Como é o jogo político no Palácio

Funciona assim:

1. Os repórteres andam atrás de conflitos. Conflito rende matéria, acordo não rende.

2. A cada escorregão verbal de adversários, o Ministro-Chefe da Casa Civil Aloisio Mercadante passa declarações em off torpedeando o incréu. Em geral para os setoristas políticos. As declarações são atribuídas ao impessoal “Palácio”.

3. Aí o Ministro da Secretaria de Comunicação Edinho Silva monta alianças políticas para se defender. E com quem? Isso mesmo: com a revista Veja e com o titular da coluna Radar. A moeda de troca é a possibilidade de um almoço com a presidente. Aí o Radar solta nota dizendo que o Edinho é o apaziguador e levantando sua bola. Desde que seu nome foi mencionado de raspão na Lava Jato, Edinho virou o que em linguagem crua se chama de “pato manco”. E procura se blindar de ataques indo comer no cocho do inimigo.

São esses gigantes da política que ajudam a opinião pública a ter uma noção cristalina, objetiva e definitiva de que a articulação política do governo Dilma é uma zorra total.

 

Luis Nassif

42 Comentários

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  1. Dilma é uma ilha cercada de

    Dilma é uma ilha cercada de safados por todos os lados.

    Dilma está passando o Brasil a limpo.

    É tanta sujeira no ar que poucos conseguem enxengar que é isso que está acontecendo.

    Quanto à crise econômica, não é privilégio do Brasil.

    E se excluírem a grande mídia, oligopolizada e golpista, a crise econômica fica do tamanho da que vigora hoje em praticamente todos os países.

    Na Argentina, com uma sociedade mais alfabetizada, o oligopólio midiático golpista foi enfrentado com relativo sucesso.

    Houve respaldo na sociedade e no Congresso.

    E no Judiciário.

    No Brasil é diferente, a sociedade é ignorante politicamente e os eleitos ocupantes do Congresso hoje são o seu mais bem acabado retrato.

    E o Judiciário é bastante conservador.

    Vamos navegar num mar revolto por um tempo que não dá para prever.

     

     

    1. Honestidade e competência

      Não tenho a menor dúvida de que a Dilma é uma pessoa honesta e honrada, nem que ela está cercada por abutres da pior espécie.

      O problema é achar que honestidade é sinônimo de competência. E nesse quesito ela tem falhado clamorosamente.

    1. Aí Rui…., ou Ái

      Aí Rui…., ou Ái Rui……será que chegou a hora de nem nós mesmos defender esse governo? Estou me segurando, mas está cada vez mais complicado. Temos alguma ideia do que viria pela frente? Temo o pior dos mundos. Um governo que em princípio não seria formado por hidrófobos, mas que rapidamente caminharia para esse lado, por conta de todos esses canis que abriram as porteiras nos últimos anos e meses.

      É só isso que me segura. O horror que seria um governo de direita DEPOIS desse (não um governo de direita qq, mas esse que se formaria em reação ao petista).  

      1. Pitaco

        Ana, acredito que o motivo foi a herança de um governo Lula onde as coisas funcionavam bem, claro que com seus erros como em qualquer lugar. Porém no conjunto da obra, sobretudo do ponto de vista político e de organização, a gestão Lula foi muito superior, ajudada também por uma conjuntura econômica mundial muito mais favorável. 

        O mesmo ciclo acontece em empresas: os efeitos deletérios de uma má gestão demoram para aparecer, em função da resiliência da própria organização. O exemplo da Microsoft é muito claro: a saída de Bill Gates e a nomeação de Steve Ballmer na presidência só se mostraram claramente desastrosas depois de um bom tempo.

        Quanto maior a organização, mais lenta fica essa perda de eficiência e demora a aparecer a ineficiência e o descontrole. Eu diria que aconteceu exatamente o mesmo no primeiro governo Dilma. A crise só veio piorar as coisas, sendo boa parte dela de culpa da própria Dilma en decorrência das medidas atabalhoadas tomadas ao longo dos priemiros 4 anos e sobretudo no último ano.

        Tenho muita crítica quanto à política econômica do governo Lula, que poderia ter aproveitado muito melhor a fase excepcional de bonança mundial graças ao crescimento explosivo da China ; porém é inegável que em termos de gestão governamental, ele dá de dez a zero na sucessora…

        1. Pela conjuntura econômica

          Pela conjuntura econômica mundial desfavorável não era permitida uma falha grotesca como a eleição do pres. da Câmara um chantagista inescrupuloso pior do que Severino Cavalcante.

          P/ mim Mercadante, Edinho e Cardoso deveriam sair.

