Contra ocupações em escolas, ministro da Educação ameaça cancelar ENEM

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – O Ministério da Educação, capitaneada por Mendonça Filho (DEM) desde que Michel Temer assumiu a Presidência, ameaça cancelar o exame do ENEM nas escolas ocupadas por estudantes que protestam contra a reforma do ensino médio e a PEC 241 – que congela os investimentos em saúde e educação pelos próximos 20 anos.

Segundo Mendonça Filho, nas contas do governo, 95 mil candidatos – dos 8,6 milhões de inscritos – que farão provas em escolas ocupadas serão “prejudicados”.

O ministro disse que se as escolas não forem desocupadas até dia 31, o ENEM será adiado para esses candidatos. “Serão prejudicados por um ato que acho antidemocrático, por não respeitar o direito de ir e vir e por não permitir a alguém sonhar com uma educação de qualidade, usando o Enem como passaporte para o ensino superior”, justificou.

Mendonça não aceita realocar a prova para outras escolas por questões de “logística”. Ainda de acordo com ele, a Advocacia-Geral da União (AGU) já foi acionada para tomar as “providências jurídicas cabíveis” para responsabilizar estudantes e entidades identificados como responsáveis pelas ocupações, caso a prova não possa ser feita.

De acordo com o MEC, os custos da aplicação de novo exame – cerca de R$ 90 por candidato – podem ser cobrados judicialmente dos responsáveis pelas invasões.

PARANÁ – No estado governado por Beto Richa (PSDB) é o que mais tem ocupações até o momento. Segundo Mendonça, de 682 locais de prova, 145 estavam tomados por estudantes até a tarde desta quarta (19).

Ontem à noite, a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) informou que 868 instituições de ensino de todo o País – 99 a mais do que no dia anterior – estavam ocupadas contra as propostas do governo Temer. Leia mais AQUI.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

12 Comentários

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  1. Quanta ignorância

    Cadê o respeito a contratos? Quem vai responder aos processos que certamente serão abertos pelos prejudicados? Chamem para negociar, fale, ouça e descida. É muita prepotência

  2. Jogada canalha!!!
    Há tempo o suficiente para transferir, se necessário, o exame destes escolas ocupadas ( que não representam um número representativo em relação ao total de unidades públicas ).

    Por exemplo, transferir para escolas particulares, universidades, etc.

    Ou até mesmo dialogar para que possa haver uma trégua nos dias de prova, pois acredito que dá pra utilizar as salas de aulas para a realização das provas.

    Mas essa besta desse “ministro” prefere jogar a população contra os estudantes, bem como criar cizânia entre estes.

  3. Artelhos feridos

    Essa ameaça é um tiro no pé. Diante do risco de fim do FIES, Prouni e de futuro emprego para todos os egressos de faculdades, o cancelamento do ENEM é a menor das preocupações dos estudantes.

  4. Como se responde a uma chantagem

    O nosso centauro demonstrando sua delicadeza… quer colocar uns contra os outros. É o momento de responder com inteligência, não briguem entre si, desocupem e ocupem novamente se for o caso, mantenham a mobilização sempre e não se deixem intimidar por conta destes babacas!

  5. O fulano não teve educação para ouvir a voz do povo.

    Cancelar o ENEM por causa das ocupações é desculpa, de quem é qualquer coisa, menos ministro da Educação.

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