Filipinas já matou um idoso e prendeu ou advertiu 120 mil pessoas por desrespeito à quarentena

"Um homem de 63 anos foi morto a tiros pela polícia filipina por se recusar a seguir as restrições do coronavírus", diz o site Independent

A policeman wearing a facemask stands guard at a checkpoint after the government imposed an enhanced quarantine as a preventive measure against the COVID-19 novel coronavirus in Manila on March 25, 2020. (Photo by Ted ALJIBE / AFP)

Jornal GGN – O governo autoritário de Rodrigo Duterte, nas Filipinas, já executou um homem de 68 anos, e prendeu ou advertiu outras 120 mil pessoas que se recusaram a cumprir com as recomendações de distanciamento social impostas em virtude do coronavírus.

Segundo o jornal Independent, a morte do idoso foi a “primeira baixa” na guerra declarada por Duterte contra a própria população, usando o desrespeito com a quarentena como justificativa.

Há duas semanas, o presidente filipino estampou reportagens em todo o mundo por ter orientado militares a abrirem fogo contra quem fura o isolamento social andando nas ruas. “Mandarei você para o túmulo”, ameaçou. “Não teste o governo.”

Independent relatou que entre os presos por não cumprir com o isolamento social, há casos de tortura física.

“No mês passado, cinco homens foram presos por violar o toque de recolher e teriam sido colocados em uma gaiola para cães. Em outros lugares, na cidade de Paranaque, na região metropolitana de Manila, supostamente os violadores do toque de recolher foram forçados a sentar-se ao sol sem proteção após a prisão.”

Phil Robertson, vice-diretor da Human Rights Watch na Ásia, alertou que há maus-tratos “cruéis” contra quem não cumpre as determinações de Duterte, e pediu que qualquer abuso seja “imediatamente investigado”.

As Filipinas têm 5.878 casos de coronavírus e 387 mortes. Duterte afirmou que o bloqueio não será completamente suspenso até que seja desenvolvida uma vacina para a Covid-19.

Redação

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