        2. Ta faltando dinheiro para comprar a base aliada……

           

          Dilma nao tem dinheiro para comprar a base aliada depois que a casa de Petrobras caiu.

          Agora é preciso que ela saia, nao  soube como engavetar os inqueritos e agora os piranhas precisam reestabelecer a ordem no legislativo colocando outro la que mantenha a bandalha em “oerdem” para que possam continuar meter a mao no nosso dinheiro.

          è so o que da`…..

  2. Umbigo

    Cada qual olhando e cuidando do seu próprio umbigo. A presidente que se vire desde que eu “tire o meu da reta”. Dilma atirou pedra na cruz, só pode !! Tomara que um dia ela acordo com o pé esquerdo (ops) e troque todos os seus homens fortes/fracos. Pois como dizia aquele outro ” assim não dá, assim não pode” !!

  3. Temperamento

    Tem muito a ver com o temperamento da Presidenta. Os competentes normalmente não se sujeitam a trabalhar com quem pode lhes passar uma carraspana em público por qualquer motivo. Restam os incompetentes que disfarçam sua incompetência sendo bajuladores. E uma das características de qualquer puxa-saco é a imensa competência em se manter no cargo fazendo  ou dizendo só o que o/a chefe quer ouvir. Receita certa para o desastre.

     

     

  4. Caro Nassif. As úncas pessoas

    Caro Nassif. As úncas pessoas que Dilma tem uma “relação quase normal” são Cardozo e Mercadante. Bem, diante desse fato e com todas as trapalhas  e “conselhos políticos” ERRADOS que a dupla proporciona a nossa Presidenta….desistam!!! Dilma morre mas não larga desses dois únicos “consiglieres” que tem. Ou melhor…O Titanic terá na proa agarradinhos “Dilma, Mercadante e Cardozo………..CANSEI DE FAZER A DEFESA DE QUEM NÃO QUER SER AJUDADO!!!

  5. sinergia de gestão política

    sinergia de gestão política da coisa pública no velho modo conhecido salve-se quem puder quando então o navio arrombado faz água por todos os vazamentos e o comandante sumiu, ou melhor, é uma biruta que se move ao sabor dos quatro ventos ventilados incessantes nas orelhas birutas do poder pato manco.

  6. Prazo

    Mandame não entendeu até hoje que por melhor que seja o colaborador, ele tem um prazo de validade politica que se esgota inexoravelmente. Mante-lo no cargo só piora.

  7. Dilmasoquista

    O Aloisio Mercadante é um desagregador nato; ele e o Serra foram separados na maternidade.

    Ao nomeá-lo para o posto estratégico da Casa Civil, Dilma deu um tiro no próprio peito, pois para nomer um futriqueiro para um cargo de tal magnitude, um governo tem que ter uma popularidade e um controle inquestionável da situação, da base governista e isso nem o Lula teve.

    Assim nossa presidente nos brinda com duas nulidades: de um lado Mercandante, conspirando contra os próprios companheiros, na van esperança de ser alçado a uma indicação a disputa de cargo eletivo no estado de SP e, por que não, no Brasil.   De outro lado Zeduardo, que passa seu tempo se esgueirando pelo ministério, na esperança que não surja em sua pasta nada que o leve a tomar a frente, a iniciativa da ação, até para não bater de frente com o desagregador mor.

    Obrigada presidenta. Para quem aprecia o suplicio, não pderia haver melhor escolha.

  8. Estou ainda mais sismado…

    Esperei alguma análise neste blog sobre a atitude (traiçoeira, a meu ver) do Underwood, digo, Temer, mas me deparei com uma defesa implícita dela, jogando a culpa nos outros.

  9. Teimando À Mediocridade

    De tanto repetir, quem sabe um dia ela acorda: A crise política refluirá de imediato e se esgotará em menos de dois meses, simplesmente trocando-se, Mercadante, Zé Cardozo e Edinho Silva, por, Jaques Wagner, Tarso Genro e Franklin Martins. Desapega Dilma, desapega! Caso contrário a casa cai na cabeça de todos nós, responsáveis por você estar aí para ser a presidente, a líder do que professamos e desejamos, pois jamais lhe passamos um cheque em branco para agir como dona absoluta do cargo, para o bem ou para o mal, pois seremos todos nós a pagarmos essa absurda auto conta, por conta de teimosia inexplicável para quem exercita cargo político de liderança. O que está esperando para botar esses medíocres para fora do governo?

