Jornal GGN – O presidente Jair Bolsonaro afirmou que há uma “diferença enorme” entre greve e motim e que a paralisação dos policiais militares no Ceará é “greve”. Neste período de suspensão da atuação policial, ato que é considerado ilegal pela Constituição brasileira, mais de 240 pessoas foram assassinadas.
A declaração do mandatário foi dada durante a transmissão ao vivo semanal de Bolsonaro nas redes sociais, nesta quinta-feira (05). Ele acusou, ainda, a imprensa brasileira de usar a palavra “motim” para denegrir a imagem do governo.
Entretanto, a paralisação de policiais militares é proibida pela legislação brasileira, o que, portanto, não se pode considerar greve, este, por outro lado, é um ato legítimo de categorias trabalhistas. Desde 2017, o Supremo Tribunal Federal (STF) ainda proibiu a paralisação das atividades de policiais civis e federais, além dos militares.
O significado da palavra “motim” é de movimentos coletivos coordenados de insubordinação de militares, um ato que é ilegal segundo o Direito Penal Militar.
Durante a sua declaração, Jair Bolsonaro disse que o governo intermediou “um acordo” com os policiais “em greve”.
“Foi feito um acordo e decidiu a questão da greve dos policiais. Olha o que eu falei: greve. A imprensa nos governos anteriores falava em greve. Quando chegou o meu governo, começou a falar o quê? Motim”, disse.
“O que é uma diferença enorme de greve para motim. Essa é a imprensa brasileira. Não adianta que eu não vou mudar, porque estou do lado da verdade. Quem tem de mudar são vocês”, seguiu, na crítica.
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O título está equivocado. O que Bolsonaro diz é que é greve e não motim dos policiais militares no Ceará.
Pode-se até avaliar o que foi dito por Bolsonaro e colocar como título algo como: Bolsonaro erra ao dizer que é greve e não motim dos policiais militares no Ceará.
Não é necessário mentir para mostrar que Bolsonaro não pode ser tomado como uma pessoa de siso.
Clever Mendes de Oliveira
BH, 06/03/2020
A chamada do texto inverte motim e greve
Erro corrigido. Obrigada.
Fiquei confuso:
o título diz uma coisa e a matério diz outra?
Só a esquerda partidária que nao entendeu que a “kulturkampf” da fascistada está concentrada muito mais na disputa simbólica, no nível da linguagem do dia a dia.
Daqui a pouco vão aparecer mais textoes reativos teorizando acerca da diferença entre greve e motim…
Ou seja, vao perder mais uma, assim como perderam a “delação premiada”, em vez de chamarem de “incriminação premiada”; assim como perderam o “piticamebte correto”, quando o que o falado era “piticamente INcorreto”…
E por aí vai…
A lista é interminavel…
A pergunta é, lêem Foucault, Bourdieu pra quê?! Pra fazer textao?!