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Sobre o atual fenômeno “Greg News”, por Rogério Mattos
O Liberalismo foi bom no passado e nem tanto no presente; ainda é bom nos EUA, mas não no Brasil. A greve dos caminhoneiros é um “problema fiscal” e não de soberania nacional. Afinal, o plástico talvez devesse ser abolido como o próprio petróleo e a Petrobrás…
Existiria uma antinomia entre os termos conservador e liberal, porém o Livres é moderno mas Flavio Rocha não. O ideário do Império Britânico é digno de elogio, enquanto os governos Lula e Dilma pecaram por fazer “coalizão”. Gregório não chega ao ponto de defender FHC para justificar Lula ou dizer (como um candidato carioca) que seu partido perde por culpa do PT. Mas é bem interessante ver esse fenômeno atual chamado Greg News e ver as curiosas limitações de uma chamada “esquerda moderna”, imaculada e ambientalmente responsável…
Não bastava fazer campanha para as massas verde e amarelas de uma marca famosa em plena campanha pelo “Não vai ter Copa” e pelo descredenciamento da principal candidata a presidência daquele ano. Fizeram um comercial “limpo”, com uma crítica bem-humorada às massas verde-amarelas, não as do restaurante patrocinador. Talvez valha, quem sabe… Mas se dermos um salto no tempo, fica mais fácil entender como que funciona essa crítica tão por dentro do sistema.
Gregório Duvivier estreou um show solo no pós-golpe. E faz a crítica da esquerda cheirosa, pseudo-intelectualizada e anti-popular. Um de seus últimos programas, sobre o liberalismo, pode servir de caso de estudo, ainda que seja necessário mencionar outras de suas aparições, sempre com seus traços de moralidade coxinha.
Segundo o que foi apresentado, o Liberalismo foi bom no passado, porque defendia a liberdade civil contra a opressão monárquica. O Liberalismo brasileiro é de segunda categoria por não ser amplo o suficiente como prega ideário vindo das metrópoles anglo-saxãs. A não ser que seja o Livres, sub-legenda “apartidária” do Instituto Millenium. Para o apresentador, nesse caso se trata de “um dos grupos políticos que tem tentado levar o liberalismo a sério no Brasil”.
Como ele diz: “Não dá para ser metade liberal e metade conservador”. Seria o caso do candidato Flávio Rocha (o cinismo de ter pego amplos financiamentos no BNDES e ser acusado de trabalho escravo, entre outros). Isso, no mínimo, mostra a insuficiência de pensar na raiz, da crítica dos valores. No caso, o que ele defende é a originalidade de um “liberalismo raiz”. Passa longe de se fazer uma crítica na raiz desse liberalismo, que teve como seus melhores momentos os incontáveis genocídios provocados pelo Império Britânico (clique aqui para uma breve amostragem dos Crimes Britânicos) e toda a rede de dependências criadas na América do Sul no mesmo século XIX, seja na fragmentação das antigas colônias espanholas ou na abertura dos portos, por Dom João VI.
Isso é só para mencionar fatos básicos. Para uma crítica mais extensa sobre a gênese desse liberalismo, reporto vocês a meu texto publicado na revista Voyager (clique aqui para ler).
Na verdade, ele tenta se apropriar da bandeira liberal para pousar de esquerdista que funciona no 110v e no 220v. Ele acha que isso não queima. Qual motivo de levantar a bandeira abaixo, por exemplo?
“Nós hoje combatemos o que os liberais antigos combatiam”, diz em certa altura do programa.
Isso quer dizer que combatiam a favor da fome na Índia, das Guerras do Ópio, pela moral vitoriana, pela legislação dos pobres de Locke, pelo Panóptico de Bentham? Ou será que isso que dizer somente dar a bunda, fumar maconha, virar Narcisa Tamborindeguy? Depois de tudo, como para que se justificar, Gregório mostra sua foto com um boneco do Lula. É o autêntico “Libera geral”, muito próximo da cultura dos anos 90.
Saudade de FHC? Esse tipo de esquerda a que pertence o apresentador é como a de Caetano Veloso. Esse, por exemplo, não chega ao ponto de elogiar FHC. É um risco muito grande para própria imagem. Mas gosta de elogiar o plano real, a suposta estabilização macroeconômica do governo dos tucanos e os “avanços democráticos” das era FHC e Lula. Isso é ser de esquerda – e limpo. Como diz a música que termina o programa: “libera o mercado para competir, mas libera beck para geral curtir”. FHC e George Soros, em suma. O que demonstra que não existe qualquer antinomia entre os termos liberal e conservador. Gregório Duvivier é um exemplo disso.
Para terminar, vou fazer um breve sumário de alguns de seus programas, de alguns temas abordados neles e que ainda ficaram na minha memória. Um caso: quando Duvivier vai elogiar para criticar a indústria do plástico. Muito bem! O plástico tem tantos malefícios que é difícil de calcular. Como defendê-lo? Ora, posso não ter de cabeça as fontes, mas faz muito tempo que a UFPE e ou a USP ou a Unicamp desenvolveram um plástico orgânico, que se desfazia com água fervente. É uma solução para muitos dos casos dos usos dos plásticos. Outras soluções devem existir. Qual o problema que o programa não aborda? Os monopólios transnacionais que insistem na fabricação do tipo de plástico mais tóxico que existe e inibe qualquer tentativa de se criar soluções mais viáveis ao problema. é dentro da ciência mesmo que se contorna os problemas criados pelo avanço científico.
