Xadrez do reinado dos brontosauros, por Luis Nassif

Peça 1 – a falência das democracias representativas

Até alguns anos atrás, cabia à esquerda a defesa da democracia direta, em lugar da democracia representativa. Sua estrutura complexa, seus ritos, suas limitações, faziam com que os avanços sociais e a modernização política, na democracia direta, ocorressem em ritmo muito lento.

Com as redes sociais, esse descompasso se acentuou. As redes sociais passaram a refletir e a multiplicar, de forma imediata, expectativas e anseios da sociedade. E a democracia representativa continuou presa a modelos estáticos e, em todos os países, contaminada pelo financiamento de campanha e pelas formas de imbricação com o capital privado.

Lá por volta de 2008, 2009, o GGN divulgou os primeiros trabalhos mostrando a decadência e a crise próxima das democracias representativas. De um lado, as ONGs começaram a tomar o lugar dos parlamentares, na representação de setores. De outro, os blogs (antes da explosão das redes sociais) tomando o lugar da mídia convencional e acentuando o desarranjo nos sistemas de opinião pública.

Estava em xeque não apenas o sistema partidário, como os partidos políticos, o modelo sindical, os modelos convencionais de mídia. Hoje em dia, há uma destruição de tudo o que representa a velha ordem ou signifique poder: partidos políticos, Justiça, universo de celebridades, grupos de mídia, modelo sindical, em uma autêntica rebelião das massas e de advento do imbecil coletivo.

Peça 2 – os casos internacionais

Dois episódios recentes mostram essa tendência destrutiva.

Na França, a rebelião contra o reajuste dos combustíveis, paralisando o país em manifestações espontâneas que, por isso mesmo, não dispõem de lideranças para negociar. É uma onda que tende a se espalhar pelo país.

No Japão, a destruição do mito Carlos Ghosn, o mitológico libanês-brasileiro que revolucionou a indústria automobilística do país.

Ghosn conquistou feitos notáveis, como salvar a Nissan da falência, transformando-a na mais lucrativa grande indústria automobilística do mundo. Agora, estava trabalhando na recuperação da terceira grande montadora japonesa, a Mitsubishi Motors.

Conseguiu se impor em ambientes com culturas totalmente diversas, como a Michelin no Brasil e nos EUA, a Renault, na França. E, seu maior feito, recuperar a Nissan e a Mitsubishi em um país impenetrável para ocidentais de qualquer nível.

Tornou-se uma lenda no Japão. Mesmo assim, foi preso, acusado de sonegação e de se valer das mordomias da empresa.

Mesmo sendo graves, os pecados de Ghosn não eram capitais. Em vez de uma condenação pecuniária, procuradores japoneses optaram por destruir o personagem, com a mesma sanha punitivista com que procuradores brasileiros destruíram empresas, setores inteiros e milhões de empregos.

Quanto vale um Ghosn ativo e quanto vale um Ghosn preso? É uma conta fácil de fazer.  A onda punitivista não fecha a conta do custo e beneficio. O prazer da vingança custa caro. Um executivo é um ativo real, tem valor de mercado, custa décadas para formar.

Se no Japão e na França o espírito persecutório se impõe na opinião pública, o que não dizer de um país coalhado de instituições toscas, como o Brasil?

Peça 3 – a ditadura brasileira

As manifestações do novo Ministro das Relações Exteriores – um gnomo ameaçando devassar a gestão do gigante Celso Amorim -, as manifestações dos três príncipes-herdeiros de Jair Bolsonaro, o festival de mentiras que cercou a saída dos cubanos do Mais Médicos, o indiciamento de Fernando Haddad, são indícios veementes do caminho em direção à ditadura.

Se vai ser bem sucedido ou não, a história dirá. Mas, com esse risco no caminho, fica clara a estratégia do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) Dias Toffoli, de propor um pacto dos três poderes.

Esta semana, ele recebeu Bolsonaro, Sérgio Moro, enfatizou a legalidade no impeachment de Dilma Rousseff e na prisão de Lula. A exemplo do episódio da ditadura – justificando o golpe de 64 como culpa dos radicais de esquerda e direita -, a ideia é flexibilizar os conceitos de democracia e de direito, para evitar chacinas maiores do estado de direito.

Ou seja, na democracia mitigada aceitam-se abusos contra Lula, o endosso ao golpe do impeachment, a reinterpretação da história do país, para evitar possíveis Noites de São Bartolomeu que estão no radar dos conquistadores.

Vale conferir qual será a atitude do STF quando o estado de exceção se ampliar e ultrapassar os limites desse novo normal. Vai se encolher novamente, ou a linha de defesa irá funcionar?

Peça 4 – o novo normal

A grande questão é que, no quadro de selvageria atual, a velha mídia perdeu totalmente a condição de mediadora dos conflitos em que se envolve o poder público.

Antes uma extravagância qualquer era combatida com o uso da razão, argumentos razoáveis, e a divulgação de manifestações de intelectuais e celebridades – que ajudavam a definir os limites dos atos e manifestações de poder.

Agora, tudo isso foi por água abaixo. Qualquer argumento racional é derrubado com um zurro dessa nova elite troglodita.

Os novos influenciadores não são jornalistas, atores de novelas, cantores populares, mas Youtubers valendo-se de pantomimas e slogans simplórios como formas de comunicação. E apelando, sempre, para os dois instintos mais primitivos: o ódio contra o medo.

A maneira como esse novo normal se insere no dia-a-dia fica mais clara nas especulações sobre quem serão os novos ministros de Bolsonaro.

Falta um apanhado hilário (não fosse trágico) da maneira como se apresentam os candidatos. Só faltou se vestirem de dançarinas do cancan e rebolarem frente às câmeras das redes sociais. Mais curioso ainda é a maneira como suas extravagâncias são interpretadas pela mídia.

No Twitter, Xico Graziano, ex-assessor pessoal de Fernando Henrique Cardoso, radicaliza a cada dia suas mensagens, na esperança de encontrar um lugar na Arca de Bolsonaro. Chegou a deblaterar contra a influência esquerdista nas escolas. Imediatamente um jornal o apresentou como favorito para o Ministério do Meio Ambiente. Ou seja, basta um besteirol preconceituoso qualquer, para, na leitura torta dos repórteres, o sujeito se habilitar a um cargo relevante.

Aí, a impávida Maitê Proença entra em cena, para dizer que o povo não quer direitos não: quer comida. E ganha uma manchete como nova favorita ao Meio Ambiente. Toca o pobre Xico Graziano e empunhar a clava do preconceito, marretando sem dó a cabeça de algum MST, para recuperar o espaço perdido.

Até que um dos príncipes herdeiros entra em cena, e tuita uma mensagem para pararem com especulações bestas sobre futuros Ministros.

Esse quadro já estava desenhado anos atrás, quando ficou clara a maior eficiência das igrejas sobre partidos políticos e sindicatos. Grande parte delas se vale apenas da pauta moral e da autoajuda. Não há um conjunto de valores consolidados, como nos partidos políticos e sindicatos, com mudanças lentas de conduta, dependendo do aval de assembleias ou maiores parlamentares.

Peça 5 – a recuperação da racionalidade

Em um ponto qualquer do futuro, é possível que se defina um novo modelo capaz de domar a bestificação das ruas.

No momento, há sinais de que a pauta moral se espalhou por todos os poros do país, da classe média ao Judiciário, do Ministério Público às Polícias Militares.

Não há consenso sobre nada além do punitivismo contra os |inimigos|. Entrou-se em uma espiral que induzirá, a cada dia, a mais retórica, mais incontinência verbal, mais fanfarronice inútil – como a desse inacreditável futuro chanceler.

Em outros momentos, seria possível prever o esgotamento da barbárie e a volta do pêndulo. Hoje em dia, não. Apesar dos alertas do general Mourão, que atuará como espécie de preceptor de adultos imprevisíveis.

A racionalidade está conseguindo se impor em duas decisões solitárias.

A primeira, do indicado para a Controladoria Gral da União, Wagner de Campos Rosário, propondo isenção de punição a empresas que revelarem corrupção. E a obrigação de empresários denunciados de vender a empresa, punindo a pessoa física, mas preservando a empresa.

A segunda, a indicação de Ivan Monteiro para presidente do Banco do Brasil. Funcionário de carreira do banco, ele estava na diretoria financeira da Petrobras. Monteiro é considerado funcionário exemplar e técnico competente.

 

Luis Nassif

98 Comentários

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  1. Sobre adultos imprevisíveis

    …me parece cada vez mais claro que não vai demorar muito para a cúpula militar da ativa simplesmente largar qualquer pudor e assumir, ela mesma, o poder… já que a confusão criada por esse governo será enorme e insolucionável por essa galera, os príncipes herdeiros, o nome de chuveiro…

  2. O destino da sociedade de

    O destino da sociedade de consumo poderia ser outro senão a bestificação humana ?  No Brasil, o processo foi mais rápido pela contribuição de vários fatores: ensino alienante, mídia alienante, desigualdade social estratosférica, nornalização da violência (TV), misticismo da prosperidade. Por fim, o neoliberalismo lança a pá de cal na democracia. Em nsso país, o modelo alcançou a perfeição. 

    1. Cai a máscara
      Cai a máscara do Ciro, que de fato não passa de um projetinho de ACM, coronelzinho de meia pataca, bufão. Eu cheguei a acreditar que ele era de esquerda. Felizmente, tal qual o Serra, nunca conseguirá a presidência da República que tanto almeja.

  3. O Lula na primeira eleição achava que ia levar no 1° turno

    Mas tomou uma invertida no Twitter e teve de disputar o segundo turno. As redes sociais já existiam 13 anos atrás e eram eficiêntes, não foram o surgimento delas que causou a Lava-jato, foi a corrupção desbragada.

    Se o exército, que anda agindo fora de suas atribuições, conseguir reduzir a roubalheira já terá feito um tremendo bem para o Brasil.

    O fenômeno das bancadas evangélicas também não são de hoje, penso até que tiveram seu poder enfraquecido nesta última eleição, pelo menos no Estado de São Paulo.

    Fico imaginando às vêzes quais seriam as soluções que o José Dirceu iria propor para os problemas brasileiros hoje se o PT tivesse ganho, construir mais empresas em Cuba? Trazer mais venezuelanos para engrossar o contingente de desempregados por aqui? Dificil né…

    A oposição, fundamental  num Estado de direito democrático, deve se atualizar e vir com propostas, como o Partido Novo parece estar fazendo, com twitters do Amoêdo apresentando propostas e soluções, como o saneamento básico e outras.

    1. é vc mesmo que escreveu isso

      é vc mesmo que escreveu isso Alexandre ?

      As redes socias NÂO existiam não  ..facebook e wahtsapp com esta força e penetração ? definitivamente não !!

      A roubalheira estava descontrolada ? Como ? ..lei do colarinho branco  ..MILHARES de operações da Polícia federal  ..lei da delação (mal desenhada) ..controladoria da união ..PF e MP reequipados e galgando novo status  ..por culpa de quem o descontrole ocorreu ?

      FATO – a corrupção estava onde sempre esteve  ..só não refluiu mais pq o JUDICIÀRIO (e seus tent[áculos) permaneceu o mesmo …apesar dos avanços dados pelo legislativo e executivo  ..judiciário, curiosamente, o poder que hoje mais grita “pega ladrão”   ..O que se viu é que, por exemplo, caixa 2 (disfunção do modelo político e suas regras), enriquecimento ilícito de agentes públicas, privadas e alguns políticos, formação de cartel etc foi tudo colocado no saco da “roubalheira”, a da tal propina, com direito a muita pirotecnica e mentira propalada pela mídia

      Sua imaginação sobre José Dirceu mergulhou de cabeça no DELÌRIO  ..absurdo  ..MERDA mesmo o que vc disse

      Sobre soluções e propostas (MESMO QUE VELHAS) estas sempre devem ser analisadas e confrontadas COM RESPEITO e LEALDADE – que parece falta a muitos em todos os cantows –  mesmo pq, nem sempre o novo ou o que é dado como moderno e progresso é sinal de desenvolvimento ou evolução verdadeiros  ..ainda mais quando recheado de candidatos a quererem transformar o cargo temporário de presindente numa república, a um vitalício inserido como rei numa nova monarquia

       

       

       

    2. A corrupção se desbragou ou deixou de ser blindada pela mídia?

      Em segundo lugar nos “trending topics” do Twitter, a hashtag #PodemosTirarSeAcharMelhor ironiza a gafe da agência de notícias, que publicou uma entrevista com FHC contendo uma suposta sugestão do repórter ao editor para que se tirasse a parte que menciona que os esquemas de corrupção na Petrobras aconteciam durante o “governo tucano”.

      https://www.revistaforum.com.br/erro-da-reuters-gera-mobilizacao-de-internautas-contra-blindagem-da-midia-tradicional/

      Roberto Weber, suas análises são mais rasteiras do que a cloaca de um sapo.

    3. Alexandre, acompanho o GGN

      Alexandre, acompanho o GGN desde 2010 e há anos vejo suas postagens. 

      Nao sei o motivo, mas acredito que a onda de radicalização o atingiu gradualmente. Antes vc postava comentários oportunos e bem balizados, de um tempo pra cá vc tem se esmerado em mistificações e conclusões baseadas unicamente na sua opinião de momento. Seja o que for, espero que fique bem.

      facebook é de 2004, Twitter é posterior e WhatsApp é desta década. Quanto à roubalheira, é nada mais que nosso sistema político baseado no ancestral patrimonialismo de nossa classe dirigente, revelado em mais detalhes tanto por conta de instituições fortalecidas (até se acharem mininações), não envolvimento do alto poder executivo durante os anos PT e uma mídia vocalizando dia e noite o repúdio a esse mesmo PT.

       

      Seja Marina (sua favorita de outros tempos), Amoedo (seu favorito deste ano) ou Bolsonaro (espero que não venha a ser seu favorito), nenhum pode contornar esse sistema, e em geral nem o querem contornar. Apenas décadas de regime democrático contínuo e redução das desigualdades podem abrir os olhos de um povo financeira e mentalmente colonizado e barbarizado. Não há xadrez, tarot, MP ou político que resolva isso por si só ou fazendo de conta que basta criar um logotipo para ser “novo”.

      1. Orkut

        Primeiro o Orkut, que foi uma rede social que inspirou até o facebook, fato que colocou um brasileiro na origem deste.

        Segundo, o Twitter é mais antigo e foi lá que o Lula levou a invertida, eu mesmo postei um monte contra a eleição dele.

        Não gosto do Lula não é de hoje, todos aqui no blog estão cansados de saber disto, sei histórias dele desde a época em que fui fundador do PFL, junto com a turma do deputado Hebert Levy aqui em São Paulo, um de seus acessores à época, um cara para lá de esperto e inteligente, viajou na poltrona ao lado dele de Brasília para São Paulo e vieram conversando, meu amigo deu o perfil dele naquela época, não mudou uma vírgula.

        Terceiro, sou filiado ao PSB de Santos, mas penso em mudar para o Partido Novo oportunamente, gosto das pessoas que estão lá hoje.

        Quarto a Marina, a despeito de sua maravilhosa história de vida, nunca foi minha candidata.

        Quinto, gosto do Olavo de Carvalho, pois discute idéias e não pessoas e penso que ele, como eu, não acredita em um governo que não englobe TODAS as manifestações e uma vez que ele consiga isto, não importa quem esteja no comando, irá funcionar.

        No lado prático concordo que as desigualdades devem ser combatidas mas acrescento que o acerto deve ser por cima ou seja, melhore-se a condição de vida de TODOS, assim, num pais como o nosso penso que nada como o saneamento básico universal para conseguir isto.

        Por último, retorno a um velho tema meu aqui no blog onde defendo que a corrupção passou a ser tema principal depois dos celulares com gravação de vídeo e audio, não é possível mais manter segredos no mundo da atual tecnologia, a internet apenas divulga isto de maneira mais rápida e eficiênte.

        Para melhorar num todo, na minha humilde opinião, conseguindo harmonia, equilibrio e qualidade dentro do Brasil para o seu povo continuo com a firme convicção que devemos usar Astrologia, Tarot e Geometria.

         

        1.   Discordo de você em quase

            Discordo de você em quase todos os pontos, mas te parabenizo pela sobriedade com que expôs seus pontos.

