Especialistas da ONU analisam sistema eleitoral venezuelano

Dolores Guerra
Dolores Guerra é formada em Letras pela USP, foi professora de idiomas e tradutora-intérprete entre Brasil e México por 10 anos, e atualmente transita de carreira, estudando Jornalismo em São Paulo. Colabora com veículos especializados em geopolítica, e é estagiária do Jornal GGN desde março de 2014.
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Ministro das Relações Exteriores destaca transparência no processo eleitoral com 13 candidatos à presidência

Ministro das Relações Exteriores destaca transparência no processo eleitoral com 13 candidatos à presidência
Foto: Divulgação. Twitter Yvan Gil.

O sistema eleitoral venezuelano será avaliado presencialmente pelo Painel de Especialistas Eleitorais da ONU em decorrência das eleições nacionais marcadas para 28 de julho. A visita ocorre a convite do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), conforme estabelecido pelo Acordo de Barbados de 17 de outubro de 2023, reforçando o compromisso com a transparência e a legitimidade do processo democrático.

Durante sua estadia, os observadores da ONU se reuniram com o Ministro das Relações Exteriores da República Bolivariana da Venezuela, Yvan Gil, que enfatizou “solidez e a transparência do sistema eleitoral do país”. 

A missão da ONU tem como objetivo não apenas observar as eleições iminentes, mas também fornecer recomendações para aprimoramentos futuros, segundo Gil. Mais de 21 milhões de venezuelanos estão aptos a participar do pleito, onde escolherão seu próximo presidente.

Em 30 de junho, foi realizada uma simulação de eleição para garantir que o processo oficial seja conduzido de maneira transparente e eficiente. As diferentes coalizões políticas que serão parte das eleições participaram desse ensaio: o governista Gran Polo Patriótico Simón Bolívar e a oposição Plataforma Unitária Democrática, Esperanza por el Cambio, Primero Venezuela, Arepa Digital, Alianza del Lápiz, Soluciones para Venezuela, Centrados en la Gente, fortalecendo seu compromisso com um processo eleitoral pacífico, democrático e com ampla participação cidadã.

Nas próximas eleições presidenciais da Venezuela, o atual mandatário Nicolás Maduro enfrentará um total de 13 candidatos. Entre eles, está Edmundo González Urrutia, apontado como o principal nome da oposição, ainda que tenha entrado atrasado na corrida presidencial. Urritia foi a segunda substituição à candidatura de María Corina Machado, que foi politicamente inabilitada.

A transparência do processo eleitoral é monitorada por um grupo diversificado de observadores internacionais, incluindo o Centro Carter, o Consejo de Expertos Electorales de Latinoamérica (Ceela), a União Africana (UA) e mais de 65 funcionários de organismos eleitorais. O Ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yvan Gil, confirmou a presença e o início dos trabalhos de um painel de especialistas da ONU em Caracas desde 9 de julho, conforme relatado pela EFE.

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