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O velhinho fascista ou Pra não dizer que não falei do Musk
por Armando Coelho Neto
“Pode ficar certo, que a partir de segunda-feira, 25 de março, vai faltar produtos nos mercados”, disse o velhinho fascista, frequentador de uma igreja evangélica na Bela Vista, região central de São Paulo. Ele já havia feito essa previsão antes, e chegou até estocar comida. Ele “torce” por Israel, mesmo após assistir vídeo sobre a matança de crianças em Gaza. Acha que os comunistas estão em alerta máximo.
Ainda sobre Israel, ficou indiferente ao alerta de um amigo, de que numa guerra as pessoas de bem devem torcer pela paz… É pobre, e por conta de uma doença crônica grave, é assistido pelo SUS. Idoso, ele fura filas prioritárias, não paga passagem, desfruta das conquistas sociais produzidas pela esquerda, “feitas para ganhar votos”, mas ele não é bobo. Não perde uma live do genocida inelegível.
Ele ajuda a divulgar um vídeo amador produzido no centro de São Paulo, no qual o centro velho da cidade está vazio, muitas lojas fechadas, placas de vende-se ou aluga-se – verdadeiro retrato do abandono. “Culpa dessa esquerda que está aí”. Adrede produzido num fim de semana, a peça ganha mais aparência de vazio, o que acaba dando mais autenticidade à narrativa da desgraça iminente. Culpa do Lula.
E fraude da Americanas com isso? Trata-se um golpe de 50 bilhões de reais, o maior do país. Entre os grandes prejudicados figuram o Banco do Brasil (dinheiro do povo), acionistas, pequenos comerciantes, fornecedores, e até gente que não sabe que os larápios da praça são as três pessoas mais ricas do Brasil. Portanto, parte das lojas fechadas no centro e outros lugares foram vítimas do grupo Americanas.
O golpe é de janeiro do ano passado, foi amplamente denunciado pelo ex-banqueiro, e palestrante Eduardo Moreira, ligado ao Instituto Conhecimento Liberta, de onde essas informações foram colhidas. Os lucros foram manipulados para inflar os resultados, pagar acionistas e garantir possibilidade de financiamento. Mas, os autores sequer foram depor. Ah! Existe a bancada Lemann na Câmara!
Fica difícil explicar ao velhinho fascista, que portadores de cigarros de maconha pegam anos de cadeia, usuários de crack apanham da assassina PM/SP de Tarcísio de Freitas, mas os golpistas sequer foram intimados. Devem estar em Miami jogando tênis ou tomando champanhe no Principado de Mônaco. Tão difícil quanto explicar que a Cracolândia em São Paulo não nasceu nos governos de Lula ou Dilma.
A mídia nazifascista, eterna aliada do mercado, não deu grande destaque ao escândalo do Grupo Americanas e o velhinho ficou com a informação do vídeo, que também não sabe que esse mesmo mercado, tinha um conluio oficial no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) para perdoar dívidas de sonegadores de impostos. Essa falcatrua só foi corrigida na atual gestão do governo Lula.
Mas afinal, o que Elon Musk tem a ver com isso? Ora pois, o velhinho fascista é vítima das redes sociais e sofre de dissonância cognitiva. Crê em mamadeira de piroca, terra plana, é contra vacina e culpa Lula até por buraco de rua. Seu cérebro foi originariamente arado pela grande mídia fascista, até tornar-se terreno fértil para receber, crer e difundir mentiras que o fazem votar no candidato apoiado por Musk.
Será que Elon Musk permitiria apologia ao ideário do Estado Islâmico, Hamas, Houthis, Al-Qaeda? Compraria briga com China, Rússia, Arábia Saudita ou Irã? Será que por meio do falso argumento da liberdade de expressão atacaria quem bem entendesse? Cumpriria sua ameaça de promover golpe de estado qualquer país? Ofenderia suas ditaduras de estimação? Tem muita gente séria perguntando.
No fundo, Musk deixa exposta sua arrogância em relação ao Brasil e suas instituições. Ao mesmo tempo, ele expõe a sabujice dos apoiadores do inelegível, sobretudo a elite vira-lata que não sabe o que é democracia, soberania, patriotismo, pedia ditadura e queixa-se do que chama de ditadura; aliou-se a fanáticos adoradores de pneus, militares e pastores bandidos e fez trapo com nossa bandeira.
Covarde e dado a hábitos infantis (Michael Jackson?), Musk afina a voz diante Benjamin Netanyahu, de quem sofreu censura por prometer internet à Faixa de Gaza devastada e incomunicável pelos bombardeios de Israel. Pianinho, ele visitou o local do fatídico 8 de Outubro, fez cócegas no ego sanguinário de Bibi, mas ignorou o convite do Hammas para visitar o lado palestino.
Depois de fracassar junto à Rússia e China, se acovardar diante da Arábia Saudita, o fascista Musk estaria apostando na compra de democracias em risco, como o Brasil. Nesse GGN foi veiculado que a Fundação Lemann (olha ele aí de novo!) fez um edital que só poderia ser atendido por empresa de Musk. Deu chabu! Em nota, a fundação negou, alegando que atua por critérios estritamente técnicos…
Elon Musk seria uma versão nova de Jonh Perkins (ex-agente da -CIA), autor de “Confissões de um Assassino Econômico”. Com um belo discurso e uma mala de dinheiro, conseguia destruir frágeis democracias*. Musk segue o mesmo caminho, com uma mala de dinheiro e o mantra da liberdade de expressão. Mas, só mesmo o velhinho fascista, que estoca comida com medo do Lula, pode acreditar nisso.
Armando Rodrigues Coelho Neto é jornalista, delegado aposentado da Polícia Federal e ex-representante da Interpol em São Paulo
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Há muitos velhinhos fascistas estocando desinformação, bajulação, ironia, ignorância, pois se alimentam disso.
Pobres velhos de cabeça a cultuar milionário fascista! Adoram ser pobres! Louvam os ricos que falam por eles. Vai demorar muito pra essa gente acordar, se é que vão fazê-lo!
Nós Brasileiros precisamos urgentemente começar a valorizar o BRASIL e os BRASILEIROS DO BEM, pois ficar batendo palmas para esses GRINGOS que não nos valoriza é demais para aguentar. Foda-se ELON MUSK e quem o apoia…
Vamos apoiar o nosso Xandão e o nosso #Lula que realmente briga pelo BRASIL e Nós BRASILEIROS.
PARABÉNS ARMANDO RODRIGUES COELHO NETO vc sempre lúcido, realista etc
Não dá para culpar o velhinho com esta imprensa que temos. Quando se fala que o Brasil precisa educar-se, não é só através de bancos escolares, mas também de informar a população corretamente.