O Brasil não tem hoje de uma agenda positiva de desenvolvimento e inclusão social, um projeto de país que seja o eixo em torno do qual o País se projeta para o futuro. O grande desafio, central da política, é a retomada do crescimento para gerar emprego e renda.
A GRANDE AGENDA NEGATIVA
Hoje o Brasil se desune em termos sociais e políticos, o País implodido por uma agenda essencialmente negativa, nada se constrói, tudo se destrói.
Noticiário abundante sobre inquéritos, prisões, processos, tragédias e crimes frutos de uma crescente tensão social cujo adubo é o desemprego e a pobreza, resultado de uma estagnação da economia que se mantém estável já há cinco anos e nada, absolutamente nada indica que se sairá desse pântano com uma política monetária desde 2015 voltada exclusivamente para combate à inflação, que não é o problema de hoje, mas a medicação é para curar gripe de alguém que não está com gripe, enquanto recebe remédio desnecessário para a gripe o indivíduo morre de inanição por falta de comida.
Sem dinheiro, inflação zero de nada adianta, com dinheiro se tolera uma inflação morena de 10 ou 20%, há ciclos onde a inflação é o problema, mas há outros onde o desemprego é o maior problema. Política econômica deve ser manejada dentro de cada ciclo e visando o problema desse ciclo.
UMA POLÍTICA ECONÔMICA DE PROMESSA DE CRESCIMENTO SEM CRESCIMENTO
A política econômica de promessas de crescimento vem sendo aplicada desde 2014, sempre com o mote “após a reforma tal virão investimentos e o Brasil cresce”. A reforma trabalhista deveria gerar empregos, mas aumentou o desemprego. Simples “reformas” não gerarão crescimento.
Países emergentes crescem a partir do Estado e não do mercado. É ação do Estado que no Brasil, como na China, puxa o crescimento MAS também nos EUA é o Estado quem arbitra o crescimento. As encomendas militares, o orçamento de defesa nos EUA passa de 700 bilhões de dólares, são cruciais para a economia americana assim como a atividade de milhares de estatais nos setores de portos, aeroportos, águas e esgotos, metrôs, ônibus nas grandes cidades, crédito agrícola, seguro agrícola, crédito à exportação, só que não são sob a forma de empresas e sim de autarquias (Authority) mas ao fim são a mesma coisa que estatais, nos EUA são 100% do Estado, sem acionistas particulares.
Na grande crise de 2008 foi o Estado americano quem resgatou a economia dos desarranjos criados pelo mercado, o mercado não conseguiu resolver a crise que ele mesmo criou, como confiar cegamente no mercado?
Jamais o mercado sozinho fará o Brasil crescer e sair da estagnação porque o estoque de 180 milhões de pobres precisa sobreviver e só politicas publicas tem a celeridade e a certeza de produzir renda que, pelo menos, assegure a sobrevivência dessa população.
O FALSO COMBATE À CORRUPÇÃO COMO AGENDA NEGATIVA
A corrupção não é um totem, um troféu ou um tabu. Há enorme corrupção na atividade privada, compradores ganham comissões, certos tipos de bônus em bancos e empresas privadas são apropriação dos recursos financeiros dos acionistas sem relação com a capacidade dos executivos, são na realidade alta corrupção disfarçada, vencimentos exorbitantes de funcionários públicos são corrupção legalizada. Ao se tentar tratar todos os movimentos de dinheiro como corrupção pode-se paralisar uma economia porque 90% dos grandes negócios estão em zonas cinzentas onde pode se considerar muita coisa como corrupção sem que o seja. Para não correr nenhum risco muitos negócios, obras, investimentos deixam se ser realizados, a paralisia do medo.
Toda grande onda de crescimento em um País tem uma margem de corrupção. Ao querer extirpa-la mata-se o vírus ruim e também o bom, coloca-se fogo na casa para matar as baratas, quem constrói um País são aventureiros empreendedores e não funcionários públicos de vida segura e sem risco.
JK E A LIDERANÇA DO CRESCIMENTO
Os anos JK foi o melhor exemplo de um grande plano de desenvolvimento puxado a partir da liderança de um Presidente. JK não se abalava com eventos negativos, como os ataques de Carlos Lacerda, as revoltas da Aeronáutica de Aragarças e Jacareacanga, ele simplesmente ignorava e não alimentava, passava por cima para não atrapalhar sua GRANDE AGENDA POSITIVA. Seus 30 grupos de trabalho setoriais foram um exemplo de MÉTODO E ORGANIZAÇÃO.
JK era um agregador de forças para chegar a um objetivo claro, ele não aceitava e não alimentava agendas negativas, se existisse na época uma Lava Jato não haveria Brasília, nem indústria automobilística, naval e de bens de capital, tudo seria paralisado em nome da moral e do combate a corrupção.
Era o que a UDN queria, mas JK soube manobrar e não se deixou enredar pelas contínuas campanhas antidesevolvimentistas da direita.
O Brasil NÃO crescerá, com ou sem reformas, enquanto não abandonar a AGENDA NEGATIVA que, desde 2015, domina a política brasileira.
Um LÍDER, um CENTRO DE PODER definido, uma AGENDA POSITIVA com projetos claros, objetivos de investimento público, sem isso NÃO CRESCE.
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O Vice-Presidente Hamilton Mourão, que não apita em nada mas atrapalha muito, afirmou aos empresários:
"O salário mínimo não é mínimo. Governos anteriores aumentaram além da inflação e produziram uma contradição, onde as classes mais favorecidas recebem mais do que as menos favorecidas".
De acordo como Hamilton Mourão, se o salário mínimo for reduzido, as classes MAIS FAVORECIDAS passarão a receber menos do que as classes menos favorecidas.
