevive para Vaga Única – Diretrizes
    11. Troca do Tratamento Adequado pelo disponível no Posto – Estudos Avançados
    12. Agilização de Atendimento – Método “1 paciente em 15 min”
    13. Aguardando Exames de Sangue/Urina – Fluxogramas
    14. Desistindo dos Exames de Sangue/Urina – Fluxogramas
    15. Não há Pediatra no Programa de Saúde da Família – Explicando às Mães 
    16. Comer ou Pagar os Exames necessários – Ajudando o Paciente a Refletir

    Adaptação da Dra Juliana Dias – Faculdade Medicina ABC

    1. Como assim?

      Ora, quanta ingenuidade. Quer dizer então que alguém imagina que vai “na prática diária, e sozinhos, dominar” … 

      Não. Com toda a certeza, não. Mas, veja bem.. Se é que você não sabia que esses problemas existem (Oh, não houve “tempo hábil na faculdade” pra “aprender”. E pra apreender? Houve tempo hábil em sua vida?), sugiro apenas abrir esses olhos. E circular pelos Hospitais. PÚBLICOS E PRIVADOS. Ou alguém sai da Faculdade achando que será empregado imediatamente no Sírio, no Albert Einstein… onde esses problemas estão afastados, em tese. 

      Mas 2 anos de SUS não te ensinará a fazer mágica. Colocará seus pés no chão, no que se refere ao seu desenvolvimento profissional e pessoal. Apenas isso. 

      Quanto à sociedade que paga a conta dos seus estudos, terá um ínfimo retorno do investimento em sua educação. 

    2. Tempo hábil

      É verdade que os médicos de inúmeras unidades públicas de saúde enfrentam tudo isso que está aí listado. Mas também é verdade, e disso NENHUM de vocês abre mão, é que existe um histórico “esquema”, que consiste em fingir que trabalha em dois ou três hospitais e não cumprir horário em nenhum deles. Sem falar no tal de day off.

      Eu estou cansada de médicos que se fazem de vítimas, quando as verdadeiras vítimas são os pacientes que buscam os hospitais. Falta muita coisa material, sim, mas falta sobretudo solidariedade do médico. Talvez você, Anônimo (????), seja um dos médicos solidários, e será uma exceção. Porque a maioria trata o paciente como lixo, não bota nem a mão na pessoa, tem nojo. Não tem essa conversinha de “ajudando o paciente a refletir”. Eu falo de cadeira, porque conheço inúmeros médicos, alguns muito bons e realmente comprometidos com a saúde pública. Estranhamente, são justamente esses os que não estão contra o programa.

      Precisa dizer mais?

  6. Que dó desses médicos coitadinhos e maltratados

    Nossos comentaristas da página são médicos basicamente frustrados, egoistas, preconceituosos, desinformados e pouco afeitos ao trabalho social ou ao trabalho público de saúde. Não querem entender que o programa se trata de uma bolsa, cujo valor é muito bom. Não é proposta de emprego com 13º, etc. É para novatos, novos médicos que poderão com o auxílio dessa bolsa prestar um trabalho comunitário mesmo e ainda concluir uma residência médica. Vão aprender a gostar de gente, vão tocar no paciente, vão fazer medicina preventiva e educativa. Médico não é ser coitadinho em nenhum lugar do planeta. Esses médicos membros da máfia de branco, não aceitam dividir previlégios e não querem entender, por má fé mesmo, que um Estado que investe R$ 800.000,00 na formação de cada médico tem o direito e a obrigação de fazer esses profissionais a pelo menos atuar dois anos na rede pública. É o mínimo do mínimo. Os médicos atualmente estão “tão” preocupados com a saúde pública que no que terminam o curso vão fazer residências em cirurgia plástica e dermatologia. Ninguém quer mais ser pediatra, obstetra, ginecologista, médico da família etc…

    1. Programa Mais Médicos

      Prezada senhora. O programa mais médicos nega os direitos básicos das leis trabalhistas do Brasil: férias , décimo terceiro, licença maternidade, INSS, horas extras. Caso o médico não queira ficar no interior com as condições impostas pelo governo federal terá que devolver o dinheiro!!! Lembra das fazendas que tinham uma venda e os agricultores compravam ali e não podiam ir embora sem pagar? Outra questão, exigimos sim que os médicos formados no exterior façam a prova de revalidação dos diplomas. E para finalizar os médicos que quiserem se inscrever no programa mais médicos tem que apresentar carta de demissão do trabalho anterior. Esse programa é totalmente ilegal. Vá até o portal da saúde e leia o edital .

