Ministro revela ignorância ao negar efeito da Lava Jato no desemprego, por J. Carlos de Assis

Aliança pelo Brasil

Ministro revela ignorância ao negar efeito da Lava Jato no desemprego

por J. Carlos de Assis

O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, é um ignorante em economia. Usou um discurso professoral e arrogante para sustentar que a operação Lava Jato não teve consequência sobre a economia e o emprego. Enquadra-se naquela categoria de ministros do Supremo dos quais um ex-colega deles, o incomparável Sepúlveda Pertence, me disse certa vez que, em  matéria econômica, todos eram “ignorantes específicos”.

Para centenas de milhares de trabalhadores brasileiros desempregados diretamente em função da Lava Jato a declaração do Ministro, do alto de seu emprego garantido e de salários engordados com todo tipo de indenizações ilegais, é um formidável tapa na cara e um acinte. Assim também se sentem centenas de empresários cujas empresas tiveram que fechar, reduzir drasticamente suas atividades ou simplesmente falir. Vejam por exemplo o Comperj.

É uma pena que não se ensinem  fundamentos de economia política nos cursos de Direito, ou que não constem temas a esse respeito nas apostilas de concursos para a magistratura. Um fundamento mesmo superficial de Economia evitaria que, em plena crise de emprego causada originalmente pela Lava Jato, e depois escalada pelo ajuste Joaquim Levy, houvesse uma interpretação tão irrealista dos efeitos pelo decano da Suprema Corte.

Quando se configurou a Lava Jato no último trimestre de 2014, creio ter sido o primeiro economista brasileiro a perceber a extensão do estrago em matéria de emprego. Escrevi, na ocasião, que aquilo custaria de 2 a 3 pontos percentuais do PIB. Depois veio o ajuste Levy, e refiz minhas contas. Anunciei que a economia brasileira sofreria uma contração em 2015 de 4 a 5%. Não fiquei orgulhoso por ter previsto certo. Preferiria ter errado. A propósito, a Fazenda também calculou a depressão devida à Lava Jato em 2015 em menos 2 pontos percentuais.

Neste ano o FMI prevê uma contração adicional de 3,5% enquanto o desemprego no ano passado fechou em 9,5%. Se considerarmos apenas os jovens, o desemprego está oscilando, nas capitais, entre 15 a 20%. Ainda é efeito da Lava Jato e do ajuste Levy, já que, infelizmente, o governo não mudou a política econômica de seu desastrado primeiro ministro da Fazenda comprometido até o pescoço com seus mandatários banqueiros. 

O ministro Celso de Mello doutrinou do alto de sua jurisprudência econômica que combate à corrupção não gera desemprego e crise econômica. Sim, claro. Todos somos contra a corrupção e queremos combatê-la. Mas o que torna combate à corrupção em desastre social é o manejo incompetente, ilegal e espetaculoso da Justiça, quebrando empresas e gerando desemprego em lugar de simplesmente saneá-las com as devidas multas.

Em nenhum país civilizado que tenha um sistema industrial maduro empresas são expostas à quebra sem maiores cuidados. Há um princípio denominado risco sistêmico que se procura respeitar. Uma grande empreiteira é um centro de recebimentos e pagamentos. Quando se quebra a cadeia de recebimentos, a de pagamentos vai junto, e toda uma estrutura produtiva que não tem nada a ver com corrupção é abalada.

Combate à corrupção é perfeitamente compatível com a preservação da atividade econômica do país e o normal funcionamento das empresas. Para isso, contudo, nossos magistrados teriam que ser um pouco mais sábios e ponderados. Da forma como está operando a Justiça da Lava Jato, que não estava distinguindo empresários de empresas (a situação mudou um pouco com os acordos de leniência), o país e o povo pagam caro pelo despreparo dos juízes.

J. Carlos de Assis – Economista, doutor pela Coppe/UFRJ.

Redação

42 Comentários

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  1. O efeito é muito claro

    Numa justiça séria, por razões técnicas, deve ser detido o corrupto que segue de carro (sentido figurativo) pela estrada da economia, e levado para o encostamento onde é analisada a infração e aplicada – eventualmente – a multa.