            Quanto ao Twitter, segue um adendo (que, no geral, não desqualifica por si só o que você escreveu), mais especificamente o que consta no Google – a empresa foi fundada em 2006:

           

          Twitter, Inc. is an American online news and social networking service on which users post and interact with messages known as “tweets”. Tweets were originally restricted to 140 characters, but on November 7, 2017, this limit was doubled for all languages except Chinese, Japanese, and Korean. Wikipedia  Stock priceTWTR34 (BVMF) R$65.00 0.00 (0.00%)
          Nov 19, 4:56 PM GMT-2 – DisclaimerFounded: March 21, 2006, San Francisco, California, United StatesCEOJack Dorsey (Sep 30, 2015–)HeadquartersSan Francisco, California, United StatesFoundersJack DorseyNoah GlassBiz StoneEvan WilliamsSubsidiariesMoPubWiredsetTellApart, Inc.Namo MediaMORE

           

          1. Então foi no Lula II

            Faz tempo e sei que disparei uma quantidade significativa de Twitters.

            Hoje o Lula está meio gaga, mas na época podia ter feito um bom governo, seus erros foram muitos na presidência mas o principal foi não aproveitar o boom das commoditties e tirar o Brasil das garras da banca, na época dava, mas a demagogia imperou e as contas públicas foram pro brejo.

            O PT nunca soube governar, tanto a Dilma como o Lula sempre se deixaram levar pelo oportunismo da hora em vez de ter um Norte, um Rumo e uma Estrela que lhes desse a gloria do bom governo, infelizmente, pois quem paga a conta é o povo e o Brasil.

            Tomara que o governo que entra consiga governar para valer, pois as forças que existem para impedir são formidáveis e como a história não me deixa sozinho nesta, pau que nasce torto, morre torto.

            Quanto a discordâncias é um direito que lhe cabe e respeito seus pontos de vista, afinal, aqui ninguém é dono da verdade e estamos sempre aprendendo uns com os outros.

            ps. O Twitter não nasceu na bolsa, ele é anterior segundo a Wikipedia:

             Twitter was created in March 2006 by Jack DorseyNoah GlassBiz Stone, and Evan Williams and launched in July of that year. The service rapidly gained worldwide popularity. In 2012, more than 100 million users posted 340 million tweets a day,[16] and the service handled an average of 1.6 billion search queries per day.[17][18][19] In 2013, it was one of the ten most-visited websites and has been described as “the SMS of the Internet”.[20][21] As of 2016, Twitter had more than 319 million monthly active users.[10] Since 2015, and continuing into 2016 and future years, Twitter has also been the home of debates, and news covering Politics of the United States, especially during the 2016 U.S. presidential electionBrett Kavanaugh Supreme Court Nomination, and 2018 United States Midterms, with Twitter proved to be the largest source of breaking news on the day of the 2016 election, with 40 million election-related tweets sent by 10:00 p.m. (Eastern Time) that day.[22]Twitter was created in March 2006 by Jack DorseyNoah GlassBiz Stone, and Evan Williams and launched in July of that year. The service rapidly gained worldwide popularity. In 2012, more than 100 million users posted 340 million tweets a day,[16] and the service handled an average of 1.6 billion search queries per day.[17][18][19] In 2013, it was one of the ten most-visited websites and has been described as “the SMS of the Internet”.[20][21] As of 2016, Twitter had more than 319 million monthly active users.[10] Since 2015, and continuing into 2016 and future years, Twitter has also been the home of debates, and news covering Politics of the United States, especially during the 2016 U.S. presidential electionBrett Kavanaugh Supreme Court Nomination, and 2018 United States Midterms, with Twitter proved to be the largest source of breaking news on the day of the 2016 election, with 40 million election-related tweets sent by 10:00 p.m. (Eastern Time) that day.[22]

  4. Guerra híbrida contra guerra híbrida: o contra-ataque aos EUA.
    Está tudo na conta da guerra híbrida patrocinada pelos EUA contra o mundo pois estão ficando para trás na corrida para a liderança mundial no século XXI.

    A França de Emanuel Macron foi atacada quando tentou uma aproximação com a Alemanha por uma Defesa européia, livre do jugo EUA/OTAN.

    O Japão fez esta manobra suicida ao prender o competente executivo brasileiro na esteira do abandono de seu pacifismo do pós-guerra para uma posição de fantoche estadunidense, verdadeira “bucha de canhão” contra o gigante chinês.

    Os estadunidenses tentam controlar todas as instituições mundiais. Aquelas que não conseguir dominar, tenta destruir.

    Está na hora dos inimigos “tradicionais” e até dos antigos aliados, agora também alvos da “guerra híbrida” (Alemanha, França, Coréia do Sul, Brasil) partirem para o contra-ataque.

    Serviços de inteligência devem trabalhar juntos pela desestabilização do sistema estadunidense usando das mesmas táticas de “guerra híbrida” que os EUA usam contra os países que tenta destabilizar.

    Só assim conseguiremos evitar que esta potência decadente leve o mundo consigo no bojo do fim de sua dominação mundial.

    1. Bem observado…

      Particularmente interessante o que vc corretamente denominou como manobra suicida do Japão na prisão do empresário libanês-brasileiro responsável pela recuperação da Nissan e caminhando para o mesmo feito com a Mitsubishi.

      O Japão porventura fez tb algum aceno pro outro lado,  algum esboço de libertação do jugo a que se submete desde o fim da 2a. Guerra? Os procuradores japoneses também foram treinados no DofState?

      1. O método “Lava-Jato” chega aos mundo desenvolvido.
        Como a política externa dos EUA é distópica, a ilusão dos aliados dos EUA de que os EUA é realmente “aliado” vai se dissipando.

        Uma potência decadente, que não consegue mais concorrer em posição vantajosa contra europeus, asiáticos e até brasileiros em nenhuma área da economia tem como alternativa o uso de seu poder militar para sabotar seus competidores. Mesmo aqueles considerados “aliados”.

        Os exemplos já são muitos. O ataque a Daewoo e a Samsung na Coréia do Sul por “lavajatenses” de lá, e que culminou no “impeachment” de uma Presidente de centro-esquerda (muito parecido com o que ocorreu em um país que conhecemos bem), a destruição de todos os setores competitivos em relação aos EUA pela “lava-jato” no Brasil, e os exemplo que já havia citado do Japão e da França.

        Lembro aos leitores que o projeto original dos EUA em relação ao Japão do pós-guerra era de um país agrário e atrasado, similar a Indonésia. A opção por um Japão desenvolvido economicamente apenas ocorreu após a vitória da Revolução na China, no intuito de conter a “ameaça comunista” na Ásia.

        Portanto, em nada surpreende o ataque ao executivo brasileiro que salvou a Nissan da falência. O próximo passo, que já conhecemos bem da experiência brasileira, será um surto de “combate a corrupção” que deve afetar os setores mais avançados da economia japonesa: eletro-eletrônicos e automóveis.

  5. Reinado de

    Reinado de lojistas…….melhor esbórnia de lojistas…..

     

    Ou como entender que o presidente do stf, em vez de se preocupar em cuidar do quintal dele, em que seus membros possuem

    todas as garantias para serem apartidarios e vemos um depois de pintar e bordar, ser indicado goela abaixo ao governo do

    mefistófoles, se preocupar com pactos ou a reforma da previdencia, que p……isso interessa ou é da competencia dele?

     

    Essa reforma da previdencia é a parte do pagamento pelo apoio ao golpe dos rentistas abutres, a parte do empresariado podre

    foi a extinção da clt, e o que esses senhores tem que meter o bedelho nisso???? é a malta lojistas se impondo…..

  6. Muita condescendência com

    Muita condescendência com Toffoli…    esse aí está apenas protegendo a si próprio…  não podemos esperar nada dali. 

  7. Risco de extinção do planeta, a vingança dos “sauros”?

    Nassif, licença para mudar de assunto. 

    Você, como jornalista experiente e que sabe avaliar cenários, me admira que não tenha ainda dado destaque no blogue ao tema das mudanças climáticas. 

    Nos USA, grupos de jovens ativistas estão pressionando os democratas a recusarem dinheiro da indústria do petróleo e propondo um Green New Deal. No Reino Unido, neste fim de semana houve manifestação nas ruas de Londres sobre o mesmo tema, com pessoas de todas as idades, pressionando o governo e a mídia a tratarem do assunto com mais responsabilidade.

    Para variar, no Brasil, a questão do meio ambiente se resume a um posto cobiçado por oportunistas sem nenhum compromisso ou qualificação técnica ou de história pessoal de envolvimento no tema. 

    Assim, proponho a você liderar essa discussão na mídia independente – se importamos a bizarrice dos USA, porque não repercutir aqui as discussões importantes que o mundo realmente civilizado – pessoas e não países -, estão fazendo. 

    Não podemos ser apenas o objeto da discussão sobre o meio ambiente devido a nossa biodiversidade e papel estratégico para o mundo também nessa área. Temos que ser sujeitos dos debates também. Dar voz aos indígenas que estão na fronteira do debate ecológico, que não se resume ao seu direito à demarcação de suas terras, mas é mais amplo porque através disso também resistem contra o predatismo do capital e como exímios conhecedores do funcionamento da Natureza, a defendem com conhecimento técnico, empírico e cultural que deve ser ressaltado. Dar voz aos militantes do MST, que em função de sua luta pela agroecologia e pelo acesso à terra, podem nos mostrar o verdadeiro retrato da exploração capitalista no campo, e quais as alternativas que funcionam, social, ambiental e economicamente. Os ativistas do meio ambiente em vários setores, como os que organizaram o Fórum Alternativo Mundial da Água, o pessoal do Instituto Sócio-Ambiental, o professor brasileiro Paulo Artaxo que faz parte do IPCC, órgão da ONU e da Organização Meteorológica Mundial (http://portal.if.usp.br/ifusp/pt-br/not%C3%ADcia/mat%C3%A9ria-destaca-contribui%C3%A7%C3%A3o-do-prof-paulo-artaxo-no-ipcc). 

    Nassif, é um pedido. Precisamos respirar, literalmente. Não dá só pra ficar em função dos imbecilocratas da nova gangue golpista no Planalto – tá mais para Vale das lágrimas e Vale das sombras. 

    A questão ecológica, materializada nas mudanças climáticas que resultam do aquecimento global, é um problema real que afetará a todos, e no Brasil está subdebatida na mídia progressista. Temos interesse no assunto, importância mundial e gente qualificada para jogar luz nas trevas que nos ameaçam globalmente. O senador reeleito USamericano Bernie Sanders está convocando os USamericanos para um debate ao vivo online para tratar do tema (ver vídeo). Este é um tema transnacional por excelência, e podemos em breve ter debates ao vivo entre diferentes países e personalidades mundiais – não dá para contar com a besta ao quadrado que será representante do país na ONU – já que a Natureza não tem fronteiras. Seja novamente vanguarda e por favor, coloque o tema ambiental na pauta da mídia progressista como um eixo estrutural dos debates. 

    Se brontossauros estão no poder, isso é indício de extinção em massa no planeta, mas dessa vez não será apenas dessa espécie. Não temos tempo e temos pressa. 

    Grata pela atenção. 

    Solving Our Climate Crisis: Announcing Our National Town Hall

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=IjFR4__AmjM%5D

    https://www.youtube.com/watch?v=IjFR4__AmjM

    Paulo Artaxo da USP e membro do IPCC, fala sobre o aquecimento global

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=8wspjtpn_Mo%5D

    https://www.youtube.com/watch?v=8wspjtpn_Mo

     

    USPTalks #8: Mudanças Climáticas: Paulo Artaxo

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=sxpqFD758H0%5D

    https://www.youtube.com/watch?v=sxpqFD758H0

     

    The Real News Network (TRNN – EUA) – Thousands Shut Down London to Demand Urgent Action on Climate Change

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=poZV4OfieAA%5D

    https://www.youtube.com/watch?v=poZV4OfieAA

     

     

     

    Sampa/SP, 21/11/2018 – 00:50 (alterado às 01:02). 

    1. “Para variar, no Brasil, a

      “Para variar, no Brasil, a questão do meio ambiente se resume a um posto cobiçado por oportunistas sem nenhum compromisso ou qualificação técnica ou de história pessoal de envolvimento no tema.” O governo do Brasil até há bem pouco, estava na linha de frente da luta pela preservação do planeta. Agora, não podemos pensar em nada que não seja fazer o país retornar à civilização, e nesta luta tremenda o detino do planeta é consequência e não causa. .

      1. Ecologia, o tabu progressista
        Acho que você não viu os vídeos ou não entendeu: as milhares de pessoas mortas e desaparecidas nos incêndios florestais da Califórnia não poderão lutar pela volta da civilização ao poder nos USA. Se você acha que a questão ecológica é de segunda linha, demonstra bem a necessidade que expus no meu comentário: de onde vem a sobrevivência das pessoas e a balança comercial dos países? Me mostre uma coisa na vida das pessoas que. não dependa de recursos naturais para existir? Sem existir é possível lutar por alguma coisa? Se faz política do além? Você já experimentou ficar sem água por um dia? Já ficou sem respirar por mais de um minuto? Como fica sua saúde e sua vida quando faz frio demais, calor demais, chove demais ou de menos? Já passou por enchente? – eu já, e é muito pior do que aparece na TV.
        A questão ecológica trata de questões básicas da vida e da economia, e no atual estágio do capitalismo, é literalmente de vida ou morte.
        Por que você acha que bilionários como o dono da Tesla estão interessados e investindo milhões em viagem espacial? Apenas diversão de gente rica? Não. Porque muitos sabem dos riscos à sobrevivência na Terra e têm a ilusão de que poderão fugir quando aqui virar um armagedom.
        Entendo sua incompreensão, que é fruto da desinformação que motivou meu pedido ao blogue, mas espero que se desarme e comece a acompanhar pessoas confiáveis que sabem do que estão falando – a questão ecológica é para os progressistas que lutam contra o capitalismo tão tabu quanto a luta de classes é para os pobres – a causa central de que estão alienados porque pensam como o adversário.

        Boa sorte.

        Sampa/SP, 21/11/2018 – 12:43

        1. Trump só aprofundou !!!! Quem

          Trump só aprofundou !!!! Quem nos jogou nesse caos, quem DEU o golpe no Brasil foram os DEMOCRATAS !!!

          Democratas e Republicanos são TODOS Inimigos do Brasil !!!!

           

  8. O martírio brasileiro é
    O martírio brasileiro é baseado em práticas das mais diversas linhas, uma classe média Nutella, que acha que é rica e bate palma pra tudo sem senso crítico, se aquilo lhe afeta ou de que maneira, só basta a TV lhe direcionar o caminho, uma classe pobre que sofre influência desta mesma classe média e das religiões, mas que não tem as mesmas condições da classe para quem trabalha, e os ricos e super ricos que só querem ver seu patrimônio crescer não importa como fecha os olhos e os narizes para o que vê aqui, só vive em escala pelos aeroportos, sem ao menos pisar realmente em solo brasileiro, o erro do PT sabe qual foi não ter avisado a este povo Nutella e aos que viajam de avião e aos demais que quem manda são eles mas pra mandar tem que se politizar e votar de acordo aos interesses deles e não aos interesses dos patrões que nem no Brasil pisam, este nem brasileiros se sentem senten-se globalizados ou seja não pertencem a país algum só estamos ali de passagem para acumular fortuna.

  9. Erro Fatal
    O martírio brasileiro é baseado em práticas das mais diversas linhas, uma classe média Nutella, que acha que é rica e bate palma pra tudo sem senso crítico, se aquilo lhe afeta ou de que maneira, só basta a TV lhe direcionar o caminho, uma classe pobre que sofre influência desta mesma classe média e das religiões, mas que não tem as mesmas condições da classe para quem trabalha, e os ricos e super ricos que só querem ver seu patrimônio crescer não importa como fecha os olhos e os narizes para o que vê aqui, só vive em escala pelos aeroportos, sem ao menos pisar realmente em solo brasileiro, o erro do PT sabe qual foi não ter avisado a este povo Nutella e aos que viajam de avião e aos demais que quem manda são eles mas pra mandar tem que se politizar e votar de acordo aos interesses deles e não aos interesses dos patrões que nem no Brasil pisam, este nem brasileiros se sentem senten-se globalizados ou seja não pertencem a país algum só estamos ali de passagem para acumular fortuna.