As classes menos favorecidas não não devem receber mais do que as classes mais favorecidas, as classes mais favorecidas é que devem receber menos do que as classes menos favorecidas.
Somos um país de burros e lambe-sacos da elite.
Quem especifica o valor dos salários é o mercado de trabalho. Aumentar o salário mínimo além da inflação só cria um efeito de achatamento pela base da pirâmide salarial: aquele trabalhador que até antes do aumento ganhava um real a menos que o novo valor, passa a receber exatamente um mínimo; aquele que ganhava um real a mais, continua recebendo a mesma coisa.
A campanha de mentiras e agenda negativa tem história longa. Todos se lembram ou leram sobre a feita sobre Getúlio, mas é bom lembrar que, depois da mais rápida e eficiente campanha de desenvolvimento, os 50 anos em 5 de Juscelino, Ary Barroso fazia a marchinha: Quem é que vai recuperar esse país?/quem é que vai fazer o povo mais feliz? Janio, Janio, Janio...., como se o país estivesse no abismo. E como em outubro de 2014, com inflação baixíssima, a Globo e as outras faziam entrevistas fajutas em supermercados com pessoas reclamando da alta dos preços... O cúmulo foi a negação dos sucessos dos governos do PT, apoiada no final pelo bloqueio do congresso e do tal mercado a todas as iniciativas de Dilma. Os que fizeram as campanhas devem estar como alguns na ditadura de 64: Não foi para isso que fizemos a revolução...
Como mantém uma "inflação morena" ?
Nas aulas de Macro da faculdade de Administração a gente aprendia que o inflação era que nem barata , tinha de matar logo.
A experiência histórica do país com a inflação parece indicar que é melhor evitá-la.
Alguma boa bibliografia sobre isto ?
Creio que um administrador não deveria acreditar nos dogmas econômicos feitos para deixar os colonizados presos. Para a bibliografia, basta comparar séries históricas de desenvolvimento do Brasil com séries de inflação, todas passadas por uma média móvel, para eliminar picos devidos a fatores efêmeros. O Brasil é o caso clássico do alto crescimento associado a alta inflação, esquecido em algumas escolas milagrosas de economia, que quando aplicadas quebram o país - lembrar Chile, FHC, Temer...
Sobre os dogmas, sempre que um país acredita neles se ferra, quando os manda ao inferno cresce e se fortalece. Veja a Inglaterra, negando os dogmas do monetarismo no séc. xix, os estados unidos recusando-se a ser apenas fornecedores de mão de obra, a china e a URSS adotando o socialismo visando o crescimento - em todos os casos com imensos sofrimentos e perdas para parcelas da população. Nas épocas em que o Brasil se alinhou com os que lhe mandavam fazer as coisas, só perdeu.
Votei em Ciro exatamente porque ele foi o único candidato q apresentou um Projeto Nacional de Desenvolvimento, priorizando os produtores (indústria e agricultura) e valorizando o trabalho. Penso q ao eleger Bolsonaro, o Brasil perdeu uma grande oportunidade de evoluir
"Noticiário abundante sobre inquéritos, prisões, processos, tragédias e crimes frutos de uma crescente tensão social cujo adubo é o desemprego e a pobreza"
Mercado livre ou manipulado?
Conscientemente ou não, explicita ou tacitamente, esse parece ser o desejo dos operadores do dólar, caro André: impedir o desenvolvimento e crescimento, jogar o país num caos, com a Economia estagnada para a partir daí enfiar pela goela abaixo das pessoas algo que pareça solução, mas que na verdade é solução apenas para esse pessoal.
O que parece melhor negócio para a Economia: empreendedores produzindo e vendendo ou interrompendo a produção e deixando as prateleiras dos supermercados vazias? No entanto, para ficar num exemplo propagandeado pela mídia à exaustão, as prateleiras dos supermercados venezuelanos estão vazias.
Para o empresário a perda do que ganhariam vendendo ´não é prejuízo nem despesa, é investimento. É um dinheiro que eles investem para derrubar o governo e tomarem eles, o dólar privado, o controle sobre os cofres públicos.
Assim acho bobagem imaginar que os operadores do dólar farão algo para que a Economia do nosso país volte a crescer. Só quem poderia fazer isso é o estado... isso se não estivesse tomado pelos representantes do capital privado, a quem interessa a recessão e não o crescimento.
O País carece da ressurreição de políticas econõmicas geradoras de emprego. Não adianta ficar enrolando, tudo passa pela volta da indústria, o único fator gerador de empregos em cadeia. Precisamos de um novo
Celso Furtado e a Maria da Conceição Tavares. Precisamos copiar o modelo gerador de empregos da China. O Brasil tem total condição de ser um dos países mais industrializados do planeta.
Precisamos deixar de pensar pequeno. Precisamos descartar esse modelo medíocre que retroalimenta a pobreza, por interesse das grandes potências.
O vice presidente Mourão apita sim, destoa do presidente, pois ele é sério, é a única voz ali que se deve levar a sério, e pelo contrário, ele quer é consertar as coisas que os Bozos, pai e filhos, e as Dalmares da vida fazem de errado.
Artigo preciso e direto Deveria ser lido por todos os brasileiros.
Abra os olhos e observe, cidadão brasileiro: Mourão é um GENERAL !
Deveria ser um militar culto, preparado, compromissado com os brasileiros e defensor da soberania do Brasil. Pois ele é exatamente o contrário de tudo isso.
O governo militar à Bolsonaro é isso aí.
"Um LÍDER, um CENTRO DE PODER definido, uma AGENDA POSITIVA com projetos claros, objetivos de investimento público, sem isso NÃO CRESCE." Tradução : Ciro Gomes e o seu PND.