    Já o esquema golpista brasileiro detém o transito todo, enquanto busca motivos para poder culpar e multar apenas os carros vermelhos.

  2. Não é apenas despreparo, é

    Não é apenas despreparo, é bem pior do que isso. O ministro Celso de Mello, se cultivasse a honradez, já teria se aposentado depois de ter sido classificado como “juiz de m” pelo seu ex-chefe, o ex-ministro da Justiça Saulo Ramos, no livro Código da Vida (http://paginadoenock.com.br/decano-do-stf-ministro-celso-mello-ja-foi-definido-em-livro-autobiografico-do-jurista-e-ex-ministro-da-justica-saulo-ramos-como-um-juiz-de-merda/). 

  3. aos desempregados, que comam brioches.

     

    La Marseillaise 

    Allons enfants de la Patrie

    Le jour de gloire est arrivé!

    Contre nous de la tyrannie

    L’étendard sanglant est levé

    Entendez-vous dans les campagnes

    Mugir ces féroces soldats?

    Ils viennent jusque dans vos bras

    Égorger nos fils, nos compagnes!


    Aux armes citoyens

    Formez vos bataillons

    Marchons, marchons

    Qu’un sang impur

    Abreuve nos sillons

    Tem ministro do supremo  (com letra minúscula mesmo) frequentando casa de político, recebendo prêmio de TV partidária e agora esse sr. dando entrevista para simpatizantes do golpe em praça de alimentação de shopping. Perdeu-se na Cage aux Folles a noção de autoridade, de respeitabilidade, sobretudo nesse momento de grave impasse político. Dar depoimento desastroso sobre crise econõmica e desemprego em paraíso de consumo (shopping) é, no mínimo falta de noção nesse momento. 

    O supremo – que de supremo nada tem –  mostrado-se cada vez mais partidário e as consequências dessa irresponsabilidade serão colhidas após a queda de Dilma. Serão cobradas desses Senhores que frequentam festas midiáticas e casas de políticos  as faturas atrasadas dos prejuízos por eles causados à Nação.

    No país divido que surgir  no day-after pode não haver espaço para festas luxuosas nem para passeios em shoppings, sr ministro.

    Bom apetite magistrado, boa Páscoa.

  4. O cara continua insistindo

    O cara continua insistindo que a crise na economia é culpa da Lava Jato e do Levy? Francamente, nenhum economista com o mínimo de credibilidade insiste nessa besteira hoje em dia. Só essas figuras folclóricas afogadas na sua própria dissonância cognitiva.

    1. É óbvio que a crise econômica internacional já está aqui…

      O que o J. Carlos de Assis está falando especificamente – se você não percebeu – é sobre o peso que a Vaza Jato e a política econômica suicida do Levy estão tendo na contração do PIB e nas vidas de famílias de carne e osso e de empresas de todos os portes (porque, quando você paralisa empresas enormes como empreiteiras de grande porte, isso se reflete em toda a sua cadeia de fornecedores, atingindo empresas de grande, médio e pequeno porte.

      Pode ser, também, que um NÃO tenha fugido da sua primeira frase…

    2. efeitos

      Ozzy, o JCA minimiza o efeito da Lavajato que deve ser uma retração de 6,5%, atenuada pela política anti-cíclica do governo em 2,6% , resultando numa redução do Pib de 3,9%.

    3. Matéria na Folha de São

      Matéria na Folha de São Paulo, de 19/01/2016:

      http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2016/01/1731015-recessao-no-brasil-derruba-crescimento-global-diz-fmi.shtml

      “Em termos de composição por país, as revisões [para baixo, do crescimento] se devem em grande parte ao Brasil, onde a recessão causada pela incerteza política, em meio à contínua crise das investigações na Petrobras, está se mostrando mais profunda do que se esperava”, diz o Fundo [FMI].

      Não são governistas que estão falando que a Lava a Jato, do jeito que foi feita, desmontou a economia nacional. É o insuspeito FMI.

      Certamente, o ministro Celso de Mello conhece as matérias de economia da Folha de SP, mas prefere ignorar.

  5. Meus amigos

    Qualquer manual de administração ou economia reza que a estabilidade das regras, leis e costumes é essencial para o bom andamento dos negócios.

    Estabilidade.