    2. Quem são vcs para falar em coisas que nao vivências

      Falar de medicos que estão boicoitando o tal plano de governo…. Palavras vãs de quem realmente nao sai de uma cidade bela e maravilhosa como Campinas… Antes de qualquer coisa… De doutorado emsei lá o que ?!?!,,Venha ver a realidade de quem  vê uma criança morrer por falta de investimentos básicos … E você Erasmo das quantas venha conhecer Cuiabá. Que ao invés de se investir na saude hiper  superfaturaram as medíocres obras para a Copa ……Ao invés. De chamar os medicos de mercenários. Venha viver o que os medicos mercenários sentem quando se perde um pai de família em suas mãos por falta de uma medicação ou por falta de um aparelho ou por falta de uma ÚTI ….Ora e muito fácil chamar os medicos de mercenários enquanto vcs ficam aí assistindo sua sky e morando em grandes centros ….nao enxergam o seu umbigo…. Ao invés de ver que todo esse investimento para trazer medicos estrangeiros que nem sabe a diferença entre uma cetriaxona e uma cefepima …será que vc sabe famigerado Erasmo…. Ou e dor de cotovelo por nao ter conseguido fazer uma boa formação ,…. E nao faltam medicos no interior ….Aqui nesta cidade ou no Brasil…falta investimentos na saude ..na educação e os brasileiros que realmente  só sabem falar e escrever belas falácias ao invés disso venha conhecer a realidade da saude… Nao ficar escrevendo tranqueiras que nao servem para nada ,…. Pois se realmente soubesse nao estaria denegrindo uma profissão que realmente vê as pessoas sofrerem…..

      voces sao marionetes de um governo corrupto… E tenho pena de uma pessoa que  se diz mestre….coitadinha. De vcs

  7. Desculpe, mas esse texto é

    Desculpe, mas esse texto é ridiculo.

    ”por que os médicos agem de forma tão desumana, se recusando a sair das grandes e médias cidades para salvar vidas e, com isto, respeitar o direito mais elementar dos homens, o direito à vida?”

    ou eles não saem das grandes cidades porque terão que se responsabilizar por VIDAS sem o minimo necessário para isso, sem qualquer direito trabalhista? porque todos os profissionais podem trabalhar dignamente e os médicos terão que trabalhar com o que tiver? e por causa disso são taxados como mercenários  e desumanos?
     

    Agora me veio em mente aquelas correntes demograficas.. As familias são pobres porque tem muitos filhos, ou tem muitos filhos porque são pobres? quem estava certo?
    Fazendo uma compação com saúde… A saúde nos interiores não é boa porque não tem médico ou não tem médico porque a saúde nos interiores não é boa?

    Muito fácil colocar a culpa da Saúde nas mãos dos médicos….

    O problema é beeem mais embaixo.. Ou seria mais EM CIMA?

  8. Parabéns a autora da reportagem

    Parabéns a autora da reportagem por tocar em uma assunto tão delicado e frizar pontos cruciais, a mídia e médicos batem na mesma tecla sempre que faltam infraestrutura, claro que falta isso todos concordam mais faltam médicos também! Querem mudar um dos focos que é a falta de médicos. O tempo do coronelismo, da prepotencia, da arrogância já acabou, deixemos a hipocrisia de lado e que venham médicos para nossa população com especialização em gente!

