Sérgio Moro x Dilma Rousseff

Por Fábio de Oliveira Ribeiro

Toda boa narrativa começa com uma disputa entre dois personagens potencialmente poderosos. Após ter sido criado um contexto social, histórico, geográfico e emocional para a história ocorre a complicação. Em razão da ação ou omissão de uma das personagens o conflito entre elas passa a dominar a narrativa. A tensão vai sendo amplificada à medida que ocorrem vários embates entre os antagonistas, de preferência em situações e locais diferentes. O clímax ocorre quando um dos personagens consegue, enfim, sobrepujar totalmente o adversário. A restauração da harmonia ou a criação de um novo conflito encerra a narrativa.

Desde que foi inventada, a imprensa sempre utilizou as técnicas de narração para manter a atenção do leitor e continuar vendendo seu produto. A disputa entre Sérgio Moro e Dilma Rousseff foi criada pela e para a imprensa.

Em razão da estrutura constitucional do nosso país, o chefe do Poder Executivo (o Presidente da República) não tem como interferir no trabalho de um membro do Poder Judiciário (o juiz de primeira instância encarregado da operação Lava Jato). Em razão da super exposição midiática concedida a Sérgio Moro (e desejada por ele), Dilma Rousseff foi constrangida a manifestar sua opinião sobre os delatores. Ato contínuo, o juiz desautorizou publicamente a Presidenta.

A imprensa instiga esta disputa como se a mesma realmente existisse. A verdade, porém, é que este confronto de titãs nem mesmo pode existir. Não compete a Sérgio Moro julgar Dilma Rousseff, pois a Presidenta da República tem foro privilegiado. Quaisquer que sejam as convicções de Dilma Rousseff sobre os delatores da Lava a Jato isto não poderá limitar o trabalho do juiz. A Lei garante a Sérgio Moro o poder/dever de julgar o caso de acordo com sua convicção racional formada a partir dos elementos existentes nos autos do processo.

Os jornalistas não poderiam continuar cobrindo um conflito que não existe e nem pode existir. Em razão disto, a imprensa – que em tese deveria manter o respeitável público informado – é obrigada a paradoxalmente seguir escondendo dos leitores a impossibilidade de um confronto entre Moro e Dilma. É preciso que o conflito entre o juiz (transformado em celebridade pelos jornalistas) e a Presidente (odiada intensamente por alguns barões da mídia) tenha existência para que continue a atrair a atenção do público, possa ser usado como instrumento de chantagem ou moeda de troca e, principalmente, produza lucro para os mercadores das guerras de palavras.

Sem a atuação da imprensa Sérgio Moro teria obrigação funcional de fazer seu trabalho e Dilma Rousseff poderia governar tranquilamente. A imprensa quer impedir a presidenta de fazer o trabalho dela, por isto usa um juiz que se deixa usar para criar e sustentar o conflito entre ambos. Ao criticar os delatores, contudo, Dilma fez o que lhe compete: interferiu num debate que está poluindo o “campo político”. Ao defender publicamente os delatores, Sérgio Moro passou a ser juiz e advogado dos mesmos.

Tenho dito aqui mesmo que o juiz da Lava Jato se complica mais e mais cada vez que sai do “campo jurídico” para jogar no “campo político”. Um juiz que defende as pessoas que deve julgar não está mais em condição de proferir qualquer julgamento sobre as mesmas. Sérgio Moro é experiente, conhece seu ofício. Em razão disto, fica parecendo que ele está deliberadamente comprometendo sua isenção para permitir uma futura anulação do processo da Lava Jato. A conferir.

Fábio de Oliveira Ribeiro

43 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Bobagem

    Moro não desautorizou ninguém e muito menos “defendeu delatores”. Tampouco a presidente os criticou, muito pelo contrário. Foi a presidente quem defendeu os delatores de fato, pois ao pretender igualá-los às vítimas da ditadura acabou por redimir seus pecados, como se fossem pobres coitados presos sem motivo e torturados até confessarem crimes inexistentes e entregarem informações sobre seus companheiros. E o juiz, como qualquer pessoa que conhece a história do Brasil e a realidade dos acusados da Lava Jato, rejeitou essa comparação, considerando absurdo igualar bandidos comuns às vítimas de um regime de exceção. Então se ele defendeu alguém, foram estas vítimas, jamais os delatores da Lava Jato.

    A distorção das falas de juiz e presidente só serve para mascarar a verdade e criar celeuma em cima de um assunto absolutamente banal. Dilma falou uma bobagem e Moro disse que se recusaria a levar aquela bobagem a sério. Ponto. Quanto mais insistirem nessa estória, mais embaraçosa ficará a situação da presidente, principalmente se tiver de explicar aos seus antigos companheiros de luta como exatamente a atual situação dos delatores da Lava Jato se iguala à deles naquela época. Duvido que algum deles tenha aplaudido a fala da presidente ou ficado satisfeito com essa comparação esdrúxula e desrespeitosa ao extremo.

