Turistas gastaram quase quatro Maracanãs durante a Copa no RJ

Enviado por Antonio Carlos Silva – RJ

Do O Dia

Turistas pagaram quase quatro Maracanãs durante a Copa no Rio
 
Evento foi uma das melhores temporadas turísticas em faturamento da história da cidade. Foram 886 mil visitantes, que deixaram R$ 4,4 bilhões na economia
 
GABRIEL SABÓIA

Rio – Para os torcedores alemães, o apito final da Copa do Mundo de 2014 representará, para sempre, o fim de um jejum de títulos mundiais que já durava 24 anos. Para os cariocas, no entanto, o período da competição simbolizará uma das temporadas turísticas de maior faturamento da história. De acordo com levantamento da Riotur, os 886 mil turistas que aportaram no Rio para acompanhar as partidas da Copa deixaram uma receita superior a R$ 4,4 bilhões para da cidade. O valor é quase quatro vezes o que o gasto nas obras de reforma e adequação do Maracanã ao Padrão FIFA, que custaram em torno de R$ 1,2 bilhão. 

Mais de 1 milhão de pessoas assistiram aos jogos no Fifa Fan Fest e nas areias da Praia de Copacabana

Foto:  Daniel Soelza / Agência O Dia

Apesar de superadas as expectativas de público e crítica, a realização do torneio marcou alguns pontos frágeis da cidade que devem ser aperfeiçoados até as Olimpíadas de 2016, de acordo com as secretarias Estadual e Municipal de Turismo. “Nos próximos dois anos, o Rio contará com 15 mil novos quartos na rede hoteleira. Desses, cerca de dez mil se concentrarão na Barra da Tijuca”, garantiu o responsável pela pasta Estadual de Turismo, Cláudio Magnavita.

A escolha do bairro, onde se concentrará grande parte das instalações olímpicas, visa descentralizar o eixo hoteleiro da cidade, hoje na Zona Sul. Durante a Copa, 93,8% da rede permaneceu ocupada. Entre os hotéis cinco estrelas, a taxa chegou a 96,15%. Os preços abusivos de diárias comercializadas pelas empresas do Grupo Match — investigado pela Polícia Civil do Rio no escândalo de venda ilegal de ingressos da Copa e que tinha exclusividade da Fifa na venda de pacotes — foi definida pelo secretário como “cambismo oficial”. Segundo ele, a empresa chegava a vender as diárias pelo dobro dos valores cobrados pelos hotéis. 

Foto:  Arte O Dia

O baixo número de voluntários fluentes em línguas estrangeiras e de sinalizações e cardápios em espanhol foram, de acordo com a Setur, foi a principal queixa de turistas. Para sediar as Olimpíadas, o órgão anunciou a criação de um programa de capacitação trilíngue até 2016.

Serão criadas seis áreas para camping

A surpreendente chegada de cerca de 900 motorhomes à cidade, vindos de países latino-americanos, durante a Copa,não “se repetirá”, garantiu o secretário Cláudio Magnavita. De acordo com ele, o Rio estará preparado para uma demanda semelhante à esta, em 2016. 

“Teremos estrutura para abrigar esse tipo de turismo. Criaremos, pelo menos, seis áreas públicas adaptadas para camping, em áreas de Parques do Inea, e estudamos parcerias com municípios das regiões Serrana e dos Lagos”, disse.

Para o secretário municipal, Antônio Pedro Figueira de Mello, a acomodação dos veículos no Terreirão do Samba, Sambódromo e no Centro de Tradições Nordestinas, em São Cristóvão, mostraram a capacidade da cidade de se adaptar. “Carregamos as experiências de outros carnavais. Os argentinos que vieram para a Copa simbolizam o público novo que conquistamos. Não fosse a Copa, possivelmente eles nunca viriam ao Rio. Hoje, com certeza, eles estão encantados e pensam em voltar”, afirmou. 