  10. Cobrar o que nunca existiu

       Nunca teve “articulação politica ” no Governo Dilma 2 , se tivesse Edurdo Cunha nem teria sido eleito a Pres. da Camara, os primeiros articuladores foram ruins, seus substitutos conseguiram a façanha de piorar ainda mais esta face do Executivo, apelaram para os profissionais, tipo Temer e Padilha, que Merdandante se encarregou de atazanar, nem mesmo petistas históricos, com experiência ministerial nos governos Lula, conseguiram entabular um contato produtivo com a Sra. Rousseff.

        Se continuam: Mercadante, Edinho “pato manco, Zé Eduardo e outras nulidades, a responsabilidade é de quem os colocou e mantem em seus cargos, o que é estranho, pois um dos primeiros “articuladores” de Dilma 2, Pepe Vargas, foi deslocado para um Ministério de 2a Classe, que provavelmente perderá até este status, na pretensa “Reforma Ministerial “.

    1. O erro crasso foi em plena

      O erro crasso foi em plena crise econômica mundial permitir o achacador do PMDB ser leito presidente da Câmara,  Alexandre Padilha devria ter permanecido na articulação política a história poderia ter sido diferente

       

  11. Vejam que absurdo o achacador

    Vejam que absurdo o achacador Cunha queria um PEC que tiraria do executivo a prerrogativa do executivo da administração do estado como nomear e demitir ministros,  criar e extinguir cargos. Foi erro crasso a eleição do achacdor do PMDB deitado isso a Mercadante.

  12. Ou seja, no popular, deixa

    Ou seja, no popular, deixa que eu chuto.

    Que esculhambação !

    Sinceramente, não acho que a Dilma tenha essa visão dos seus ministros.

    Acredito que ela tenha tantas coisas para pensar, que não dá para pensar nesses detalhes, por isso delega.

     

  13. Articulação Política de Dilma

    O grande problema é que o partido que comanda as duas Casas Legislativas (Câmara e Senado), tem o maior número de governadores eleitos, de prefeitos, de deputados estaduais, de indicações para Tribunais Superiores e de Contas, acrescente a isso a dominação da Máquina Pública (em suas três esferas) desde o bipartidarismo ditatorial e seu crescimento exponecial  nos anos 80. Tal agremiação se apercebeu que está em curso um processo de limpeza jamais visto em nosso país e, como seres que somente sobrevivem às sombras, e cevado pelo assalto ininterrupto ao Estado,  apressa-se em abondonar o barco, antes, é claro, sabota-o de todas as formas. E nos bastidores, faz alianças espúrias com os mais retrógrados setores da sociedade. Desde que o seu poderoso “naco” na Máquina continue preponderante. No mais, assistimos  diariamente esta òpera bufa, que delimita os macro problemas em eventos repetitivos e enfadonhos: Lava Jato (!) Impechament. QUE AO FINAL E AO CABO SERVIRÁ PARA PURGAR OS PECADOS PETISTAS.

    Visto que os “outros” são inimputáveis.

    Haja aquilo roxo….

  14. Articulação Política de Dilma

    O grande problema é que o partido que comanda as duas Casas Legislativas (Câmara e Senado),  que tem o maior número de governadores eleitos, de prefeitos, de deputados estaduais, de indicações para Tribunais Superiores e de Contas, acrescente-se a isso a dominação da Máquina Pública (em suas três esferas)  que advém desde o bipartidarismo ditatorial os anos 60 e teve seu crescimento exponencial  nos anos 80, teima em não largar o osso, e para isso,  pretende deixar o papel de coadjuvante ( de fachada) para  ser o ator principal ( o que nunca deixou de ser). Tal agremiação se apercebeu que está em curso um processo de limpeza jamais visto em nosso país e, como seres que somente sobrevivem às sombras, e cevado pelo assalto ininterrupto ao Estado,  apressa-se em abondonar o barco, antes, é claro, sabota-o de todas as formas. E nos bastidores, faz alianças espúrias com os mais retrógrados setores da sociedade. Desde que o seu poderoso “naco” na Máquina continue preponderante. No mais, assistimos  diariamente esta òpera bufa, que delimita os macro problemas em eventos repetitivos e enfadonhos: Lava Jato (!) Impechament. QUE AO FINAL E AO CABO SERVIRÁ PARA PURGAR OS PECADOS PETISTAS. O PT se rendeu ao “esquema” vigente há décadas e será expurgado pelos que sempre se beneficiaram em prol de uma pseudo eticidade. Visto que os “outros” são inimputáveis.

    Haja aquilo roxo….