    A verdade é que a presidente não tinha absolutamente nada que falar sobre um processo judicial ainda em curso, quem deve se manifestar sobre isso são os envolvidos. Fosse bem assessorada, responderia à repórter com um simples e batido “aguardamos o resultado das investigações e confiamos no trabalho das instituições”, e deu. Ninguém a criticaria por isso, a não ser talvez os maganos que se dizem seus apoiadores mas que não conseguem passar uma semana longe das páginas policiais dos jornais, e por isso estão sempre clamando para serem apoiados publicamente pela presidente. Mas Dilma tem coisas muito mais importantes a cuidar no país do que dos interesses desses “amigos”, e a sociedade espera que se manifeste publicamente sobre o que realmente importa.

    1. Moro defende os delatores e

      Moro defendeu os delatores e você o defende, mas diz que quem defendeu os delatores foi Dilma quando você mesmo os está defendendo indiretamente. Ha, ha, ha… 

      1. Moro não defendeu delatores

        Moro não defendeu delatores coisa nenhuma, ele defendeu as vítimas da ditadura que delataram sob tortura dizendo que era absurdo igualá-los a bandidos comuns tal como Dilma fez. Você acabou de provar que não leu a entrevista de Dilma e não entendeu a fala de Moro. Perdeu tempo escrevendo um tópico inteiro para falar sobre algo que não sabia e agora dá risada da própria ignorância. Eu poderia transcrever as falas de ambos aqui novamente, mas algo me diz que você não está nem um pouco interessado em saber a verdade ou dela falar, mas apenas vender seu proselitismo político barato.

        Este blog já foi mais sério.

    2. Seu comentário está

      Seu comentário está completamente errado. O que a presidente fez foi comparar casos de violação de direitos e garantias fundamentais, como na ditadura e nas medidas ilegais adotadas por Moro, o que vem gerando cada vez mais manifestações contrárias, não apenas de políticos, mas também de juristas, advogados, a OAB e mesmo ministros do STF. A banalização da prisão preventiva como meio de extorquir delações é um método de exceção, completamente ilegal. O MPF, por escrito, já deixou claro que a intenção é essa, e Moro não apenas sanciona essa utilização ilegal da prisão preventiva com sua atuação questionável, como se manifestou, no interrogatório de um suspeito que pedia a prisão domiciliar, que a colaboração com o juízo lhe seria favorável. Oras, a prisão preventiva não pode ser utilizada como instrumento para a obtenção da cooperação, basta ler a lei.

      Por outro lado, é completamente legítimo ao Presidente da República se manifestar politicamente, agente político que é. O mesmo não se pode dizer dos magistrados, que não possuem qualquer legitimidade para utilizar seus cargos para manifestar-se politicamente, menos ainda para debater com políticos. 

      1. Seu comentário está completamente errado.

        A presidente não comparou situação nenhuma. Poupe-me dessa arenga tosca pois a entrevista dela está online, eu posso transcrevê-la aqui para você omitindo as partes mais bizarras e sem sentido e não há absolutamente nada daquilo que você escreveu aí em cima. Perguntaram a ela o que pensava sobre a Lava Jato e ela respondeu que não respeita delator, pois quando foi presa e torturada também tentaram convencê-la a delatar mas ela resistiu. A única conclusão possível dessas palavras é que, para ela, os maganos endinheirados ladrões de dinheiro público da Lava Jato que delatam para reduzir suas penas (porque sabem que têm provas contundentes contra si) são iguaizinhos aos pobres coitados estudantes e trabalhadores presos pelo regime militar pelo único crime de lutar pela democracia, e que delataram seus companheiros porque não aguentavam mais torturas e terão de viver com a dor da culpa pela morte deles pelo resto de suas vidas.

        Esse é o tema da discussão. Você pode concordar ou não com a comparação da presidente, mas não venha criticar um magistrado por expressar sua discordãncia em público. Pois ele não está falando sobre processo, e sim sobre dignidade humana. Dilma matou pela 2ª vez as vítimas da ditadura com aquela frase infame e impensada. Ela muito provavelmente já sabe que falou besteira e não repetirá o erro, mas vocês insistem em tentar transformar um absurdo numa opinião legítima. E ao fazê-lo só contribuem para ofender ainda mais a memória dessas vítimas, e a própria imagem da presidente por tabela. Tenham modos, por favor. Façam como Moro: digam que não vão comentar essa bobagem e sigam adiante suas vidas.

    3. A Presidente não teria nada a

      A Presidente não teria nada a dizer se o processo se mantivesse apenas nos autos, o que não ocorreu.

      Á medida que vazam partes específicas do processo com acusções, até agora, sem prova alguma, contra a comapanha da Presidente ela tem todo o direito de se manifestar contra o delator e o fez muito bem.

      1. Ela tem todo direito de se

        Ela tem todo direito de se manifestar, a questão não é essa. Ela precisa ter cuidado com o que diz. E se você realmente gosta dela deveria ser o primeiro a se preocupar com isso.

        No caso em questão, Dilma disse publicamente que não respeita delatores porque tentaram convencê-la a delatar no regime militar mas ela resistiu. Donde se conclui que ela não respeita quem não resistiu às torturas e os iguala aos maganos da Lava Jato. É sobre isso que você deveria opinar, ao invés de perder tempo aqui com obviedades.

        Agora, se você concorda com a Dilma e também acha que os maganos da Lava Jato são iguais aos pobres coitados torturados pelo regime militar, tudo bem, é direito seu. Você não está sozinho de fato. O placar do blog está até agora 150 x 2 a favor da injustiça e desrespeito pela história nesse quesito. As vítimas da ditadura agradecem pela consideração de vocês, quem sabe façam um ato de solidariedade aos pobres delinquentes milionários da Lava Jato na frente da PF em Curitiba. Afinal eles tem muito em comum mesmo né?

    4. Não insiste bento

      O delator mais conhecido da nossa história é o joaquim silvério dos reis, não adianta despistar. A única delação razoável é aquela que baseada no arrependimento passa por cima da deduragem para procurar o reparo de um mal feito que angustia. Nada do que aqui se dá. É negócio, barganha, é toma lá dá cá. É deprimente. para ambas as partes.

      Está corretíssima a Dilma. Disse tudo.

      1. Não insiste hcc, mais respeito pelos heróis brasileiros.

        Até compreendo pelo seu vasto conhecimento demonstrado de história que você ache que delator é tudo igual, mas até mesmo você deveria ter mais respeito pela memória dos heróis brasileiros. Pense nisso antes de tentar fazer essa comparação esdrúxula, imoral e absolutamente cretina entre os inconfidentes mineiros que lutaram pela independência do Brasil e o bando de maganos de colarinho branco ladrões de dinheiro público denunciados na Lava Jato, cuja única luta na vida é para escapar da prisão por seus delitos.

        Alguém que não consegue entender essa diferença não está em posição de dizer se a presidente está certa ou errada, a não ser é claro que tenha o propósito de envergonhá-la publicamente.

    5. Acho que os delatores, além

      Acho que os delatores, além de citarem nomes, deveriam apresentar provas irrefutáveis, como por exemplo gravações, vídeos, áudios, documentos assinados, números de contas e valores, etc. Sem prova material e somente com a palavra de pessoas nada honestas, fica difícil acreditar neles, embora todos saibam que no nosso mundo político, com alguma exceção, a regra é que todos são corruptos e corruptores. Mas ainda assim é preciso apresentar provas contudentes para não pairar dúvidas.

      1. Todas as provas que você

        Todas as provas que você citou são passíveis de anulação se não autorizadas por um juiz, não tem nada de irrefutáveis. Você não pode tomar a iniciativa de grampear ninguém nem roubar documentos para provar a culpa dessa pessoa. A delação não é um fim em si e não é responsabilidade do delator produzir provas, mas da Polícia. Com base no depoimento do delator e da comprovação de que ocupa posição de destaque na organização criminosa que lhe permite ter conhecimento dos crimes que delata, o juiz então autoriza grampos, buscas e apreensões, quebras de sigilo bancário e fiscal e todas os demais ações necessárias à produção de provas. E, por óbvio, a delação só será “premiada” se essas provas produzidas depois se revelarem suficientes para condenações. É assim que funciona.

        Então é ocioso esperar que o delator traga todas as provas do que diz poupando o trabalho da polícia, e mais ainda que se trate de um criminoso arrependido que resolveu entregar todo mundo pelo bem da sociedade. O delator é um bandido como qualquer outro e na verdade é o primeiro condenado. Ninguém tem que acreditar neles, mas é obrigação da Justiça investigar suas denúncias se eles comprovarem que ocupavam posição de destaque nos esquemas criminosos que ora denunciam – e isso todos comprovam. Quem está denunciando empreiteiros, políticos e diretores de estatais não é o faxineiro do prédio da Petrobras, o porteiro ou o “motorista da Elba”, mas gente que trabalhou diretamente com os réus. E mais que isso: todos delatores cometeram crimes e foram sentenciados por isso. Ninguém delata de graça, se a Justiça não tivesse sido dura com eles nem haveria delação para início de conversa, todos estariam livres e faceiros curtindo seus milhões em alguma praia por aí.

  2. Eu já levantei essa bola aqui

    Eu já levantei essa bola aqui semana passada.

    É obvio que o processo TODO será anulado. Condenação nunca foi objetivo!

    Cai por terra a tese de investigação republicana , independência funcional ou seja o que for.

  3. Qual a imparcialidade desse Moro

    Esse Moro não pode e não deve mais conduzir esse processo devido a tanta imparcialidade e vazamentos. Perdeu completamente a credibilidade. O STF já deferia ter o afastado e colocado um juiz que não quizesse pousar de estrela para uma mídia parcial e tendenciosa… O Brasil não merece tais espetáculos…

  4. “fica parecendo que ele está

    “fica parecendo que ele está deliberadamente comprometendo sua isenção para permitir uma futura anulação do processo da Lava Jato”:

    Cronometradamente.  Vai ser so chegar aa porta dos tucanos e a coisa todinha eh anulada.

    1. Mas não é só à porta dos

      Mas não é só à porta dos tucanos. Tem gente boa no congresso que não deve estar dormindo tranquilo. Então,pelos meus cálculos de palpiteiro, não está faltando muito.

  5. video

    Agora os advogados conseguiram os videos das delações premiadas por meio do STF, assim poderão comparar as transcrições com as declarações e pelo que se tem notícia, a reprodução do que é realmente dito depende da boa vontade dos delegados.

  6. eu também creio que a anulação seja certa!!

    mas depois que inauguraram a possibilidade de condenar sem provas, e sem vergonha de declarar por escrito isso. fico em dúvida.

    1. Condenam sem provas e

      Condenam sem provas e absolvem com provas, Frederico. Depende sempre da cara, do momento e dos processos sociais, e não jurídicos, de imputação de culpá: “sujeição criminal”, nas palavras de Michel Misse.

      Essa é a verdadeira “cultura jurídica” brasileira.

      Prefiro as dançarinas.

  7. EFEITO AÉCIO

    O objetivo desse conlúio entre o PIG, a TUCANALHA, e o JUIZ, era o  DESGASTE de DILMA até a ELEIÇÃO.

    Prova disso foi a capa da revista VEJA, com impressão antecipada para as vésparas da eleição, baseada em informação SELETIVA  e MENTIROSA.

    Como o TIRO saiu pela CULATRA e não dava mais pra recuar, entraram em DESESPERO.

    Vieram então uma SUCESSÃO de DESCALABROS, uma SEQUÊNCIA de TIROS nos PÉS.

    TUCANALHA dando força pro MORO, MORO tentando encobrir o AÉCIO, e PIG tentando encobrir os TRÊS.

    Só que nos tempos de BLOGOSFERA nada mais fica por baixo dos panos. Mesmo com as denúncias seletivas o PIG não conseguiu controlar O ACESSO das outras mídias aos outros aspectos da DELAÇÃO PREMIADA, tipo um vídeo que bombou na rede do YOUSSEF envolvendo entre outros o AÉCIO e a irmã.

    Como justificar a prisão da MARICE e da ANDREA não???

    Daí o EFEITO AÉCIO:

    AH!!! ELES ESTÃO DESCONTROLADOS!!!

    O episódio da ESCUTA CLANDESTINA, que melou a operação SATIAGRAHA e a operação MONTE CARLO, seria entre outros como o da prisão baseada em análise propositadamente errônea de videos, como a violação de dados da defesa dos réus, o suficiente pra melar essa também.

    Para alívio do AÉCIO e do desmorolizado juiz que atua no caso sabe-se lá sob que tipo de pressão e (ou) ambição.

  8. A respeito do respeito

    É lugar comum  defender a liberdade de  expressão. Mas toda a opinião merece respeito? Se uma opinião sobre os fatos não está  (não-ser) fundamentada em fatos concretos (ser) e é simplesmente emitida ao sabor de um preconceito, estereótipo, paixão e “idolas”,  o que faremos a respeito?  Se uma opinião furada pertence a um conjunto cujo denominador comum é a fantasia ou a mentira, merecerá igualmente o nossa consideraçao ou a demoliremos  com poderosos argumentos? A noção falsa deve contar com o respeito do conhecimento?

    Hitler também tinha opiniões sobre os arianos, judeus e outras raças.  O que devemos ao Führer e suas “noções”?

    Se atitudes e falas pertencem a um indivíduo e são parte constituinte de sua personalidade, não é menos verdade que  o mesmo está sujeito a crivos, validações e juizos pelo que faz, não faz, pelo que é dito e não é dito.  E sendo o valor de algo ou de um sujeito a medida do respeito, não causa surpresa a opinião de Dilma sobre os delatores. Espanta, sim, alguém – que deveria  zelar pelo equilíbrio –  atuar como uma espécie de procurador do respeito negado ao delator.