  9. Paramédicos cubanos

    A classe médica brasileira merece respeito e consideração, senão por todos os seu membros, mas pela grande maioria de profissionais abnegados e competentes que aliviam o sofrimento e salvam vidas como missão de vida. Os médicos não reagem com violência, pelo contrário, se manifestam pacífica e ordeiramente contra o achincalhe que o governo quer lhes impor. O Vladimir Safatle propõe que o ministério da Educação “estabelecesse, de uma vez por todas, uma lista das universidades consideradas compatíveis com o nível de exigência das universidades brasileiras”. Já imagino como se organizariam as bancas examinadoras que percorreriam as universidades do mundo submetendo-as a julgamento, em que prazo, a que custo, com que critérios, e mais, se essas universidades se submeteriam a tal verificação. A enxurrada de paramédicos cubanos que o governo quer importar é parte do plano do PT e do Foro de São Paulo de impor um regime soviético ao Brasil e a toda América Latina. Esses ativistas e propagandistas cubanos travestidos de médicos serão a ponta de lança dessa investida macabra. A lasse médica brasileira não merece o achincalhe, nem os brasileiros querem ditadura soviética.

  10. Completo ignorante! Fácil

    Completo ignorante! Fácil falar quando não são os seus direitos trabalhistas que estão sendo retirados. Fácil trabalhar com a bundinha sentada na cadeira, no ar condicionado, com energia elétrica e água potável. Sugiro que quando precisar de assitência médica procure um postinho de saúde onde judas perdeu as botas. Bando de hipócritas! Médico também é humano, tem contas a pagar, tem família, trabalha por dinheiro como em qualquer outra profissão. O povo parece que tem inveja de médico.

    1. Educação ajuda

      Professores tambam são humanos. Somos agredidos em sala de aula, violentados pelo governo do estado de São Paulo e nosso salario é 1/10 do salário dos médicos e não vi ninguem (como voce) gritar por salários dignos para professores.

      Em tempo: professores (doutores) dão aula no interior da Bahia com o salário que o governo federal paga

    2. muita maldade

      Porque voce não se identifica, o povo não tem inveja de médico não, estamos tendo raiva, raiva da hipocrisia, raiva da falta de humanidade, raiva do descaso e mais  raiva ainda porque eu pago imposto para essa cambada estudar nas melhores universidades públicas e depois tratar o povo como lixo.  

    3. Com R$10.000,00 de salario

      Com R$10.000,00 de salario por mês oferecidos pelo programa, não me venha falar de contas a pagar e familia. Isto é mais do que suficiente pra levar uma vida digna. Concordo que o texto é tendencioso, concordo também que trazer médicos estrangeiros não vai solucionar todos os problemas da saude no Brasil, mas não entendo porquê raios essa ojeriza contra medicos estrangeiros. Se eles não são a salvação do SUS, ao menos é uma medida concreta para o problema do deficit de profissionais em algumas regiões. Não existem formulas milagrosas, mas vejo  como enriquecedora a vinda de profissionais estrangeiros de uma forma geral, sejam eles médicos, engenheiros, ou jogadores de futebol, como alias, foi e continua sendo verdade em diversas culturas e épocas, não somente no Brasil.

  11. Lamento muito a divulgação de

    Lamento muito a divulgação de um texto tendencioso e mentiroso sobre o caráter do médico brasileiro. Pessoas que têm o poder de comunicar e formar opinião possuem uma responsabilidade enorme e que poucos têm a capacidade de exercê-la de forma idônea.

    Convido o autor deste “artigo” a conhecer a realidade. O dia a dia de médicos brasileiros que não são exceção, que amam gente ” como li aqui”, porque “amar o outro que se desconhece” é pré- requisito à escolha da profissão Médica.

    Sou médica, paguei 2x pelo meu estudo ( através dos impostos pagos pelos meus pais e pelo pagamento de mensalidades do curso privado que meu pai vindo do ensino público, trabalhador desde os 14 anos, trabalhou noite e dia para honrar). Fiz 6 anos de estágio no SUS. 2 anos “de graça” (e olha que eu não estava “devendo” à sociedade!!!) em paralelo ao estágio obrigatório do curso de Medicina (chamado internato, para quem desconhece). Aprendi muito e salvei muitas vidas pelo meu empenho somente e estava numa capital. Aprendi que o doente com frio, com sorte, dorme na maca sem colchão e lençol. Aprendi que o paciente do SUS, aprende a perder o seu pudor. Descobri que os antibióticos do livro não existem nas unidades de saúde. E antes que falem que sou coitadinha e sofredora, pararei. Pois não sou. Quem sofre todos os dias são as pessoas humildes e carentes de políticas públicas dignas. Carentes de líderes políticos que não gostam de gente, mas de votos na urna eletrônica.

