Em vez de exterminar empregos, inteligência artificial deve agregar valor na cadeia produtiva

Luis Fernandes, secretário executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, defende que a IA não deve ser vista como exterminadora de empregos

Crédito: Reprodução/ MCTI

O jornalista Luis Nassif conversou com Luis Fernandes, secretário executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, durante a 5ª Conferência de Ciência, Tecnologia e Inovação. Na entrevista, Fernandes destacou a interligação dos diversos setores que envolvem as iniciativas da pasta.

O foco foi organizado em torno dos quatro eixos da estratégia nacional de ciência, tecnologia e inovação. A reunião contou com a participação do setor empresarial, academia e sociedade civil, visando obter informações de ambos os lados para reformular a estratégia do governo para a área.

Um dos planos apresentados na conferência, fruto do trabalho do Ministério, é sobre a inteligência artificial, que pretende lançar o Brasil como um país dominante nessa nova tecnologia, ainda pouco explorada se comparada com o potencial do recurso.

Segundo Fernandes, a inteligência artificial apresenta riscos e oportunidades, assim como qualquer outra nova tecnologia. 

“Uma preocupação presente em todo o debate é o plano brasileiro da inteligência artificial iria potencializar as oportunidades que a tecnologia apresenta para o brasil e minimizar os impactos sociais negativos”, afirma o secretário. 

Porém, as oportunidades que podem ser criadas a partir desta inovação superam as aparentes ameaças. “Ao invés de ser um exterminador de empregos, ter políticas para que com a agregação de valor na cadeia produtiva que há dentro do brasil, ele possa ser gerador de empregos mais qualificados, que gera mais renda para os trabalhadores brasileiros”, continua.

Ao longo da entrevista, Luís Fernandes falou ainda sobre o papel dos institutos federais no processo de inovação do país, especialmente para criar conexões locais e contribuir para a qualificação da população em geral. 

Confira a entrevista exclusiva na íntegra:

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6 Comentários

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  1. Será a primeira vez, em toda história humana, que uma inovação tecnológica agregou valor sem acabar com emprego.

    Chance?

    Zero.

    A não ser que a proposta seja acabar com o capitalismo.

    Não creio ser essa a ideia.

  2. Realmente, o capitalismo visa lucro. É só você olhar o formato do padrão
    das demonstrações contabéis. Todos balanços são para apresentar lucro no final
    do exercício social da empresa. E o objetivo é apresentar resultados financeiros,
    econômicos. Então cortar salários e aumentar receitas são os objetivos matemáticos.
    Não há espaço na contabilidade para “preservação de emprego” não é o que ensinam
    para os administradores e empresários. Então qualquer coisa que se crie para
    diminuir despesas e aumentar lucro, será bem-vinda.

  3. Quer dizer que o(s) dono(s) de um escritório de advocacia, por exemplo, não vai(ão) dispensar profissionais contratados, que se tornarão supérfluos com a IA fazendo petições, recursos, exceções, etc? Me poupe.

  4. O economista (Nouriel Roubini) chega, por fim, à inteligência artificial. E o que ele vê é uma legião de desempregados, cuja qualificação é insuficiente para competir com sistemas automatizados, que já precisam lidar com um cenário de pressão inflacionária, redução do poder de compra, aumento da desigualdade. Naturalmente, haverá a necessidade de fortalecer políticas de bem-estar social, complicando ainda mais o cenário fiscal de muitos países, especialmente os emergentes e os dependentes de commodities importadas. Para qualquer direção que se vá, o ciclo da catástrofe se fecha, e a única certeza é de que o futuro não se parecerá em nada com o passado. https://exame.com/esg/nouriel-roubini-o-dr-catastrofe-e-o-dilema-da-nova-economia-crescer-ou-salvar-o-planeta/

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