Francisco Celso Calmon
Francisco Celso Calmon, analista de TI, administrador, advogado, autor dos livros Sequestro Moral - E o PT com isso?; Combates Pela Democracia; coautor em Resistência ao Golpe de 2016 e em Uma Sentença Anunciada – o Processo Lula.
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Chega de migalhas!, por Francisco Celso Calmon

O andar de cima fica “imexível” com seus lucros/dividendos, com sua elevadíssima concentração de renda, enquanto os dos andares do meio e de baixo vão pagar a conta, por quê?

Chega de migalhas!

por Francisco Celso Calmon

O sociopata do planalto nunca fez nada de útil, nem no Exército, nem na Câmara Federal e nem no palácio. Se fosse só isso, diríamos, paciência, enquanto existir o lumpesinato político, representantes como ele existirão. Ocorre que seu rastro é venenoso. Assim como tentou explodir gasodutos quando era militar, assim como enalteceu um torturador assassino como Brilhante Ustra, está na conjuntura da pandemia do coronavirus pregando o caminho do genocídio. 

As medidas tomadas pelo governo e o Congresso estão aquém do necessário e imperioso. Isto porque segue a lógica neoliberal: fazer o mínimo para o trabalhador manter a vida e o máximo para o capital não queimar suas enormes gorduras. Cortar despesas e não suplementar a receita, via imposto de guerra da pandemia de 1% sobre fortunas a partir de 10 milhões de reais, reduzir salários públicos e privados sem tributar a renda do capital, são exemplos eloquentes dessa perversa lógica. 

O andar de cima fica “imexível” com seus lucros/dividendos, com sua elevadíssima concentração de renda, enquanto os dos andares do meio e de baixo vão pagar a conta, por quê?

As medidas assistencialistas, com a dos R$ 600,00 e outras, estão sendo contaminadas pela burocracia e já chegarão tarde à população.

A quarentena não é sinal vermelho, é sinal amarelo, para o Brasil seguir adiante sem ter em seu rastro a mortandade de inúmeros seres humanos.

Para socorrer o capital financeiro houve generosidade e rapidez (e crime também). Vamos lembrar do PROER – O Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional.

PROER foi instituído em final de 1995, pelo governo de FHC, que autorizou o repasse de dinheiro público a bancos privados que estavam virtualmente falidos. Na época foi gasto 30 bilhões (ou mais), valores corrigidos que significam atualmente algo em torno de 130 bilhões de reais.  

Esse programo caridoso para com os bancos levou um prejuízo enorme ao Estado, houve calote, suspeitas de fraudes, e há processo na justiça se arrastando para benefício dos réus José Serra, Pedro Parente, Pedro Malan, Gustavo Loyola, Francisco Lopes e Gustavo Franco.

Os partidos políticos, as entidades sindicais, direitos humanos, ecumênicas, devem constituir uma força-tarefa e um mutirão pela vida para evitar uma tragédia, talvez, maior que a da Itália e dos Estados Unidos. Nesse sentido, instituir o Programa de Estímulo à Vida, em primeiríssimo lugar, e da economia como efeito, sem fraudes e outros desvios próprios dos que administram o capitalismo de desastre.

A vida requer generosidade e solidariedade, já.

Francisco Celso Calmon

Francisco Celso Calmon

Francisco Celso Calmon, analista de TI, administrador, advogado, autor dos livros Sequestro Moral - E o PT com isso?; Combates Pela Democracia; coautor em Resistência ao Golpe de 2016 e em Uma Sentença Anunciada – o Processo Lula.

1 Comentário

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  1. O lado bom: como não só o andar de baixo mas também a classe média vão ser sacrificados no altar do bozovirus, o governo e a classe superior vão perder o apoio da classe média, que é fundamental para qualquer das classes extremas – alta e baixa – para o governo.

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