  10. A vitória do Bolsonaro nessas

    A vitória do Bolsonaro nessas eleições foi uma espécie de blitzkrieg ou guerra relâmpago nazista. Foi um verdadeiro assalto que pegou todo o sistema político desprevenido. Sua tática violenta e suja se impôs as regras minimamente civilizadas do sistema político brasileiro graças as redes sociais.

    Da mesma forma como a blitzkrieg foi muito eficiente num primeiro momento, quando o inimigo estava desprevenido. Essa tática perde sua eficácia durante um combate prolongado. As forças progressistas tenderão a reagir e se adaptar a nova realidade política, e para isso é fundamental reconhecer a importância das redes sociais.

    Uma questão central na sociedade contemporânea é a influência dessas redes sociais. Nesse ambiente a direita conseguiu uma certa vantagem que favoreceu muitos candidatos de direita. Muitos influenciadores, os chamados youtubers, aderiram em peso ao bolsonarismo e ao seu discurso de ódio.

    A esquerda infelizmente não soube explorar o potencial das redes sociais. São muito poucos os influenciadores de esquerda com alcance significativo que extrapole as bolhas dos militantes. Mas isso não quer dizer que esse universo será controlado pela direita por muito tempo.

    Um fenômeno interessante que ocorreu nessas eleições foi o movimento #elenão que conseguiu se impor nas redes sociais sobre os bolsonaristas. O pesquisador Fábio Malini divulgou um gráfico interessante sobre o alcance dos dois movimentos na época:

    Rede de RTs #EleNão (lilás) 1.4 milhão de tuítes vs #EleSim (azul) 338 mil de tuites. Período: 7/9 a 20/9

    fonte:

    https://twitter.com/fabiomalini/status/1043161500922388481

    Essa pesquisa feita pelo Fábio Malini sobre a disputa do Elenão e Elesim, mostra como a disputa se dará daqui para frente. E também prova que as redes sociais são uma arena ainda em disputa que pode ser hegemonizada pelos setores progressistas.

    Os políticos progressistas brasileiros precisam urgente explorar as redes sociais com mais intensidade. O youtube, por exemplo, é a principal rede social dos mais jovens e praticamente substituiu a televisão. E é essa ferramenta que fará a diferença nas próximas eleições e mobilizações.

    Se alguém tem pretensões de virar político é fundamental criar um canal no youtube e produzir conteúdos e atrair seguidores. A tendência é os formadores de opinião se converterem em youtubers para atingir seu público e ocupar espaço na opinião pública. Um youtuber como Felipe Neto tem 27 milhões de inscritos no seu canal, seu poder de influência é gigantesco.

    O Haddad, por exemplo, explora muito pouco as redes sociais, e esse foi um fator que o prejudicou muito. Desde que terminou as eleições ele praticamente não postou nada nas redes sociais. Esse tipo de postura é um erro fatal. Um político que recebeu mais de 47 milhões de votos deveria estar dialogando com seu público para mantê-lo fiel e mobilizado.

    Não adianta ficar reclamando e lamentando o fato do Bolsonaro e a direta serem muito eficientes nas redes sociais. O que precisa ser feito é fortalecer e estimular as iniciativas de comunicadores e políticos progressistas. Muitas inciativas interessantes já estão se consolidando como o próprio GGN, assim como Brasil 247, Nocaute do Fernando Moraes, o Blog da Cidadania do Edu Guimarães, Mídia Ninja, Jornalistas Livres, Revista Fórum do Rovai, Opera Mundi do Breno Altman, PCO com Rui Costa Pimenta e assim por diante.

    Resta a nós estimular e ajudar, quando possível, quem esteja disposto a participar da disputa de narrativas. A TV 247, por exemplo, possui 260 mil inscritos no youtube, enquanto a Jovem Pan tem 1, 2 milhões de inscritos na mesma plataforma. Os partidos políticos, os sindicatos, movimentos sociais precisam urgente se adaptar às redes sociais e produzir conteúdos de fácil divulgação em plataformas como whatsapp, facebook, youtube e assim por diante. E com linguagem acessível e focada para os diferentes perfis dos usuários. Ou seja, é preciso que os progressistas se profissionalizem na exploração das redes sociais.

     

     

    1. O problema é o mimimi
      Concordo plenamente com o seu comentário, é preciso ter pessoas competentes e esclarecidas fazendo o jogo na arena onde eles estão vencendo. O maior problema que eu vejo, no meu caso, é ter paciência para, quando num debate com bolsonarianos, elaborar uma frase que eles compreendam – o que, por si só, já é uma tarefa desgastante – conseguir elaborar um pensamento coerente cheio de argumentos e obter como resposta aquela frase cheia de conteúdo que virou mantra nas frágeis mentes dos já citados: isso é mimimi.
      Diante dessa riqueza vocabular, dessa demonstração de quantas letras do nosso alfabeto eles conseguiram introjetar, é quase impossível dialogar. Para termos sucesso nessa área sem nos imbecilizarmos, teremos que nos especializar em frases curtas, de grande efeito e que os acertem como um soco nas fuças, para não fazê-lo fisicamente.
      Talvez, a partir daí, possamos seguir adiante com textos de um parágrafo e assim ir além. Vai ser difícil, mas necessário.

    2. Vocês valorizam muito a vitória do criminoso

      Quem poderia enfrentar esta força bruta? Foi sim uma blitzkrieg, mas contra uma Checoslováquia, nem a Polônia poderia ser comparada por que ao menos tinha uma forcinha de resistência. Imagine-nos o PT como responsável pelo esgoto do whattshapp? Quantos dias após a publicação pela falha de SP para o judiciário impugnar a candidatura e prender Haddad? A esquerda falhou por que não atingiu o povo? O povo tava dominado! A classe média pelo ódio da distribuição de renda e competição dos pobres em seus redutos. A massa pela evangelização neo pentecostal. Foi uma batalha perdida desde que desistiram do Lula e o deixaram prender. Este sim foi o erro petista. Entregar  o Lula nas mãos dos verdugos.

      1. Não foi uma onda  ..foram

        Não foi uma onda  ..foram multiplas ondas de ódio e de insatisfação ..fruto de desgaste por anos no Poder  ..fruto da desinformação ou da SENSAÇÂO verdadeira de que o cidadão é um pó de traque impotente, INSIGNIFICANTE, inserido no seu meio (pior que formigueiro)

        Veja quantos pensaram que faziam a diferença ?!  ..e descobriram que nem dizima de 8 depois da virgula os representa ?!

        Temas polêmicos ao SER, ao indivíduo  ..a sensação de gritar e de interferir ..de se fazer ouvir ..isso causou um acumulo, uma tensão que pelo discurso dos DESCEREBRADOS e irados, o capitão e seus 3 ogrinhos (B1, B2 e B3), só fizeram o caldo explodir

        Tirando um ou outro tema mais caro a sociedade e desprezado pelos “progressistas” (tipo violencia e segurança pública) tudo leva a crer que a quantidade de discordâncias pra com este CIRCO tenderá a crescer num futuro não muito tardio  ..mesmo pq, num ambiente plural e CHEIO, lotado, transbordado e intoxicado de pseudo personalidades surgidas em HORAS ou minutos, unanimidade vai ser coisa RARA de se ver.

    3. Os tais progressistas se

      Os tais progressistas se perderam na VAIDADE  ..com certeza dividem publico e se perdem na falta de patrocínio e na repetição temática

      Há que serem mais humildes (PLURAIS) e se unirem, apesar das diferenças normais  ..afinal, se estes – em tese mais palatáveis e sociáveis – se estes não conseguem NEM eles conviver em harmonia com suas diferenças, o que esperarmos da turma representada do Capitão Bozo e seus 3 filhos amestrados, B1, B2 e B3 ????

       

    4. O grande problema que há

      O grande problema que há entre os progressistas e a esquerda nas redes sociais é a total desunião.

      Enquanto toda a rede Bolsonarista se retroalimentava e promovia seus principais influenciadores, a rede de esquerda simplesmente quando não briga entre si, não cultiva com carinho seus militantes virtuais.

      Bolsonaro soube cultivar seus apoiadores, ele mesmo promovia os influenciadores digitais, endossava seus trabalhos/atos, enquanto na esquerda é tarefa hercúlea você tentar ser um influenciador digital: as lideranças de esquerda mal se dão ao trabalho de responder a seus militantes, quando muito apenas mandam aquelas mensagens burocraticas vindas da equipe e não da própria liderança em si.

      Você tenta produzir algum conteúdo, elaborar algum post, charge, meme ou o que quer que seja, e nenhuma outra página de esquerda vai repercutir seu trabalho.

      O trabalho de militancia em redes sociais pela esquerda é muito desmotivador.

      Os bolsonaristas se ajudam, qualquer postagem deles ganha muitos likes de outros bolsonaristas (eles nem devem se conhecer fisicamente).

      Quanto aos políticos de esquerda, entendo que até hoje eles ainda não entenderam nada da dinâmica das redes sociais.

      Haddad comete o mesmo erro de Dilma em 2014: passa-se as eleições, a militância e as redes sociais são deixados de lado.

      Me parece que eles ainda estão no ano 2000, quando a internet ainda era algo para poucos.

      Outro ponto que significou o sucesso de Bolsonaro e o fracasso progressista foi o jogo das fake news: tomou-se um tempo precioso de debate as reiteradas necessdades de desconstrução de cada fake new espalhada pela rede Bolsonarista. Fomos combatentes da linha Majunot enquanto o grosso das tropas bolsonaristas a contornavam.

    5. Meio e mensagem, civilidade e barbárie

      A dificuldade do uso das redes sociais no formato disponível – Facebook, Twitter, WhatsApp etc. – pelos progressistas é o caráter imediatista desse meio.

      Civilidade demanda razão, inteligência, debate, reflexão e liberdade¹ enquanto a barbárie precisa do impulsivo, do animalesco, da alienação, da manipulação. O que as redes sociais oferecem casa direitinho com o que barbárie necessita e não com o que a civilidade precisa.

      O Youtube, mesmo não sendo exatamente uma rede social, e o desativado Orkut têm formatos mais adequados à civilidade.

       

      ¹ – Civilidade é atributo exclusivamente humano, como são a razão, a inteligência, a habilidade para o debate e a reflexão e a liberdade.

    6. Meio e mensagem civilidade e barbárie.

      A dificuldade do uso das redes sociais no formato disponível – Facebook, Twitter, WhatsApp etc. – pelos progressistas é o caráter imediatista desse meio.

      Civilidade demanda razão, inteligência, debate, reflexão e liberdade¹ enquanto a barbárie precisa do impulsivo, do animalesco, da alienação, da manipulação. O que as redes sociais oferecem casa direitinho com o que barbárie necessita e não com o que a civilidade precisa.

      O Youtube, mesmo não sendo exatamente uma rede social, e o desativado Orkut têm formatos mais adequados à civilidade.

       

      ¹ – Civilidade é atributo exclusivamente humano, como são a razão, a inteligência, a habilidade para o debate e a reflexão e a liberdade

  11. E a esquerda no Brasil

    E a esquerda no Brasil continua usando regras de xadrez num jogo que virou MMA. Talvez a esquerda acorde quando um dia desses a gente ver no GGN o Haddad sendo levado pruma prisão temporária. Talvez isso cause o mesmo impacto que causou a morte de Vlado pela ditadura, ou seja, mostre que o monstro do autoritarismo nunca fica saciado. E quem pensa que ele está saciado só porque já pegou o LUla, o maior nome da esquerda latinoamericano do século XXI, está enganado. 

    1. Perfeita analogia

      Perfeita analogia, não se tenta jogar xadrez com quem quer lutar MMA. A esquerda precisa entender que terá que usar discursos simplórios e de força para trazer o povão para o seu lado novamente. Enquanto ficar com esse discurso acadêmico que as masssas não entendem, vai continuar a perder sua força.

      1. Juliano, uma das coisas que

        Juliano, uma das coisas que mais me dava raiva na campanha do Hadad era ele usar um vocabulário plenamente compreendido pelos seus alunos-fãs da USP ou do INSPER, mas não pela Dona Zefinha do Capão Redondo ou do Seu Tião de Parelheiros. Nos fatores da expressiva votação de Haddad no segundo turno ( 45 milhões de votos) uma parte muito pequena é gente que votou no Haddad por ele mesmo, e não por ver nele um representante do Lula ou por querer até Lúcifer mas não o Boçal. Haddad não tem o perfil de liderar a esquerda. 

         

         

    2. É difícil… se a “esquerda”

      É difícil… se a “esquerda” lutar no MMA perde com certeza, como a “direita” perde se for no xadrez. Só humanos jogam xadrez, e só humanos têm potencialmente habilidade para a civilização. Já o MMA da “direita”, ora… o pessoal faz briga de galo, de cachorro, até de codorna.

      Enfim, se a “esquerda” entrar no MMA deixa de ser “esquerda”.

      1. Renato, o enredo que a

        Renato, o enredo que a esquerda vem adotando desde 2016 parece muito com o filme Mississipi em Chamas. Neste, há dois agentes do FBI que vão ao sul profundo dos EUA e lá tem que descobrir quem matou 3 jovens que eram do movimento a favor dos direitos civis dos negros. Até o meio do filme, o agente que quer seguir a lei direitinho pra pegar os assassinos, o William Dafoe, só se ferra na mão dos autoridades locais ( bolsonimions que falam inglês e já faziam KKK antes das redes sociais surgirem  ), é sistematicamente humilhado. Aí o outro agente, que veio dessa cultura segregacionista, o Gene Hackman, convence Dafoe a usar o método dele (totalmente ilegais)  pra chegar aos criminosos -e consegue  Enfim, precisamos que o PT tenha e permita que um Gene Hackman aja – senão as trevas iniciadas por Bolsonaro vão durar longos invernos. Enquanto o partido achar que a cara de bom moço do Zanin e do Haddad vão reverter o jogo, só vai levar goleada. Enfim, que nas aparências a esquerda seja esquerdas, mas que nos bastidores ela aja com Maquiável na mão e use de todos os métodos – menos matar. 

         

         

        1. Como assim, “menos matar”?

          Se a ideia é combater  a “direita” com as mesmas armas que ela, caro Joel, há que se matar, sim. A Marielle, um exemplo entre, sem exagero, milhões de outros, que o diga… E se não matar pelo menos aleijar definitivamente, como a “direita” tá tentando fazer com o Lula.

          Mas falando sério creio que para além de “esquerda” e “direita” a ideia acho que é estabelecer, manter e aprofundar a civilidade para realizarmos a humanidade que temos potencialmente. Não é apenas coincidência que “civilidade” e “humanidade” apontem para a mesma direção… Essas ideias são todas parte da oposição a “quem pode mais manda”, tão querida e necessária ao capitalismo. Na medida em que estabeleçamos socialismo, realizaremos a humanidade, acho.

  12. …as declarações de Toffoli

    https://theintercept.com/2018/09/21/farsa-historia-ditadura-militar-comunista/
    .
    ..as declarações de Toffoli estão sendo emitidas por generais….o presidente do STF se tornou mero porta-voz……
    .. quanto ao imbecil coletivo, vi mais cedo esta frase no status do perfil de uma cidadã que se diz Patriota, grafada sobre o logo da camapanha do BozoNazi e penso que se trata de orientação do CCC eleito: a prioridade agora é combater o comunismo….
    .
    .
    …para essa gente a Globo é comunista…..não me esqueço da cena da moça que entrou em estado de histeria quando viu na bandeira do Japão uma prova de que o Brasil havia mergulhado no conunismo…
    ..
    .dias atrás li comentários sobre um autor que escreveu um livro em que ele prevê a França mergulhará num regime teocrático islâmico…..algo impensável mas, vendo o que ocorre no Brasil, noto que o impensável se torna real da noite pro dia….
    .
    .nesse contexto, governadores e senadores cuja vitória estava descartada, ganharam milhões de votos poucas horas antes da votação: e não me pergunte como isso aconteceu pq não sei: mas tudo leva a crer que houve fraude: o tal de Thompson Flores que comanda as urnas eletrônicas, não é…
    .
    .
    …mas a prioridade deles é combater o comunismo….
    .

