A queda da indústria automobilística, por Luis Nassif

Do mesmo modo, o licenciamento de automóveis vem experimentando quedas até em relação a um ano atrás.

A indústria automobilística brasileira continua rolando montanha abaixo. No acumulado de 12 meses até abril de 2022, o licenciamento total foi de 1.440.386, contra 1.653.7634 de abril de 2021. A produção interna caiu de 1.728;710 para 1.619.774 no mesmo período.

O único crescimento foi o licenciamento de importados, que cresceu 30,57% em relação a abril do ano passado. O restante, foi queda constante. Os dados são mais assustadoras quando comparados com abril de 2015, início da crise brasileira. A produção caiu 31,63%; o licenciamento total caiu outros 45,35%.

A queda da produção foi expressiva, mesmo com um crescimento, ainda que modesto nas exportações, que voltaram aos níveis de 2020, com 316;604 veículos vendidos em 12 meses.

Todas as curvas de produção de automóveis apontam para baixo, desde a curva de quantidade até a variação em 3, 6 e 12 meses.

E as exportações, apesar da pequena melhoria, estão longe dos pivôs de 2018.

Do mesmo modo, o licenciamento de automóveis vem experimentando quedas até em relação a um ano atrás.

Nesse mercado sem ânimo, a liderança de janeiro a abril foi da Fiat, seguido da General Motor e da Hiunday.

Luis Nassif

3 Comentários

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  1. Vergonhoso é, em pleno 2022, Estados nacionais e governos locais continuarem a subsidiar uma indústria sem qualquer perspectiva de futuro e com data de validade como é o caso dos automóveis particulares movidos à combustível fóssil. Dentre todas as muitas péssimas notícias do governo Bolsonaro, ao menos a diminuição sustentada e constante do volume de automóveis fabricados e vendidos pelas multinacionais aqui no país é algo para a gente comemorar. Excelente notícia.

  2. Esse é apenas mais uma página dos resultados colhidos pelo País em função da postura diante das implicações que levariam ao seu crescimento. A multiplicação de oferta de crédito, permitiu facilidades durante um bom tempo. Mesmo com um panorama de juros como os praticados aqui. Em quê o Brasil alterou o contexto das relações econômicas que produzem o crescimento e o desenvolvimento de uma sociedade. O crescimento econômico não é uma ocorrência natural, ela é o resultado daquilo que foi feito para produzi-lo. Ainda que existam crises afetando esses e outros números, a dificuldade expressada por vários anos sem crescimento é do País. Daqui um pouco tudo vai passar, tudo voltará ao ” normal” brasileiro; não existe uma autocrítica que faça todos reagirem.

  3. Talvez o setor automobilístico tenha aprendido com os outros setores cartelizados e favorecidos pelo câmbio, que o melhor negócio é vender menos e cada vez mais caro.

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