Os Três Poderes de Minas devem fechar ano com rombo nas contas

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
[email protected]

 
Jornal GGN – Em Minas Gerais, a Defensoria Pública, os tribunais de Justiça e Contas, o Ministério Público e a Assembleia Legislativa pedem um total de R$ 402,8 milhões de crédito necessários para pagar despesas de custeio e funcionários públicos. O problema é que, para ser liberada, a pauta precisa ser destravada na Assembleia, que precisa votar antes outro projeto e mais nove vetos. Há grandes chances de o rombo nas contas permanecer até o próximo ano. 
 
Do Estado de Minas
 
Há risco de faltar dinheiro para pagar servidores em Minas
 
Governo, Judiciário e Legislativo Minas Gerais podem fechar contas com um rombo de cerca de R$ 402,8 milhões, que é o dinheiro necessário para pagar servidores e despesas de custeio
 
Faltando praticamente uma quinzena para o fim do ano, os órgãos dos três poderes de Minas Gerais correm o risco de ter de fechar suas contas com um rombo de cerca de R$ 402,8 milhões, dinheiro que seria necessário para pagar pessoal ativo e inativo, além de despesas de custeio. O valor é a soma de cinco pedidos de crédito suplementar que terão nesta semana as últimas chances de serem aprovados para complementar os orçamentos dos tribunais de Justiça e Contas, Defensoria Pública, Ministério Público e da própria Assembleia.
 
O maior valor, R$ 228,3 milhões, foi pedido pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) para, segundo consta do projeto, arcar com despesas funcionais. De acordo com a justificativa, R$ 201 milhões são para pagar proventos de inativos e pensionistas e R$27,3 milhões para o pessoal da ativa. No projeto pronto para votação em plenário, o Tribunal pede mais R$ 20 milhões para o Fundo Especial do Poder Judiciário. A própria Assembleia está com a possibilidade de receber mais verba parada. O projeto do governador Alberto Pinto Coelho (PP) enviado à Casa em julho, autorizando abertura de crédito de R$ 54,3 milhões, está na fila para votação em plenário. Segundo o texto, o valor seria para cobrir despesas de pessoal e encargos sociais, despesas correntes e investimentos.
 
Os outros três pedidos de créditos são para a Defensoria Pública, o Tribunal de Contas do Estado e o Ministério Público. Apesar de terem chegado em setembro e em novembro na Casa, só na última semana os textos receberam pareceres da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária. O Ministério Público pede R$ 62,5 milhões para completar seu orçamento e arcar dom despesas de pessoal e encargos. O MP pede ainda R$ 2,3 milhões para seu fundo especial, o Funemp. 
 
Ainda em pauta está uma autorização de R$ 4,1 milhões em créditos para o TCE para atender gastos com pessoal e encargos. Já o projeto da Defensoria trará mais R$ 31,1 milhões, em sua maioria, destinados a pagar funcionários. Todas as propostas são de autoria do Executivo e não encontram resistência nem mesmo entre a oposição. O problema é que para chegar neles, os deputados precisam votar antes o projeto que reduz o imposto do etanol e nove vetos. 
 
Na avaliação do vice-presidente da FFO, deputado Jayro Lessa, apesar de nenhum deputado ser contra a concessão dos créditos, dificilmente eles serão votados este ano. “Enquanto não houver acordo no projeto do etanol não tem jeito. Tem quatro meses que a Casa está parada e não acho que vá ser agora faltando poucos dias para o encerramento que vai ser possível votar”, afirmou. Enquanto isso, os tribunais, o MP e a Defensoria seguem cobrando a aprovação dos projetos. “Eles estão muito preocupados e sempre falam isso. Vai faltar dinheiro para eles”, afirmou. (JC)
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

11 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Quando a administração está um caos chamam o PT

    Quando a administração está um caos chamam o PT . Ai vem o PT, arruma a casa, como está fazendo na cidade de SP. Ai entra o pig e detona geral. E o povo chama de volta os ratos de sempre quando o povo poderia ter discernimento suficiente para diferenciar quem rouba, no caso os tucanos, e quem trabalha

    1. Foi assim mesmo na Bahia. em

      Foi assim mesmo na Bahia. em Salvador não tem uma obra de grmpinho. Ele, no máximo manda varrer as ruas de Salvador, principalmente ao redor das grandes obras do Governo do Estado e toma-lhe placas por perto “Prefeitura Trabalhando”, rssss…..

  2. Por ser mais bem infotmada é

    Por ser mais bem infotmada é que a maioria dos mineiros votou na Dilma. Por onde anda o tão falado choque de gestão do Aécio?

     

  3. O Pimentel vai ter que ser

    O Pimentel vai ter que ser muito habil por que corre o risco da imprensa demotucana querer fazer o mesmo que tentam com o Haddad em sp, jogar todos os infortunios da administração anterior no colo dele.

  4. Marco Antonio Silva:

    Marco Antonio Silva: extamente isso! Quando os tucanos roubam tudo e a mídia tenta esconder(caso da yeda crusius no RS), mas não consegue, tal a podridão do governo psdbista, o povo chama o PT elegendo-o para arrumar a “casa”. Depois da casa arrumada, sem qualquer índicio de corrupção por parte do governo petista(tarso genro), voltam a colocar os ratos(pmdb, psdb) para governar novamente. Parece um ciclo, onde quem rouba tudo, esvazia os cofres públicos é retirado, pelo voto, do poder, mas, assim que o PT deixa os cofres melhorados, o povo volta a colocar no poder os ratos que esvaziaram as contas públicas para fins privados. Haja ignorância política!!!!!!! Parece que o brasileiro gosta de estar sempre na corda bamba, tem preguiça de se conscientizar sobre política, que queira ou não, está presente, rotineiramente, em sua vida. 

  5. Deve ser o “presente de

    Deve ser o “presente de Natal” para o Pimentel. Mas Aécio e Anastasia não tinham “consertado ou melhor concertado o Estado ? Penso que a 2a. opção foi o que aconteceu.

    Parentes: O Aécio está afundando o nome do avô e o Eduardo, antes de morrer, afundou o nome do avô tb. Netos? “Se não tê-los, como sabê-los ?” Pobres do Tancredo Neves e do Miguel Arraes !

     

    1. Editores de vídeos poderíam

      Editores de vídeos poderíam pegar esse caso e editá-lo com as falas de Aécio direcionadas à Dilma após a alteração da Lei de Responsabildiade Fiscal.

       

      Os mesmos fatos (custos maiores que arrecadações) são escândalos quando ocorrem com o Brasil, e “exemplos de boa administração” quando ocorrem em MG.

  6. Quen bom que nos livramos do

    Que bom que nos livramos do Aócio TPM e sua trupe. Um homem que nunca trabalhou na vida só podia mesmo deixar Minas Gerais nessa situação. A gang do Aécioporto conseguiu ser pior do que a do Newton Cardoso.

  7. Aqui no DF o rombo também

    Aqui no DF o rombo também está feio com o Agnulo do PT. Incompetência ou corrupção não são monopólio de partido algum, no Brasil. 

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador