TJ-SP mostra que Alexandre de Moraes continua advogando

Jornal GGN – De acordo com o site do Tribunal de Justiça de São Paulo, Alexandre de Moraes, novo ministro da Justiça, ainda aparece como advogado de várias ações que tramitam na área cível. Moraes não poderia exercer a advocacia desde 2015, quando assumiu a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. Na ocasião, uma reportagem do Estado de São Paulo mostrou que seu nome constava em ações judiciais em nome da Transcooper, cooperativa de transportes que é suspeita de ligações com o Primeiro Comando da Capital (PCC).

Na época, Moraes se justificou dizendo que havia um erro no sistema do TJ, que não atualizou seus dados. Ele argumenta que passou seus processos para outros advogados de seus escritório, e também pediu licença temporária de sua inscrição na OAB.

Com a saída de Moraes da secretaria, o governo paulista anunciou que Mágino Alves Barbosa Filho, aliado de Moraes e que foi secretário­-adjunto dele na Secretaria Municipal de Transportes, assume interinamente a pasta da Segurança Pública. O mais cotado para ocupar o cargo é Márcio Elias Rosa, ex-procurador Geral da Justiça.

Do Estadão

Alexandre de Moraes continua advogando, segundo site do TJ-SP

Ministro de Justiça de Temer e ex­-secretário de Segurança Pública de São Paulo não poderia exercer advocacia

O site do Tribunal de Justiça de São Paulo ( TJ-­SP) mostra que o novo ministro da Justiça, Alexandre de Moraes (PSDB), ainda consta como advogado de várias ações que tramitam na área cível. Ainda segundo o TJ, Moraes e seu escritório de advocacia, Alexandre de Moraes Advogados Associados, respondem por 102 ações.

Moraes assumiu a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo em janeiro de 2015. Na ocasião, o Estado revelou que o nome dele constava em ações judiciais em nome da Transcooper, uma cooperativa de transportes investigada pela Polícia Civil de São Paulo por suspeita de ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC).

O então secretário não poderia exercer a advocacia. Ele afirmou, na reportagem, que havia um erro no sistema do TJ­-SP, que não atualizou as informações. Segundo Moraes, ele passou seus processos para outros advogados de seu escritório e pediu licença temporária da sua inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil.

Atualmente, o site do TJ­S-P mostra Moraes e seu escritório em ações impetradas em 2015 e 2016, quando já era titular da Segurança Pública de Geraldo Alckmin (PSDB).

Em nota, o ministro Alexandre de Moraes confirmou que exerceu a função de administrador judicial nomeado por um juiz na recuperação de uma empresa, mas renunciou quando assumiu a secretaria de Segurança de Pública de São Paulo em 1° de janeiro de 2015. Nesta ação, ele foi substituído pelo advogado Laerte José de Castro Sampaio, que trabalha no escritório dele.

Moraes diz, ainda, que suspendeu todas as suas atividades advocatícias na OAB e se licenciou do escritório.

Porém, na página do escritório Alexandre de Moraes Advogados Associados o nome do ministro aparece como “coordenador”, com a ressalva que ele está “temporariamente” afastado do exercício da advocacia.

A reportagem tentou encontrar em contato com Viviane Barci de Moraes, que é sócia­coordenadora administrativa, mas ela não respondeu até a publicação desta reportagem. O Tribunal de Justiça de São Paulo também foi procurado, mas ainda não se manifestou sobre o caso.

O Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, anunciou na manhã desta quinta-­feira, 12, oficialmente, que o atual secretário­adjunto da Segurança Pública, Mágino Alves Barbosa Filho, que é aliado de Moraes e foi secretário­-adjunto dele na Secretaria Municipal de Transportes, ocupará interinamente o cargo no Estado. O mais cotado para assumir a secretaria é o ex-procurador Geral de Justiça, Márcio Elias Rosa.

Redação

8 Comentários

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  1. Chegamos á republica dos

    Chegamos á republica dos “homens bons”, a midia já demonstra uma boa vontade excessiva com o traidor e ditador temer, o salvador e redentor, aquele que quando sair á luz irá derreter tal qual um vampiro encarniçado.

  2. Pelo “domínio do fato”, não

    Pelo “domínio do fato”, não há dúvida quanto à legitimidade da acusação feita por um delegado da PC-SP há algum tempo: “O PCC é cria do PSDB”.

    É um conveniente inimigo interno, a justificar o permanente estado de guerra (às drogas, à violência,…) e a desviar a atenção de tantos outros temas importantes.

  3. Realmente, um ministro da Justiça que pese suspeitas de ter ….

    Realmente, um ministro da Justiça que pese suspeitas de ter advogado para uma organização que parece ter ligações com o PCC, é demais para qualquer país.

    Disse “suspeitas” e “que parece ter” para relativizar a ação do Advogado Alexandre Moraes e não a ação de um ministro da Justiça, pois como advogado estas duas palavras que coloquei não impediriam em nenhuma forma a ação profissional como advogado, ENTRETANTO para um ministro da justiça só suspeições tão graves é um verdadeiro escândalo.

  4. Exceções

    “Moraes não poderia exercer a advocacia desde 2015” …

    Moraes não poderia exercer mas exerce. Deputados e senadores não poderiam basear o voto em simpatia pessoal nem em atos de governos passado mas se baseam. Barbosão não poderia condenar sem prova mas condenou. Rosa Weber não poderia condenar com base apenas na literatura mas condenou. Geraldo Alckmin não poderia desviar verba da educação mas desviou. Aécio Neves da Cunha não poderia construir aeroporto, Gilmar Mendes não poderia estar na Lista de Furnas, FHC não poderia ter comprado voto para a reeleição…

    O regime militar e a iniciativa privada que o financiou não poderiam ter sido poupados de penas severas e da execração pública, isso sim.

     

  5. 2 pesos e 2 medidas

    Esta claro a luta de classes, a classe dos homens de bem que tudo podem e a classe dos  “outros”  que devem se submeter aos rigores da lei, não importa qual lei seja. Tenho vontade de vomitar.

  6. Pobre são paulo

    Então ele passou pela secretaria de transportes e o escritório dele advoga para uma empresa de transportes…

    Mais um episódio da série acusar no PT o que eles próprios fazem.

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