Antônio Pedro minimizou os atos de vandalismo, como pichações e depredação de patrimônio feitos na Passarela do Samba. “Ao final de toda festa, é necessária uma faxina ou conserto. Já era previsto esse contratempo. No geral, os turistas se comportaram bem”.

Rio foi a cidade-sede que recebeu mais turistas

O Rio foi a cidade que mais recebeu visitantes para a Copa e a que mais apareceu na mídia internacional, de acordo com levantamento do Ministério do Turismo. Dos que vieram ao Brasil, 63% passaram pela cidade. Outra pesquisa, da Setur, indica que a exposição da Cidade Maravilhosa em emissoras de TV estrangeiras, em 35 dias, foi maior do que a obtida ao longo dos últimos 10 anos. “A propaganda espontânea se deve ao fato de termos sediado o Centro de Mídia. Jornalistas estiveram aqui e se se encantaram pelo Rio”, disse Antônio Pedro, da Riotur. O Maracanã recebeu 515 mil pessoas e mais de 1 milhão assistiram aos jogos das areias de Copacabana.

Faturamento aumenta 50%

O setor de bares e restaurantes também registrou bons números em função do Mundial. Segundo o Sindicato de Hotéis, Bares e Restaurantes (SindRio), houve um aumento de cerca de 13% no número de contratações temporárias, visando a competição. 

O investimento em mão de obra valeu a pena: o faturamento em regiões turísticas, de acordo com a pesquisa, registrou aumento de mais de 50%. Na Lapa, o acréscimo foi de 47%. Em Copacabana, Ipanema e Leblon, restaurantes tiveram o desempenho ainda melhor: 80%. 

A fiscalização que coibiu a ação de vendedores ambulantes pela cidade foi citada pelos comerciantes como principal serviço da prefeitura. “Em dois anos, temos mais um grande desafio pela frente com a realização da Rio 2016. Precisamos nos planejar ainda mais”, afirmou o presidente do SindRio Pedro de Lamare.

Mundial injetou R$ 4,4 bi no Rio

A seleção brasileira pode ter perdido a Copa, mas, do ponto de vista econômico, o país bateu um bolão, contrariando as previsões dos mais pessimistas. Só no Rio de Janeiro, a cidade mais visitada nesse período, a receita com o Mundial foi de R$ 4,4 bilhões, informou ontem a Secretaria Municipal de Turismo, ao divulgar balanço do evento. De acordo com a Prefeitura do Rio, esse número superou em muito a expectativa de R$ 1 bilhão anunciada antes do evento pelo Ministério do Turismo.

Os dados mostram que o número de turistas na cidade chegou a 886 mil e que a maioria deles (471 mil) era estrangeira. O gasto médio dos visitantes na cidade foi de R$ 639 por dia, e a permanência média foi de nove dias. Além disso, a taxa média de ocupação da rede hoteleira foi 93,8%, chegando a 99,75% na final, informou a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH). 

O secretário municipal de Turismo, Antônio Pedro Figueira de Melo, destacou que o evento trouxe para o Rio de Janeiro turistas que não necessariamente pensavam em vir à cidade: “Por isso, é tão importante o fato de terem avaliado bem e declarado que recomendariam o Rio quando voltassem para casa. É um público que precisamos cativar”, acrescentou o secretário. 

Uma pesquisa de satisfação, promovida a pedido da prefeitura, apontou que 98,3% dos estrangeiros recomendariam o Rio a seus parentes e amigos. 

De acordo com o levantamento, 76% dos estrangeiros entrevistados consideraram a segurança pública e a limpeza na cidade ótimas ou boas, índice que chegou a 97,1% no quesito hospitalidade do carioca. 

Além disso, uma pesquisa do Datafolha mostra que 83% dos estrangeiros aprovaram a organização da Copa no Brasil e 69% disseram que gostariam até mesmo de morar no país.