    .
    …p.s….na imagem que ilustra o post os dinosauros se tornaram anjos ….
    ….em termos de atraso e ruindade essa gente ganha até dos TIRANOssauro Rex. ….
    …da próxima vez coloque as imagens das vitimas do Empalador no lugar do dinossauro, pois estes se tornaram delicados diante dos brucutus…

    …link para o Empalador…

    https://www.flickr.com/photos/summoning_ifrit/4254361343

    ..o tiranos sauro rex

    http://domescobar.blogspot.com/2011/04/cientista-planeja-ressuscitar-o.html?m=1

    1. revi recentemente a um filme 

      revi recentemente a um filme  ..o caçador de pipas ..filme que narra um drama no pós invasão da  russia e a ascenção do Talibã no Afeganistão (religião)

      ..em determinado momento o personagem confronta a sorte em “se ver livre” dum invasor pra CAIR nas mãos de MORALISTAS RADICAIS, inumanos e ignorantes  ..pior que o drama daquela turma, com os EUA marcando presença anos depois, ainda não acabou

  13. Isso…por enquanto

    Uma crítica que, embora correta no geral, descreve uma situação de uma equipe que ainda não assumiu. Ainda, a especulação corre solta exatamente pela desconexão do novo Governo com as práticas básicas de comunicação. Hoje tudo indica que Bolsonaro se projeta como uma continuidade piorada do Temer e o destino dos atuais ocupantes do Planalto irá dizer finalmente qual tipo de relação existiu, existe e que existirá em relação ao golpe. Por exemplo, Temer embaixador, Padilha reposicionado noutro cargo e outros da atual quadrilha poderiam ser salvos pelo novo Governo ou poderão ser deixados na estrada para que a justiça comum os pegue.

  14. Não seria tão otimista. A

    Não seria tão otimista. A imbecilidade atingiu níves pavorosos. As fake news (nome chique pra “boato”, né?) estão fazendo um estrago violentíssimo em todos os grupos com os quais convivo. As pessoas só acreditam nelas. 

    Dou meu testemunho: esse episódio do Mais Médicos resutou numa discussão tremenda dentro de minha própria casa. Não aguentei mais o nível de burrice, ignorância e preconceito dos meus familiares mais próximos. Não acreditam em mais nada do que seja informação, só no pensamento mais raso, frases feitas e nos preconceitos mais primitivos. Não conseguem medir o tamanho da própria burrice, nem o sentido das próprias palavras. Trágico.

    E tem um agravante: Bolsonaro é a cara da classe média coxinha imbecil. É o governo deles, para eles. E como classe média coxinha imbecil, são estúpidos e prepotentes demais para admitir os próprios erros.

    Não sei se esse nível de imbecilidade pode ser revertido, ainda mais num país onde o grosso do povo odeia a cultura, depreza a leitura e se orgulha da própria idiotice.

  15. Distorceram uma fala da Dilma

    Distorceram uma fala da Dilma e ela virou “estocadora de vento”. Já o capitão e seus asseclas despejam uma quantidade abissal de idiotices e está tudo ok.

    Alguns que, aparentemente, eram críticos “ferrenhos” de Bolsonaro, já estão dizendo que o bicho não é tão feio quanto pintaram (estou olhando para você, Ciro Gomes).

    O desastre na economia irá dar um fim ao “namoro” dos ignorantes com o capitão, mas não trará de volta a racionalidade. Vai sim abrir caminho para um regime ainda pior.

  16. O reino do pusilâmine empoderado

    A “rede social” é o nome moderno para aquilo que justamente destruiu a verdadeira rede social ou tecido social das comunidades e nações. O velho “olho no olho” das discussões, declarações de amor e outras expressões da vida, tem sido trocados gradativamente pela massagem do dedinho acima do vidro frio de um aparelho.

    Assim como perdemos o trem de ferro – que transportava grupos de escoteiros, freiras, famílias inteiras cantando e conversando. Hoje é cada um por sim acima de 4 pneus.

    Quem discute “assuntos” normalmente é de esquerda. Quem discute relação é feminista, quem discute qualquer coisa é “polêmico”. Aliás, o que diferença um coxinha de um esquerdista é justamente a predisposição a discutir, questionar e trocar pontos de vista. Numa mesa de conversa entre poucos pensadores de esquerda surgem inúmeros partidos e coalizões, assim como soluções das mais diversas, mas, a maior parte dos cidadãos não participa desse tipo de discussão.

    Em compensação, o coxinha vai se afastando, falando pouco (em parte pela sua timidez) e repetindo mantras, como assuntos Bolivarianos, da Venezuela, Kit-Gay e etc. Essas pessoas solitárias e sem brilho, cultura geral nem preparo para discutir qualquer assunto ao vivo, se escondem na rede digital e viram gigantes, sábios e falastrões… e até escolhem o Presidente. Assim como um falso galão que não consegue trocar sequer um par de ideias inteligentes com a garota que lhe atrai, mas que é capaz de inúmeras aventuras sexuais perante a imagem dela no seu NB.

    A rede social, que é mais uma inventiva do mercado de consumo para atomizar os consumidores, não apenas proporcionou uma saída para os boçais, para os introvertidos, para os sem ponto de vista próprio, mas também criou uma forma sorrateira e virtual para burlar a vida cotidiana do pusilâmine, da exposição a erros do medroso, ao necessário teste diário do nosso caráter e ao prazer de “viver ao vivo”, com os ônus e bônus que isso significa.

    O aparelhinho deu vida virtual a quem no sabia viver ao vivo, ressuscitou pessoas solitárias e carrancudas, fez aparecer pessoas ocultas durante anos, desde as salas de aula da infância, nos bancos de atrás, que nunca levantaram o dedo para perguntar coisa alguma, pessoas que você mesmo não lembra que foram os seus colegas de escola ou de faculdade, mas que hoje estão empoderados eletronicamente e que ajudaram ao Bolsonaro a ganhar esta eleição, pelo seu ressentimento, pela sua revolta anônima, pelos fakenews, pelos preconceitos, pela sua inveja dos outros, que sempre se expuseram na vida pública (contra “tudo isso que está aí”!).

    Perdemos esta eleição para essa rede, que foi criada exatamente para isso, para destruir a vida ao vivo, em comunidade, e que transforma cidadão em consumidor. Caminhamos para aquele filme MATRIX e ainda não reconhecemos isso. O Moro e outros parecem muito com os agentes Anderson e Smith, aqueles de gravata que perseguem o Keanu Reeves.

    O Lula conseguiu, na sua caravana pelo Nordeste, incluindo aquela inauguração maravilhosa da transposição, trazer ao plano real milhões de eleitores nordestinos. Ele poderia ter despertado muitos eleitores do sonho da rede social e trazido o eleitor para este mundo, mas foi impedido justamente por isso.

    Eu proponho um caminho, para quem ainda quer se arriscar a tirar o dedo do vidrinho e viver o Brasil ao Vivo: vamos lutar pela vida em comunidade, pela participação popular, pelo Carnaval e outras festas populares, pelas ferrovias e trem de passageiros, para que o violeiro volte a cantar em mesas de bar sem ser interrompido por uma viúva carrancuda que mora a 2 quarteirões, e ainda em pleno dia, por conta da lei do silêncio. Vamos dar espaço para que as pessoas se testem no mundo real; que errem; que acertem; que corram riscos; que vivam ao vivo.

  17. Acho que o Toffoli tá aderindo, e não reagindo ao fascismo

    A atitude de Toffoli está se parecendo mais com adesão do que com uma reação antecipada ao fascismo. Acho que o Nassif está tentando ordenhar pedras.

    No que se refere à onda punitivista com o apoio de grande parte da população, essa onda decorre do fato das pessoas jogarem a culpa do seu fracasso em algum bode expiatório. A tendência do capitalismo é reduzir cada vez mais o número de magnatas, ao mesmo tempo em que a fortuna destes aumenta exponencialmente, e proletarizar a classe média. A proletarização da classe média foi diagnosticada por Marx e Engels no Manifesto Comunista, publicado em 1848. Segundo os referidos Comunistas, ‘os pequenos estados médios até aqui, os pequenos industriais, comerciantes e rentiers, os artesãos e camponeses, todas estas classes caem no proletariado, em parte porque o seu pequeno capital não chega para o empreendimento da grande indústria e sucumbe à concorrência dos capitalistas maiores, em parte porque a sua habilidade é desvalorizada por novos modos de produção’. Assim, em vez de lutarem contra o capitalismo, que está levando a classe média à proletarização ao mesmo tempo em que exclui grande parte do proletariado, a classe média e parte do proletariado escolhem alguém para pagarem por seus fracassos. Vão morrer abraçados na praia.

  18. A um erro crasso nessas

    A um erro crasso nessas análises em que se credita a vitória do Bolsonaro a força das redes sociais. Discordo totalmente. A quantidade de jovens eleitores no Brasil é menor que a de adultos e esses adultos cresceram sob influência da TV nas décadas de 80, 90 e 2000. Analisem o conteúdo das redes sociais e vejam que em sua maioria absoluta é nada mais que reprodução dos hábitos e temas da TV mas sem o intermédio dos escolhidos dessa. Parece que de repente esqueceram as décadas de lavagem cerebral da Globo e companhia contra a esquerda e a crise econômica. A chave da derrota eleitoral da esquerda se deve muito mais ao antipetismo criado pela TV durante mais de uma década, pela imbecilização das massas pela Igrejas evangélicas (esse item a chave eleitoral de hoje e do futuro) e pela crise econômica persistente do que os demais fatores citados constantemente pelos analistas de plantão. Os demais fatores como a perseguição judiciária, aumento da influência das redes sociais, ataques verbais e físicos contra indivíduos da esquerda são apenas sintomas de um contexto já formado. Claro que existem outros fatores de menor influência, como a enorme decadência da oratória e capacidade de convencimento dos políticos da esquerda, medo e covardia nos embates politicos, erros estúpidos encobertos pelo slogan de republicanismo e etc, mas no geral, mesmo que esses fatores fossem favoráveis não mudariam o resultado final.

      1. #

        Sem falar nas centenas de milhões de fakenews disparas por empresas contratadas por outras empresas para contribuir com a campanha do dito cujo. Ilegalidade sob todos os aspectos, tanto pelo fato de empresas estarem contribuindo com a campanha, quanto pelo fato de disseminar mentiras e calúnias contra os adversários do farsante.

         

  19. Em geral eu concordo com você

    Em geral eu concordo com você Nassif, mas gostaria de usar a “sintonia fina” para problematizar sua avaliação. 

    Você disse que “na democracia mitigada aceitam-se abusos contra Lula, o endosso ao golpe do impeachment, a reinterpretação da história do país, para evitar possíveis Noites de São Bartolomeu que estão no radar dos conquistadores.” Nas favelas e mocambos, o uso ilegal da violência excessiva por agentes do Estado e milícias toleradas pelos governantes sempre foi uma realidade persistente e judicialmente legitimada. 

    A democratização do país no período 1988-2016 oscilou entre a opera bufa e a tragédia geograficamente naturalizada. Os direitos humanos ficaram restritos aos bairros nobres e de classe média. A expansão deles na periferia pobre foi rejeitado, proibido ou simplesmente não foi objeto de preocupação séria dos membros dos três poderes.

    As Noites de São Bartolomeu nas favelas são a regra. As de paz uma exceção. Isso talvez explique a eleição de Jair Bolsonaro. Um povo acostumado à opressão policial considera a liberdade política um luxo. A imprensa, essa escola com partido que entra diariamente nas residências pobres através das redes de TV, não ensinou os brasileiros a ser livres. A única coisa que ela fez foi reforçar neles a crença de que o luxo da liberdade deve ser removido da vida dos petistas.

    Nós podemos dizer que o status de Lula foi rebaixado para que ele pudesse ser tratado como um reles favelado desprovido de direitos frente ao Estado de exceção. Mas nós também podemos dizer que o regime democrático, que já era mitigado nas favelas e mocambos. encontrou um caminho para se expandir nos bairros de classe média e de classe alta justamente por causa do fracasso dos democratas no período 1988-2016.

    No mais, concordo com você. O Brasil já está em escombros (porque de fato nunca deixou de ser um país em escombros para mais da metade de sua população). As Noites de São Bartolomeu, que eram comuns nas favelas e mocambos, começarão a ocorrer nos bairros de classe média e de classe alta. A expansão da barbárie por todo espaço geográfico é um resultado indesejado e previsível do fato de todos nós termos tolerado a barbarização dos bairros pobres inclusive durante o período democrático.

     

  20. Max Blumenthal: Por dentro da

    Max Blumenthal: Por dentro da Máquina de Intromissão Americana – O grupo financiado pelos EUA que interfere nas eleições em todo o mundo
     

    Neste especial da Grayzone, Max Blumenthal participa de uma reunião do National Endowment for Democracy (NED) em Capitol Hill e explora a campanha global desestabilizadora do grupo para se intrometer nos assuntos de outros países. O relatório cobre a interferência do NED em eleições estrangeiras na Rússia e na Mongólia, sua participação em tentativas de golpe do Haiti à Venezuela e à Nicarágua, e seus esforços crescentes de relações públicas contra a China e a Coréia do Norte. Inside Meddling Machine: NED – O grupo financiado pelos EUA que intervém em eleições ao redor do globo.

    https://www.patreon.com/posts/inside-americas-20888438

  21. Não acredito no que liUM

    Não acredito no que li

    UM SENADOR foi flagrado com membro da alta cupula do Poder PARALELO tramando, dando nome a bois e Instituições  ..vazando prazos e estratégias, metas  ..definindo e formalizando o caminho do GOLPE e..

    e LUIZ NASSIF vem dizer a seu público que só agora a turma do STF aderiu ??!!

    vou repeitr  ..COM STF E TUDO  ..com STF e tudo !!! tuuuuuudo

    NADA do que Tofoli diz é novidade (só que agora a flatulência verbal esta com sua excelência  ..e antes tava com Carminha Globeleza)   ..a traição a LULA – que fez um governo LIMPO, sem ódio nem golpe ou passa moleque, sem revanchismo, com crescimento, estabilidade, desenvolvimento, emprego e distribuição de renda, um governo que pela PRIMEIRA VEZ na história nos LIBERTOU dos grilhões de um impéro (tipo EUA e FMI) – a traição a LULA – condenado sob o manto da deslealdade, ilegalidade e inconstitucionalidade, da MENTIRA desmedida e deslavada, a traição já era dada.

     

    em tempo – a unica coisa nova que surgiu foi a eleição do Capitão BOZO com seus 3 ogrinhos (os filhos), eles que foram catapultados pelo ÒDIO que traziam (ódio MULTIPLO e variado que esta presente na mente de 99 em 100 brasileiros) , eles que, tudo indica, já estão devidamente enquadrados pelo Sistema que previa anteriormente a ascenção de um tucano  ..e não se esqueça tb que BOZOSAURO é ser escolado, vivido e tarimbado, malicioso, ele que tem 28 anos de Congresso, sempre mal acompanhado  ..de inocente ali, nem MAITE PROENÇA que curte há décadas aposentadoria como filha de militar, solteira

  22. Espero que não se aborreçam
    Espero que não se aborreçam comigo mas é a primeira vez que bato palmas para um artigo do GGN. Muito sensato. Permitam-me apenas discordar da insistência, ainda que velada, com a inocência de Lula.

    1. Já ouviu falar em princípio da presunção de inocência?

      Ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória.

    2. Faça um favor: antes de

      Faça um favor: antes de escrever asneiras nos honre com teu silêncio.

      Se quiser seguir a linha de racicionio da Globo e Veja continue com esse lixo e não venha poluir o blog.

    3. revoada do troll demente

      Falta de criatividade do troll. O Padrão troll com mínimas variantes é:….o Nassif está certo, mas o Lula é culpado.

      O Ponzio Pilato e a praça dos alexandres ainda não proclamaram a inocência de Jesus Cristo, portanto Ele ainda é ficha suja!

      Eis o testa da cazzo hors concours.

  23. O caso CARLOS GHOSN beira o

    O caso CARLOS GHOSN beira o inacreditavel e a midia não sobre fazer a dissecação da noticia. Então em uma mega empresa

    de capital aberto como a NISSAN, “de repente”, após anos de falcatruas e safadezas, se descobre coisa ruim sobre o chefão?