    Da lógica simples, em todo caso,  fica uma questão de valor: o juiz pertence ao conjunto J ou conjunto D?

     

  9. Parecendo?

    “Em razão disto, fica “parecendo” que ele está deliberadamente comprometendo sua isenção para permitir uma futura anulação do processo da Lava Jato. A conferir.”

    Não há a minima dúvida que o processo é todo falho, mas a possibilidade que isto seja intencional é dinamite pura. Depois de um ano alimentando da amiga mídia para atacar continuadamente o pt que, interessante e surpreendente, como está exaustivamente provado, nada fez de errado, que já mereceu um atestado de idoneidade?

    Que coisa!

  10. Artigo irretocável. E gostei

    Artigo irretocável. E gostei do tom: firme,objetivo, de quem conhece a Lei e o Direito e sabe identificar os interesses em jôgo. A imprensa… a imprensa é apenas um negócio, controlado por poucas famílias muito poderosas que querem, também, controlar o poder político e o Estado brasileiro, moldando-os de acôrdo com os interesses dela.

  11. Sergio Moro X Dilma Rousseff

    Sergio Moro X Dilma Rousseff

    O Justo X O Malfeito

    Davi X Golias

    Chapeuzinho Vermelho X Lobo Mau

    Branca de Neve X Bruxa Malvada

    Judith X Holofernes

    Gata Borralheira X Madrasta Má

    A Lei X O Leviatã

    Jesus Cristo X Império Romano

    Vo Nguyen Giap X Imperialismo Franco-Americano

    O Pacato Juiz de Província X A Soberba do Poder Central

    O Dedo de Peter X O Dique da Odebrecht

     

     

    1. Roteiro de seriado

      “Toda boa narrativa começa com uma disputa entre dois personagens potencialmente poderosos. Após ter sido criado um contexto social, histórico, geográfico e emocional para a história ocorre a complicação. Em razão da ação ou omissão de uma das personagens o conflito entre elas passa a dominar a narrativa. A tensão vai sendo amplificada à medida que ocorrem vários embates entre os antagonistas, de preferência em situações e locais diferentes…”

      A descrição não é bem de boa narrativa. Está mais pra roteiro de seriado em TV por assinatura. Game of thrones, House of Cards, por aí.

    2. Mocinhos vs bandidos

      Ē de um infantilismo sem tamanho enquadrar a realidade nestes termos, a midia tem alimentado a ideia de que há umbatalhão  de santos da estirpe de Aecio Neves, Caiado e Ze Agripino lutando contra a “corrupçào do PT.” Qualquer semelhança entre esse seu pensamento binário e a tragédia que se abateu nos paises que foram palco da instauraçào da “democracia” não é mera coincidęncia. Pau no Vaccari pq o povo precisa gozar

      A escravidào do pensamento binário

      http://revistaforum.com.br/digital/144/escravidao-ao-pensamento-binario/

       

       

  12. Em todo caso, Dilma tem

    Em todo caso, Dilma tem cacife de mais de 50 milhões de votos representando milhões de brasileiros. E moro, quantos votos tem e a quem representa?

  13. Propinas

    Talvez esse escândalo todo seja para afetar o governo. Mas não se pode esquecer que o caso envolve as empresas mais ricas do País, exatamente pelo suposto pagamento de propinas. E se tiver mais gente interessada em propina, como tantas vezes acontece na área da polícia, da justiça etc.?

  14. Sergio Moro é um obstáculo a

    Sergio Moro é um obstáculo a ser vencido pela presidenta Dilma em sua missão de conduzir o Brasil ao patamar das nações mais desenvolvidas do planeta. Sergio Moro é apenas um tentáculo de um plano orquestrado pelos Estados Unidos para desmantelar a o setor de infraestrutura no Brasil e assim permitir a entrada do capital yankee, hoje sufocado por conta da recuperação da crise mundial de 2008 e sem possibiliades de expansão para outros continentes em razão da presença chinesa. Resta, pois, o Brasil, país de enormes dimensões continentais com muito a se fazer, apesar de toda a revolução posta em prática a partir de 2003 pelo governo do presidente Lula. Para mudar o rumo da história do desenvolvimento auto sustentável, Moro foi incumbido pelo governo norte americano de aniquilar a Petrobras e as principais empeiteiras nacionais, reconhecidas internacionalmente pela excelência de suas obras. Ao mesmo tempo como se fosse uma entidade onipotente e no deslavado abuso de seus poderes, Moro busca exterminar o Partido dos Trabalhadores e abrir espaço para um Golpe de Estado, que,  a exemplo de 1964, terá como condutor o imperialismo ianque, desta vez sem a presença direta dos militares, mas sim com a aglutinação das forças reacionárias comandadas por Eduardo Cunha, Aécio Neves e a oposição golpista. Confesso que encontro-me indefeso para reagir sem que haja a efetiva força popular no sentido de coibir a ação deste juiz travestido de autoridade máxima da Nação.

    1. Não seja tão modesto.

      Se um reles juiz de 1ª instância é tão importante e poderoso para destruir a revolução e salvar o capital americano como você pensa, porque você haveria de ser um pobre indefeso incapaz de reagir a isso? Coragem homem! Alguém com a sua perspicácia e conhecimento certamente também pode fazer história. Comece quem sabe protestando na frente da casa do Moro, com uma bandeira “Yankee go home!” Eu pagaria pra ver isso!

  15. Regra geral

    Definição válida sem exceção, aqui ou qualquer lugar,  para a imprensa em geral, não importa qual veículo, qual mídia e qual editor ou responsável:

    “Desde que foi inventada, a imprensa sempre utilizou as técnicas de narração para manter a atenção do leitor e continuar vendendo seu produto.”

  16. Confirmando

    Mata a…

    Desde que foi inventada, a imprensa sempre utilizou as técnicas de narração para manter a atenção do leitor e continuar vendendo seu produto.

    E mostra….

    “Em razão disto, fica parecendo que ele está deliberadamente comprometendo sua isenção para permitir uma futura anulação do processo da Lava Jato. “

  17. Bingo! (último parágrafo)

    “Em razão disto, fica parecendo que ele está deliberadamente comprometendo sua isenção para permitir uma futura anulação do processo da Lava Jato.”

    Bingo! Penso da mesma maneira. Estou convicto disso. O objetivo da Lava JAto não foi, não é e nuca será culpar e punir os desmandos na Petrobrás.

    Um abraço.

     

  18. A Lava Jatao será anulada.
    A Lava Jatao será anulada. Nunca foi sua finalidade a apuração de desvios, sua única finalidade era “pau no PT”.

    Sempre bati nesta tecla aqui.

  19. Passados os primeiros

    Passados os primeiros momentos logo logo ficou claro que o objetivo não é o combate à corrupção coisíssima nenhuma, mas sim interferir na disputa pelo poder.

    Se a intenção fosse punir corruptos e corruptores e reformar as práticas das empresas isso já teria sido feito nesse mais de ano. Alguma sentença já teria sido dada.

    Mas a insistência em não separar o conteúdo politico da ação penal, mesmo ela tendo sido desmenbrada em parte para o STF, deixa mais que claro. Funcionários corruptos flagrados lavando dinheiro com um doleiro mui conhecido do juiz tentam se safar arrolando terceiros; e empressários são coagidos a arrolar políticos para não se ferrarem mais e mais.

    Por trás de tudo está a infantil teoria do “Projeto de Poder”… É ela que unifica os “crianções” do direito, a mídia e os golpistas, entreguistas e fascistas em geral no combate ao “petista eterno”…

    …”Se nega é porque fez”. Ou seja, um grau além do “se diz que não há provas é por que é culpado”…

    …Santíssimo inquérito…

    … Com certeza não leram Dias Gomes…

    Não surpreendentemente é entre esses setores da oposição que, dados os níveis de caradurismo, são os que mais defendem o financiamento de campanha por empresas…. Ah, os bons tempos, pensam, em que os dinheiros pras campanhas eram só pra eles, era tão mais fácil ganhar eleições!

    Esse episódio do bate boca em que o juiz em afetada superioridade desqualifica a fala da presidente é só mais do mesmo da mesma novela.

     

    Abaixo boa contribuição de Miguel do Rosário.

     

    Advogados da OAS desmascaram jogo sujo da Lava Jato

     

    10 julho 2015

     

    lava jato vaza policia federal tucana

    O jogo sujo da Lava Jato está cada vez mais evidente.

    Além dos vazamentos seletivos, destinados aos mesmos órgãos de imprensa, as delações são distorcidas. Quer dizer, isso a gente já sabia.

    A novidade é que agora os advogados da OAS descobriram que as próprias transcrições não batem com os depoimentos reais dos delatores.

    Leiam esse trecho de post do blog do Fausto (que a mídia, naturalmente, já escondeu):

    “Frequentemente as expressões que constam na declaração são as utilizadas pelo delegado e não as efetivamente ditas pelo depoente”, afirmam. “A ordem das informações no termo não corresponde àquela com que foram expostas na fala. Há constantes saltos para a complementação de informações anteriores. Essa superposição de informações ditas em momentos diferentes causa confusão e, além de distorcer o sentido original do relato, torna difícil a compreensão do conteúdo da fala do declarante.”

