Eike e o culto da hipocrisia nacional

O “Valor” de hoje tem uma matéria comparando a queda de Eike com as menções elogiosas feitas a ele pela presidente Dilma Rousseff.

Há dois momentos na vida de Eike. No auge do sucesso, era o símbolo máximo do empreendedorismo brasileiro. Depois da queda, o filho bastardo do estatismo. No auge, objeto do mais acintoso culto à personalidade do Brasil moderno. Na queda, “toma que o filho é seu”.

A hipocrisia dos formadores de imagem é esta. No sucesso, usam a lisonja para prospectar futuras parcerias. Na queda, batem sem piedade.

No auge, Eike era saudado pela Veja como o exemplo do empreendedorismo. A revista Época o premiava. Quando soçobrou, a própria Época providenciou uma capa dizendo que Eike era símbolo do fracasso estatista; e Jorge Paulo Lehmann, do sucesso de mercado. Lehmann que não ouse cair, se não também será alvo da hipocrisia nacional.

Confirma a máxima de que “criança feia não tem pai”. Eike teve dois pais: o mercado e o Estado.

Para a matéria do Valor ficar completa, faltaram:

1.     Os elogios do próprio Valor a Eike no auge do seu sucesso.

2.     Declarações de Cândido Bracher, presidente do BBA-Itaú: “Orgulhamo-nos por ter ajudado a viabilizar os grandes projetos do grupo.” Junto, as avaliações entusiasmadas sobre Eike por parte do Itaú, Bradesco e grandes fundos internacionais, ministros, presidente, executivos em geral.

3.     A escolha de Eike como “empresário do ano” de 2011 pelo grupo Lide.

4.     A eleição de Eike como o “empresário ousado do ano” pela revista IstoÉ.

5.     O presidente do Grupo EBX, Eike Batista, é eleito “personalidade do ano” pelo Destaque Ademi – Prêmio Master Imobiliário 2011, promovido pela regional Rio de Janeiro da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi) e da Federação Internacional das Profissões Imobiliárias (FIABCI).

6.     Prêmio da revista Fast Company apontando Eike como um dos quatro empresários brasileiros mais criativos.

7.     OSX recebe o prêmio “Deal of theYear – 2010”, na categoria ProjetcFinance, concedido pela Marine Money International.

8.     Eike Batista está entre os entre 1.000 principais CEOs do Mundo, no capítulo Empreendedores Visionários, da revista IstoÉ Dinheiro.

9.     Eike Batista é o único brasileiro na lista dos mais influentes do mundo dos negócios da revista americana Bloomberg Markets.

10.  Presidente do Grupo EBX eleito Personalidade Empresarial do Ano pela Associação Brasileira de Marketing & Negócios (ABMN).

11.  Revista Época elege Eike Batista entre os 100 brasileiros mais influentes de 2011. A lista reúne personalidades que mais se destacaram no ano pelo poder, o talento, as realizações e a capacidade de mobilizar e/ou inspirar.

12.  Eike também é um dos dois brasileiros citados no livro “World Changers – 25 Entrepreneurs who changed business as we knew it”, sobre os 24 empreendedores do mundo que transformaram os negócios.

13.  Eike é também um dos Líderes do Brasil, na categoria Óleo e Gás, em premiação promovida em parceria pelo Grupo Doria e o jornal Brasil Econômico.

14.  OSX recebe o prêmio “Latin America Upstream Deal of the Year”, no “13th Annual Project Finance Americas Deal of the Year Awards”, da Euromoney –

15.   MMX recebe o prêmio de destaque do Setor de Mineração pela Abrasca (Associação Brasileira das Companhias Abertas).

16.  Associação Brasileira de Propaganda: Eike Baptista, personalidade do ano.

Aqui mesmo cometi um cochilo indesculpável, ao considerar a recompra de ações de minoritários como tentativa de ganhar na baixa.

Mas convido vocês a levantarem outros elogios estrondosos ao Eike pré-desastre.

Luis Nassif

66 Comentários

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  1. Quando o circo desaba, só

    Quando o circo desaba, só resta o palhaço, mas neste caso, quem pagou para assistir o espetáculo perdeu, e se o Eike está em desgraça quem levou a bufunfa? Nunca acreditei nisto.

  2. Carta-Capital

    A Carta-Capital também publicou entrevista com o Eike, nos tempos de sucesso retumbante.

    Em algumas edições atrás, também publicou uma reportagem de capa abordando as causas da derrocada.

    Será que veremos isso Veja ou Época?

    1. A Carta Capital também

      A Carta Capital também premiou, por duas vezes, o senhor Eike Batista, por ser o executivo do ano. Estranho o sr. Nassif não saber disso, até porque figura como colunista daquela publicação.

  3. A hipocrisida da mídia

    A hipocrisia da mídia brasileira é hors concours. Não sei pq ainda tem gente de esquerda que lê e se preocupa com ela.

    Importante mesmo é saber como ficarão os generosos empréstimos concedidos pelo BNDES.

    Também seria relevante saber o montante do BNDESPar que virou pó. 

    É dinheiro nosso jogado no ralo.