Outro caso: no programa que falou sobre a greve dos caminhoneiros resumiu todo o problema, elencando uma série de variáveis, do que seria uma “crise fiscal”. A importância estratégica da Petrobras desaparece de seu discurso, como os tucanos também gostariam que desaparecesse esse maldito nome da boca de qualquer brasileiro. Acho que nesse caso não preciso nem falar mais nada…
Liberal e conservador e um bonequinho para demonstrar bons sentimentos… Uma esquerda “pink”.
Rogério Mattos: Professor e tradutor da revista Executive Intelligence Review. Formado em História (UERJ) e doutorando em Literatura Comparada (UFF). Mantém o site http://www.oabertinho.com.br, onde publica alguns de seus escritos
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Gostei muito de ler, pela
Gostei muito de ler, pela primeira vez, uma crítica a Gregório Duvivier, porque o tinha, a partir daquelas imagens dele ao lado dos eventos com Lula , o PT e outras siglas, ele sempre se apresentando muito mais como um defensor da democracia, enfim, foi quando passei a conhecê-lo melhor.
Vieram aqueles vídeos interessantes e de Porta dos Fundos, quando era comum umas bromas contra a parcialidade de Moro conta Lula, blindando tucanos, etc.
Depois, surge Duvivier como um Youtuber, todas as sextas apresnetando um programa satírico-político num canal fechado de televisão. Estava como ele na minha lista.
Fui observando algumas tiradas dele, indefinidas quanto às suas ideologias polítco-partidárias, mas até certo ponto entendendo sua subida muito rápida, sua falta de experiência profunda para todos os temas, também em razão de sua idade, e subida rápida, como via. Ou seja, contiinuei lhe dando alguns créditos, na medida em que, sem smbra de dúvida, Gregório Duvivier é um homem de uma inteligência privilegiada. Ele consegue embalar uma plateia sem incomodar o pensamento alheiro porque tem uma capacidade muito profunda de saber pôr as palavras no lugar pra não dizer ao certo qual o seu lado. Mas, eu vcomecei a ver, e também a sentir, que ele precisa de comer muito mais alfafa se quiser manter-se no nível em que ainda se encontra.
Enfim, foi semana passada, ou na segunda última, quando vi sua apresentação de sexta, que ele me deu uma certa angustia, por não colocar a memória pra funcionar, ou quis vender gato por lebre por conveniência, que foi feita uma narrativa de casos políticos envolvendo o PT, porém com muita confusão sobre os fatos reais.
Duvivier disse que Heloisa Helena, Marina, e outros, arredaram do governo-Lula por um motivo, que ora esqueço, quando, todos sabemos, a debandada de alguns petistas pra outros partidos nasceu daquele menslão. Coloquei isso no meu comentário, e recomendei o apresentador para tomar cuidado em checar suas informações antes de compor uma narrativa, meio engraçada, desconectando-se de fatos reais.
Enfim, é imporante a explicação, que já vinha sentindo sobre esse rapaz. Ele está no meio; em cima do muro; tentando se fazer na vida por alguns mecanismos, que poderiam prosseguir sendo dentro de uma lógica, mas que está ora mostrando ser sua trajetória, a continuar assim meio nebulosa, de político que vai, aos poucos, perdendo a vergonha, até se equilibrar num campo qualquer, não interessando qual, desde que seja pro seu bem-estar.
Sinto muito quando as pessoas públicas me decepcionam.
OBS: vi com cuidado o vídeo sobre o plástico, e também achei muito pobre para quem queria expor mais compromissos com o nosso meio-ambiente. No final, ele resume tudo pedindo a todos que não aceitem canudo.
‘Será Só Imaginação?’
As citadas, Heloisa Helena e Marina, não sairam do PT em função do mensalão, a primeira foi expulsa do PT por mais de dois terços do DN, juntamente com Babá, João Fontes e Luciana Genro, em dezembro de 2003, por sistematicamente não votarem com o partido e a segunda, desligou-se do PT em agosto de 2009 ao considerar-se preterida como candidata a presidência em 2010, em busca de outro partido para concorrer, como veio a ocorrer através do PV.
Fica devendo informar os que de fato fizeram parte da tal ‘debandada’, dos quadros do PT, em função do ‘mensalão’?
A Heloísa Helena saiu do PT
A Heloísa Helena saiu do PT pq este se aliou aos banqueiros.
Fundou o PSOL, saiu do PSOL pra ir pra Rede do Itaú.
Uma esquerda bunda-mole. A
Uma esquerda bunda-mole. A triste verdade é que os intelectuais não pegam em armas.
No programa de sexta feira
No programa de sexta feira última, ele “vendeu” ao público a versão da mídia chapa branca sobre o mensalão. Vejo os programas, tenho muito mais coisas a favor do que contra o rapaz, mas o fato é que ele é mais um coxinha de esquerda, como tantos outros que existem por aí.
Duvivier não entende a
Duvivier não entende a fundo do que fala? Duvivier não quer perder seu “espaço meritocrático ? Duvivier acredita mesmo no que fala ? Ou tudo isso ? Não dá para enganar o mercado, mas dá para enrolar as idéias e outras coisas.
Boa reflexão
Já havia percebido isso.
Classifico o Duvivier como “pós-moderno dogmático”, a exemplo do jornalista Juremir Machado.
São pessoas inteligentes, leem muito e se comunicam muito bem.
Mas, como todos aqueles que se posicionam ideologicamente de forma rígida tem limitações.
No caso dos pós-modernos, eles partem do pressuposto de que tudo é contraditório, que não há verdades absolutas. Logo… acabam caindo em contradição.
A fome/sede e o frio, por exemplo, não são relativos. Pessoas morrem de frio e passam fome (morriam e muito provavelmente estão voltando a morrer no Brasil) e isso não pode ser relativizado, e aí é que os pós-modernos se contradizem. Pois, diante dessas variáveis que classifico como absolutas, nada pode ser relativizado.
Ah, fulano ou grupo político tem defeito, mas os outros também tem…
Porém, há pessoas e grupos políticos que tem coerência no trabalho pela eliminação da fome/sede e do frio. Quanto a isso não se pode relativizar, como fazem os pós-modernos. Repito, eles partem do pressuposto que tudo é relativo. Porém, nem tudo é relativo, como também nem tudo é absoluto. Então, por mais paradoxal que possa parecer, é preciso ser contraditório quanto a idelogia, pois, aqueles que se agarram cegamente a uma ideologia (como se fosse um dogma religioso) acabam caindo em “contradição prática”. A ideologia deve ser uma ferramenta reflexiva e não uma rígida norma prática.
A prática deve ser medida pela realidade (que deve ter uma coerência própria), não pode ser orientada por ideias rígidas.
Em outras palavras, você tá
Em outras palavras, você tá dizendo que quem se preocupa muito com a coerência ideológica acaba cometendo uma incoerência do ponto de vista prático, certo? Nesse caso você concorda com o duvivier quando ele critica ogoverno Venezuelano?
O professor conseguiu
Vestir a touca da esquerda radical, talvez um contraponto a direita radical bolsonarista. Pega leve.
ACABOU A LUA DE MEL
Mais um que entrou na lista da Patrulha Fundamentalista da Gestapo Ideológica. Durou enquanto serviu. Mas não se desespere, caro Apresentador. É assim que funciona o Fanatismo Esquerdopata. Trotsky fugiu para o México. Mas mesmo assim foi assassinado pela Esquerda Stalinista. Prestes preferiu ficar com Getulio do que com Olga e a própria filha. Imagina quantas ‘loucuras’ não fizeram naqueles Quartéis Militares? Juntos.
O programa base para o GREG
O programa base para o GREG NEWS, o LAST WEEK WITH JOHN OLIVER é, basicamente, propaganda do partido DEMOCRATA americano.
Fez “reportagens” e “críticas” ao governo DILMA seguindo a cartilha da patolândia…
Faz, quase toda semana, críticas ao governo da Venezuela, sempre dizendo que o governo ataca o povo…
O problema do Greg News é: quer agradar todo mundo, inclusive a coxinhada que tem $$$ para comprar assinatura da HBO.
Até gosto do Gregório, mas não do programa.
Obviamente cada um pensa o
Obviamente cada um pensa o que quiser e critica o que quiser criticar, mas… por que diabos a esquerda perde mais tempo numa eterna disputa para ver quem é mais esquerdista? Isso vale tanto para o Duvivier quanto para o autor do artigo.
Não passou da hora de destrinchar, expor e ridicularizar as “propostas” da direita” e explicitar as propostas e contrapropostas da esquerda? Perdeu a graça buscar dados e ir além da direita?
Imaginem se Marx se dedicasse exclusivamente a mandar e desmandar na Internacional e não escrevesse os tais livros malditos… deve estar sobrando tempo livre para a esquerda, só pode.
Gregorio acende uma vela para mortadelas e outra para coxinhas
Esse programa do Gregorio Duvivier faz lembrar uns amigos uns amigos que tenho que moram em Londrina e Curitiba que apesar de concordarem comigo que em 2016 tivemos um golpe, de que a Lava Jato persegue Lula e PT, fazem média com a familia, colegas, vizinhos (morrem de medo desses descobrirem que no escurinho da urnas votam no PT), para não serem taxados de petistas, mortadelas, esquedistas ou qualquer coisa que possa parecer extremista e fora do âmbito em que vivem.
Por isso os assuntos tratados no GregNews têm lacunas enormes… Naquele do caminheneiro pediu perdão à “mainha” porque o problema dos caminhoneiros hoje ainda vinha do governo dela, como citado no artigo… Coisas da esquerda Folha de S. Paulo.