    A justiça deve punir, mas que tal seguirmos o exemplo dos Estados Unidos ou da Inglaterra, onde os processos correm com discrição, executivos são punidos, empresas multadas e a vida segue…

  6. E pelas entrevistas de alguns

    E pelas entrevistas de alguns economista na CBN, pró-impeachement, tudo que Dilma tentou fazer para enfrentar a gastança terminou em mais gastança. Quando diz que nos estados e DF as folhas de pagamentos são de 80% da arrecadação, insinua que com a troca de governo, se houver, além da inciativa privada, vão penar os funcinários públicos em geral; e eu digo que, pelo que conhecemos desses canalhas, não teremos apenas uma filha de FHC ou de outros oposicionistas de agora embolsando salário sem prestar serviços, mas que toda a administração pública será engordada com a parentela dos bandidos. 

    É importante ter-se em mente que a administração pública de hoje em nada se compara com as de tempos remotos. Será uma indignidade agir contra milhares de funcionários concursados, que tanto se esforçaram para conseguirem emprego. Collor subiu ao poder com esse discurso, e muito mal fez a muitos trabalhadores, fechando empresas, demitindo, e até forçando aposentadorias, depois de arrombar as contas dos brasileiros como se dono delas fosse. Pra quê? 

    O Parlamento virou uma casa de mãe joana. As ações dos pmdebistas contra Dilma é de um ridículo sem par. E o povo, que já perdeu o senso completo, querendo porque querendo tão-só ver a Presidente destituída do cargo, sequer se dá conta de que os golpeadores-mor não apresentaram até hoje nenhum plano de governo. Até o presente instante ninguémsabe o que será do Brasil se governado por essa corja de ladrões de dinheiro e de poder. A essa gente pouco importa quem seja Cunha, bem como se ele amanhã, por substituição a Temer, sentar-se-á na cadeira mais poderosa. 

    Aliás, vendo o documentário da TV Brasil de ontem, sobre os miliatares pró-Jango, em 1964, revivi aquele momento em que o Presidente se afastou e Ranieri Mazzili assumiu o cargo indevidamente, como um ladrão. Será que Dilma deveria se afastar do Brasil nesses dias? Quem garante que a história não se repetirá?

    1. “A esperança é um urubu todo pintado de verde”

      Um exemplo: pergunte aos funcionários do judiciário da União o que eles acham de Dilma Rousseff e dos governos do PT. Possivelmente você ouvirá que se trata de um governo que os reduziu à miséria. Esquecem, claro, de como era composta a força de trabalho em tempos antigos e de quanto percebiam a título de remuneração os servidores de 20 e tantos anos atrás. Pelo que tenho escutado por aí, muitos acham que viverão uma autêntica era de ouro sob outros governos. “A esperança é um urubu todo pintado de verde”, dizia o poeta Mário Quintana. A conferir…

      1. Perfeito

        É isto aí Maria e Claus,

        A turminha que nasceu após 1986, se concursou após 2002 e para a qual tudo de ruim aconteceu nos últimos 13 anos não faz ideia do que vem por aí.

        Amigos, apertem os cintos, os salários dos servidores cairão, concursos acabarão, as condições de trabalho nas repartições se deteriorará.

        Não estou fazendo terrorismo, estou me pautando pelo que foram os governos Collor/Itamar, FHC I e FHC II para o funcionalismo e pelo que circula será o programa do Temer, um programa de liberalização radical e corte de gastos públicos.

        Gasto público inclui salário de servidor e manutenção da burocracia do Estado. 

        Desejo a todos uma Feliz Páscoa!

        Miope

  7. Triste e com piores

    Triste e com piores consequências foi a aberração de um ministro de suprema corte ser levado ao ar em uma longa, bizarra e estranha entrevista dentro de um shopping center para uma pessoa desconhecida proprietária de um espaço desconhecido na internet,  tudo claramente montado para sair no telejornal da emissora das revoluções, reiterando a tese da oligarquia ressaltando que um impeachment aprovado pelo congresso não é golpe se atendido o dispositivo constitucional previsto (ou seja o inexistente crime de responsabilidade do mandatário).

    Lógico “se” atendido, esqueceram de informar que o golpe está  justamente no “se”, pois não existe o crime.