    Ainda segundo os advogados da OAS “houve frequente omissão de informações e detalhamentos importantes nas transcrições”.

    Citam como exemplo. “Diversos detalhes sobre os participantes dos consórcios narrados no começo das declarações não aparecem no termo. Muitas vezes a transcrição deturpa o sentido da fala: Exemplo: perguntado se houve direcionamento entre as empresas que participaram da licitação no Consórcio Interpar, Júlio Camargo responde ‘que eu saiba não’, mostrando convicção na negativa. No entanto, o termo que consta é ‘desconhece se houve ou não direcionamento’, que não permite perceber a convicção manifestada pelo depoente na fala.”

    Viram? Vou repetir uma frase, porque ela confirma uma série de especulações que fazemos há tempos:

    Frequentemente as expressões que constam na declaração são as utilizadas pelo delegado e não as efetivamente ditas pelo depoente”, afirmam

    A acusação dos advogados chancela o que muitos outros indícios mostram: a Lava Jato está, no mínimo, inteiramente viciada pela obsessão política das autoridades que a compõem. Repare que falei “mínimo”. Mas também reforça o que, para mim, já ficou claro: trata-se de mais um triste episódio desta era de conspirações midiatico-judiciais, onde a intenção não é apurar a verdade, mas tão somente extrair fatos que possam ser usados pela mídia para desgastar, de alguma maneira, o governo Dilma. Ou seja, não é uma investigação séria, é um dos tentáculos deste golpe insidioso, que visa derrubar uma presidente eleita pelo voto de 54 milhões de brasileiros.

    O que é uma pena, porque sabemos que houve corrupção efetiva. Só que, ao invés de investigarem com profissionalismo e discrição, as autoridades da Lava Jato decidiram transformá-la num circo midiático, intoxicando-a com seus objetivos e preconceitos políticos.

    ***

    Abaixo a íntegra da matéria.

    No Blog do Fausto, Estadão.

    OAS aponta ‘distorções’ na transcrição de delações da Lava Jato

    09 Julho 2015 | 22:49

    Advogados da empreiteira afirmam que acesso aos vídeos dos depoimentos de colaboradores da Lava Jato ‘permitiu verificar sérias e graves omissões’; eles pedem nulidade da ação desde a denúncia da Procuradoria

    Por Mateus Coutinho e Julia Affonso

    A defesa da OAS, a gigante da construção sob suspeita de integrar cartel de empreiteiras no esquema de propinas que se instalou na Petrobrás, aponta ‘numerosas divergências’ na transcrição de pelo menos duas delações premiadas nos autos da Operação Lava Jato.

    Em petição de oito páginas ao juiz federal Sérgio Moro, os criminalistas encarregados de defender os executivos da OAS – réus por corrupção passiva e lavagem de dinheiro -, sustentam que o acesso aos vídeos dos depoimentos de colaboradores, Julio Camargo e Augusto Ribeiro de Mendonça, “permitiu verificar sérias e graves omissões e distorções das manifestações”.

    VEJA A ÍNTEGRA DA PETIÇÃO DA DEFESA DA OAS

    A petição foi apresentada em complemento às alegações finais da defesa na ação penal contra os dirigentes da empreiteira. A defesa teve acesso aos áudios e vídeos após decisão favorável do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal.

    Ao liberar o material à defesa, o juiz Moro assinalou. ” Muito embora as defesas já tenham tido acesso anterior aos mesmos depoimentos reduzidos a escrito e tenham tido a oportunidade de ouvir as mesmas pessoas em Juízo, sob contraditório, com o que não há qualquer conteúdo novo, resolvo conceder o prazo adicional de três dias para, querendo, complementarem suas alegações finais.”

    A defesa pede ao magistrado que reconheça a nulidade do processo desde o oferecimento da denúncia da Procuradoria da República ou, subsidiariamente, desde a fase de instrução, “tendo em vista a reconhecida ofensa ao contraditório, à ampla defesa e ao devido processo legal”.

    O documento a Moro é subscrito pelos advogados Jacinto Nelson de Miranda Coutinho, Roberto Lopes Telhada, Edward Rocha de Carvalho, Juliano Breda, José Carlos Cal Garcia Filho, Daniel Müller Martins, Bruna Araújo Amatuzzi Breus, Leandro Pachani, André Szesz e Eduardo Dall’Agnol de Souza.

    O grupo de advogados defende os executivos da OAS, entre eles Léo Pinheiro, que está em prisão domiciliar, com tornozeleira eletrônica.

    Os advogados pedem a Moro que determine a degravação e a transcrição integral dos depoimentos de Júlio Camargo e Augusto Ribeiro de Mendonça.