    Empresas de capital aberto tem AUDITORIA internacional, seus numeros são examinados com lupa, as “fraudes” descobertas, segundo a noticia, são de dezenas de milhões de dolares, só viram agora?  Ninguem viu nada antes?

    Bonus de 60, 70 ou mais de 100 milhões de dolares são pagos normalmente em grandes empresas globais, não há nada de extraordinaio nisso, acho abusrdamente errado mas é assim, gestores de fundos hedge que não produzem um alfinete ganham

    bonus fabulosos qaundo acertam as apostas e tudo isso é visto como normal, os numeos de Ghosn não são nada extraordinaios como remuneração em grandes empresas, porque ele precisaia esconder? Mordomias que tambem acho erradas são todavia comuns em mega empresas até para executivos de segundo nivel, multinacionais em São Paulo pagam altos alugueis para executivos expatriados, nada disso é extraordinario, porque esse escandalo com Ghosn?

    É obvio, claro, evidente que se trata de um GOLPE DE ESTADO dentro do lado japones da aliança Renault Nissan Mitsubishi para reconquistar o controle niponico dese lado, DEPOIS que Ghosn salvou a Nissan da falencia, foi a propria Nissan quem o entregou, NÃO foi o fisco japones quem levantou, foi o novo CEO da Nissan que ele mesmo nomeou, uma senhora trama.

    1. Penso como você.
      Não vi nada

      Penso como você.

      Não vi nada de extravagante nos “crimes” anunciados. Parece mesmo um golpe para tirar o sujeito do comando da empresa.

      Acho que o método lava-jato está se espalhando para o mundo todo.

      Por falar nisso, você conhece algum procurador que ajudou a produzir um único parafuso?

    2. bom comentario

      Trabalhei em alguns multinacionais americanas e europeias.

      Todos os beneficios ou gastos dos extariados passavam na minha mão.

      Aluguel de imovel em bons bairros (alfaville era o preferido). Escola internacional para os filhos, viagem para o pais de origens para todos. Carro de luxo à disposição sem limte de gastos. Almoços, jantares grátis etc. Plano de saude top, previdencia privada internacional.

      O caso mais esquesito era de um executivo da Venezuela, boa gente, que mandava para a empresa as notas fiscais da lavagem de roupa da familia. 

      Na maioria dos casos não abusavam das mordomias.

      Alguns até fizeram bom trabalho por aqui. Mas nada comparado com Carlos Ghosn na Renault.

      Seria mais intelegente que o tivessem chamado e lhe aplicassem um multa, como aliás fazem com os jogadores de futebol.

       

    3. Nuvens pesadas no horizonte
       

      É hora de começar a fazer associações mais pertinentes, já que nova primavera se aproxima. Trata-se mesmo de um Golpe de Estado e, ao tempo, manobras para  alguns sortudos encherem as burras de muito dinheiro.

      Ademais, é tempo de destruir tudo o que Lula e Dilma  tocaram.

      Muita gente precisa botar as barbas de molho.

      https://www.andrecorrea.com.br/projetos/desenvolvimento-economico/aprovado-beneficio

       

      Aprovado benefício fiscal para Nissan se instalar em Resende

      15 dez 2011 – 15h00

      Sinal verde

      Governador Sérgio Cabral na audiência com a presidenta Dilma Rousseff durante encontro com Thierry Peugeot, presidente do conselho de Administração do grupo PSA Peugeot Citroën, no Palácio do Planalto – Crédito:Roberto Stuckert Filho/PR

      Áudio – André Corrêa fala sobre Financiamento MAN Hyunday Nissan fábricas de automóveis

      A Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) aprovou na quarta, 26, em discussão única, o projeto de lei 940/11, do Poder Executivo, que concede tratamento tributário especial à Nissan do Brasil para se instalar em Resende. Aprovado com a adição de 19 emendas, o texto adia a cobrança de ICMS em algumas operações da futura fábrica, como no desembaraço e aquisições de máquinas e de matéria prima, na liberação de veículos montados, na prestação de serviços de transporte intermunicipal, entre outros. O prazo do adiamento da cobrança será de 50 anos. “A fábrica não deixará de pagar imposto na venda do automóvel, mas, apenas, em determinadas operações. Apenas não estamos cobrando imposto sobre investimento”, explicou o líder do governo, deputado André Corrêa.

      O tratamento tributário especial será extensivo às empresas que venham a se instalar no complexo industrial compreendido em um raio de até 65 km da Nissan, o que pode beneficiar cidades vizinhas como Quatis, Porto Real e Itatiaia. O texto original, que estabelecia o limite de 50 km, foi alterado por emenda parlamentar. Emendas também incluíram pré-requisitos à concessão da isenção por tempo determinado. O texto original, que já citavam irregularidades no cadastro Fiscal, inscrição na Dívida Ativa, entre outros, segue para a sanção com acréscimos como inadimplência com obrigações trabalhistas e questões com a justiça do trabalho já transitadas em julgado.

      Também serão consideradas, a partir de emendas parlamentares, irregularidades com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), e com o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Também foi acrescentado o direito à creche para os funcionários e uma condição para a prorrogação do benefício: de que ele só seja concedido mediante apresentação de estudo de viabilidade econômico-financeira. O texto aprovado foi enviado para sanção do governador Sérgio Cabral.

      RioInvest

      A Assembleia Legislativa também aprovou na quarta, 26, em discussão única, o projeto de lei 939/11, que enquadra a Nissan do Brasil no Programa de Atração de Investimentos Estruturantes (RioInvest). A medida, proposta pelo governo, permite que a montadora japonesa tenha acesso aos recursos do Fundo de Desenvolvimento Econômico e Social (Fundes) do estado do Rio de Janeiro. O texto, aprovado com sete emendas, prevê financiamento de até R$ 5.908.906.000 para que a empresa se instale em Resende, desde que cumpra uma série de obrigações – uma delas é o limite máximo de liberação mensal de 10% da receita operacional bruta das vendas e do valor das operações de transferências de mercadorias realizadas pela Nissan. “Ao longo do processo de implantação a empresa terá até esse limite de financiamento, mas há a obrigação de se implantar uma série de projetos”, explicou o deputado André Corrêa.

      Duas importantes emendas, as de número 56 e 57, são de co-autoria dos deputados Edson Albertassi, Inês Pandeló e Gustavo Tutuca, representantes da região na Alerj. Segundo o deputado Albertassi, as alterações garantem que a empresa faça investimentos em projetos sociais, culturais e ambientais que beneficiem o município e a região onde está instalada.

      O crédito autorizado será liberado na forma de seis subcréditos, com carência de 30 anos, 50 anos de prazo para utilização e 1% de juros. Umas das emendas aprovadas, do deputado Luiz Paulo (PSDB), traz para a proposta a especificação dos subcréditos, condicionados a etapas a serem cumpridas. “Sem esse detalhamento, ficávamos sem saber o valor de cada subcrédito. A emenda garante a transparência do processo”, salientou o parlamentar, que assina ainda outras três emendas aprovadas na íntegra, dentre as quais a que inclui no texto o “esforço na contratação de produtos e serviços de fornecedores localizados no estado do Rio”.

      O primeiro subcrédito, no valor de R$ 3,86 bilhões, será liberado considerando as fases de implantação, pré-operação e operação da indústria; o segundo, de R$ 1,02 bilhão, será condicionado à expansão da fábrica em Resende; e o terceiro, de R$ 513 milhões, ao projeto Sistema Motor e Transmissão. Pelo projeto de Testes de Emissões, a empresa receberá o subcrédito de R$ 30 milhões, pela realocação da sede, R$87 milhões e, pelo projeto veículo elétrico, R$382,9 milhões.

      Entre as emendas mais relevantes, estão a que garante a priorização da mão de obra da população local e a que determina investimento de 1% dos recursos financiados em projetos sociais, culturais, desportivos, ambientais, de ciência e tecnologia e ensino técnico profissionalizante que beneficiem a população local. Foi incluída no texto, ainda, a determinação de que o Governo do Estado envie anualmente à Alerj relatório com projetos sociais e culturais em benefício da população local, com as cifras investidas e valores dos impostos arrecadados vinculados à produção da Nissan.

       

    4. Eis a questão que me martelou

      Eis a questão que me martelou a cabeça.

      O que teria a ver a promotoria pública japonesa com supostos desvios em uma empresa privada e de capital aberto?

      E as auditorias das PWCs e Delloites da vida? São imprestáveis?

      Além do mais, os valores envolvidos não são tão grandes.

      À mim, me parece uma verdadeira cama de gato para o executivo. Como você escreveu, deve haver alguma disputa entre Renault e Nissan.

  24. “Em vez de uma condenação

    “Em vez de uma condenação pecuniária, procuradores japoneses optaram por destruir o personagem, com a mesma sanha punitivista com que procuradores brasileiros destruíram empresas, setores inteiros e milhões de empregos.”

    Alguém pode responder qual procurador em QUALQUER PARTE do universo ajudou a produzir um ÚNICO parafuso?

     

  25. estado hemorrágico de direito

    imginar uma conciliação no topo, nem que tenha de ser via a sedição (ops!) de se permitir injustiças, é algo muito longe da democracia, essa utopia desenhada por Filósofos. em estados de direito (exclusivista), não adianta apostar na razoablidade dos medium, sem intensificar os discursos. o estado democrático de direito só vigerá com a desconcentração do controle das comunicações. infelizmente quando pensou-se e foram cedidos mais direitos que não míseros punhados do erário, essa famigerada elite alienígena aos interesses do povo fez exercer a sua violência. nem que tenha de expor a traição de ministros do supremo indicados pelos progressistas, ministros esses os mais pérfidos de que se tenha notícia. tratar como naturalidade essa covardia é nos condenar ainda mais a um aprofundamento recessivo sem que haja crítica o suficiente que nos concita a realizarmos nossa liberdade. a exemplo da ditadura, em que juízes do supremo, ao invés de buscarem a conciliação da violência, a repugnaram ao limiar do exílio, essa nossa fachada cidadã aumentará os homicídios em níveis jamais pensados. nem os lunáticos acreditam no refluxo dos autoritários. somente os acomodados e abastados… ao topo da pirâmide, os chandalas (Nietzsche; Crepúsculo dos Ídolos)…

  26. “Esta semana, ele recebeu

    “Esta semana, ele recebeu Bolsonaro, Sérgio Moro, enfatizou a legalidade no impeachment de Dilma Rousseff e na prisão de Lula.”

    Este sujeito é MUITO mais ordinário do que a mortícia. E achavam que o stf já tnha chegado ao fundo do poço.

    Esta querendo usar o impeachment e a prisão do Lula, apoiados desde o inicio pelo stfede, como moeda de troca para não correr o risco do cabo e do soldado aparecerem nas portas do supremo.

    Um sujeito desse deveria estar na cadeia, especialmente depois de afirmar que o assassinato coletivo de brasileiros pelo regime militar golpista de 1964 foi um simples “movimento”.

    Rato, safado, vagabundo, canalha, canalha, canalha!!!!!!

  27. Ingenuidade

    Quer dizer que Wagner de Campos Rosário é a luz no fim do tunel? Quanta ingenuidade! Os empresários acusados de corrupção serão os “nacionais” não as multis, a empresa saírá ilesa financeirmente para não perder “valor” patrimonial e o empresário “corrupto” será obrigado a vendê-la para algum especulador estrangeiro. É a lógica perversa da “desnacionalização” em nova roupagem. É triste com visões de conjuntura dessas tentar superar a barbarie. Pelo jeito eles ganharam mais uma vez… porque nossos formadores de opinião insistem em perder sempre. 

  28. Três dicas contrafactuais a fim de precisar melhor o problema

     

    Redes sociais. Não há elementos suficientes para inferir todo o poder que se atribui às redes digitais. Esquecem que Bolsonar foi o candidato com maior tempo de TV, não oficialmente, mas depois da facada, usufruiu de uma cobertura televisiva sem precedentes na nossa história eleitoral, capaz de neutralizar os ataques que sofria dos adversários; isso, além do apoio dos operadores de TV que lhe deram horário especial de entrevista (record) ou cancelaram debate (globo): ambas decisões favoráveis ao candidato.

    Manifestações. As mobilizações esponâneas ocorridas na França não são novidade. Manifestações espontâneas sempre ocorreram no mundo, com registro em todas as épocas. Além disso, essa ocorrência do última fim de semana na França é precedida por intensa mobilização anterior no país no último ano, algumas delas resultaram em manifestações maiores do que essa, inclusive. Tais manifestações e paralizações foram sindicais e derrubaram a aprovação do presidente. Se desse, seria curioso pergunar ao Macron o que ele acha dessa ideia de que o modelo sindical está em xeque.

    Crise de representação. O sistema representativo está em crise desde que ele se consolidou na segunda metade do século XIX, mais precisamente depois de 1848. De lá para cá houve ciclos em que ele é acusado ou defendido como meio de maior ou menor representação. Seu período de maior legitimidade se deu no ápice da social democracia erupeia fundada no estado de bem-estar. Agora, assistimos a um declínio que, de fato, parece sem precedentes, embora o modelo tenha entrado em crise em outros momentos. Há uma certa lógica em dizer, “esse sistema está em crise, ele não me representa”, cujo fim é replicar: “Ok, isso confirma que você quer ser representado”. A crise é do sistema não da representação em si. Dessa forma, mostrar a ineficiência do sistema é uma maneira de reafirma a sua necessidade. O próximo passo é dizer que todao esse universo de coisas citadas, que envovlem redes sociaie e novas formas de organização, são caóticas e contraproducentes. Assim, quando for do interesse da direita no poder, já se tem elementos discursivos para se recolocar a ideia de que as instituições existentes são a melhor saída para a crise: por serem maduras, consistentes e mais habilitadas a garantir estabilidade. 

     

  29. Meio e mensagem, civilidade barbárie.

    A dificuldade do uso das redes sociais no formato disponível – Facebook, Twitter, WhatsApp etc. – pelos progressistas é o caráter imediatista desse meio.

    Civilidade demanda razão, inteligência, debate, reflexão e liberdade¹ enquanto a barbárie precisa do impulsivo, do animalesco (brontossauros), da alienação, da manipulação. O que as redes sociais oferecem casa direitinho com o que barbárie necessita e não com o que a civilidade precisa.

    O Youtube, mesmo não sendo exatamente uma rede social, e o desativado Orkut têm formatos mais adequados à civilidade.

     

    ¹ – Civilidade é atributo exclusivamente humano, como são a razão, a inteligência, a habilidade para o debate e a reflexão e a liberdade

    1. De perto ninguém é (a)normal?

      Concordo em parte, se me permite um aparte. 

      Pelo seu raciocínio, jornais e revistas, pela extensão da leitura e do espaço disponível para argumentação, pelo formato e pela tradição de ser mais exigente para formulação de argumentos e portanto para sua decifração, deveriam ser locais para debates civilizados ou profundos, e foi exatamente quem plantou o modelo de desinformação, baixeza, jogo sujo, campanhas orquestradas de calúnia, difamação, fake news – as mais graves para o país, as denúncias contra Lula e o PT foram criadas muito antes de as redes sociais eletrônicas se tornarem alternativa aos meios de comunicação tradicionais, e talvez o fenômeno político e comunicacional dessas redes sociais como fonte de informação e espaço para debate público se deva ao fato de a imprensa tradicional, como bem diz o Nassif, ter abdicado de seu papel de mediadora e reportadora dos fatos com pluralidade, responsabilidade e transparência ao noticiar fatos, versões e análises – é como se as pessoas dissessem: “se jornalismo é falar mal de todo mundo sem provas nem consequências, eu também posso!”, e agora o fazem com a mesma pompa, arrogância e poder que seus instrutores de feiticeiros. 

      Quanto ao tamanho das mensagens e a velocidade dos meios ser um limitador para a reflexão, o que explica que o ideólogo da extrema-direita escreva livros enormes e pose de intelectual pelos meios tradicionais de formação de ideias? E mais importante, que as redes sociais tenham começado a perseguir blogues de esquerda em todo o mundo? Porque em todos os meios e formatos tem os ruídos, as nuvens de fumaça e os flatuladores, mas cedo ou tarde a qualidade supera a cacofonia. 

