26 escritores e suas máquinas de escrever

Jornal GGN – Interrompida pela popularização do computador, a supremacia da máquina de escrever durou cerca de cem anos. A última fábrica de máquinas datilográficas não-elétricas, Godrej and Boyce, da Índia, fechou suas portas em 2011. Mesmo assim, a máquina de escrever continua como um dos símbolos da escrita e da literatura. A revista Galileu reuniu fotos de 26 escritores junto de seus instrumentos de trabalho.

Enviado por romério rômulo

Da Revista Galileu

26 imagens de escritores com suas máquinas datilográficas
 
De Tolstói a Woody Allen, confira fotos de autores em seus momentos de comunhão com a escrita
 
Entra década, sai década, e a máquina de escrever ainda permanece um dos principais símbolos da escrita e da literatura. Produzida em larga escala a partir de 1874 pela empresa norte-americana Remington, que fabricava armas até então, a máquina datilográfica se popularizou na década seguinte, sendo usada por empresas, órgãos públicos e, é claro, pelos escritores.
 
A supremacia da máquina de escrever durou, aproximadamente, cem anos – e só foi interrompida pela popularização do computador. A última empresa que fabricava máquinas datilográficas não-elétricas, a indiana Godrej and Boyce, fechou as portas em 2011 após vender somente mil unidades no ano.

 
Para relembrar os imortais das letras, por nostalgia, pelo gosto da solidão que a máquina proporciona ou para entrar na moda retrô, muitos escritores, profissionais ou amadores, voltaram a usar as máquinas para trabalharem em suas obras. Para mostrar um pouco mais do processo de escrita de grandes autores ou para inspirar quem está pensando em comprar uma máquina de escrever, preparamos uma lista com 26 escritores com suas inseparáveis companheiras de trabalho:
 
A escritora britânica Agatha Christe, inventora do detetive Hercule Poirot e autora do romance policial mais vendido da história, "O Caso dos Dez Negrinhos", escrevendo em sua casa em Devonshire, na Inglaterra, em março de 1946 (Foto: Reprodução)

 
Aldous Huxley, autor da clássica distopia "Admirável Mundo Novo", escrevendo em sua máquina Royal, em 1946 (Foto: Reprodução)
 
 
O diretor, produtor e roteirista Alfred Hitchcock, mais conhecido pelo filme Psicose, escrevendo em sua Underwood Champion portátil (Foto: Reprodução)
 
 
O cantor Bob Dylan tinha o costume de compor suas canções em máquinas de escrever, como a Olivetti Lexikon 80 que o acompanha na foto (Foto: Reprodução)
 
Escritor, poeta e cronista, Charles Bukowski também era um adepto das máquinas de escrever. Seu amor por elas era tanto que ele escreveu o poema IBM Selectric, mesmo nome de um modelo de máquina que tinha. Na foto, ele escreve em sua Royal HH (Foto: Reprodução)
 
 
Clarice Lispector, autora de "A Hora da Estrela" e um dos maiores nomes da literatura brasileira, escreveu boa parte de seus poemas, romances e reportagens na Underwood portátil da foto (Foto: Reprodução)
 
 
Na foto, Dr. Seuss, criador dos personagens Grinch, Lorax e o Gato da Cartola, escreve em sua Smith-Corona portátil (Foto: Reprodução)
 
 
Um dos escritores brasileiros mais populares do século XX, Érico Veríssimo suas principais obras, entre elas "Incidente em Antares", "Clarissa" e "O Tempo e O Vento", em uma máquina de datilografia da marca Continental (Foto: Reprodução)
 
 
Conta-se que o escritor Ernest Hemingway trocava de máquina a cada livro que terminava de escrever. Na foto, ele datilografa em uma Underwood Noiseless portátil (Foto: Reprodução)
 
 
O colombiano Gabriel García Márquez, autor do sucesso "Cem Anos de Solidão", escreveu sua obra completa e suas reportagens em máquinas datilográficas. Na foto, ele escreve em uma Torpedo 18, em 1962 (Foto: Reprodução)
 
 
Na foto, Goerge Orwell, autor de "1984" e "A Revolução dos Bichos" escreve em sua Remington Home portátil (Foto: Reprodução)
 
Até sua morte, em 2005,  o jornalista e escritor Hunter S. Thompson, autor de "Hell's Angels: medo e delírio sobre duas rodas", escreveu em máquinas de datilografia. Ele foi fotografado nos anos 80 escrevendo em sua IBM Selectric (Foto: Reprodução)
 
Ian Fleming, o criador do espião James Bond, posa com sua máquina modelo Triumph Gabriele (Foto: Reprodução)
 
Isaac Asimov, um dos mestres da ficção científica e criador das famosas 3 leis da robótica, escreveu em máquinas datilográficas elétricas desde a juventude (Foto: Reprodução)
 
Reza a lenda que Jack Kerouac escreveu "On the Road" em um rolo de papel pardo, para não precisar trocar a folha quando acabasse o espaço. Na foto, ele escreve em sua Hermes 3000  (Foto: Reprodução)
 
 
Na Casa de Jorge Amado, no Pelourinho, em Salvador, é possível ver a máquina Royal portátil que o escritor usou para escrever boa parte de sua obra (Foto: Reprodução)
 
 
O russo Liev Tolstói preferia a escrita à mão, em vez das modernas - na época dele - máquinas de escrever. Nesta foto restaurada do início dos anos 1900, ele dita para a sua filha Alexandra Tolstaya, que datilografa (Foto: Reprodução)
 
 
Nesta fotomontagem feita pela agência Mondadori Portfolio, o dramaturgo, poeta e romancista italiano Luigi Pirandello dita um texto para si mesmo, que datilografa numa máquina de escrever Underwood portátil (Foto: Reprodução)
 
 
Até o Papa Pio XII, sumo pontífice da Igreja Católica entre 1939 e 1958, preferia escrever cartas e documentação oficial do Vaticano em sua Olivetti Studio 42. A simpatia do papa pelas máquinas datilográficas foi matéria de capa da revista Time em 1946 (Foto: Reprodução)
 
 
A escritora de thrillers Patricia Highsmith, mais conhecida pelo série que iniciou em "O Talentoso Ripley", sempre escreveu em sua Olympa SM3 (Foto: Reprodução)
 
 
O cineasta Stanley Kubrick, responsável por "O Iluminado", "2001 - Uma Odisseia no Espaço" e "Laranja Mecânica", gostava de escrever seus roteiros em sua Addler Tippa S (Foto: Reprodução)
 
 
Mais conhecida por seu romance "A Redoma de Vidro", a romancista e poeta Sylvia Plath gostava de datilografar em sua Hermes 2000 ao ar livre (Foto: Reprodução)
 
 
Assim como Tolstói, o escritor russo Vladimir Nabokov, autor de "Lolita", preferia escrever à mão. Sua esposa Vera era a responsável por datilografar os textos que ele ditava (Foto: Reprodução)
 
 
Além de escrever em máquinas datilográficas - na foto, ele está com Underwood portátil - William Faulkner, Nobel de Literatura, gostava de escrever seminu (Foto: Reprodução)
 
 
William S. Burroughs, um dos mais renomados escritores da geração beat, escreveu em muitas máquinas ao longo de sua vida, já que sempre trocava aquelas que tinham por qualquer outra que achasse melhor ou mais bonita. Na foto, ele está com um modelo Hermes Rocket (Foto: Reprodução)
 
 
O cineasta Woody Allen ainda mantém o hábito de roteirizar filmes em sua máquina de datilografia. Na fotografia, ele escreve em sua Olympia SM3 (Foto: Reprodução)
 
 
*Com supervisão de Cláudia Fusco

 

Redação

7 Comentários

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  1. Que beleza…

    Me formei em 1993, e na época não tinha grana pra comprar um computador. O dinheiro pra comprar o dito cujo veio justamente de uma velha IBM Seletric. Mesmo depois que ingressei no serviço público ainda usei muito máquina, havia uma Seletric na minha sala, largada, mas funcionando. Usei-a muito por economia: quando era só pra despachar ao invés de imprimir uma folha no computador eu datilografava no verso da última folha do processo.

    Papai tinha uma Olivetti Lettera 35, que muito me ajudou em cartas e trabalhos escolares, e uma imagem que não me sai da cabeça é a dele na escrivaninha, em frente à janela, datilografando meses a fio sua dissertação de mestrado…

  2. Olivetti Lexikon 80

    Sou um apaixonado por máquinas de escrever, e tive durante muitos anos uma Olivetti Lexikon 80. Mantive também uma Olivetti Lettera 32, mas a Lexikon foi a máquina da minha vida. Maravilhosa.

  3. O melhor da maquina de

    O melhor da maquina de escrever é que você não corre risco de ter a sua ideia roubada, como acorre hoje em dia com a internet! 

  4. Escrever na máquina é bem melhor!

       Meu primeiro livro escrevi no computador, e foi um pesadelo! Tive inúmeros problemas, apesar de toda a aparente comodidade. Agora, fiz o caminho inverso, comprei duas máquinas de escrever e me sinto muito mais realizado; as ideias fluem com mais clareza e escrevo muito mais, sem medo de ter problemas de perder o arquivo.

  5. Uso muito computador, aliás escrevo estas palavras em um deles. Mas não deixo de lado o charme de escrever em uma olivetti leterra 22 pu ma olivetti eletronica praxis II

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