    Enquanto o discurso do Governo for este, mais pessoas morrerão por não haver saúde. Saúde mental e moral de nossos governantes.

    1. “Corporativismo médico”

      Eu coordenei durante vários anos um projeto de leitura intitulado Pro-Leitura que infelizmente não vingou no Brasil, lamentavelmente. Esse projeto levava em conta a falta de competência do leitor brasileiro em leitura: compreensão objetiva e análise de um texto levando em conta o ponto de vista do escritor, isto é, a partir de que contexto (lugar, momento histórico, etc) e o  suporte de leitura (texto jornalístico, livro, etc.) em que o texto estivesse inscrito….Enfim, se o Brasil tivesse ou quisesse ainda formar leitores maduros e competentes, a gente evitaria muito desgaste de tempo e de nervos nas nossas compreensões de textos bem como dos nossos diálogos.  No caso, eu lamento que a doutora Fernanda perca tempo se justificando se ela não se sente atingida pelas criticas do artigo. Lamento que ela julgue mal a socióloga (tendenciosa, etc) que escreveu o artigo, muito bem escrito por sinal em termos de análise sociológica da questão médica no Brasil para qualquer pessoa que tenha uma formação mínima em sociologia e filosofia; mais um sinal de que a educação no Brasil está tão carente quanto a saúde. Enfim, eu tenho formação em Letras, filosofia, antropologia e psicanálise. Eu gostaria de lembrar à Dra. Fernanda que os primeiros médicos que a humanidade conheceu foram filósofos, e que não seria mal, aproveitando o ensejo, que a medicina resgatasse essa lacuna na formação dos médicos brasileiro, pelo menos. Por outro lado, explico antees de causar problemas na comunicação, que se eu declino aqui minha formação  é para que a Doutora saiba de que “ponto de vista” estou dizendo estas palavras a ela. Gostaria de dizr também que se ela trabalhou no SUS de graça, eu acho isso louvável. Eu também trabalhei com alfabetização de adultos sem estar ligada a nenhuma instituição oficial, e efetivamente sem salário, sem ganho outro além do desejo de contribuir para a educação no meu país. Portanto quando se faz esse tipo de trabalho, a gente não precisa de aplausos. O reconhecimento está em se poder fazer aquilo que se faz.  Portanto eu penso que quando a gente julga que é um bom profissional a gente não deva se sentir atingido quando os maus profissionais da nossa categoria são criticados; Ou quando os valores de alguns desses profissionais são criticados. Do contrário a gente se envolve de modo subjetivo em um texto que traz uma análise objetiva de uma situação, e aí a gente entra no que o texto em questão chama de “corporativismo”.  

      1. Arrogância intelectualoide…

        O comentário acima só serviu para expor a arrogância pseudointelectual e academicista de certas pessoas portadoras de infinidades de diplomas e que contribuem muito pouco para a sociedade de forma prática. Ser formado em Letras (cujo curso não é dos mais concorridos e não goza de qualquer respeitabilidade social) parece que traz um certo complexo de vira-latas para esta pessoa, que tenta resolvê-lo atacando a médica que se manifestou. Acho que você deveria mesmo procurar um analista!