    Enquanto isso, a turma do mundo cor-de-rosa defende o aumento do IPTU em SP, aumento esse baseado nos preços de imóveis absurdamente inflados pela bolha imobiliária que assola as grandes e médias cidades, onde é necessário ter uma renda de R$ 15 mil para comprar um imóvel de 70m2 por 700 mil reais… Tá fácil né, todo mundo ganha perto disso…

     

    1. Antes que algum militonto se

      Antes que algum militonto se achando esperto venha querer me “explicar” que União é uma coisa e Município é outra, esclareço que a comparação foi apenas para destacar que dinheiro não falta aos nossos governos, dos três níveis (Federal, Estadual e Municipal).

      Falta sim gestão, boa aplicação de recursos e combate ao desvio de dinheiro. A torneira aberta do BNDES é apenas mais um indicativo disso.

  4. Armou e se deu mal

    O ROFL da OGX e o Apoio dos EUA

    Documentos do Wikileaks revelam que, após Eike Batista lançar, em 2007, a empresa OGX para desafiar a participação da Petrobras no mercado, uma sensível, mas não classificada mensagem, via cabo, foi  enviada ao  Departamento de Estado dos EUA, em 27 de junho de 2008, destacando o novo cenário.

    A mensagem informava que a OGX contratara Francisco Gros, o ex-presidente da Petrobrás, e tinha atraído os seus executivos mais importantes, em troca de participação acionária na empresa de Batista, tornando-se milionários instantâneos.

    Além disso, em outubro de 2007, apenas um mês antes da Nona Rodada de Licitações para a venda do arrendamento dos novos blocos de exploração offshore, a OGX armou um golpe especialmente prejudicial para os interesses da Petrobras. 

    O Gerente de Exploração e Produção Paulo Mendonça e o Gerente Luis Reis desertaram para a OGX, trazendo com eles o conhecimento íntimo da estratégia de licitação em torno da avaliação dos blocos estabelecida pela Petrobras.

    Enquanto não se tornava claro se o Departamento de Estado Americano ficou tão encantado quanto as empresas petrolíferas

    em ver surgir uma ameaça ao monopólio da Petrobrás, um diplomata americano, em outra mensagem por cabo, comentou:

    ‘A dramática entrada da OGX para a indústria de petróleo brasileira é significativa. Com o apoio financeiro de Batista, a OGX construiu uma equipe formidável. Os contatos das companhias de petróleo compartilham, de forma  privada, como eles se deleitam com a frustração da Petrobrás diante da necessidade de lidar, pela primeira vez, com a concorrência real a partir de uma empresa nacional. Vale a pena assistir a reação da Petrobras enquanto OGX se prepara para perfurar poços. Embora a OGX possa contratar pessoas de topo e ganhar blocos de exploração, usando os próprios recursos, ela vai precisar de parceiros para perfurar e produzir  petróleo. Nós temos informações  que a Petrobras está, fortemente, desestimulando, ou seja, ameaçando  impedir a participação nos seus  projetos,  os seus próprios parceiros que trabalharem com a OGX. Deve ser avaliado se a  OGX poderá conseguir convencer os potenciais parceiros para enfrentar a Petrobrás.’

    Em agosto de 2009, de acordo com outro ‘cabo diplomático’, os atores da cena petrolífera e os iniciados no Rio de Janeiro ridicularizaram as propostas de reforma do pré-sal apontando-a como ‘politicagem pré-eleitoral da administração de Luiz Inácio Lula da Silva’. 

    A proposta de ter a Petrobras como a única operadora de blocos não licenciados das reservas de petróleo, levou Carla Lacerda, Diretora de Relações Externas da Exxon Mobile, sugerir que essa diretriz ‘constituiu uma reversão ao antigo sistema de monopólio no Brasil’ e fazer a ameaça que ‘isso poderia ter um efeito adverso sobre o fornecimento de equipamentos e prestação de serviços dos EUA para o Brasil’.

    Mas o Congresso Brasileiro foi, finalmente, bem sucedido em passar as reformas que maximizaram a capacidade da Petrobrás de fazer lucros fora dos campos conhecidos do pré-sal.

    Em 2 de agosto de 2013, Dima Rousseff assinou o decreto criando a Pré-Sal Petróleo, uma nova empresa estatal para gerir os contratos para os  grandes campos de petróleo e gás natural na região do pré-sal no mar.

    Enquanto os cabos e documentos de Snowden não revelam nenhuma prova definitiva que os executivos das companhias de petróleo receberam informações sobre o status off de exploração de petróleo offshore, eles indicam um interesse questionável e, possivelmente, antiético dos EUA em colaborar com as investidas de  empresas petrolíferas contra a Petrobras. 

    E, como o PreSalt.com, um site especializado em cobertura de petróleo e gás nas áreas do pré-sal reagiu, ‘a Petrobras detém conhecimento exclusivo na exploração offshore de petróleo em altas profundidades, sob pressões muito altas, e o Brasil é dono das maiores reservas mundiais conhecidas na camada do pré-sal. Se a NSA invadiu e violou os servidores da Petrobras, a ação não era para encontrar o Bin Laden, mas para, provavelmente, capturar as informações sobre tecnologias, investigação e conhecimento que a Petrobras detém.’

    ***

    ROFL – “Rolling on the floor laughing” (rolando no chão de tanto rir) ocorre quando um jogador de POKER faz uma jogada hilária e completamente estúpida.

    ‘Menos Batista!’

