A escultura em homenagem à Mãe Stella de Oxóssi foi incendiada na madrugada deste domingo, na cidade de Salvador (BA).
Segundo informações da prefeitura, o monumento localizado na avenida de mesmo nome foi alvo de vandalismo. Até o momento, ninguém foi preso.
“Já estamos apurando o caso para que os responsáveis sejam identificados e punidos. Salvador é uma cidade do respeito e do sincretismo religioso onde não deve existir espaço para intolerância religiosa”, disse a prefeitura nas redes sociais.
Mensagem semelhante foi postada pelo prefeito de Salvador, Bruno Reis. “Estamos apurando o caso para que os responsáveis sejam identificados e punidos. Já estamos registrando o boletim de ocorrência e determinamos a remoção da estátua para que seja recuperada”.
Imagens feitas no local mostram que apenas a imagem de Mãe Stella foi afetada, enquanto a peça de Oxóssi não foi atingida. O monumento será retirado pela Companhia de Desenvolvimento Urbano de Salvador (Desal) para ser recuperado.
Esta foi a segunda vez que a obra foi vandalizada. Em setembro de 2019, as duas estátuas foram pichadas e ninguém foi preso.
Considerada uma das principais ialorixás do Brasil, Mãe Stella de Oxóssi foi grande conhecedora dos cultos e do Candomblé. Ela faleceu em dezembro de 2018, aos 93 anos.
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Penso que todos os movimentos e entidades religiosas deveriam se associar em um grande repúdio, contra essa agressão gratuita e criminosa. A Bahia, que é o berço e a incubadora das religiões brasileiras não pode se calar e nem deixar barato essa imensa covardia.
Por favor, não intendam meu comentário como qualquer tipo de intolerância religiosa e para deixar mais claro ainda sou ateu e respeito todas religiões. A questão aqui é porque o ESTADO (Governo) está financiando a construção, reforma ou manutenção de imagens religiosas em um estado que deveria ser laico. O ESTADO brasileiro (em todas suas instâncias) se mete onde não deveria e não cuida do que é responsável. Moro em Brasília e aqui tem um “monumento” chamado estádio de futebol que custa milhões anualmente enquanto escolas públicas estão caindo aos pedaços.