Evento vai contribuir com 0,6% do PIB brasileiro

Um dia após o término da Copa do Mundo no Brasil, a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) havia estimado injeção de R$ 30 bilhões na economia do país. O montante equivale a cerca de 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.

A projeção foi feita a partir de um estudo sobre o impacto econômico da Copa das Confederações, que aconteceu em junho de 2013 nas cidades-sede de Brasília, Belo Horizonte, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro e Salvador. De acordo com o levantamento, o torneio do ano passado adicionou R$ 9,7 bilhões ao PIB nacional.

Entre as entidades consultadas pela pesquisa, o banco Itaú previu que o torneio incrementaria ao PIB entre 1% e 1,5%, efeito que começou em 2011, com o início das obras, que geraram emprego e renda no país. A estimativa foi baseada no que ocorreu em outros países que sediaram o evento.

 
Redação

17 Comentários

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  1. Prejuizo

    Tirando os bares que venderam cachaça a toneis o restante da economia ficou no vermelho.

    Planejamento irresponsavel que previlegia um setor e detona com todos os outros.

    Eu mesmo não vi um centavo deste dinheiro.

    Lamentavel.

    1. Todos acabam beneficiados indiretamente quando mais dinheiro é i

      Muita gente que trabalhou na Copa e ganhou mais dinheiro com o evento, terá mais dinheiro para gastar depois no comércio como o seu ramo de atividade.

    2. Planejamento

      Conde,

      Planejamento irresponsável com certeza, mas do comércio.

      Em Copacabana, latinha de cerveja acima dos 5 reais, qualquer sanduíche em torno de 10, batata frita a 25, biscoito povilho a 4, empadinha a 6, e o destaque -omelete a 90 pratas, ou seja, tudo com preço nas alturas. Como estrangeiro não é ignorante como o brasileiro, entupiu os supermercados e comprou tudo por 30% do preço.

      A maioria dos apartamentos para alugar durante o mês do torneio, aqueles com preços também nas alturas, ficaram vazios, agora esperam os Jogos prá repetirem o erro..

       

      1. POis é… Alfredo!
        Esta copa

        POis é… Alfredo!

        Esta copa refletiu bem o estado brasileiro, poucos participaram do banquete, para os outros as migalhas.

        1. Não aguento!!!!

          O cara te responde exemplificando com bares, lojas, alugueis de apartamentos, etc, tudo privado, tudo pensado pelas pessoas de bens e vem o nobre (pelo apelido) colocar o Estado no meio. Tenha paciência ou é falta de discernimento ou muita cara de pau de um mal intencionado. Perdoem-me, mas não resisti.

    3. Você podia vender cerveja ou

      Você podia vender cerveja ou sandupiche na praia, hospedar gente na sua casa, oferecer uns passeios turísticos. Se você não fez nada disso, não ganhou dinheiro. O problema do Conde, e do resto da nobreza brasileira, é querer ganhar dinheiro sem fazer nada.

  2. Tempos idos!

    Sou do tempo em que a esquerda gostava de comemorar seus fracassos, e sempre aludia à famosa lógica do Carcy Ribeiro para fazê-lo, “não gostaria de estar na pele de meius inimigos vitoriosos”, etc.

    Tempos idos!

    Hoje, é a direita que gosta de comemorar seus fracassos – embora, de regra, faça isso às escondidas, como aliás fazem todo o resto. Aécio bem sabe disso.