  5. O padrão das voltas que a

    O padrão das voltas que a finança dá é mundial. A ENRON teve muitas capas das melhores revistas de negocio como o “modelo” do futuro. Joege Wolney Atalla foi capa da FORTUNE, o Conde Chiquinho Matarazzo foi capa da TIME no IV centenario de S.Paulo, o banqueiro Edemar pontificou, Orizombo Roxo Loureiro, que inventou a rede de agencias de bairro quando os banos ficavam só no centro foi tambem heroi até quabrar, com seu Banco Nacional Imobiliario, Assis Paim Cunha, O Zé do Chapeu do Bamerindus, tivemos reis do açucar, da aviação, grandes magnatas dos navios como Henrique Lage, das ferrovias como Olacyr, isso faz parte do risco do capitalismo, embora os numeros do Eike e seu uso de alavancagem financeira exagerada sejam maiores do que o padrão.

  6. Nassif, os elogios do pig

    Nassif, os elogios do pig abundavam principalmente antes do Eike começar a elogiar os governos do PT. Mesmo antes da queda eles começaram a criticar, ou a elogiar sempre com um “mas…”, Porque ele não endossou a ladainha anti-governo que vem principalmente da Fiesp

    Agora que faliu, pronto, foi culpa das más companhias, ou seja Lula e Dilma. Mas a verdade é que a proximidade do Eike com os presidentes petistas é coisa de quilometros de distância se comparada ao do Lehman com a filhinha do Serra. Estes são tão próximos quanto o picolé do palito, se é que voce me entende.

    Se o Serra ganhar em 2014 (vade retro!) aí é que eles vão ver o que é uma simbiose entre empresário e governo

  7. As capas da veja são á altura…

    da cultura e da capacidade cognitiva dos seus leitores, dos seus “jornalistas” e seus donos.

    Mas o mais incrível nesta história toda é ver o Banco Itaú, onde o Olavo Setúbal tinha levado inúmeros engenheiros da Duratex-Deca, ter caído na lábia do E.B.; pelo visto o grupo perdeu totalmente a capacidade de ação na indústria, mas acho que esta perda tem algum tempo, tendo em vista a ausência notável da holding ITAUSA no decorrer do processo de privatização brasileiro. Uma perda para o pais, não só para seus acionistas.

  8. Uma pena que os comentários

    Uma pena que os comentários antigos andaram sumindo. Em abril comentei:

    Para socorrer Eike, Petrobras poderá usar … – Brasilianas.Org

    http://www.advivo.com.brBlogs

    09/04/2013 – O problema dele pode afetar a imagem do Brasil”, comentou. Eike, por muito tempo, … Luis Nassif. Eu gostaria de ler ….. 1 – Assis Ribeiro. 09/04/2013 – 07:58. Eike trará problemas para o PT, assim como Dantas trouxe.

  9. Mas, o que há de estranho?

    O que há de estranho? O que se espera da grande mídia e do publico a que ela se direciona?

    É esse público que adora bajular a elite e “seus salvadores” e depois, quando não mais os interessam viram a cara e fazem de conta que não é com eles. A grande imprensa age como quer o seu público. E o faz muito bem.

    O próprio Eike se utilizou do mecanismo especulativo nas bolsas e do “abano” da mídia para inflar.

    O erro não está nela e sim na sociedade que não buscou mecanismos, ou o fez timidamente, para criar uma multiplicidade de fontes.

    O governo lamentavelmente entrou no jogo dentro do megalomania que nos é própria. Espero que pelo menos para o governo a lição dos “grandes players”, depois do fracasso da OI  e dos XXXXsss, sirvam para alguma coisa.

    Como dizem; “É do jogo”. Portanto, reclamar de que? Criticar o quê?

    Aliás, o título da matéria é abrangente e diz muito:

    Eike e o culto da hipocrisia nacional

     

  10. Eike.

    Nosso até então festejado empresário, agora com empresas insolventes, se valeu de áudácia e sorte no seu estonteante e breve período de brilho.Faltou-lhe sabedoria para concluir sua empreitada. O negócio do petróleo é um negócio de alto risco e enormes prêmios. Eike construiu seu império “X´só na crença do sucesso, sem plano B para possíveis fracassos. Com a queda do monopólio estatal bo Brasil e seduzido pelos incríveis sucessos exploratórios no Brasil, conseguiu atrair uma dezena de técnicos de alto nível, recrutados na Petrobrás, para suporte técnico de suas aventuras. Isto não foi suficiente. O subsolo, o meio onde se encontra o petróleo se caracteriza por ser heterogênio e incertezas estão sempre presentes. Não é incomum ocorrer  contatações de furos secos em áreas altamente promissoras ao custo de até centenas de milhões de dólares. Isto não é para iniciantes, sem lastro adequado para suportar grandes prejuizos.

  11. Bobagem.
    Logo logo Eike volta

    Bobagem.

    Logo logo Eike volta a ser um player, sob a benção do Bndes e projetos associados ao(s) governo(s).

    O grande capitalismo brasileiro (digo grande porque o pequeno empreendedor corre é muitos riscos) não tem riscos, e Eike possui know-how, carisma e conexões políticas para voltar, senão ao topo, entre os grandes nossos.

    Aí as mesmas revistas e jornais que hoje o tripudiam, os mesmos analistas que outrora incensaram-no (e hoje o criticam) voltarão a tecer loas ao “grande homem, grande empreendedor, que deu a volta por cima, e blá”.