      Não acho que a questão do raciocínio e sua qualidade se deva ao tamanho e velocidade das interações da internet, depende mesmo do engajamento que se faz. As crônicas do Luis Fernando Veríssimo são curtas, mas duvido que sejam mais legíveis para gente obtusa que textões de rede social dos minions – não se engane, a respeitabilidade ainda tem seus cacoetes e embalagens, e os minions os copiam para conseguir ser críveis à maioria que usa rede social e o faz como extensão da baixa qualidade da TV, com a diferença de que agora são os protagonistas. 

      Infelizmente, as coisas são mais profundas que a superfície das redes sociais – você já parou para ouvir o comentário das pessoas em situações da vida comum? Ao vivo é muito pior. Acho que o mais grave das redes sociais é a amplificação e a formação em rede da estupidez legitimada pelo comportamento de manada, que vem da vida real, como uma onda de torcedores fanáticos e violentos de futebol indo ao estádio, rs, mas que não termina ao fim da partida – quem sabe se as redes sociais fermentam esse comportamento ou são uma válvula de escape para extravasar o que na vida real não se pode ou consegue? longe de mim legitimar o bullying virtual mas precisamos entender as raízes de tanta violência e insatisfação, e também de tanta alienação e impaciência, que encontrou nas redes sociais o seu espelho mas não sua origem, e para onde vai essa energia quando o dispositivo eletrônico desliga? A diferença é que na vida real isso fica diluído e em estado latente – o que foi percebido e explorado pela rede de fake news do Vergonhoso – e por isso não temos noção do que as pessoas pensam, e tendemos a achar que as redes sociais eletrônicas são muito piores. 

      Precisamos é recuperar os espaços de contraponto a essa realidade desvirtualizada, a vida concreta das relações humanas, debates públicos e interações ao vivo, e não, in vitro, rs. Já percebi, por experiência própria de bate-boca e bate-papo na rua, que nossos valores e princípios precisam do teste da vida real, até para aperfeiçoar a reflexão e a atitude. Não se aprende nem pratica cidadania, pra valer, em espaços virtuais de realidade aumentada (ou diminuída), é apenas a projeção do nosso melhor e do nosso pior: a prova dos nove ainda é tridimensional, e em sentido inverso – não é a vida que é sugada em photoshop ou (des)nude ideológico-psicológico para a realidade virtual, mas a virtualidade dos nossos pensamentos que precisa encarnar, ganhar vida e sair pelas ruas, mas para isso precisamos de modos de vida pra fazer circular e ganhar forma essas idéias, e a vida atual é contra tudo isso – pessoas que têm a sorte de trabalhar, passam a vida entre transporte lotado e rotinas estupidificantes, que treinam a desinteligência, o corpo cansa e a mente atrofia, as periferias não têm parques nem áreas de lazer – e aí se multiplicam os carros de som para simular bailes particulares em cada quarteirão (as festas também estão individualizadas ou tribalizadas, menos o barulho, ainda socialmente distribuído), ninguém mais tem tempo para jogar conversa fora – postar algo em rede social virou vício -, pra encontrar, pra ir a uma boa livraria e folhear os livros sem ser acossado por vendedores que dizem que lá não é biblioteca – já aconteceu comigo, rs -, flanar pela cidade a pé sozinha/o ou acompanhada/o de conhecida/os ou desconhecida/os (quem se atreve hoje em dia a perguntar direção de algum lugar a um/a desconhecido/a e aceitar sua carona andante? parece bobagem mas é dessas coisas aparentemente insignificantes mas fundamentais que se tecem as redes sociais invisíveis mas necessárias até para a tranquilidade emocional de que estamos em território solidário, [sorriso]), confiar no/a vizinho/a, ter vida comunitária e construir amizades duradouras e saudáveis. E essa volatilidade não foi criada pelas redes sociais eletrônicas, foi apenas instrumentalizada, remodelada, explorada cultural e comercialmente pelas empresas que criam modos de vida artificiais, porque a vida real e a convivência são mais difíceis e menos glamourosas que a vida espelhada em distorção nos dispositivos eletrônicos, e nós, sedentos de sociabilidade, aceitamos o que aparece porque o isolamento é insuportável e adoecedor. Mas o mundo está mudando,  e será pra melhor, ainda que ainda não consigamos ver, os sinais do renascimento da solidariedade e de uma vida menos sórdida estão surgindo, na luta pela vida no planeta, contra as guerras impensáveis como a que ninguém noticia da guerra saudi-USamericana contra as crianças e pobres do Iêmen e as guerras à moda antiga para dar conta da insaciável gula dos poderosos por sangue, a luta por uma vida digna está florescendo no mundo mas isso não sai no jornal nem no Farsabook se não for como motim ou teoria da conspiração. É antinatural a saturação de estupidez que estamos vendo, e a resposta da Natureza nesses casos é sempre game over, se a humanidade não aceita a conciliação – a Natureza só espera que sejamos menos predatórios, não espera uma revolução do respeito -, ou aprende ou acaba. E a escolha está ficando mais nítida a cada dia.  

       

      Isolation – Mind Field (primeiro episódio de série do streaming)

      [video:https://www.youtube.com/watch?v=iqKdEhx-dD4&t=508s%5D

      https://www.youtube.com/watch?v=iqKdEhx-dD4&t=508s

       

      LDN – Lilly Allen 

      [video:https://www.youtube.com/watch?v=wmYT79tPvLg%5D

      https://www.youtube.com/watch?v=wmYT79tPvLg

       

      Sampa/SP, 21/11/2018 – 14:25  (alterado às 14:48, 14:57 e 15:41). 

      1. Assunto instigante, me

        Assunto instigante, me permita também outro aparte.

        A questão sobre tamanho e velocidade são, no meu raso enxergar, falsas.

        Se considerarmos essas “qualidades” nos conteúdos e informações (rapidez, velocidade, tamanho, densidade, superficialidade, etc) cairemos na armadilha deles.

        O problema da informação é seu uso, e portanto, o interesse de quem a gera.

        Por isso o ideólogo da direita legitima seus textos para a academia em formato adequado, apesar de escrever as mesmas idiotices em tamanho pocket para consumo fast-food dos seus minions.

        Ele sabe que o protocolo da academia é “receber” o conteúdo, validá-lo e só depois desconstruí-lo, como se a academia fosse um ambiente neutro a politização da produção intelectual, então, ele também sabe que, paradoxalmente, é a academia que lhe irá conferir “legitimidade acadêmica” para que depois ele possa diluir asneiras com rótulo de sofisticação!

        É o mesmo sofisma da mídia e seus conteúdos.

        Ao contrapor seus produtos (jornais, revistas, etc) com a rapidez e fluidez da internet, e depois, utilizar-se desses meios para replicar seus conceitos e depois, por razões econômicas já conhecidas, utilizar fontes dessa rede para disseminar seus conteúdos, as grandes corporações de mídia acabam por cumprir sua missão precípua:

        – Legitimar narrativas como verdadeiras, porque é dela a tarefa de “validar” ou não o que é fato, ou o que é “fake”.

        Desde sempre, houve conteúdo produzido de forma hierárquica para atender a hierarquia das classes consumidoras desses conteúdos.

        Antes da Revolução Francesa, os camelôs e seus planfetos apócrifos eram algo parecido com as redes sociais de hoje, replicando e ridiculzarizando os costumes da nobreza como faziam os tabloides recentes.

        O rádio seguiu o mesmo caminho, depois as colunas de fofocas das revistas e jornais, as TVs.

        Obviamente sabemos ser impossível problematizar ou debater grande questões em 140 caracteres, ou através de reações quase primitivas de “memes”, “likes” ou GIFs.

        Sempre houve porcaria e sempre houve alguma coisa boa, mas antes de classificar, o principal era determinar a quem interessa divulgar ou não aquela informação.

        Hoje, o problema continua (saber quem está por trás do conteúdo), mas surgiu um problema colossal:

        – Na medida que todos passamos a ser emissores-receptores, as instâncias de validação mudaram drasticamente seu interesse.

        Ou seja,  antes era preciso determinar o que “era verdade ou mentira”, hoje a verdade ou mentira são irrelevantes, desde que haja disseminação exponencial e controlada por algoritmos.

        As grandes empresas de mídia e controle de conteúdo se desfizeram da (cara) tarefa de validação da informação (que também era crucial no controle político-ideológico das massas) para apenas controlar a direção do fluxo de reações a quaisquer porcarias.

         

        1. Destaque
           

          “diluir asneiras com rótulo de sofisticação!”

          Essa tática é que vem conceder aos tipos como Kim Kataguiri,Joyce Hasselman, Helenice Bueno,  Olavo de Carvalho e outras “sumidades” o senso de “legitimidade” e pertencimento ao seleto grupo de intelectuais do qual eles pensam fazer parte.

          Arrogam-se na condição de influenciadores e formadores de opinião movidos apenas pela vaidade e sucesso imediato, sem contudo terem a mínima noção das consequências daquilo que pregam.

          Para as midias sociais o importante é que a comunicação se dê.

          O meio transmite a mensagem mas não se responsabiliza pelo conteúdo.

          Precisa melhor?

           

           

          1. Não é virose, é infecção generalizada
            Essas pessoas não foram legitimadas pelas redes sociais: Kim Katacoquinho ganhou notoriedade pelo panfleto de direita Falha de SP que lhe deu espaço, coluna e status de liderança da direita; a tal Joyce foi repórter da Veja, o astrólogo charlatão já escrevia livros e participava de debates como pseudo intelectual.
            Quem vê pensa que se acabarem as redes sociais acabará a estupidez humana. O que é necessário é que haja responsabilização de quem usar a ferramenta para disseminar o que já é crime, mentira, calúnia, difamação, e fortalecer outras formas de comunicação e debate que neutralizem o uso criminoso que se faz dessas redes.
            Seu problema é sua capacidade de viralizar, então que tenhamos vacinas pra suas contaminações. E já estão perdendo credibilidade porque muita gente já se deu conta de seus riscos, como já acontece com o mau jornalismo.
            Mas sem maniqueísmo. Elas são apenas ferramentas que precisam de regulamentação, não esqueçamos que quem lucra com isso são pessoas e empresas que usam outras formas de manipulação menos criticadas porque mais disfarçadas mas tão malévolas quanto, como a publicidade e a programação de TV. A comunicação mundial, em todos os meios, foi reduzida a ferramenta do capital para manipular os 99%. Sem essa consciência vamos apenas trocar de bode expiatório. Quem ou o quê cria nas pessoas a predisposição para serem manipuladas?

            Sampa/SP, 22/11/2018 – 11:45 (alterado às 11:53).

          2. Legitimação pelas redes sociais
             

            Se eles não se tivessem propagado pelas midias sociais seriam ainda ilustres desconhecidos e não poderosos formadores de opinião com grandioso séquito.

          3. Antes das redes não haviam demagogos?

            Volto a dizer, eles já eram conhecidos, pelo menos a Coice Hasselman e o Charlatão. E se dependessem de rede social aberta para conseguir alguma coisa não teriam precisado da ajuda do Dark Invader para fraudar o whatsapp, uma rede social fechada – na rede aberta a manipulação já está mais cercada e sujeita à fiscalização dos usuários com produção de provas de eventuais crimes. Repito: o problema não é o instrumento em si mas a forma como tem sido usado, inclusive com suas falhas técnicas sendo aproveitadas, e mantidas deliberadamente pelos donos das empresas para fins de comercialização – se o lucro delas vem da manipulação de dados pessoais, que todos que estão na plataforma sabem que é o caso porque não há nada grátis que renda bilhões… -, o problema é a hipocrisia do “eles fingem que respeitam minha privacidade e eu finjo que acredito” e a falta de regulamentação séria por parte dos poderes oficiais, porque essas redes, como o grande empresariado sempre faz, se  aliaram aos poderosos para garantir sua blindagem. Então, não culpemos apenas a solução tecnológica, que também tem seus muitos problemas de criar falsas intimidades e realidades, mas todos os envolvidos na sua instrumentalização, inclusive nós, usuários – eu tenho apenas o aplicativo da rede fechada, e por enquanto. 

            Muitas pessoas que estiveram envolvidas na criação da rede mundial de computadores têm dito que a rede foi deturpada por interesses corporativos e financeiros. Até o criador bilionário do Whatsapp que recentemente se demitiu do Facebook admitiu que se sentia “vendido” por ver sua criação ser descaracterizada. Novidade? Hipocrisia. 

            A tecnologia de informação e comunicação é como um organismo vivo, está em permanente transformação – por isso tem-se que atualizar antivírus porque as ameaças se renovam – e na verdade o que mais me incomoda é a falta de alternativas, com tanta gente que defende uma internet mais honesta e que entende do assunto mas que não cria outras possibilidades, e quando cria, não resiste ao cheiro do dinheiro – querem aproveitar enquanto sua criação ainda é atrativa, antes que outro gênio descubra algo ainda melhor e fique rico antes, e eles pobres com sua ética preservada… Escolhas. 

            Assim como o Orkut acabou, o Facebook sabe que se não comprar tudo que aparecer, terá o mesmo fim. 

            Parte da responsabilidade na existência desse monstro monopolista é também de quem tem conhecimento e condições para criar imunidade para essa situação e não o faz. O assunto é muito complexo para simplesmente culpar as impessoais “redes sociais” – não podemos esquecer de nomear diretamente quem. Lembro de uma professora que dizia do absurdo de algumas manchetes de jornal do tipo “Caminhão deixa 4 feridos”, mas o caminhão não é agente de nada, não tem vontade, não pode ser responsabilizado. A mania da impessoalidade ou da indeterminação das coisas é o que permite às pessoas transferirem aos objetos seus afetos, exatamente a matéria de que são feitas as redes sociais eletrônicas – um objeto, geralmente o smartphone (modelos cada vez mais caros e inúteis), através do qual se acessam as redes sociais para obter a ilusão de relacionamento. O problema é muito mais sério do que o sintoma ou o instrumento, mas a importância e o papel que as redes sociais foram assumindo de outros atores – o jornalismo, as redes sociais presenciais, os modos de vida não virtuais. 

            Mas é mais fácil culpar apenas – e não digo que não sejam um problema, apenas que se está deixando escapar da crítica os verdadeiros responsáveis, seus criadores e quem fica com seu lucro – uma criação tecnológica por um problema que é sistêmico e mais profundo e que mesmo por isso não se quer discutir. 

            Recentes pesquisas mostram que tem havido queda acentuada na confiabilidade dessas redes. Porque não há espelho mágico que resista aos raios de sol. 

            P.S. As redes, tecnicamente, são apenas transmissores, se acabarem, os oportunistas encontrarão outros meios mais eficientes para burlar a credibilidade alheia, tanto que a esquerda que as critica também as utiliza. Então, acho mais eficiente vacinar as pessoas contra as várias formas de manipulação. E como a extrema-direita não está para brincadeira, não por acaso e nem por vingança de seus professores está tão empenhada em destruir a educação pública laica e gratuita, porque sabe que este é o caminho mais garantido de criar, ou destruir, consciências – as mentes e corações que os vilões sempre tentam conquistar. Com a educação informal dos meios de comunicação eletrônicos de péssima qualidade, e alinhada ao imperialismo e colonialismo mental, e o cerco à educação formal de boa qualidade que pode furar aquela lavagem cerebral, como escapar dos planos maléficos do Dark Invader? Temos que enxergar o problema na sua amplitude se quisermos mesmo resolver ou contra-atacar. 

             

            Sampa/SP, 22/11/2018 – 20:38 (alterado às 21:05). 