  15. Inconstitucionalidade do Decreto 8.515
    Inconstitucionalidade do Decreto 8.515 1. De acordo com o artigo 61, parágrafo primeiro, II, letra “c”, da Constituição Federal, transcrito no item 6 abaixo, cabe ao Presidente da República INICIATIVA PRIVATIVA de leis que disponham sobre “militares das Forças Armadas, seu regime jurídico, provimento de cargos, promoções, estabilidade, remuneração, reforma e transferência para a reserva”. 2. Dessa forma, o DECRETO Nº 8.515, DE 3 DE SETEMBRO DE 2015, que transfere para o Ministro da Defesa todas as nomeações, promoções e movimentações do pessoal das Forças Armadas, é INCONSTITUCIONAL, por que a COMPETÊNCIA PARA DELIBERAR SOBRE ESSA MATÉRIA é do Congresso Nacional, a quem cabe apreciar quaisquer leis, inclusive as leis de iniciativa privativa do Presidente da República. 3. A Presidente da República exorbitou do seu poder regulamentar, pois a matéria em questão não pode ser objeto de DECRETO, e de decisão isolada e individual, do Presidente da República, mas esse assunto só pode ser tratado por meio de LEI a ser votada pelo CONGRESSO NACIONAL. 4. De acordo com o artigo 49, da Constituição Federal, “É da competência exclusiva do Congresso Nacional: “V – sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa”. 5. Portanto, mediante edição de simples DECRETO LEGISLATIVO, cujo rito consta do item 7 abaixo, o Congresso Nacional poderá SUSTAR o Decreto 8.515, de 03/09/2015, da Presidente da República, em mais um episódio de desgaste desnecessário, se os estrategistas que assessoram a Presidência da República tivessem, ao menos, se dado o trabalho de ler a Constituição Federal ou tivessem solicitado que técnicos, preparados, fizessem esse estudo preliminar. 6. Transcrição da Constituição Federal: “Subseção III – Das Leis Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição. § 1º São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que: f) militares das Forças Armadas, seu regime jurídico, provimento de cargos, promoções, estabilidade, remuneração, reforma e transferência para a reserva. (Incluída pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998)” 7. Como se conduz o DECRETO LEGISLATIVO no Congresso Nacional: “2. Decretos legislativos. Os decretos legislativos são atos normativos primários veiculadores da competência exclusiva do Congresso Nacional previstos no art. 49 da Constituição Federal e, ainda, a regulamentação das relações jurídicas decorrentes de medidas provisórias rejeitadas. Em regra, os decretos legislativos produzem efeitos externos ao Congresso Nacional, contrariamente às resoluções, que, em regra, produzem efeitos internos de acordo com a Casa Legislativa em que foram emanadas. 2.1. Processo legislativo. O procedimento dos decretos legislativos não é tratado na Carta Magna. Assim, cabe ao Congresso Nacional discipliná-lo, que o faz através de seu regimento interno. Os decretos legislativos serão instruídos, discutidos e votados em todas as casas legislativas, pelo sistema bicameral. Aprovados, serão promulgados pelo Presidente do Senado Federal, na qualidade de Presidente do Congresso Nacional, que determinará sua publicação[2]. São discutidos por maioria simples[3]. Não há participação do Poder Executivo no processo legislativo dos decretos legislativos, inexistindo, por conseguinte, veto ou sanção, uma vez que se trata de matérias de competência exclusiva do Poder Legislativo. Quanto à possibilidade da adoção pelas Constituições Estaduais e Leis Orgânicas Municipais de decretos legislativos, não há vedação e nem crítica doutrinária ou jurisprudencial, podendo ser utilizada para veiculação de matérias de competência exclusiva das Assembleias Legislativas e Câmara dos Vereadores, respectivamente. 2.2. Controle de constitucionalidade dos decretos legislativos. Os decretos legislativos, que são atos normativos primários, estão sujeitos ao controle de constitucionalidade como os demais. 2.3. Explanação das matérias objeto de decretos legislativos. Conforme já explicitado, os decretos legislativos são atos normativos veiculadores das matérias previstas no art. 49 da Constituição Federal, de competência exclusiva do Congresso Nacional, e, ainda, a regulamentação das relações jurídicas decorrentes de medidas provisórias rejeitadas. Fonte – Link – http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=11115 Fim

  16. Exemplo:
    Temer, número 1 do

    Exemplo:

    Temer, número 1 do maior partido apoiador do governo, vice-presidente, esquecer que FHC, no primeiro ano do 2º  mandato tinha 8% de aprovação e ainda assim governou até o final.

    Temer agiu como um safado.

    Dilma é uma ilha sem arquipélago.

  17. O apoio à Dilma teria que ser

    O apoio à Dilma teria que ser o povo.