    É tudo fachada. Eike caiu porque quis dar um passo maior que as próprias pernas. Só – amadurecido pelo tombo – começar a fazer o que 99% dos grandes empresários brasileiros fazem (jogar conforme as regras do jogo) que pronto, bilionário de novo, sem riscos, uma barbada.

    Não é a toa que no texto de ontem o articulista da UFSM disse que “meritocracia” não é um valor imanente à nossa classe dominante. 

    É tão previsível…

     

    1. No país do capitalismo sem risco.

      O mais engraçdo que os defensores da livre iniciativa aqui do Blog usam e abusam da conexão Eike Batista com o Governo para condenar, mas ao mesmo tempo esquecem que o RISCO é uma vertente poderosa nesse mundo capital. A diferença de Eike é que a queda dele foi espetacularizada em função de ser o primeiro empresario brasileiro a deixar o conservadorismo caracteristico de nossos CEOs. Ou seja, como disse uma vez  Warren Buffet: “Os empresários latinos acham que os Governos são suas babás”. A queda de Eike mostra que ainda não há espaço no Brasil para mepresários que ousam, e que por isso tem potencial para quebrar ou ganhar. E vem a turba liberal jogando pedra rsrsrs. hipocrisia sem limites. 

      1. Absolutamente nada a ver.

        Absolutamente nada a ver. Eike é um simples aventureiro, nunca foi um empresario. O grosso do empresariado nacional começa com uma oficina, uma vendinha, um caminhãozinh velho e através de muitos sacrificios, muitos anos de persistencia, chegam a ter uma empresa solida que custou noites de sono, 15 horas por dia de trabalho, grandes riscos do negocio. Eike é EMPRSARIO DO POWER POINT, de papel, nunca produziu nada, vendeu sonhos, teve quem comprou, nuna foi solido, um jogador de roleta, não tem NADA A VER COM O TIPICO EMPRESARIO BRASILEIRO.

      2. O “primeiro” empresario

        O “primeiro” empresario brasileiro a se arriscar? E o Barão de Mauá, Delmiro Gouveia, Henrique Lage, Francisco Matarazzo,  os Ermirio de Moraes, João Santos, os Feffer, os Klabin, Olacyr, os Andrade Gutierrez, os Odebrecht,

        os Soares Sampaio, os Ometto, os Biagi, os Zillo Lorenzetti, os Cutrale, os Fischer, os Maggi, os Gerdau, os Moreira Salles, Rolim Amaro,  NINGUEM SE ARRISCOU? Só o Eike?

        A diferença é que o Eike NUNCA arriscou um centavo dele, arriscou dinheiro dos outros, os demais arriscaram capital proprio, desde o inicio, o tempo todo, tiveram apoio de bancos mas EM CIMA DE SEU CAPITAL PROPRIO, não em cima de nada, como o Eike.

  12. Inferno Astral

    Todos, eu disse TODOS, estão sujeitos ao inferno astral.

    A roda da fortuna gira incessantemente.

    Tudo é intercâmbio do fogo e o fogo é intercâmbio de tudo, do mesmo modo que se trocam mercadorias por ouro e ouro por mercadorias.

    Antes de Caminhar, lê na palma de tua mão  e nos Céus o rumo dos Caminhos.

  13. desculpa nassif, o seu post

    desculpa nassif, o seu post dizendo que que o eike estava ganhando na baixa não tinha sentindo algum, acho que vc não entendeu o que estava acontecendo com o grupo… 

  14. Ley de Médios no … desses

    Ley de Médios no … desses calhordas, já, e aproveitem para mandar o Bernardo pro meio deles para receber a ley lá, no dele também!

    1. Vamos tomar a Ley de Medios,

      Vamos tomar a Ley de Medios, a Viuva Laboutin, e o pujante empresariado argentino como modelo. Assim iremos muito longe, logo chegaremos à maravilhosa Coreia do Norte com sua super feliz sociedade e magnifico sistema politico.

  15. “Eike teve dois pais: o mercado e o Estado”.

    Respondendo ao seu convite honroso, para apresentar “elogios estrondosos ao Eike pré-desastre”  e, considerando que você apresentou 16 elogios do “mercado”, devo-lhe apresentar o principal para acrescentar ao seu rol, o que foi emitido pelo Estado, que deveria estar atento desde o início para regular e submeter o mercado ao interesse republicano, e, portanto, foi responsável maior por toda lambança. Eis estrondosos elogios, nas palavras da dona da voz do Estado:

    “Eike é o nosso padrão, a nossa expectativa e sobretudo o orgulho do Brasil quando se trata de um empresário do setor privado.” – Dilma Roussef.

     

    Atenciosamente, envio os meus votos de estima e a fonte de onde retiro a frase, o artigo que reproduzo a seguir, da coluna de sua companheira de profissão.

    Enviado por Míriam Leitão – 30.10.2013 | 14h00m

    COLUNA NO GLOBO

    História da derrocada

    A maior hecatombe empresarial do país não é uma boa notícia para ninguém, mas seria bom aprender com o desastre. O empresário Eike Batista conduziu mal seus negócios por ter se alavancado demais e fomentado especulação que inflou de forma artificial o valor de mercado de projetos que não haviam maturado. O governo e o mercado erraram por terem acreditado no delírio.