      2. Entendo seu ponto, cara

        Entendo seu ponto, cara Cristiane, mas creio que se meios potencialmente orientados ao aprofundamento da civilidade podem também ser usados para idiotizar, as redes sociais como estão hoje são programas de computador formatados especificamente para a barbárie, estabelecimento e manutenção. O capitalismo é a manutenção da barbárie, do “ganha quem é mais forte”, em oposição aos marcos civilizatórios, às tentativas exclusivamente humanas de equalizar as desigualdades de tratamento e oportunidades desde o Hamurabi, e as redes sociais, pelo menos as de que estamos falando, são afinal apenas empresas privadas capitalistas. Assim como os chamados “jornalões” brasileiros, como você bem aponta, usando de “cacoetes e embalagens”. Um perigo…

        É impressionante ver a facilidade com que, no capitalismo, em especial em seus ciclos recessivos como o de agora, uma parte das pessoas deixa prá lá suas vocações, suas razões sociais, e passa a pensar apenas em ganhar dinheiro… É como se todo mundo de repente empobrecesse (ainda que mantida a ilusão de riqueza por poder comprar um carro SUV ou uma loja da franquia). Mas se o trabalho efetivamente realizado não diminui e, ao mesmo tempo ficamos mais carentes do que meninos que vendem bala nos semáforos – sentimo-nos pobres a ponto de fazermos qualquer coisa por dinheiro – para algum lugar o produto do trabalho, a riqueza está indo, não é? Basta olhar as poucas (e cada vez menos) e grandes (e cada vez maiores) fortunas para saber para onde está indo o produto do trabalho…

        Bem… ao mesmo tempo em que produzimos muito, graças também à automação do trabalho, mais pessoas não conseguem se beneficiar do próprio trabalho. Diferentemente do que dizem os especuladores e “cacoetes” bem embalados como von Mises, a verdade é dinheiro não dá em árvore (bastando ser esperto para colher). Uns anos a mais dessa bobageira e teremos um dinheiro mais aerado do que qualquer “soufllé”. Pelo menos, o dólar. Talvez a inflação não assumida do dólar seja um dos motivos dessa pobreza generalizada a que estamos assistindo… será?

        E se trazemos barbárie latente por sermos biologicamente animais, também temos potencial para a civilidade. Talvez a civilidade não seja natural mas tenha que ser construída pela realização de nossos potenciais. Assim, como você diz, pegar uma “carona andante” seja um prazer relacionado à realização desse nosso potencial para sermos humanos. A propósito foi um prazer pegar essa “carona andante”, ainda que não presencial e sim virtual, no seu texto, nos vídeos linkados, nas sua ideias. 🙂

         

        1. O chamado da mãe Terra

          Seu primeiro ponto, o de que as redes são algoritmos manipulados, concordo, mas acho que não podemos descartar a responsabilidade das pessoas que se deixam manipular – o processo é mais complicado que apenas divulgar uma mentira, é antes e mais importante criar ou tirar proveito d/o terreno psicológico para que a mentira ou indução sejam efetivos e duradouros. Temos que entender a necessidade e a propensão das pessoas a acreditar em algo que está latente em sua consciência e que elas revelam, inconscientemente, em suas expressões verbais ou físicas – o nível de adesão das pessoas às fake news depende de sua necessidade ou inclinação a acreditar no conteúdo que lhe é oferecido. Infelizmente, continuo achando que demonizarmos as redes sociais eletrônicas – das quais não nego os riscos e prejuízos à vida social e política – e romantizarmos a sociedade como o “bom selvagem” que foi transformado  em monstro pelas redes sociais vamos nos enganar à toa, e com risco sério de não sabermos confrontar suas ameaças: desnecessário dizer que na época das grandes ditaduras houve a manipulação dos meios de comunicação novos à época, e continua até hoje nesses mesmos meios, mas o que foi capaz de derrotar aqueles regimes e promover alguns avanços sociais e políticos no mundo? A mobilização das pessoas ao vivo, em outras redes e formas de luta, e mais importante, entendendo quais os afetos estavam em ação e precisavam ser (des)mobilizados. 

          Seu segundo ponto, concordo também. Mas sobre a produtividade, talvez a gente não pense o quanto a alienação da vida produtiva contribui para a alienação do que é feito com o fruto do trabalho e, finalmente, com a alienação da vida como um todo pois fora das telinhas a vida não é cor de rosa e estimula a evasão que as redes oferecem até como forma de ganhar dinheiro – o mundo é tão confuso que as pessoas acabam restringindo suas preocupações e ações para não se aborrecer com o que não gostam mas não podem mudar, e nisso se contentam com o que os bilionários oferecem no pão  e circo “estilo fast food” – o que são as redes sociais e as indústrias de smartphones senão o circo moderno para distrair as pessoas da vida real, de suas preocupações, de suas responsabilidades – é o sonho de hollywood ao alcance da mão literalmente, com câmeras profissionais que prometem fotos perfeitas… para uma vida precária. E nisso a questão ecológica também é fundamental, traz as pessoas de volta para sua realidade física presencial, para suas necessidades biológicas, para seu relógio biológico e social e para sua responsabilidade com suas escolhas. E sobre a questão da produtividade, já faz algum tempo que fui provocada, sem agir em correspondência, ao contrário, pela idéia de que o mundo precisa na verdade decrescer, produzir menos e distribuir melhor – o que é essencial para lidar com a questão ambiental do século XXI. E aí temos a provocação econômica que alguns lugares e através de pessoas, insuspeitos de socialismo ou comunismo, resolveram com a questão da renda básica de cidadania (nos termos do Suplicy), ou apenas renda básica (Basic Income). Se o mantra do desenvolvimentismo é produzir para gerar renda e essa renda não está sendo distribuída, imagine para onde está indo o excedente produzido? Tudo vira lixo, e o mundo já não tem mais lugar para tanto lixo. Entende o ciclo? Produzir menos para economizar recursos e diminuir produção de lixo, com a produção que já temos, reduzida a um terço (estou chutando mas acho que é perto disso), se redistribuirmos conforme as necessidades e erradicarmos a riqueza criminosa (bilionários e os 1%), o mundo terá seus problemas resolvidos! Rs, fácil dizer, e não se faz por que? Porque as pessoas no fundo não se acham merecedoras de uma vida digna, e se contentam com migalhas – não estou falando de luxo, mas de vida digna, comida saudável, lugar para morar, tempo livre, direito ao lazer e cultura, a desfrutar da natureza sem predatismo, a conviver com os outros em paz e com formas sadias de resolver seus conflitos. Há alguns anos, o mundo discutia a redução da jornada de trabalho para combater o desemprego, hoje as pessoas se oferecem para trabalhar por qualquer condição só para não ficar na miséria. O que há de errado conosco? 

          Espero que essa carona não tenha sido enfadonha – sei que sou chata, amigos e inimigos disseram então deve ser verdade, rs. Mas suas idéias provocaram, porque interessantes, a lembrança de idéias que eu tinha até esquecido da origem, como o decrescimento como alternativa política – fiquei assustada, ainda que a argumentação tenha sido inteligente, quando me deparei com o livro que falava do assunto, talvez porque à época tivesse o mesmo medo que acho que é o que nos paralisa ainda hoje. 

          Acho que foi “O desafio do decrescimento”, de Serge Latouche (obrigada, internet) que nunca li porque na época do browse na livraria não comprei, e dele havia esquecido até agora, rs. Achei uma entrevista dele (http://www.ihu.unisinos.br/185-noticias/noticias-2016/558178-decrescimento-feliz-entrevista-com-serge-latouche), espero que seja interessante. 

          A gente se encontra por aí, nas esquinas do clube GGN, rs. 

           

          Sampa/SP, 21/11/2018 – 21:32 (alterado às 21:38 e 22:05). 

    2. Diagnóstico perfeito
       

      Razão, inteligência, habilidade para o debate e a reflexão e a liberdade.

      Enquanto nas “midias sociais” os progressistas não resistiriam mais que um minuto de comentários (a não ser para rir, se escandalizar e enfim, sairem enojados), os frequentadores dessas mídias não são capazes de uma linha inteira de diálogo inteligente.

      É justamente esse desnível gritante que elegeu o coiso. O nivel de compreensão e socialização do eleito é completamente compatível com o de seus eleitores.

       


    3. Civilidade demanda razão,

      Civilidade demanda razão, inteligência, debate, reflexão e liberdade¹ enquanto a barbárie precisa do impulsivo, do animalesco (brontossauros), da alienação, da manipulação. O que as redes sociais oferecem casa direitinho com o que barbárie necessita e não com o que a civilidade precisa.”

       

      Esse comentário me lembra Eça em uma de suas crônicas, em que afirmava que, enquanto o romano entre estatuas, afrescos e jardins geometricamente polidos tinha certeza de sua entronização na história dos homens, o gaulês estava à porta para a queda do império…

      A própria auto-entronização é demonstrada aqui pela incapacidade de se ater às nuances do contexto, num vício que já custou e ainda custará muito caro à esquerda – o (be)letrismo na tentativa de parar Asterix e a poção mágica de Tragicomix à porta da razão ocidental decadente…

  30. #

    Esse reinado de animais pré-históricos promete ser tenebroso. O “garoto”- denominação dada por Bolsonaro pai ao filho deputado federal – disse que pode fechar o STF, mandando apenas dois militares de baixa patente para executar a ordem. Isso simplesmente significaria a implantação de um governo fascista e totalitário, sem a menor possibilidade de ser questionado por quem quer que seja.

    Depois, o “garoto” disse que pode mandar prender cem mil sem-terra, “sem qualquer problema”.

    Presumo que esse número de cem mil ele deve ter extraído de algum levantamento sobre a população sem-terra. Presumo também que nesse número estejam incluídas as crianças. Resta saber se já mandaram construir os campos de concentração para encarcerar as dezenas de milhares de crianças.

    Com exceção da Guatemala, esse “gigante” da América Central, o Brasil, segundo as declarações do brontossauro eleito presidente, será o único país no mundo a embarcar na insana e irresponsável ideia dos EUA, de transferir a embaixada em Israel, de Tel Aviv para Jerusalém. Uma afronta ao mundo árabe que, não reconhece Jerusalém como território israelense.

    Isso fatalmente trará boicotes econômicos por parte dos países simpáticos à Palestina e, possíveis atentados terroristas nestas terras tupiniquins governadas por figuras pré-históricas e, portanto, totalmente sem noção.

    O brontossauro pai, presidente eleito com maioria de dez milhões de eleitores – num país de mais de duzentas milhões de pessoas – que vive dizendo que não admite o “viés ideológico” nas ações e programas de governo, numa estrambelhada declaração em que promete revogar as regras de um acordo bilateral firmado entre Brasil e Cuba, coloca o nosso precário país numa situação de caos sanitário.

    Por pura ideologia política em suas declarações, deixará o País com oito mil médicos a menos, em lugares onde a população é totalmente dependente do serviço de saúde pública, ou seja, não haverá outros médicos para substituir os cubanos.

    Com exceção dos eleitores mais ignorantes do brontossauro eleito, até as paredes sabem que o único motivo de existir o Programa Mais Médicos se deve ao fato de que os médicos brasileiros se negam a trabalhar em lugares onde se suja os pés no barro das ruas.

    Portanto, esse edital que o atual governo abriu às pressas para contratar novos médicos para atender nos locais que os cubanos atendiam, não passa de um balão de ensaio, só pra encher linguiça.

    O País caminha a passos largos para o caos na Saúde, a curtíssimo prazo.

    O pré-histórico animal eleito presidente, que quer acabar com os direitos trabalhistas dos brasileiros, “está preocupado” com os direitos trabalhistas dos cubanos.

    O infame presidente eleito, que em 2016 apresentou projeto de lei para proibir os familiares dos médicos cubanos de trabalharem no Brasil, agora diz que considera desumano os cubanos ficarem longe de suas famílias.

    A partir de 1º de janeiro teremos no poder um ser dissimulado, mentiroso, irresponsável, e pior, fascista de extrema direita.

     

  31. Creio que há um erro no

    Creio que há um erro no diagnóstico do caso Ghosn.

    O Japão não pode ser incluído nesta sanha punitivista pelo simples motivo que é característica do povo japonês viver de aparências.

    A “aparência” faz parte da “essência” na sociedade japonesa, então, a descoberta de um grave caso de corrupção pode tanto ser encoberto para não se passar vergonha ou, quando exposto, tem que ser EXEMPLARMENTE PUNIDO.

    Não há meio termo: esconde-se ou pune-se muito.

    No caso, alguém escolheu a grande punição ou foi impossível esconder.

     

  32. O estado de precariedade permanente.

    O que o jornalista diagnostica com alguma precisão são sintomas, não as causas do que passamos.

    A impressão de dissociação da realidade, de despertencimento que vivemos, enfim, de extrema volatidade institucional ao redor do planeta são efeitos da erosão do capitalismo industrial como meio de organização social e econômica, e por consequência, da erosão de todas essas formas de sociabilidade construídas pelo capital, principalmente as conhecidas como Estado Nacional, leis, soberania, tributos, etc.

    Se antes parecia ser possível conjugar as formas de representação democrática dentro dos esquemas de sociabilidade do capitalismo industrial, com a sua superação para uma forma predominantemente financeira de acumulação, essas formas conhecidas não só ficaram obsoletas, mas são obstáculos a consecução principal desse novo sistema:

    – gerar dinheiro a partir do dinheiro, onde a única racionalidade possível passa a ser a (i)rracionalidade da voracidade dos conglomerados financeiros que disputam cada centavo ao redor do planeta, disponíveis em uma imensa rede virtual de alavancagem.

    A bem da verdade, a conflituosa convivência dos modelos de representação dentro da ordem capitalista mundial sempre recorreu a saídas autoritárias, mormente nas periferias do capital, e fechados esses ciclos, havendo necessidade de descompressão social, retornavam os modelos de representação, sem que isso, obviamente, conferisse a tais ciclos uma alternância de controle do Estado pelas classes excluídas.

    Notem bem a sutil, porém importante mudança de cenário:

    – Antes, a instalação de governos autoritários era resultado, via de regra, de tomada hostil das instituições, com intervenção armada e violenta dos setores militares.

    Nos últimos tempos, a ruptura institucional clássica (conspiração civil-militar e golpes) evoluiu para alternativas híbridas, movidas a interação digital (as primaveras), lawfare, disseminação do medo (agenda central das guerras ao terror, ao tráfico, etc), desconstrução da representação política, etc.

    Todos esses fenômenos são transnacionais, como são transnacionais as estruturas capitalistas de acumulação, avessas a qualquer forma de regulação e soberania nacional.

    Assim como bilhões de pessoas parecem ter abdicado de sua privacidade para se conectar, que se submetam a protocolos que sugam dados e informações pessoais para megas bancos de dados privados, desprezando formas “arcaicas” de interação social pela rapidez e fluidez digitais, modelos autoritários se impõem não como uma alternativa intersecção a realidade, mas antes como escolha “voluntária” dos para-cidadãos.

    Se tudo pode ser resumido a um clique, ou a um “like”, nada mais compreensível que as formas de representação sejam decorrentes das opções mais simplórias e reativas possíveis, porque pragmaticamente o eleitor reconhece que não tem sentido eleger gestões que irão problematizar a realidade, buscando alguma densidade, quando tudo está permanentemente  (e aparentemente) em movimento veloz.

    Esse traço não é novidade histórica. Houve antes regimes que reificavam os mais baixos instintos humanos como resposta a liquefação da realidade, quando da transição de modelos de organização social e econômica ou realinhamento dentro desses modelos (como entre a primeira e a sexta década do século XX).

    A novidade é o (novo) contexto onde a primarização dos afetos e jeitos de sociabilidade agora estão inseridos.

    Não só as chamadas democracias serão abduzidas, mas as próprias ditaduras serão diferentes, o que não significam que serão melhores, ao contrário.

    Aguardemos.