  3. Não entendo nada de economia,

    Não entendo nada de economia, mas acho que pra medir o lucro tem que levar em consideração os outros segmentos que tiveram queda na economia durante o período (tempo de paralisação dos jogos). Nem todos nós trabalhamos em bares, hotéis, etc. Há também o prejuízo dos profetas do apocalipse que jogaram tanto medo na midia que o empresario ficou com medo de investir

  4. Com a carga tributária

    Com a carga tributária “sueca” que tanto irrita os muito chiques já dá aí uma boa grana para os cofres públicos. Aguardo a continha mostrando que foi bom negócio e que a arrecadação atual e futura poderá ser revertida para educaçãããão, saúuuude…

  5. É que não somos muito adeptos

    É que não somos muito adeptos de dar nosso dinheiro pra condes, condessas, e escmabau. Hoje, estava conversando com um vendedor de lâmpadas, porque tenho uma estátua, na frente da casa, que segura duas luminárias e quero comprar duas lâmpadas: uma verde e outra amarela, nas cores do meu BRASIL e falei da minha intenção. Depois de tudo isso? Perguntou-me o cidadão. Então falei que, agora mais do que nunca, porque sei que o meu país, diferentemente da terrorista mídia, superou todas as espctativas. Só a seleção, da globo-cbf, é que fez feio.Comecei a desenvolver um papo com ele sobre a atualidade e, papo vai e papo vem(eu falo macio, como quem não quer nada), terminou ele me falando que no Brasil falta educação e se acabassem com carnaval, futebol e samba, não restava mais nada. Perguntei a idade dele: 37 anos. Então comecei a dizer algumas coisas que ele nunca soube que existiam e perguntei se ele acreditava que nada de bom o brasilelro fazia, se ele se considrava um cidadão de quinta, por não ter diploma, por não ter muito estudo e, por não ter isso, se achava um mal educado como a mídia dizia, já que ele era um cidadão do país que a mídia esculhambava todo santo dia e, por assim, seria ele uma merreca de cidadão?.Gente, imperdível a cara de interrogação dele. Ele ficou espantado por ser tão tolo de crer que o seu país era o que a “emprensa” vomita todo dia, que seu país é de quinta categoria e portanto, ele também o é. Acho que a gente tem que falar mesmo não conhecendo as pessoas, mas só falar, náo impor, pois a maioria está desinformada mesmo. Diferente dos que, simplesmente, odeiam o PT..Com esses eu não perco o meu tempo.

    1. Olhem como as pessoas se

      Olhem como as pessoas se perdem e se traem. 

      Olhem como Selete trata o “vendedor de lâmpadas”, de mansinho como diz ela, como um ser que precisa ter a Nanny Janes para explicar tudo direitinho como funciona o mundo. 

      Notem bem, ela denota superioridade moral e intelectual ao abordar de “mansinho”, jogando verde para colher maduro, diante de um ignorante (por ela) “trocador de lâmpada” e no final veio a recompensa, daí veio o gozo: “Ele ficou espantado por ser tão tolo de crer que o seu país era o que a “emprensa” vomita todo dia, que seu país é de quinta categoria e portanto, ele também o é” 

      Mal sabe quem foi mais tolo, o trocador de lampadas ou ela? Nao me surpreenderia (conheco varios) se depois do expediente, la na mesa do bar, se o prestador do servico falasse: puta que pariu, hoje fui atender uma cliente e ela me com veio com um papo meio estrannho pra cima de mim. A principio concordei, quem sabe?, ela pode me chamar outras vezes. 

      O pobrema e’ esse, a mairoria das esquerda que se diz progressista nao passa de um monte de burgueses da elite branca (donde vem a hiporcrisia) e se acham no direito de representantes do povo trabalhador que nem de longe conhecem.

       

       

       

      1. Errado de novo.Pra mim ficou

        Errado de novo.

        Pra mim ficou muito claro que ela disse que “fala manso” porque não parte pra grosserias querendo dobrar os outros.

        Ficou claro, também, que tratou-se de uma conversa, conversa, coisa que está cada vez mais em desuso.

        Aqueles diplomados que se acham, se acham muito esclarecidos muitas e muitas vezes são mais ignorantes do que pessoas sem diploma, incapazes de diferenciar uma coisa de outra.