    Em 2010, o valor de mercado da OGX era R$ 74 bilhões. Três anos depois, está em situação pré-falimentar. Desde 2005, o BNDES aprovou R$ 9,1 bilhões em operações com as empresas do grupo EBX e em abril deste ano — quando elas já estavam em apuros e o valor da OGX havia caído para R$ 4 bi — foram aprovadas novas operações no valor de R$ 935 milhões para a MMX. Outros bancos estatais, como a Caixa, também emprestaram para o grupo quando já se sabia das dificuldades.

    O BNDES usa como escudo o sigilo bancário para não prestar informações. Ofende a lógica quando diz que não perdeu nenhum tostão com o grupo. Ora, se o valor das ações desmoronou, se os empréstimos não foram pagos a tempo, é impossível o banco não ter perdido. O truque é, na época do vencimento, rolar o empréstimo. Uma das rolagens foi no último dia 15: R$ 518 milhões para a OSX. É assim que um credor não registra a perda com um grupo que desmorona: dá mais prazo.

    Houve um tempo em que o governo dizia que queria mais “eikes” no país, e Eike dizia que o BNDES era o melhor banco do mundo. Em abril de 2012, em solenidade de início da extração de petróleo pela OGX, a presidente Dilma afirmou: “Eike é o nosso padrão, a nossa expectativa e sobretudo o orgulho do Brasil quando se trata de um empresário do setor privado.”

    Hoje, é fácil ver os erros do empresário. Mas antes também era. Ele sempre exagerou sobre as potencialidades das empresas e, assim, valorizava as ações. Antes que o empreendimento maturasse, criava outra, dependente do sucesso da primeira. Foi construindo um castelo de cartas. Ele se alavancou com dinheiro dos bancos públicos, privados, de investidores. Sempre com dinheiro alheio. Alguns tubarões fugiram a tempo, investidores menores micaram e o governo tenta encobrir as perdas. Mesmo quando os sinais da falta de consistência dos seus negócios eram visíveis, o governo incentivou a Petrobras a fazer parceria com o grupo X. No ano passado, a presidente Dilma declarou, ao lado do empresário, que “ambas podem ganhar muito com uma parceria entre elas”. A ideia de Eike era de que Petrobras e OGX juntas criassem uma terceira empresa.

    Quando as câmeras foram desligadas, ao fim de uma tensa entrevista que fiz com ele em 2008, em que perguntei sobre várias contradições dos seus negócios, inclusive ambientais, Eike reclamou de eu ter sido muito dura. Eu disse que não tinha perguntado tudo, por falta de tempo, e falei da proposta que ele havia feito de vender energia para o governo por um preço e recomprar por um terço do valor. A proposta fora recusada pela Aneel. Ele me disse: “todos fazem, por que não posso fazer?” Respondi que ele, supostamente, era para ser a renovação do capitalismo brasileiro.

    Ele nunca foi o novo, sempre se cercou do Estado para se alavancar através de empréstimos ou tratamento diferenciado. As áreas nas quais entrou eram preponderantemente da velha economia. Mas tudo isso seria mais do mesmo. O principal erro foi declarar ter o que não tinha, para assim iludir o investidor.

    Em maio de 2012, fez declaração de comercialidade de Tubarão Azul. Previu produção de 50 mil/dia e disse que poderia extrair até 150 milhões de barris. Depois, disse: “meus projetos são à prova de idiotas”. Em julho passado, Eike admitiu não haver “tecnologia capaz” de extrair petróleo desse campo. Depois, fechou Tubarão Tigre, Tubarão Gato e Tubarão Areia. Ao garantir que tinha o que não poderia entregar, Eike enganou credores e investidores. Essa é a história da derrocada.

  16. Tudo bem , é verdade tudo

    Tudo bem , é verdade tudo isso sobre a imprensa .

    Mas EIKE também surfava , turbinava e sabia explorar em proveito da própria imagem a bajulação extremada dessa imprensa . Tudo isso era ótimo para ele continuar sustentando as expectativas em relação aos projetos X .

    De certa forma , a queda de EIKE é decepcionante para quem tem esperanças de ver no Brasil prosperar um capitalismo menos parasitário do estado . Onde o grande empresariado é formado por aqueles que estão escorados em concessões públicas vantajosas , empréstimos estatais , licitações fraudulentas , juros altos , etc .

     

    1. Negativo. Das 2.000 maiores

      Negativo. Das 2.000 maiores empresas nacionais do ranking do jorna VALOR, 95% não tem nada a ver com o Estado, são empresas construidas por gerações, começaram pequenas e cresceram. Eike, Bertin, Marfrig, Friboi são RARAS EXCEÇÕES. Não confundir emprestimos NORMAIS do BNDES ou Banco do Brasil, proporcionais e com garantias solidas.

  17. A pessoa juridica quebrou,

    A pessoa juridica quebrou, mas a física, tenho minhas dúvidas.

    Esse sujeito me dava náuseas com seu exibicionismo.

     

  18. Deveriam, isso sim, enaltecer

    Deveriam, isso sim, enaltecer a regra do jogo. Ou o capitalismo não é risco? Mas não, vamos todos chutar o cachorro morto…

    Ah, mas é dinheiro do BNDES. É sim, dinheiro do erário. Mas, e aí que exergo o cinismo maior do carater com capital no Brasil, onde estão os empreendedores que tem capital próprio para correr os riscos dos negócios? Não é a toa que saiu outro dia uma matéria sobre os trilhões da nossa elite, mantidos nos paraísos fiscais.

    E vamos que vamos!

    1. Os empreendedores NÃO

      Os empreendedores NÃO AVENTUREIROS, com capital proprio, são a esmagadora maioria das 2.000 maiores empresas nacionais, segundo a relação da revista anual do jornal VALOR.

      Os “”cmapeões nacionais” que levantam no BNDES R$10 bilhões em cima de pouco ou nada, são RARISSIMOS, meia duzia., todos com extensas CONEXÕES POLITICAS e contribuintes fartos de campanhas politicas.

      Não conundir esses com os outros. E não confundir EMPRESTIMOS DE COMPADRIO com operações normais do BNDES, onde se exigem garantias super sólidas e leva um ano para aprovar.

      1. André Araújo, você acredita

        André Araújo, você acredita que quando escrevi estava com o pensamento em você? Onde foi que você se meteu que ninguém lê mais os seus comentários por aqui?

        Pois então, eu concordo com você, só que em parte, na que os recursos públicos tem que ser muito bem geridos. Mas, insisto, o que você tem a nos dizer sobre a histórica falta de vontade/interesse dos endinheirados desse país em querer arriscar os seus tostões no sistema produdivo, gerando assim essa distorções.

        Quanto aos seus comentários, fiquei – posso ter passado batido, pois não vi – esperando lê-los quando do espinhoso leilão de libra.

        1. Existem muitos grandes

          Existem muitos grandes empreendimentos de empresarios privados arriscando seu proprio capital aqui no Brasil e sempre houve, como assim ninguem arrisca? A Suzano Feffer, uma empresa tradicional e solida, está construindo uma fabrica de celulose no Maranhão, investindo 5 bilhões de Reais, existem 938 empreendimentos de energia em construção no Pais, entre hidro, biomassa, eloica, solar, termos a gás, oleo e carvão, com produção de 33.400 MW, isso representa investimentos de mais de 180 bilhões de reais.

          Eike não arriscou nada dele, o total do capital é de terceiros, porque ele nunca teve empresa com capital proprio, essa é a anomalia. Ele imprimiu papel e vendeu papel baseado em projetos futuros.. Isso é um caso unico.

          E todos seus empreendimentos, TODOS, dependiam do Estado e não do consumidor.

  19. A OGX e a malhação da mídia.

    Desconfio que não é por hipocrisia não que a mídia está malhando o judas da vez, o Eike.

    A mídia trabalha sempre afinada com interesses econômicos vultosos: ao elevar Eike às nuvens, ela agia afinada com os (se preferirem: prestava serviço aos) que investiram no Eike: Itaú, Bradesco, André Esteves do BTG Pactual etcétera; por que agora também não haveria de estar afinada com os (prestando serviço aos) que querem se apropriar de uma boa parte do espólio da OGX? Quanto mais violenta for a campanha contra o Eike, em pior situação fica a OGX na recuperação judicial. Aí, aplicando aqui a previsão de que o Nassif fez seu mea culpa, os comparsas da mídia comprariam o espólio “na baixa”. E esse espólio é polpudo: ativos valorosos, exatamente aqueles que atraíram os interesses dos que apostaram no Eike, isto é, despersonalizando, que apostaram nos ativos de suas empresas. E quanto mais caírem os preços dos ditos ativos, mais ganharia essa gente.

    O pessoal que gosta de “chutar cachorro morto” e que se rejubila com o fracasso alheio pode estar, sem perceber, fazendo a jogada dos tubarões de quem a mídia serve de algo assim como seu peixe-piloto.

  20. Desde sempre

    1- Desde sempre foi assim;

    2- Para levantamento pesquisem na coluna Ancelmo Gois desde 1893 e lá encontrarão notas diárias do que fazia, fez, e faria.

    3- Não se preocupem. Daqui ha 30 anos O Globo fará um mea culpa dizendo que errou ao apoiá-lo 30 anos atrás.

     

  21. HIPOCRISIA

    Segundo o governo, o Eike só deve os 190 milhões para a reforma do  Hotel Glória ,que está a venda a grupo estrangeiro. Os bilhões dos outros financiamentos serão honrados por empresas que assumiram as empresas do ex-bi. Quanto aos acionistas, ora os acionistas! O Eike é um bom menino, apenas um pouco peralta.

    1. Para ter um novo Eike,

      Você teria de acrescentar também, idêntica falta de escrúpulos, para gerir de forma, digamos no mínimo, temerária, para não dizer desonesta, o dinheiro público ou alheio.

    2. O pai do Eike era funcionário

      O pai do Eike era funcionário público. Foi presidente da Vale do Rio Doce durante a Ditadura Militar. Como o filho virou o  cara mais rico do Brasil? Não sei, mas não venham botar a culpa no PT. Vejam o que ele andava fazendo na administração FHC. Não foi no governo Lula que Eike apareceu. Além disso, se suas jogadas tivessem tido sucesso, não faltariam puxa-sacos para elogiá-lo.

      1. Não sei o que ele andava

        Não sei o que ele andava fazendo nos tempos do FHC. Você sabe? Conte pra nós. Que, por um bom tempo, ele foi um dos escolhidos para ser “campeão nacional”, isso está bem documentado em falas e fotos e liberações vultosas de dinheiro. E puxa-sacos ele tinha aos montes até outro dia. Agora ninguém quer trocar o filho feio que borrou nas fraldas.