    Mas a crise econômica ( mundial ) + a lavagem cerebral do PIG monopollizado deixam a presidenta só.

     

     

  18. Esclarecimentos obscuros – Decreto 8.515

    Dilma tira poderes de comandantes militares

     TÂNIA MONTEIRO 08/09/2015 | 05h00     Fonte – Link – http://m.politica.estadao.com.br/noticias/geral,dilma-tira-poderes-de-comandantes-militares,1758021 Decreto transfere ao ministro da Defesa competência sobre atos relativos a pessoal, como reforma de oficiaisBrasília – Como se já não bastassem as crises política e econômica que atingem o governo, o Palácio do Planalto, agora, resolveu criar problemas com a área militar.  Na quinta-feira da semana passada, a presidente Dilma Rousseff assinou decreto 8.515, que estava na gaveta da Casa Civil há mais de três anos, tirando poderes dos comandantes militares e delegando ao ministro da Defesa competência para assinar atos relativos a pessoal militar, como transferência para a reserva remunerada de oficiais superiores, intermediários e subalternos, reforma de oficiais da ativa e da reserva, promoção aos postos de oficiais superiores e até nomeação de capelães militares, entre outros. Hoje, estes atos são assinados pelos comandantes militares.  A medida foi recebida com “surpresa”, “estranheza” e “desconfiança” pela cúpula militar, que não foi informada que ela seria assinada pela presidente e publicada no Diário Oficial de sexta-feira. A responsabilidade pela decisão de o decreto ter saído do fundo da gaveta para o DO estava sendo considerada um mistério.  No final do dia, no entanto, a Casa Civil informou que o envio do decreto à presidente atendeu a uma solicitação da Secretaria-geral do Ministério da Defesa, comandada pela petista Eva Maria Chiavon.  Mas todos ainda buscam explicações claras sobre o que realmente aconteceu neste processo. O comandante da Marinha, almirante Eduardo Bacellar Leal Ferreira, que estava ocupando o cargo de ministro interino da Defesa, e que viu seu nome publicado no DO endossando o decreto, disse que não sabia da existência dele.  “O decreto não passou por mim. Meu nome apareceu só porque eu era ministro da Defesa interino.  Não era do meu conhecimento”, resumiu o comandante, ao deixar o desfile de 7 de setembro, sem querer polemizar sobre o seu teor. O ministro da Defesa, Jaques Wagner, que estava na China quando o decreto foi editado, também demonstrou surpresa com a publicação durante sua ausência do País.  “Posso assegurar que não há nenhum interesse da presidente Dilma tirar poderes naturais e originais dos comandantes”, afirmou ao Estado.  “Ainda não estudei o decreto, mas ele visa normatizar as prerrogativas de cada instância com a criação do Ministério da Defesa e não tirar o que é da instância dos comandantes”, justificou.  Wagner lembrou que o decreto só entra em vigor em 14 dias e que, portanto, “qualquer erro ainda pode ser corrigido”.  O texto fala ainda que a competência prevista nos incisos do decreto podem ser subdelegadas pelo ministro da Defesa aos comandantes. Os militares se mostraram bastante “incomodados” com o ocorrido. O decreto gerou “uma histeria geral”, pela maneira como foi feita a publicação, sem que a cúpula militar fosse sequer avisada.  “Há uma preocupação de que este decreto, que estava dormindo há anos, foi resgatado por algum radical do mal ou oportunista, com intuito de criar problema”, observou um oficial-general consultado pelo Estado, ao lembrar que a publicação do texto agora, foi “absolutamente desnecessária”.  Outro militar observou que “faltou habilidade política de quem tirou o decreto da cartola, em um momento em que o governo já enfrenta tantas dificuldades, criando uma nova aresta, pela forma como foi feita”.  Este mesmo militar comentou que, mesmo o ministro da Defesa podendo delegar aos comandantes os poderes previstos no decreto, a medida é uma retirada de atribuição dos chefes das três forças e que, no mínimo, a boa regra de relacionamento, ensina que você avise a quem será atingido.  O decreto anterior dizia que os ministros do Exército, da Marinha e da Aeronáutica eram os responsáveis pela edição de atos relativos ao pessoal militar.  A delegação continuou com os comandantes, mesmo depois da criação do Ministério da Defesa, há 16 anos. Fim 

  19. Vigê maria …

    Olha, duvido existir nessa república alguém mais cabeça-dura que Dilma!!! É inacreditável … é uma notícia boa e 9 ruins todo dia. E das 9,  cinco delas é pura cagada. Como Dilma consegue governar sem ministério?

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