
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), terá que explicar hoje, à Justiça, o aumento da tarifa de ônibus de R$ 5. Em sua campanha eleitoral, em julho, ele prometeu que não subiria o preço da passagem do transporte público.
“Sou sempre a favor de manter a tarifa, o valor da tarifa é política pública de mobilidade e, por isso, mantenho a tarifa congelada. Eu não pretendo aumentar, não existe essa pretensão”, disse Nunes, em sabatina à Rádio Bandeirantes, em sua campanha eleitoral.
Há duas semanas, contudo, Nunes fez o anúncio de aumentar de R$ 4,40 para R$ 5 a partir do dia 6 de janeiro de 2025. Ele justificou que houve aumento dos custos operacionais. A decisão martelada na última semana motivou uma ação popular, movida por parlamentares da oposição.
Ao analisar a petição, o juiz Bruno Luiz Cassiolato, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), deu um prazo de 48 horas para Nunes explicar o aumento, que será de 13,6%. O limite para a resposta do prefeito termina hoje, 30 de dezembro.
Segundo o vereador de São Paulo, Celso Giannazi (PSOL), o deputado estadual, Carlos Giannazi (PSOL), e a deputada federal Luciene Cavalcante (PSOL), Ricardo Nunes está cometendo “estelionato eleitoral”.
“Nossa ação acusa Nunes de promover estelionato eleitoral, isto é, uma promessa de campanha falsa para angariar votos e também, de esvaziar e não divulgar a reunião do Conselho Municipal de Trânsito e Transporte, onde foi definido o aumento”, disse Carlos Giannazi, no X.
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