    3. [Dê dinheiro do BNDES aos

      [Dê dinheiro do BNDES aos bilhões para qualquer vendedor de carro usado e você terá um novo Eike.] Se fos bilhões, mpois se apenas milhões, o negócio tende falir e o cara não ter dinheiro nem para pagar a primeira parcela.

  22. Tem toda razão os petistas

    Tem toda razão os petistas quando criticam o PIG e a tucanda que amava o Eike

    Também tem toda razão a tucanalha e o PIG quando falam do amor do PT por Eike

    Agora ficam brigando dizendo um para o outro: Toma que o filho é teu!

     

     

     

     

    1. [Também tem toda razão a

      [Também tem toda razão a tucanalha e o PIG quando falam do amor do PT por Eike] Quando Lula chegou oa poder, EIka já era bem grandinho e tava com tudo armado. E se pessoas com milhões para investir e muito conhecimento  nada viram, de nada se pode acusar Lula, cujo colhecimento de causa é abaixo do ínfimo. 

  23. Em busca da paternidade

    Nassif, o caso me lembra um artigo que li há muito tempo sobre uma entrevista de Einstein na França. 

    Ele foi indagado sobre as consequências pessoais, no caso se Teoria da Relatividade não viesse a ser comprovada empiricamente pela física. A teoria, na verdade, só foi comprovada décadas depois de sua elaboração pelo cientista. Voltando à pergunta, Einstein respondeu: 

    “- Se minha teoria for comprovada, vocês franceses dirão que sou um cidadão do mundo e os alemães dirão que sou alemão.  Se a teoria estiver errada, vocês franceses dirão que sou alemão e os alemães dirão que sou judeu.”

    Assim caminha a humanidade. 

    1. Um detalhe: as teorias de

      Um detalhe: as teorias de Albert Einstein não foram comprovadas décadas após elaboradas. Primeiro, enquanto funcionário do Escritório de Patentes da Suíça, Einstein publicou a Teoria da Relatividade Restrita em 1905, quando provou que o tempo TAMBÉM era relativo, ao contrário dos postulados de Isaac Newton. Em 1915, Einstein terminou seu trabalho e publicou a Teoria Geral da Relatividade, onde propunha que os fótons, que compõem a luz, tinham massa. Isso foi provado no eclipse solar de 1919. Foi provado que a luz das estrelas sofria desvio quando passava pelo nosso Sol, isto é, a luz era desviada pela enorme força gravitacional de nossa estrela de 5a. grandeza. No mais, concordo com o colega. Há também o caso do geógrafo alemão Alfred Wegener. Segundo seus estudos, há 300 milhões de anos todos os continentes estavam ligados, mas separaram-se. Tinha provas geológica suficientes, mas foi ridicularizado pelos cientistas da época (1915). Com base nos mapas, defendeu que Brasil e África já estiveram ligados. Geólogos norte-americanos transformaram-no em alvo de piada. Hoje é ponto pacífico inclusive no U.S.Geological Service que os continentes estiveram ligados e hoje se afastam à média (Brasil e África) de uns 6cm anuais. É a Teoria da Deriva Continental, hoje ensinada em todas as escolas de Geologia dos Estados Unidos.

  24. Quem saiu alardeando a torto

    Quem saiu alardeando a torto e direito que seria o homem mais rico do mundo foi o próprio Eike!!!!!!

    Se a mídia já faz isso com pessoas avessas a exposição (vide JP Lehman), imagina com quem gosta de holofotes!!!!

    1. Exibicionista não comina com

      Exibicionista não comina com um grande financista. Fico imaginando o Amador Aguiar dizer semelhante besteira. Já por essa declaração era para qualquer um desconfiar de investir com ele.

    2. Alardes e Alardes

      Ou será que a imprensa alardeou aos quatro ventos uma mera frase falada de passagem, uma única vez, em algum contexto?

      Nas entrevistas que assisti, inclusive em programas mais longos, nunca percebi dele arrogância ou má fé.

      Mas sempre percebi uma certa ingenuidade desarmada, regada à pouca percepção de se permitir excesso de exposição, realmente.

      Isto, considerando um empresário envolvido em múltiplos investimentos bilionários (e ainda sem estarem em cruzeiro), misturados com restaurantes e salões de beleza, longas jornadas no twitter com a “rapêize” ou resgate de calcinhas em programas de TV, realmente não ajuda.

      E acaba deixando que uma patota muito bem paga exerça sua incompetência (ou malandragem) bem debaixo de suas barbas.

      Ou seja, se alguém deve lamentar de verdade, é ele mesmo.

      Mas que esse linchamento de cachorro morto, essa hipocrisia demonstrada pelo Nassif e este prazer mórbido, algumas vezes orgásmico, pelo fracasso de um empreendedor brasileiro são sintomáticos, ah, isso são!

      Talvez Freud explique, Ou não.

  25. Nassif,
    A revista Época

    Nassif,

    A revista Época Negócios, no começo de 2012, bem antes de sua quebra, fez reportagens alertando que Eike não tinha mostrado os resultados esperados. Foi matéria de capa: “E aí, Eike, vai entregar?”.

    Você o defendeu aqui no blog, dizendo que a Globo atacou o Eike para ele não entrar no mercado de mídia.

