Procurador diz que delação da JBS contra Dilma e Lula é “incomprovável”

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: Agência Brasil
 
 
Jornal GGN – Em entrevista ao UOL, o procurador Ivan Cláudio Marx, que cuida do inquérito contra Lula e Dilma por causa da delação de Joesley Batista, da JBS, praticamente deu 3 motivos para o caso ser encerrado.
 
Em troca de imunidade penal, Joesley afirmou à Procuradoria da República que mantinha no exterior duas contas criadas ao longo dos governos Lula e Dilma, onde chegou a acumular 150 milhões de dólares.
 
A conta era administrada apenas por Joesley e quando a JBS fazia doações ao PT nos pleitos eleitorais, o empresário afirma que “descontava” o valor correspondente do fundo no exterior.
 
A fragilidade da delação de Joesley já havia sido apontada pelo GGN no momento em que os anexos do acordo vazaram na imprensa. Depois, a grande mídia ajudou a revelar que as contas de “Lula e Dilma” bancaram, na verdade, luxos de Joesley: a compra de um apartamento em Nova York, de dois barcos e as despesas do casamento com uma apresentadora de TV.
 
Agora, o membro da Procuradoria da República também admite que a delação é “incomprovável”, e explica porquê: 
 
MOTIVO 1 – Quem cuidava da conta era Joesley, não Lula ou Dilma
 
“Ele [Joesley] diz que as contas teriam recursos em favor dos ex-presidentes, mas as contas estavam em nome do próprio Joesleu. Era ele quem operava as contas.”
 
MOTIVO 2 – Não há provas de que Dilma e Lula sabiam das contas
 
“Primeiro, ele disse que Guido Mantega havia falado que os dois sabiam das contas e viam os extratos. Depois, ele disse que teve conversas tanto com Lula quanto com Dilma sobre essas contas. Mas, até agora, só temos a palavra dele.”
 
MOTIVO 3 – Contas não foram usadas para fazer repasses ao PT
 
“O dinheiro saía do Brasil e ia para essas contas no exterior, mas não voltava ao país para fazer as doações. Segundo ele mesmo, o dinheiro das doações não saía dessa conta.”
 
Procurada, a Procuradoria da República que fechou a delação disse que não iria comentar as declarações do procurador Ivan Marx e afirmou que os “colaboradores precisam entregar documentos que corroborem as afirmações que fazem”, caso contrário, o acordo poderá ser revisto.
 
Leia a entrevista completa aqui.
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

8 Comentários

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  1. Com a overdose de ilações,

    Com a overdose de ilações, incriminações sem provas, opiniões tortas e hidrófobas…

    Bom, o que é o Judiciário mesmo?

     

  2. Versão  bancária do

    Versão  bancária do “triplex”.Se,foi imputada  a propriedade    de imóvel a Lula,sem registro algum,porque  não seria acatada  titulariedade  de contas bancárias   remotas  pertencentes aos ex- presidentes (do PT)?Bem que a Globo tentou….

  3. Comprovação

    Segundo li outro dia em algum blog ísento, Lula é tão benevolente que a tal conta pagou até a festança do casamento do delator. E parece que um iate de luxo, também para o delator.

  4. O esquema já é manjado.

    O esquema já é manjado. Aguardem para amanhã ou depois o livramento de Temer, Aécio e camarilha de ladrões. É sempre assim: uma leve aliviada para o PT e o Lula e uma aliviada geral para os correligionários da PF, da PGR e da Justiça. 

  5. Por que não disse,

    Por que não disse, “improvável” ou simplesmente “não há provas”?

    Essa “criação” de palavra tem um só motivo: Dizer que “sabem” que são culpados, porém não há provas.

    A pergunta é: Por que não disseram isso? Resposta: Porque ficaria ridículo.

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