Amigo de Moro acusado de tráfico de influência e propina deve ser investigado, defende Damous

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: Agência Senado
 
 
Jornal GGN – O advogado Carlos Zucolotto, amigo pessoal de Sergio Moro, deve ser investigado sob a acusação de ter praticado tráfico de influência e cobrado propina para fechar um acordo de delação em favor de Rodrigo Tacla Duran com a equipe da Lava Jato em Curitiba. É o que defende o deputado federal Wadih Damous, do PT.
 
No domingo (27), a jornalista Mônica Bergamo revelou que os bastidores do acordo de delação que acabou fracassando será revelado por Duran em um livro que ele promete lançar nos próximos meses. Ex-advogado da Odebrecht, Duran é tratado pelos procuradores da equipe de Deltan Dallagnol como doleiro, pois utilizou inúmeras contas que mantém no exterior para lavar dinheiro de empresas que participaram dos desvios na Petrobras, entre outros esquemas.
 
Acusado de lavagem e formação de organização criminosa, Duran tentou negociar com o Ministério Público Federal. Segundo ele, o amigo de Moro ofereceu seus “contatos” para intermediar a proposta. Quando conseguiu um termo próximo do que Duran almejava, solicitou que um terço de seus honorários fossem pagos “por fora”, para que ele pudesse repassar o dinheiro às pessoas que atuaram nos bastidores.
 
Quando o escândalo veio à tona, o juiz de Curitiba entrou em contato com Zucolotto e publicou uma nota defendendo o amigo, que também foi sócio de Rosangela Moro em um escritório de advocacia – a esposa só deixou a parceria em 2016, quando denúncias começaram a preocupar a empresa.
 
Para Damous, os fatos relatados por Duran “são de extrema gravidade” e há inúmeros motivos para os procuradores, o juiz Moro e Zucolotto serem investigados. “Caso se lhes aplique o método que eles mesmos criaram de acusar e julgar, deveriam ser presos imediatamente. Entendo que o Ministério Público, não o do Paraná, por óbvio, e o Congresso Nacional devem investigar esses fatos. Eles põem sob suspeita toda a operação Lava jato”, comentou.
 
Leia a íntegra da nota:
 
Os fatos relatados por Duran são de extrema gravidade
 
1- Pelo relato, resta incontestável que Moro e Zucolotto são compadres e amigos íntimos e que Zucolotto é ex-sócio da Rosangela Moro (muito estranho ela ter saído do escritório em 2016 quando começaram as primeiras denúncias);
 
2- De acordo, ainda, com o relato, Zucolotto praticou crimes de tráfico de influência, tráfico internacional de influência, fraude processual e obstrução à Justiça. Se verdadeiros os fatos, Moro e os procuradores seriam cúmplices e por isso precisam ser investigados;
 
3- Causa profunda estranheza que o juiz Sérgio Moro assuma a defesa enfática de Zucolotto. Causa espécie que o juiz tenha entrado em contato direto com o amigo para enviar uma resposta à Folha de São Paulo.
 
4- Os procuradores não deram qualquer explicação até o momento;
 
5- Duran, na verdade, é um doleiro. Por que teria relações com o Zucolotto? Moro diz que ele foi contratado para tirar cópia de um processo. Soa estranho dizer que um doleiro contrata alguém em Curitiba para tirar cópia de processo
 
6- Moro rejeitou a denúncia que o MPF apresentou contra o Duran;
 
7- Lula foi condenado por Moro com base na palavra de um criminoso e delator informal – que sequer prestou o compromisso de dizer a verdade.
 
Em síntese, Moro e os procuradores confinaram diversos acusados na cadeia. Caso se lhes aplique o método que eles mesmos criaram de acusar e julgar, deveriam ser presos imediatamente. Entendo que o Ministério Público, não o do Paraná, por óbvio, e o Congresso Nacional devem investigar esses fatos. Eles põem sob suspeita toda a operação Lava jato.
 
Wadih Damous – deputado federal e ex-presidente da OAB
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

6 Comentários

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  1. Parte pra cima da quadrilha lavajateira, Damous!

    Como disse Lula há mais de 30 anos, após a morte, no Acre, de um líder dos trabalhadores, assassinado a mando de fazendeiros: “Está na hora da onça beber água.” Lula foi processado por isso; a alegação usada pelos militares e pelas forças repressivas de então é que a língua do líder operário era ferina. Lula narrou esse episódio há poucas semanas

    Há pouco mais de um mês o Ex-Presidente foi vítima de mais uma violência por parte do “juiz” sérgio moro, que o condenou  a 9 anos e meio de prisão (numa sórdida e sádica alusão a uma deficiência física que Lula possui desde os 14 anos, em decorrência de um acidente de trabalho, que decepou-lhe um dedo da mão esquerda).

    Rodrigo Tacla Duran, esse advogado acusado de ser doleiro e manejar esquemas de propinas e lavagem de dinheiro quando prestava serviços à Construtora Odebrecht, que não foi denunciado por sérgio moro, acusa outro advogado, Carlos Zucolotto, este amigo íntimo do torquemada das araucárias de …TCHAN, TCHAN, TCHAN… tráfico de influência e pedido de propina (pagamento por fora), para reduzir o ‘pedágio’, ou seja, o valor do que Duran teria de pagar para celebrar um acordo de delação com o MPF e assim ter reduzida a pena que a Fraude a Jato deseja lhe impor.

    Para complicar a vida dos lavajateiros, Zucolotto advogou para o boquirroto Carlos Fernando dos Santos Lima, especializado em proferir agressões contra o ex-Presidente Lula e contra todos os que fazem críticas à ORCRIM lavajateira. Carlos Lima mentiu, ao dizer que não tinha relações com Zucolotto.

    No mesmo dia em que a colunista Mônica Bergamo divulgou a denúncia feita por Rodrigo Duran, sérgio moro telefonou para o amigo Zucolotto, combinado com ele a versão que ambos publicariam na imprensa.

    Para completar o imbroglio, Rosângela Moro, esposa de sérgio moro, era sócia de Zucolotto até meados do ano passado, quando os indícios da patranha começaram a sair do controle dos lavajateiros e foi negada pela Espanha a extradição de Rodrigo Duran.

    Por indícios muito mais irrelevantes, sérgio moro mandou prender várias pessoas. 

    Wadih Damous, além de deputado, é advogado experiente. Ele sabe que esses fatos denúncias precisam ser investigados. Sabe também que pode causar desgaste político e desprestígio na ORCRIM lavajateira e no juiz que a representa. E o momento é mais do que oprotuno para partir para cima dessa ORCRIM institucional, já que um filme financiado pelo crime organizado, cuja pré-estréia se deu ontem em, Curitiba, com a presença de todo o núcleo curitibano da Fraude a Jato.

  2. Pau que dá em chirico quebra

    Pau que dá em chirico quebra o bico.

     

    E agora dr. Moro? como pode isso tudo é no mínimo obstrução de justiça e uso politico propineiro de operação para enriquecimento pessoal.

    E agora dr. Moro?

    Será que a Globosta vai dar no jornal?

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