    Antigamente a imprensa e os representantes da justiça se davam mais ao respeito e jamais fariam esse lamentável papel de um reality show montado e travestido de jornalismo pelo oligopólio da informação, para quebrar resistências e levar apoio de uma audiência facilmente manipulável a um golpe de estado.

    Senhor não os perdoai, eles sabem o que fazem.

     

     

     

     

  8. “(…) do alto de seu emprego

    “(…) do alto de seu emprego garantido e de salários engordados com todo tipo de indenizações ilegais”, por que razão ele se preocuparia em buscar as causas específicas do desemprego alheio? Basta se fechar em copas na lei dura e pronto. É só dizer que a Lava Jato nada tem a ver com a crise e pronto. Tudo resolvido. Não que a coisa não deva ser apurada, culpados condenados – mediante o devido processo legal -, valores devolvidos aos cofres públicos etc. Tudo isso deve ser feito. Mas será mesmo que foi levado a cabo tudo que era possível (com instrumentos meramente legais!) para preservar dezenas de milhares de empregos que viraram fumaça? A fala do ministro leva a crer que a resposta é não.

  9. Pra mim é já informando como

    Pra mim é já informando como srá seu voto, o voto de Carmem Lúcia nem é preciso esperar..ela ganhou premio na globo

  10. O J. Carlos de Assis, como sempre…

    Brinda-nos com um texto excepcional.

     

    Agora, mudando ligeiramente de assunto: gostaria de ver todas as empreiteiras fazendo como a Odebrecht, acordos de leniência com a CGU, e abrindo seus caderninhos e planilhas com os nomes de todos os “parceiros”.

  11. Esses ministrengos (mistura

    Esses ministrengos (mistura de ministro com monstrengo) moram em marte, em termos de economia e geopolitica são de uma ignorancia total, aliás, eles entendem do que mesmo

    1. Ignorância???

      Ignorância??? Eles sabem muito bem aonde querem chegar! E fazem por onde conseguir sempre mais para os mesmos – mais para eles… De Economia? Ele entende sim. Vai ver a condição socioeconômica em que ele vive! Duas férias por ano, auxílio paletó, ajuda livro, custeio caixão etc. O que os magistrados não têm em termo de benefício??? E aí a galera vem me dizer que o cara é ignorante… Ele é muito é esperto! Como qualquer juiz aqui no Brasil. Besta é a gente, que paga a conta desses “fidalgos”.

  12. É incrível….

    como o brasileiro do  mais humilde ao mais “intelectualizado”  emite opinião sobre tudo e sobre todos sem ter nenhuma idéia do que se trata.

    Ao humilde damos a prerrogativa de ouvir, somente, a própria voz.

    Mas a esses que por uma ou outra razão tem um mandato concedido pela sociedade deveria haver pelo menos um momento de lucidez e humildade e se considerar “impedido” de emitir opinião que não lhe foram solicitadas por seus concedentes. 

    Um simples “deixarei de me manifestar porque isso não é de minha área” seria um sinal de honestidade intelectual. 

    Isso somente os torna pusilamines e totalmente vexatórios denodando sua total falta de respeito por quem detém esse conhecimento.

  13. Seja juiz, não seja político, ministro.

    O Ministro Celso de Melo, infelizmente pisou na bola ao se pronunciar no plenário do STF sobre conteúdo de conversa privada de Lula.

    Ele deveria ter a grandeza de desconsiderar o que foi ilegalmente divulgado.
    Duvido muito que ele não faça os mesmos comentários de Lula quanto aos outros poderes da nação, em privado.

    Achei muita hipocrisia e mais do que isto. Achei que o Ministro já deu a desculpa para se posicionar se o caso cair no STF.

    E não bastasse isto, ele surge ontem em horário nobre, dando declarações para ajudar a m´dia a enganar o povo.

    Será um caso pessoal e de vingança contra Lula e não um posicionamento de um juiz.
    Acho que ele não deveria ir para a vitrine. Ele deve se conter e se recolher e parar de dar pré-juízo de questões que nem lhe caíram na mão.

    Se seguir assim será apenas mais um parâmetro em um sistema de simulação de mercado.

    Discrição, Ministro.

    Só isto.

    Vc não é político.

    É servidor público.

     

    Esculhambação é juiz querendo ser político e politico querendo ser juiz.

  14. O mundo dele não é o nosso.

    O mundo dele não é o nosso. Ele tem garantido o seu trabalhando ou não. Ele nunca pegou um ônibus na vida. Sequer foi a um supermercado. É um deus dentro de um país de milhões de explorados vivendo no limite da sobrevivência.

  15. Excelente artigo

    É isto que difere a direita brasileira da direita americana. A direita americana dizia que o melhor programa de auxilio social é o emprego. A direita brasileira, quer desemprego máximo, se possível o sofrimento extremo dos mais pobres, com um ódio incontrolável, com um orgulho criminoso e um egoísmo feroz.

     

    Se a direita brasileira se contentasse apenas em prender corruptos, e deixasse as nossas empresas e os nossos empregos em paz, eu os aplaudiria de pé.

  16. Discurso professoral, arrogante e estúpido.

    Quem foi o idiota, que sugeriu a(quase)eternidade dos Ministros da nossa Suprema Côrte, permitindo que pessoas há tempos “fora da ordem” no tempo e no espaço, possam está ainda em atividade, e tendo o infalível poder de opinar, sobre assuntos, que como bem disse um ex-ministro desta mesma Côrte, a maioria dos ministros, são “ignorantes específicos” ?

    No palanque que as direitas e o PIG deram-lhe, desde a AP-470, ele desfila suas “pérolas” como nesta demonstração de puro desconhecimento de economia, isentando a operação LavaJato, de ter causado qualquer tipo de desequilíbrio na nossa economia. Alguém que deveria saber, que a Petrobrás sendo a maior empregadora nacional, e a maior contratante de prestadores de serviços relacionados à exploração, prospecção e comercialização/distribuição de petróleo, está com suas parcerias praticamente “paradas” desde o início das investigações e prisões de seus diretores e proprietários, e aqui, não estou entrando no mérito das punições serem justas ou não. Apenas que só uma pessoa absolutamente desatualizado politica e economicamente, não enxergaria, o “estrago”(proposital ou não) que o rigor das operações e seus mais extranhos nomes, da LavaJato, do Moro e seus cães-de-guarda, provocaram na economia brasileira.

    Ninguém em sã conciencia, poderia ser contra esta mudança de atitude da PF, de investigar e punir, a quem quer que seja criminoso ou cúmplice das comprovadas operações de corrupção, envolvendo algumas empresas fornecedoras de produtos e/ou serviços, à Petrobrás, e seus corrúptos diretores e suas ligações com políticos, que em troca de bons contratos, exigiam suas “bolas” em forma de doações mal explicadas, que encareceram as operações da nossa Estatal. O que se queria, é que por meio de acôrdos de leniências, instrumentos jurídicos existentes no nosso emarenhado jurídico, estas empresas investigadas, não precisassem para de trabalhar, nem ter que demitir como fizeram, pela absoluta falta de encomendas da Estatal, e por terem seus empresários detidos e impossibilitados de continuar operando e gerando emprego e renda.

    Em boa fé, precisariamos mesmo, “parar”o país, para atender aos defensores do “quanto pior, melhor” que aproveitando-se da desgovernabilidade, forçar um gole, para voltarem ao Poder , mesmo não tendo ganho nas urnas ?

    Um país sério, pode ter uma oposição fiscalizadora e vigilante, porém deveria ter o compromisso principal, de ajudar o governo, na governabilidade, e jamais torcer pela quebra do país, para retomar o Poder, a qualquer custo, mesmo num retrocesso institucional, de consequencias imprevisíveis.  

  17. No caso de um governo
    No caso de um governo golpista, o ministro Celso de Mello já poderá assumir o ministério da Fazenda. Estudou e entende tudo de economia, geração de emprego e renda.

  18. Esse é o mais anti-petistas

    Esse é o mais anti-petistas dos ministros do stf. Inclusive mais do que o gilmar.

    Os votos dele são sempre assim: qq coisa contra o pt e o governo ele elenca todos os principios do direito para condenar. Faz um livro de discurso no voto com todo o veneno e fel que lhe é possível. Mas, contudo, todavia quando o assunto ou processo é da direita ele invoca todos os meios de defesa possíveis, todos os principios da ampla defesa, do contraditorio, da dignidade da pessoa humana e por aí vai…até absolver o reu ou acusado.

    É, provavelmene, o mais parcial de todos os ministros. Claro, sempre contra o pt e as esquerdas em geral.

    Ele tem sempre dois discurso, dois votos e um lado.

  19. Conselhos

    O articulista poderia então, na mesma linha, dar alguns conselhos para o cidadão comum:

    a) avance o sinal vermelho. Se algum guarda lhe pegar, pague um cafezinho para ele. Isso é bom para a economia. Ruim para a economia seria se você respeitasse a lei;

    b) faça um puxadinho irregular em seu prédio. Pague uma cerveja para o fiscal da Prefeitura. isso gera emprego;

    c) Não pague pensão, se for o caso. Suborne o juiz. Isso gera desenvolvimento e progresso.

    1. Paulo Barbosa:
       
      1)       A

      Paulo Barbosa:

       

      1)       A queda no PIB com a lava jato é estimada em 2%, são 110 bilhões de reais somente no ano de 2015

      2)       A imprensa alardeia que como consequência da lava jato foram recuperados 3 bilhões dos supostos 20 bilhões desviados

      3)       Não é necessária formação de economista para reconhecer que do ponto de vista da economia a lava jato é um retumbante fracasso. É um assalto vergonhoso aos brasileiros e somente ingênuos acreditam que o objetivo seja combater a corrupção.

      4)       O desemprego como consequência da queda  da atividade economica atingirá principalmente os mais vulneráveis e a queda na arrecadação de impostos coloca em risco os programas sociais que conseguiram dinamizar a economia das regiões periféricas do país. Veremos uma enorme regressão no IDH no país. Talvez você ingenuamente se julgue protegido das consequências.

      Concluo: seus argumentos se inserem em  um moralismo burro e nefasto digno  de um coxinha.

    2. Paulo Barbosa: 1) A queda no
      Paulo Barbosa: 1) A queda no PIB com a lava jato é estimada em 2%, são 110 bilhões de reais somente no ano de 2015 2) A imprensa alardeia que como consequência da lava jato foram recuperados 3 bilhões dos supostos 20 bilhões desviados 3) Não é necessária formação de economista para reconhecer que do ponto de vista da economia a lava jato é um retumbante fracasso. É um assalto vergonhoso aos brasileiros e somente ingênuos acreditam que o objetivo seja combater a corrupção. 4) O desemprego como consequência da queda  da atividade economica atingirá principalmente os mais vulneráveis e a queda na arrecadação de impostos coloca em risco os programas sociais que conseguiram dinamizar a economia das regiões periféricas do país. Veremos uma enorme regressão no IDH no país. Talvez você ingenuamente se julgue protegido das consequências. Concluo, seus argumentos se inserem em  um moralismo burro e nefasto digno  de um coxinha. 

    3. Paulo Barbosa:
       

      A queda no

      Paulo Barbosa:

       

      A queda no PIB com a lava jato é estimada em 2%, são 110 bilhões de reais somente no ano de 2015
       
      A imprensa alardeia que como consequência da lava jato foram recuperados 3 bilhões dos supostos 20 bilhões desviados
       
      Não é necessária formação de economista para reconhecer que do ponto de vista da economia a lava jato é um retumbante fracasso. É um assalto vergonhoso aos brasileiros e somente ingênuos acreditam que o objetivo seja combater a corrupção.
       
      O desemprego como consequência da queda  da atividade economica atingirá principalmente os mais vulneráveis e a queda na arrecadação de impostos coloca em risco os programas sociais que conseguiram dinamizar a economia das regiões periféricas do país. Veremos uma enorme regressão no IDH no país. Talvez  você ingenuamente se julgue protegido das consequências.

      Concluo, seus argumentos se inserem em  um moralismo burro e nefasto digno  de um coxinha.

       

  20. Dois ou três acréscimos
    1. Direito não prescinde da formação econômica. O que não se pode dizer é de quem comparece e de quem nada comparece, às aulas. Juristas, ao que sabido, detestam matemática.

    2. De forma geral, tratadistas de Direito econômico, no Brasil, esquecem de formular, teorizar e publicar sobre Poder Econômico, numa exclusividade cientificamente absurda e inexplicável. Chama atenção, mesmo quando são advogados de banqueiros, conquanto mais ainda não larguem o osso da academia. Onde, nesta, teriam mais que obrigação de teorizar, emular e desenvolver.

    3. O Ministro em questão é de inegável alta estirpe. Apenas priorizou a dogmática jurídica ( os pressupostos do Direito positivo e suas áreas de aplicação, sob o manto da legalidade expressa da Lei ) antes mesmo da zetética jurídica ( áreas mãe donde se irradiam os alicerces do Direito. A Sociologia, e o consequente tema do desemprego, a maior delas ). Desenvolvedor brasileiro desta tese, da Introdução ao Direito ou Filosofia do Direito, suspeito que exatamente o Prof. Tércio Ferraz – não teria sido professor do Ministro?

    Uma reflexão: depois de toda esta chuva e temporal político, a agenda de como nossos Juízes, Magistrados e Promotores serão escolhidos, irá definitivamente entrar na pauta do dia.

  21. O desemprego não é coisa mole.

    O desemprego não é coisa mole. Tenho vizinhos cá em Recife que perderam o emprego. Filho para sustentar, escola, conta de luz, telefone, internet, TV a cabo… COMIDA… LAZER… ROUPA DA ESPOSA… OVO DE PÁSCOA DO FILHO etc…

    Só as duas férias anuais do judiciário – para os juízes, não para os servidores -, bem como os auxílios “TUDO QUE SE POSSA IMAGINAR” – que só os juízes recebem, nada para funcionários nível B – para justificar a pouca importância que o ministro parece dar aos efeitos da Lava Jato sobre o desemprego. Desemprego é algo que ele não sabe do que se trata. Simples assim. E muita gente segue essa cartilha. Inclusive gente com a cabeça em via de ir para a guilhotina do ajuste fiscal empresarial…

    Mas, antevejam uma coisa interessantíssima: já há quem fale na necessidade da Lava Jato acabar um dia, para que o país continue a funcionar. Adivinhem qual será o argumento da hora: claro, a elevação do nível do emprego – aí teremos a ocasião de ver o Celso de Melo com preocupações sociais, empregatícias etc. – SQN!!! E assim seguimos com nossos homens públicos!

  22. Paulo Barbosa:
     
    1)       A

    Paulo Barbosa:

     

    1)       A queda no PIB com a lava jato é estimada em 2%, são 110 bilhões de reais somente no ano de 2015

     

    2)       A imprensa alardeia que como consequência da lava jato foram recuperados 3 bilhões dos supostos 20 bilhões desviados

     

    3)       Não é necessária formação de economista para reconhecer que do ponto de vista da economia a lava jato é um retumbante fracasso. É um assalto vergonhoso aos brasileiros e somente ingênuos acreditam que o objetivo seja combater a corrupção.

     

    4)       O desemprego como consequência da queda  da atividade economica atingirá principalmente os mais vulneráveis e a queda na arrecadação de impostos coloca em risco os programas sociais que conseguiram dinamizar a economia das regiões periféricas do país. Veremos uma enorme regressão no IDH no país. Talvez você ingenuamente se julgue protegido das consequências.

     

    Concluo, seus argumentos se inserem em  um moralismo burro e nefasto digno  de um coxinha.
     

  23. Não é somente pelo que diz,

    O duro é ouvir a voz pastosa, chata e de um tom tão superior, que dá ânsias de vômito. Nem ouvi a entrevista, pois jantei há pouco tempo.

    Cala a boca Magda ! Abobrinhas só se diz em casa ou em botecos c/ amigos.

    Pena que não tinha um petista no Shopping p/ dar-lhe uma bela vaia. Mas os petistas são pessoas educadas, muito diferentes dos coxinhas.

  24. Possivelmente ao eminente

    Possivelmente ao eminente ministro só interesse os compêndios de Direito. Creio que um juiz da suprema corte e também de tribunais menores deveriam ter uma cultura ampla e isso inclui, principalmente, a leitura de livros e jornais sobre economia.

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