        Existe, sim, esse mito de que o fato de ter diploma significa mais informação ou cultura, e não formação técnica especializada. Coisa do século XIX quando diploma significava distinção – até de “nobreza”, não esqueçamos, que, no brasil,  ainda persiste o instituto da prisão especial –  diante de uma” plebe ignara”, que, segundo os “doutos”, não teve, tem ou terá, jamais, consciência de sua própria vida, interesses e valores…

        Papo atrasado, enfim

        De resto, a maioria das pessoas – as pesquisas mostram – se informam pela tv, principalmente.

        E aí, meu amigo, não importa renda ou nível de educação formal, não: todos repetem as mesmas frases. Frases essas que, com um pouquinho, um pouquinho de bate papo mostram-se totalmente furadas.

        Como ela disse no final: com aqueles “cheios de convicções” não adianta perder muito tempo.

        E como o meu tempo não é inesgotável, passar bem!

  6. Empregos X Copa – Nova versão do embate Capital X Trabalho

    Artigo do Pastore.

    O Estado de S. Paulo

     Terça feira, 15 de julho de 2014

    O emprego depois da Copa

    José Pastore

    Terminada a Copa do Mundo, os brasileiros estão à espera dos frutos do espetacular evento. No campo do emprego, as promessas foram sedutoras. O presidente da Embratur, José Vicente L. Neto, disse que a Copa criaria 1 milhão de empregos. Considerando os efeitos de longo prazo, José Benin, do Ministério do Esporte, anunciou a geração de 3,6 milhões de postos de trabalho. O que dizer?

    Com base em estudos das Copas do Mundo realizadas na Europa e na África, sabe-se que as estimativas de geração de emprego apresentadas antes do evento são muito superiores às constatas depois do certame.

    Na realidade, a Copa do Mundo é simplesmente uma grande festa que, como toda festa, gera oportunidades de trabalho temporário e de curta duração. Nas estimativas de Edson P. Domingues, da Universidade Federal de Minas Gerais, o total de empregos gerados pelo torneio deve ter ficado em torno de 185 mil, na maioria, temporários e ligados às atividades de turismo, alimentação, transporte, produção e vendas de bens alusivos ao evento – camisetas, bandeiras, flâmulas e adereços.

    E o turismo, não teria alavancado a geração de empregos? O evento atraiu mais estrangeiros do que se esperava (cerca de 700 mil), o que gerou contratações de curta duração. Tudo seria diferente se, a partir da Copa, o Brasil se tomasse um polo de atração permanente para o turismo mundial, como são a França, os EUA, a China e o Caribe. É pouco provável que a Copa do Mundo tenha removido os focos de preocupação e apreensão dos estrangeiros em relação à insegurança e à violência no Brasil – assunto fartamente divulgado na imprensa internacional.

    No comércio, o impacto também parece ter sido pequeno, mesmo porque, como compradores, os brasileiros não estavam tão animados como nas Copas anteriores. No setor de varejo ocorreu algo inesperado: a Copa esvaziou as lojas (com exceção das que vendem eletrodomésticos). A própria abertura do certame coincidiu com o Dia dos Namorados (12 de junho). De modo geral, os feriados decretados nas cidades-sede afetaram o setor de comércio e serviços, o que limitou a contratação de temporários.

    A expansão da infraestrutura merece consideração especial. A construção dos estádios, aeroportos, vias de acesso e transporte estimulou a geração de empregos, sem dúvida. Mas, aqui também, concluídas as obras, terminam os empregos, com exceção dos ligados à operação dos novos empreendimentos como, por exemplo, os funcionários dos estádios, aeroportos e meios de transporte. Mesmo assim, ficamos longe da imensidão de empregos prometida.

    Em suma, como aconteceu nas Copas do Mundo da França, Alemanha e Africado Sul, tudo indica que a promessa de geração de empregos decorrentes do certame no Brasil foi exagerada.

    Wolfgang Maennig, que é especialista na análise dos impactos dos grandes eventos esportivos, salienta que o ganho mais concreto das Copas do Mundo é a disseminação de um sentimento de euforia e felicidade na população -fato que no Brasil durou só até a humilhante derrota para a Alemanha. Terminada a Copa, diz ele, as pessoas descobrem que, voltando à vida normal, têm de contar com os empregos de longa duração da indústria, agricultura, comércio e serviços, porque os que vieram com a Copa com ela se foram.

    Nesse sentido, lamento dizer que no campo do emprego o Brasil vai tão mal quanto no campo do futebol. Nos primeiros cinco meses de 2014, a geração de novos postos de trabalho formal foi 32% menor do que em 2013 e 46% menor que em 2012. Isso indica a debilidade da nossa economia para gerar empregos, tudo agravado pela inflação, pelo custo Brasil, abaixa produtividade e a complexidade da CLT, que continuam tão perversos quanto antes da Copa. Quem sabe, passada a Copa, o Brasil decida remover esses entraves para os brasileiros poderem trabalhar e viver melhor…

     

    José Pastore é professor de relações do trabalho da FEA-USP, presidente do Conselho de Emprego e Relações do Trabalho da Fecomercio-SP e membro da Academia Paulista de Letras.

                                                                                           

    1. E como rescaldo final da Copa

      Excepcional o artigo de Modesto Carvalhosa na Folha de S.Paulo. Falando da desditosa campanha da seleção canarinho, o respeitado jurista explica a impulsão irredutível do ser humano pelos jogos. “O jogo é a matriz dinâmica de nossa conduta, indo do confronto com a morte num ritual de redenção através dos deuses, passando pelos embates permanentes com os demais seres humanos, chegando até ao jogo carteado da paciência, ou do fliperama, numa disputa consigo mesmo.” Por essas e outras é que Carvalhosa, ao sair à rua no dia seguinte ao sete a um, conta que teve a sensação de presenciar os sentimentos dos franceses quando da capitulação para a Alemanha em 1940 : “Lá, como aqui, não havia vestígio material de destruição bélica. Apenas mágoa devastadora.”

  7. curioso que ao ver quem era o

    curioso que ao ver quem era o autor do artigo, já tiha uma certa noção do que josé pastore  iria dizer…numa eonomiade uase poleno emprego os caras vem falar de problemas? só na espanha são mais de vinte milhões de desempregados, por baixo,né, esta éa eoconoi que eles defndem…

  8. o melhor  legado da copa é

    o melhor  legado da copa é esse número indicando que quase setenta por cento dsos turistas sugerirão aos seus amigos uma visita ao brasil – quer propoaganda boca boca melhor que essa?

  9. Ontem nas Arenas FIFA com os

    Ontem nas Arenas FIFA com os jogos da Serie B.

    NAU x SAM, Arena Pernanbuco – 6.300 pessoas

    VAS x STC – Arena Pantanal – 7.400 pessoas

    ARN x BRA – Arena das Dunas – 4.300 pessoas

    As arenas estao prontas, lindas, tapete verde sem comentarios, mas jamais se fez coisa (com gastos tao importantes) com foi feito com essas arenas. 

    A media de bilheteria dos ultimos dois brasileiroes (serie A)  nao passou  de 12 mil torcedores por jogo (a liga incipiente americana de soccer tem media de publico de 17 mil), a bilheteria nao paga nem os custos de manutencao/administracao do estadios. Tudo, quase 100% financiado com o dinheiro publico do BNDES.

    Duvido, se esse dinheiro do BNDES vai voltar aos cofres publicos do trabalhador brasileiro, nos os pagadores de impostos e financiadores do Estado. P.ex. alguem acha que o um bilhao e pouco gasto na Arena Corinthias algum dia vai ressarcido?, o Corinthians nao consegue pagar mem os funcionarios, atletas, INSS e outra obrigacoes…

    Valha-se Deus esse euforismo de manchete:Turistas gastaram quase quatro Maracanãs durante a Copa no RJ
     

     

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