  12. Com os 2 anos a mais no SUS

    A Dra (queria saber se é em alguma coisa ou apenas o titulo cultural) Juliana, demonstrou todo o preconceito, odio de classe e rancor pelas pessoas. vou enumerar::

    crt/cmdv

    1. Improvisação dos Materiais de Trabalho – I e II 
    2. Cura pelas Mãos – Protocolos Atualizados
    3. Cura pelo Pensamento Baseada em Evidências 
    4. Aguardando um Especialista – I, II, III e IV
    5. Desenvolvimento da Visão de Raios X – Técnica Rápida
    6. Aguardando uma vaga de UTI – I, II, III e IV
    7. Dois corpos na mesma Maca – Teoria e Prática
    8. Trabalhando por Amor – Práticas Avançadas
    9. Métodos de Relaxamento para Filas de Espera em Emergência
    10. Escolhendo quem Sobrevive para Vaga Única – Diretrizes
    11. Troca do Tratamento Adequado pelo disponível no Posto – Estudos Avançados
    12. Agilização de Atendimento – Método “1 paciente em 15 min”
    13. Aguardando Exames de Sangue/Urina – Fluxogramas
    14. Desistindo dos Exames de Sangue/Urina – Fluxogramas
    15. Não há Pediatra no Programa de Saúde da Família – Explicando às Mães 
    16. Comer ou Pagar os Exames necessários – Ajudando o Paciente a Refletir

    Adaptação da Dra Juliana Dias – Faculdade Medicina ABC. Essas são as falas dela. logo imaginei, está acostumada a essa prática,  enumerou 16 itens no qual com certeza tem doutorado. Vejam, se essa pessoa fosse realmente pregar o juramento de Hipocrates, ela saberia trabalhar de forma humana, social. Mas o que vejo, deboche. Sabe porque não ha pediatra, estão em seus hospitais particulares, realmente praticas avançadas deveriam ser utilizadas, especialmente o amor, não deveriam deixar o paciente esperando horas a fios, enquanto muitos médicos estão comprando em horário de serviço,  não pedir exames desnecessarios e  não receber dinheiro de laboratórios como barganha  para indicarem remédicos que muitas vezes não fazem efeitos. Parabens Médica Juliana voce me fez ver  de forma clara, o que os médicos pensam do mundo.       

  13. Para a maioria dos médicos, o que importa é o $$$ no bolso

    Se eu não me engano, no Canadá, o serviço de medicina não é privado! Lá você não pode ter um consultório e cobrar os olhos da cara (depois de ter feito um doutorado no exterior pago pelo governo) como acontece em muitos casos aqui no Brasil. A lógica da medicina no Brasil é a lógica de mercado, leva quem paga mais! Se você adquiriu um “nome no mercado”, passa a ser demandado e abandona todos os planos de saúde que antes atendia (quem dirá dar algum plantão em hospital público!) e passa a atender somente “particular”, com consultas que facilmente ficam acima de 500 reais. Uso um plano de saúde que paga ao médico R$100,00 a consulta. Na maior parte das vezes em que fui atendido, tive que marcar a consulta com muita antecedência e quando cheguei para ser atendido o consultório estava lotado (isto porque sempre chego no horário) e tenho que esperar a fila andar para ser atendido! Quase sempre fui atendido pelo menos 1:30h depois do horario agendado. Fui atendido por uma oftalmologista em Copacabana (me deixou esperando quase duas horas na fila) cuja consulta durou MENOS de 5 min (para falar a verdade acho que foi uns 3 min). Era um esquema de atendimento em série. Ela me colocou sentado no aparelho que muda as lentes (de forma muito rápida), mudou umas 4 vezes as lentes e perguntou se eu tinha alguma receita antiga. Quando disse que sim, ela de imediato pegou a receita e a copiou (de forma idêntica) e colocou o seu carimbo! Este era o padrão de atendimento (maximizar o lucro!). Cada paciente fica no máximo 10 min em sua sala. Concluindo… ela recebe por hora, pelo menos, uns 600 reais! Um amigo (cuja esposa “teve” que fazer cesariana) meu informou que não há nenhum anestesiologista médico no Rio nos planos de saúde. Se você quiser, terá que ir para hospital público, que ele achava arriscado, ou pagar do próprio bolso. A obstetra dele cobrou simplesmente 12 mil reais para fazer o parto… é oito-ou-oitenta… ou cai na mão dos mercenários… ou vai para o serviço público… graças a LÓGICA DE MERCADO!

     

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