    O tempo mostrou que a Época Negócios estava certa…

  26. O QUE SERÁ, QUE SERÁ !!!

    Qual será o destino dos empreendimentos começados por Eike? Conseguirá novos sócios  capitalistas? Abandonará os projetos à própria sorte e depredação? Ou governo vai comprar a massa falida e, aí sim, Eike será novamente multimilionário? São questionamentos que serão respondidos em médio prazo. Acredito que ele realmente é um empreendedor. Irresponsáveis foram todos os que colocaram irresponsavelmente dinheiro na sua mão para tocar múltiplos projetos megalomaníacos. Tinha tudo para dar errado. Ainda mais sendo aqui no Brasil…

  27. o sucesso é a fronteira empresarial entre genial e louco

    numa entrevista com o comandante rolim da tam, com outra frase de mesmo sentido, ele disse: o sucesso e.s.p.e.t.a.c.u.l.a.r do empreendimento alta adrenalina – por conta e risco da aposta no mercado futuro, fé no próprio taco, feeling estratégico – é a condição i.m.p.l.a.c.á.v.e.l, no pesado jogo capitalista, entre ser celebrado como genial empresário ou desprezado como louco mitômano.

     

     

  28. a indústria das previsões econômicas

    Falhas preditivas e erros sistemáticos ou quando teoria e realidade não se afivelam nos modelos econômicos

    miguel bruno

    economista

    “Um conhecimento pode estar perfeitamente de acordo com a lógica, isto é, não se contradiz a si mesmo, e, no entanto, ainda pode contradizer o objeto.”, Immanuel Kant, Crítica da Razão Pura, 1781

    “O conhecimento do real é uma luz que sempre projeta sombra em algum lugar. Ele nunca é imediato e pleno. As revelações do real são sempre recorrentes. O real nunca é aquilo que deveríamos ter acreditado, mas sim o que deveríamos ter pensado.” Gastón Bachelard, químico e filósofo da ciência.

    A quem serve a indústria das previsões econômicas?

    O problema da coordenação: Refere-se às dificuldades de compatibilidade dinâmica entre as estratégias dos atores que participam dos mercados.

    O problema da informação: Refere-se à qualidade e pertinência das informações necessárias à tomada de decisões cruciais como o investimento e o consumo por parte das firmas e consumidores.

    O problema da reatividade dos agentes: Segundo a epistemologia moderna, um dos problemas das ciências humanas é que “lidam com um objeto que fala”.

    O problema das regularidades comportamentais e das leis econômicas: Em Economia as leis econômicas não possuem o mesmo estatuto das leis naturais. Elas são estocásticas e não determinísticas. Esse é um dos muitos equívocos que a teoria econômica moderna herdou da tradição fisiocrática do Dr. Quesnay e da escola clássica com os trabalhos de Adam Smith e David Ricardo. O mundo social, embora muito mais complexo, é assimilado aos padrões de funcionamento e estruturação dos mundos orgânico e inorgânico. Uma lei econômica é historicamente datada, ou seja, é a expressão de micro e de macrorregularidades comportamentais cuja permanência depende das condições estruturais (tipos de instituições, regras, convenções, leis jurídicas e dispositivos normativos) particulares às economias no tempo e no espaço. Os trabalhos em antropologia econômica mostram que o princípio de maximização de lucros e de utilidade não pode ser aplicado às sociedades primitivas sem uma ampla margem de arbitrariedade e de distorção dos fatos.

    O problema de Hirschman ou das paixões e dos interesses: É decorrente das formas subjetivas que orientam a pesquisa econômica e a produção de modelos de previsão.

    O problema das particularidades do mercado: No mercado de bens, os preços podem desempenhar um papel de ajustamento: se a demanda é muito forte, os preços sobem e esse aumento faz baixar a demanda e crescer a oferta. O inverso ocorre se os preços caem. Todavia, no mercado de ativos financeiros e de crédito o processo é diferente.

    O problema da incerteza fundamental: Ele deriva das diferenças entre risco probabilizável e incerteza. O ambiente econômico se caracteriza também pela incerteza, e não apenas por riscos, pois nem todos os eventos prováveis são conhecidos. Nesse caso, não se pode atribuir probabilidades de ocorrência para acontecimentos desconhecidos dos agentes econômicos, caso em que suas decisões equivalem a um “tiro no escuro”.

    miguel bruno

    O articulista é assessor de projetos especiais para crescimento e desenvolvimento da Diretoria de Estudos Macroeconômicos do Ipea, professor adjunto da FCE-UERJ e pesquisador licenciado da Escola Nacional de Ciências Estatísticas-ENCE/IBGE

    [email protected]  ( http://www.insightinteligencia.com.br/48/PDFs/03.pdf )

    1. A CARTA CAPITAL já cultuou o

      A CARTA CAPITAL já cultuou o EIKE? Repare que o tema principal da reportagem é a HIPOCRISIA NACIONAL. Hipocrisia é quando há uma contradição. No caso citado, a VEJA o lançou como sucesso absoluto para depois arrastá-lo para o fosso dos derrotados. Eu não sei você, mas eu nunca vi uma matéria da Carta Capital idolatrando-o (digo, Eike). Caso haja, cite-a aqui para que eu possa ler. Boa tarde.

  29. Eike e o culto da hipocrisia nacional

    Como agem os meios de comunicação das oligarquias brasileiras: o processo de beatificação ou de demonização praticado pela Máfia do Poder.

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