     

    1. Xadrez do reinado dos brontosauros

      -> Assim como bilhões de pessoas parecem ter abdicado de sua privacidade para se conectar, que se submetam a protocolos que sugam dados e informações pessoais para megas bancos de dados privados, desprezando formas “arcaicas” de interação social pela rapidez e fluidez digitais, modelos autoritários se impõem não como uma alternativa intersecção a realidade, mas antes como escolha “voluntária” dos para-cidadãos.

      por anos, décadas seguidas, a Globo foi colocada num pedestal, como o grande satã midiático se apossando da alma da população, para assim teleguiar o voto e a opinião pública.

      qual a influência da TV nas Eleições de 2018? residual.

      qual a compreensão e domínio apresentados pela Esquerda quanto aos atuais meios de comunicação de massa, como o decisivo WhatsApp Bolsonariano? calça arriada.

      mas não só isto. as fake-news só podem se proliferar num propício ambiente de pós-verdade, num mar de bolhas de isolamento. quanto mais conectados, maior também o isolamento.

      nenhum povo cai no conto do vigário das fake-news caso esteja envolvido em alguma luta concreta por melhores condições de vida.

      a vacina e o antídoto é sempre a luta.

      repito: a interdição da crítica promovida pelo Lulismo gerou as condições acríticas necessárias para a ascensão de Bolsonaro.

      o pilar fundamental da política de conciliação de classes levada a cabo pelo Lulismo se ergueu a partir da despolitização. sem ela haveria crítica. havendo crítica seria inviável a conciliação, pois o estreito limite e curto horizonte estariam expostos.

      até agora a Esquerda Lulista está nocauteada, beijando a lona. e dá provas de que assim irá ficar por uma boa eternidade.

      queria tanto as eleições. as eleições vieram. mas ficaram longe demais. Lula vai apodrecer na prisão, amaldiçoando suas palavras naquele último comício: “Eu acredito na justiça!”.

      os paradigmas mudaram, mas a quase totalidade de nós insiste em se manter fiel a um passado que há muito não cessa de nos trair.

      o modo de governar se aperfeiçoou: “O Facebook é seguramente menos o modelo de uma nova forma de governo do que a sua realidade já em ação.”

      a Índia implementa o cadastramento biométrico de sua população, incluindo impressão digital, leitura de íris e reconhecimento facial. ter seus dados no Aadhaar é condição para o recebimento do Bolsa-Família local (Direct Benefit Transfer), assim como diversos outros serviços.

      com o Sistema de Crédito Social, a China torna presente a distopia do Black Mirror. mas contra todas as evidências, os órfãos e viúvas do Lulismo ainda por cima escrevem coisas tais como: “A China está construindo um mundo desenvolvido, inclusivo e de paz.”

      quem não tem um correto diagnóstico da crise, sempre será atropelado pela conjuntura.

      quase um mês após a vitória de Bolsonaro, onde está a avaliação, o balanço, a crítica? nada mudou. os brontossauros continuam reinando na Esquerda.

      .

      1. Ambiguidade

        Com a expressão “a interdição da crítica promovida pelo Lulismo”, você quer dizer que a crítica promovida pelo Lulismo foi interditada? Se positivo, por quem?

        Ou você tá querendo dizer que o Lulismo promoveu a interdição da crítica?

      2. Telegramas de Pasárgada.

        Caro amigo, concordamos no atacado, mas no varejo persistem as discordâncias:

        – Não, o processo de adesão a liquefação digital não é novidade histórica, ele se dá nos mesmos moldes (mas com sintomas diferentes, pelo aspecto tecnológico, óbvio) daquilo que Marx descrevia como alienação das classes trabalhadoras com fetichização do valor (produto do próprio trabalho) dentro do edifício de controle ideológico (escola, judiciário, mídias, etc);

        – De tempos em tempo passamos por esse mesmo processo;

        – Não…não…não…colocar a conta da fatura no Lulismo não resolve (tudo), porque falta dimensão e perspectiva global do fenômeno, ou seja, o mundo todo tem passado por isso, e não me consta que o lulismo seja um evento mundial;

        – Por outro lado, colocar o lulismo como escolha despolitizante é, ao mesmo tempo, subtrair seu valor histórico, e menosprezar o sentido da escolha que se fez pelo lulismo, algo como a direita nos acusa de ter “comprado” votos com Bolsa Família;

        – O sentido despolitzante do lulismo não é sua política em si, que sempre foi clara a maioria, e que por esse motivo essa maioria aderiu: ter um capitalismo tropical de inclusão pela ampliação do consumo de massas e semi-redistributivista (tardia);

        – Esse pacto foi declarado em 2002 e aceito pela maioria da população! Foi uma escolha, portanto, política!

        – O efeito despolitizador foi não dizer a todos que isso nunca bastaria!

        Ao mesmo tempo, os beneficiários desse modelo precário queriam acreditar que seria possível manter conquistas (ainda quie pequenas) nesse lado periférico do mapa capitalista global!

        Então, caro amigo, não podemos vitimizar um lado (o eleitor ou a esquerda)…se o lulismo trazia uma proposta com data de validade, a maioria fingiu acreditar que tal validade era interminável!

        Nada havia que impedisse a disputa política dentro desse ambiente, ou seja, o lulismo não interditou nada!

        Ao contrário, porque se tivesse interditado (ou tentado interditar) o que era necessário (o poder da mídia, das corporações judiciais, da direita digital, etc), talvez estivéssemos até melhores que estamos.

        O problema do lulismo é o problema de toda (ou boa parte) da esquerda:

        Esquecemos que o que nos reifica é a luta anticapitalista. Sem esse viés, nem faz sentido reivindicar “ser de esquerda”!

        Outro ponto que discordamos concordando:

        Sim, as novas tecnologias introduzem novas formas de dominação, mas o que interessa mesmo é saber antes se temos os mesmos os dominadores e os mesmos dominados!

        E pior: a cada reivinvenção capitalista, a cada inovação tecnológica, voltamos a estaca zero, porque as formas de sociabilização se tornam fluídas e não somos capazes de responder no tempo exato, até porque a agenda não é nossa!

        Isso não é um problema só do Lulismo.

        Assim como não é (APENAS) um problema de não entendimento das redes digitais…nada disso!

        O que persiste como adubo a adesão da manipulação ideológica, seja pelas ondas do rádio (no início do século XX), seja nas redes digitais do capitalismo 4.0 é a crença da maioria de que o capitalismo seja a última etapa de evolução da humanidade, e que portanto, não vale a pena arriscar a sua superação.

        O sucesso dessas manipulações e adesões em massa é difundir a crença que ruim com esse capitalismo, muito pior ficará sem ele!

        Verdadeiramente, não é só o Lulismo que prega essa crença! Quem está disposto a lutar (de verdade) pelo que diz acreditar?

        1. Xadrez do reinado dos brontosauros

          -> Nada havia que impedisse a disputa política dentro desse ambiente, ou seja, o lulismo não interditou nada!

          -> O problema do lulismo é o problema de toda (ou boa parte) da esquerda:

          -> Isso não é um problema só do Lulismo.

          -> se o lulismo trazia uma proposta com data de validade, a maioria fingiu acreditar que tal validade era interminável!

          -> Verdadeiramente, não é só o Lulismo que prega essa crença! Quem está disposto a lutar (de verdade) pelo que diz acreditar?

          compreendo suas ponderações.

          qdo me refiro a Lulismo isto diz respeito não apenas ao PT e aqueles diretamente ligados a Lula, como a CUT, o MST, etc…

          é exato como vc afirma nos trechos que selecionei acima.

          ou seja: o Lulismo se tornou hegemônico na Esquerda, indo desde o PCdoB até o PSOL e mesmo o PCO. atingindo tb o MTST e todo uma gama de intelectuais, analistas políticos, artistas, etc…

          foi muito cômodo, e muito conveniente, quase todos se acomodarem durante os anos dourados dos governos Lula e parte do primeiro mandato de Dilma – até vir Junho de 2013 e colocar abaixo tudo aquilo que tão sólido aparentava ser.

          daí Junho de 2013 até hoje estar entalado na garganta, prevalecendo sobre ele a narrativa das “primaveras híbridas”.

          aqui mesmo neste GGN postei uma pesquisa sobre as manifestações no Irã (em 01-2018), com dados e fatos desmentido por completo serem obra da CIA (apesar de após serem desencadeadas a CIA, e o Mossad, procurarem influenciá-las).

          poderia ter feito o mesmo com as recentes manifestações na Nicarágua, estas de modo semelhante com causas profundas na insatisfação social autêntica, e justificada, da população.

          por exemplo, o trecho abaixo extraído de uma matéria postada hj neste GGN:

          -> A última linha de resistência será a eleição para as presidências da Câmara e do Senado. As duas casas parecem ser as únicas ainda capazes de segurar o ímpeto bolsonarista. Algo como as célebres batalhas de Verdun ou Stalingrado. (link)

          ao se comparar uma eleição para o covil de negociatas que é o parlamento brasileiro (mas sem nada a dever para a maior parte dos demais no mundo) com a heróica Batalha de Stalingrado, como reagiriam os 2 milhões de soldados que nela perderam suas vidas, ou parte de seus corpos?

          pois este mortos estão se levantando de suas tumbas para assombrar e exigir respeito daqueles que citam fatos históricos enfrentado com bravura, apenas para descabidamente justificar sua covardia, mediocridade e morte em vida.

          é principalmente a este tipo de absurdo, e desrespeito, que me refiro. totalmente sem noção. daí a derrota política fragorosa, de nada, ou muito pouco, valendo qualquer vitória eleitoral.

          por que derrota  política? porque esta Esquerda (que é a quase totalidade da Esquerda no Brasil) perdeu completamente sua capacidade de transformar as relações sociais, ou mesmo pensar e teorizar a respeito.

          esta Esquerda prefere tudo, até mesmo ser encarcerada até a morte, do que assumir uma postura anti-capitalista!

          peguemos o exemplo de Boulos, e o PSOL.

          a participação de Boulos no episódio de S. Bernardo, na rendição sem resistência de Lula, foi lamentável, e desnecessário. não por lá estar, isto foi correto. mas por não demarcar uma diferença qdo isto se fez necessário. ou seja: qdo Lula afirmou “acreditar na justiça” e anunciar sua entrega à PF.

          cabia a uma Esquerda não Lulista tanto apoiar concretamente a resistência de Lula, qto. se manifestar tb veementemente contra a decisão da capitulação voluntária.

          mas o que fez Boulos, e todos os demais lá presentes (com exceção do povo que se revoltou)? foram cúmplices!

          é mais cômodo… mais conveniente….

          qtas críticas foram publicadas, inclusive aqui neste GGN, a respeito da decisão de Lula (não apenas dele, é claro)?

          é neste sentido que o Lulismo, sim interditou a crítica. por uma repugnante conivência de quase todos com quase todos. uma rede de cumplicidades absolutamente vergonhosa e decisiva para as derrotas sofridas por todos nós.

          e não há qualquer perspectivas de mudança qto. a isto.

          é por esta, e muitas outras, que o Brasil precisa passar por Bolsonaro. como um desafio. ou superamos, ou nos ferramos.

          e vamos ainda nos ferrar, e muito.

          são duas as pedras fundamentais de uma outra Esquerda a se erguer no Brasil:

          – o exercício constante da auto-crítica;

          – o compromisso inexpugnável com a organização autônoma da população.

          sem isto, os brontossauros continuarão a reinar, tanto à Direita qto. à Esquerda.

          .

  33. Efeitos de uma sanha punitiva nas grandes economias

    O recente caso Nissan-Carlos Ghosn, que abalou os negócios internacionais nesta semana, poderá ter contornos ainda mais fortes. Como um dos grande acionistas da Renault, que detém participação significativa na japonesa Nissan, o governo francês deixou uma mensagem bem clara aos japoneses: não abrirá mão de participar das decisões acerca do futuro de Carlos Ghosn na montadora nipônica. 

    Como não poderia deixar de ser, em um curto espaço de tempo, o assunto adentrou nas salas do governo Abe, em Tóquio. O ministro de Economia da França, Bruno Le Maire, convocou uma reunião urgente em Paris, com o seu homológo japonês, Hiroshigue Seko, para tentar evitar que a questão se transforme em contornou mais altos entre os dois países, grandes convergentes na relação bilateral.

    A primeira manifestação do lado japonês da Nissan, cuja mensagem foi de feitio fortemente punitiva ao executivo Carlos Ghosn, não foi bem digerida tanto pela direção francesa da Renault, que conclama pela necessida de se decidir o assunto em reunião conjunta de acionistas, no âmbito do Conselho de Administração da Nissan, como pela outra montadora japonesa, Mitsubishi Motors, parceira no grupo “the Alliance”, alianca estratégica tripartite, cujo empreendimento bilionário e um dos mais importantes (se não a mais) na indústria automobilística mundial na atualidade é obra e responsabilidade do executivo brasileiro.

    https://bfmbusiness.bfmtv.com/entreprise/renault-engage-son-bras-de-fer-avec-nissan-1571633.html

    http://www.asahi.com/ajw/articles/AJ201811210015.html

    https://asia.nikkei.com/Business/Nissan-s-Ghosn-crisis/France-and-Japan-to-discuss-Renault-Nissan-s-future-Thursday

    https://www.alliance-2022.com/

     

     

    1. Houve um complô em Toquio com

      Houve um complô em Toquio com a finalidade clara de impedir um proximo passo naa liança entre Renault e Nissan, não há outra explicação logica. Veja-se bem um fato significativo, quem ENTREGOU Carlos Ghosn foi a direçõ japonesa da Nissan,

      não foi o Fisco japonês que teria todos os elementos para pegar uma sonegação desse porte e nunca viu nada de errado com Ghosn.

      Quem armou o alçapão para Ghosn foi o CEO japones que ele mesmo indicou, foi punhalada nas costas; Estava sozinho ou fazia parte de um complô muito maior? Japones em grandes firmas NÃO faz nada sozinho, atual sempre em grupo.

      Os pecados de Ghosn não são para destrui-lo, existem N  executivos pelo mundo das grandes corporações que abusam de beneficios, é mais uma regra do que uma exceção, salarios, bonus incriveis, jatinhos, mansões, vinhos caros, quem tem alguma familiaridade com esse mundo sabe disso, então os pecados de Ghosn são comuns e NUNCA justificariam esse golpe de mão.

  34. Duas ou três coisas

    Sobre Carlos Ghosn. Na França ele é tido como francês, raramente fazem alguma referência à origem brasileira filho de libaneses. E isso em um Pais com ideia fixa nas questões de origem (a primeira ou segunda pergunta que um francês faz “é de onde você vem”. Pergunta à qual por vez respondo o nome do bairro onde moro pra fazer graça com algo que acho terrivel). O caso das empresas francesas que pagam propina (os fraceses denominam candidamente de “pot-de-vin”), é quase um mito na França. O franceses acreditam, em boa parte, que o dito terceiro mundo é farto em corrupção, mas eles não. E nem suas empresas. Logo ha espanto com a situação de Gohsn no Japão. O espanto deveria ser em como essa questão esta sendo tratada pela justiça japonesa e esse atual momento da geopolitica. 

    Quanto as questões levantadas pelo Wilton Santos. Sempre achei estranha a forma como os brasileiros colocam nas redes sociais toda sua vida intima, de sua familia, dos filhos, crianças pequenas, onde moram, onde estudam, lazer etc. Eh mais do que na hora de pensarmos que nossos dados foram coletados pelos grandes motores da internet e que nos tornaremos em breve apenas algoritimos comandados pelos nossos “desejos e necessidades”, sem ao menos nos darmos conta que tudo o que fazemos no espaço cibernético nem sempre é feito por nos mesmos, mas por terceiros que nos ditam o que fazer, como pensar.  

    Quanto ao apurado comentario da Cristiane Vieira sobre as questões climaticas. Segundo analises de estudiosos do clima nas proximas três à quatro décadas a vida no planeta Terra tal qual concenhemos não sera mais possivel. Talvez não estajamos mais vivos, mas nossos filhos e netos sim. E quem os colocou no mundo tem obrigação de ser responsavel de qual planeta deixara para eles. Nessa questão esta envolvida também a guerra hibrida de ataques a paises que são peças centrais no futuro do planeta. E quem não sabe que o Brasil e os paises fronteiriços com a Amazônia vão sofrer desestabilizações e, sem soberania, terão que aceitar as cartas que os Paises do norte vão lhes ditar. O maior medo hoje na Europa são das promessas que Bolsonaro fez em relação a Amazônia. 

    1. As redes sociais, pelo visto

      As redes sociais, pelo visto , são as novas ”ondas hertezianas do mal”, penetrando os neurônios sob o  olhar desatento do pobre lumpen…

      Assim fica difícil competir com terraplanistas, araújos e bebedores de placentas…

  35. A questão ambiental é o

    A questão ambiental é o grande tema para a classe média alta e a opinião pública mais difusa. Mas na base da sociedade, além das questões sociais, emprego, renda, saúde, educação, habitação, etc., o tema do momento é a segurança. 

    Eu leciono para estudantes universitários de baixa renda em Goiânia. Nas minhas turmas, mais da metdade, cerca de 60% já foi assaltada e grande quantidade tem irmão ou parente proximo envolvido com drogas. Nos ultimos meses, um verdadeiro genocídio, assassinatos em série, vêm dizimando os homens jovens, familiares, desses alunos.

    Estamos no meio de uma guerra civil.

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