    “Frequentemente as expressões que constam na declaração são as utilizadas pelo delegado e não as efetivamente ditas pelo depoente”, afirmam. “A ordem das informações no termo não corresponde àquela com que foram expostas na fala. Há constantes saltos para a complementação de informações anteriores. Essa superposição de informações ditas em momentos diferentes causa confusão e, além de distorcer o sentido original do relato, torna difícil a compreensão do conteúdo da fala do declarante.”

    Ainda segundo os advogados da OAS “houve frequente omissão de informações e detalhamentos importantes nas transcrições”.

    Citam como exemplo. “Diversos detalhes sobre os participantes dos consórcios narrados no começo das declarações não aparecem no termo. Muitas vezes a transcrição deturpa o sentido da fala: Exemplo: perguntado se houve direcionamento entre as empresas que participaram da licitação no Consórcio Interpar, Júlio Camargo responde ‘que eu saiba não’, mostrando convicção na negativa. No entanto, o termo que consta é ‘desconhece se houve ou não direcionamento’, que não permite perceber a convicção manifestada pelo depoente na fala.”

    “A existência de numerosas omissões e distorções indica a necessidade de transcrição integral dos depoimentos dos colaboradores da justiça, a exemplo do que se faz em relação aos depoimentos tomados em juízo, pois há, como se disse, indícios de deliberada alteração do conteúdo aptos a afetar a fidelidade e a credibilidade de todos os demais termos de colaboração.”

  20. Vítimas e não vítimas

    No final das contas o pt sairá robustecido por tanto ataque e nenhuma culpa. Será a não-vítima que foi artificialmente acusada, constrangida, atacada, e… contra quem nada havia de concreto, nem de abstrato. 

    O pt sairá dessa como vítima prefenrencia que no final terá  um atestado de idoneidade.

    As vítimas serão as empreiteiras (será que ainda contribuirão com o psdb e o aécio que as chamou de quadrilhas, depois de delas tanto receber e andar de helicópteros e jatinhos, quando afirmou “já prenderam a quadrilha , so falta o chefe”?) destroçadas, a petrobrás que só sobrevive e cresce ainda mais porque faz parte do seu dna resistir aos poderosos inimigos, o dirceu que perdeu a clientela por callúnia, e o vacari que fica dois meses afastado da família.

    No final, o inquestionável trofeu ao pt por idoneidade moral.

  21. Tenha a santa paciência. Salvador da pátria só em Hollywood

    Moro foi levado a crer – e os prêmios arranjados pelos Marinho confirmam – que é o herói do brasileiros. 

    Daí ele acha que pode adentrar em todas as divididas seguindo a máxima de que tudo pode “falando nos autos”.

    Como é que um juiz fundamenta suas decilçoes a partir dos pronunciamentos desse ou daqule político?

    Só mesmo no juízo jabuticaba de nossos salvadores da pátria.

    Tenha dó! 

    E sabe o que mais gozado? Moro vira herói nas redes sociais. E deve adorar.

  22. Samba do crioulo doido. Ou seria, sabido?

    Fico me lembrando da Operação Satiagraha que a velha imprensa detonou no dia seguinte. Toda a mídia contra. 

    E a Operação era consistente, existiam provas robustads. Foi ao chão porque um outro órgão do Estado não podia (segundo a hermenêutica jurícida conveniente) ajudar nas investigações. Forçaram a tal contaminação das provas.

    Houvesse o mesmo empenho na Lava Jato estaria morta no dia seguinte de tanta ilegalidade.

    Nunca vi essa de prender para “ganhar” Delação. Assim, em plena luz do dia.

    Todos sabem que as prisões cautelares ou processuais têm limite de tempo.  Nesse caso as prisões viraram “prisão pena”.

    E as escutas nas celas que certamente ensejaram outras provas???

     

     

  23. Citação

    “Muitos juízes são absolutamente incorruptíveis; ninguém consegue induzí-los a fazer justiça”. Bertold Brecht

    Qualquer relação com fatos e juízes da atualidade, em especial no Brasil. é mera coincidência…

  24. Muro (MORO????) da Lamentações…

    Mais um post ao estilo MURO DA LAMENTAÇÕES…ou seria “MORO” das Lamentações….ehehehehehehehehehehe…

    …Bem…Cada um tem o “MORO DAS LAMENTAÇÕES” que merece….Esperemos o “NEXT”…

     

    Resultado de imagem para "PT" e "Papuda"

  25. Cadê a turma que gosta do Lombroso?

    Olhando as fotos aí de cima, fica um pouco difícil dizer quem é um criminoso psicopata maquiavélico insensível comedor de criancinhas.

    Será que ainda dá tempo de mudar a foto da presidenta para uma mais alegrinha, de modo a tornar a comparação com a do infame juiz mais favorável?

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador