
O procurador José Domingo Pérez ampliou a investigação por lavagem de dinheiro, com agravante de organização criminosa, contra Keiko Fujimori por ter captado, repassado e ocultado recursos para financiar a campanha contra falsas fraudes eleitorais no segundo turno da Presidência do Peru, em 2021, que deu a vitória ao ex-presidente Pedro Castillo.
“Esta campanha de dissimulação e difamação com a alegada fraude está na origem de contribuições suspeitas de vários empresários que se dedicam ao (setor) imobiliário, empresários que se dedicam às slot machines e à participação de advogados dos mais reconhecidos”, afirmou Domingo Perez.
Keiko é filha do ex-presidente peruano, Alberto Fujimori, que governou o Peru entre julho de 1990 e novembro de 2000, mas acabou preso em 2007 por crimes contra a humanidade e corrupção.
A ação do Ministério Público também envolve outros cinco dirigentes do Fuerza Popular e o contador do partido, Lindman Miranda Zamalloa.
Segundo o dispositivo fiscal, após o resultado da votação de 6 de junho de 2021, Fujimori lançou uma campanha de mentiras sobre supostas irregularidades eleitorais dando início a um processo de desestabilização nacional.
Conspiração
As investigações foram baseadas em uma suposta conspiração entre o Júri Nacional Eleitoral (JNE), o Escritório Nacional de Processos Eleitorais (ONPE) e o Registro Nacional de Identidade e Estado Civil (Reniec).
Nesse sentido, explicou que “foi assim que o partido Fuerza Popular conseguiu arrecadar, arrecadar ou receber um pouco menos de dois milhões de soles em contribuições em dinheiro e em espécie, entre 13 de março de 2021 e 30 de julho de 2022”.
Afirmou ainda que o grupo não possui contas bancárias nem livros de contabilidade desde o final de 2020 e todo o ano de 2021, algo que cada partido político deve apresentar.
Contribuições em espécie
“No presente caso, o mandato imperativo teria sido desobedecido. Além disso, pretende-se consignar as contribuições em espécie, quando na realidade seriam em dinheiro, dinheiro em soles e dólares que teriam sido entregues em envelopes ao apoiador local do Fuerza Popular”, assegurou Pérez.
O procurador aponta que através de desinformação, notícias falsas e descrédito das autoridades da Junta Nacional Eleitoral, do Escritório Nacional de Processos Eleitorais e da Reniec, “eles tentaram enganar os cidadãos, causar-lhes medo do processo eleitoral, com o objetivo de obter benefícios econômicos, poder políticos e geram crise no país”, afirmou.
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