Emprego melhora, rendimento cai, por Luis Nassif

O setor com mais relevância na qualidade do emprego, a Indústria Geral, mostrou queda de 9,4%.

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Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD-M) mostra a corrosão dos rendimentos de trabalho assalariado. A pesquisa sempre consolida os dados do trimestre anterior. No caso, a PNAD-M de fevereiro se refere ao período dez 2021-fev 2022.

As principais conclusões são as seguintes:

Queda continuada do rendimento médio

O rendimento total médio caiu 8,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Das 10 categorias analisadas, apenas 3 registraram alta.

Uma dela, Alojamentos e Alimentação, com alta de 5,8%. Registre-se que no período anterior, estava-se em plena pandemia, afetando especialmente esse setor.

Outra alta foi na Construção, com 4,5%. E Agricultura, alta de 0,4%.

O setor com mais relevância na qualidade do emprego, a Indústria Geral, mostrou queda de 9,4%.

Aumento na Força de Trabalho Ocupada

Em relação a 12 meses atrás, houve aumento de 9,1% na Força de Trabalho Ocupada e uma redução de 7,6%% na soma de Desocupados + Fora da Força.

Queda nos rendimentos médios de todos os trabalhos

A massa de rendimentos, na média de 12 meses, mostra a manutenção da tendência de queda.

Desalentados na força de trabalho

O gráfico mostra que, depois de um pico em meados de 2020, o índice voltou aos dados do início do governo Bolsonaro.

O indicador ficou em 23,5%. No período jan-mar 2015 o índice estava em 16,6%. Um ano depois estava em 18,6%. Em jan-mar 2017 o indicador já estava em 24,1%.

Desocupação + subocupação

Continua em níveis superiores aos encontrados por Bolsonaro.

Luis Nassif

3 Comentários

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  1. Eu não acredito nos ” dados oficias” de emprego do IBGE – se eles mostrarem que o desemprego aumentou o messias troca a Diretoria…simples assim.

  2. SE TIVESSEM FEITO MAIS UMAS REFORMAS TERÍAMOS CRIADOS UNS MIL EMPREGOS A MAIS(POR MINUTOS)E O CRESCIMENTO SERIA E V ULTRA MEGA GIGANTE SÓ Q DESCONDENARAM LULA E SÓ A CADA DESCONDENACÃO PERDEMOS UNS MILHÕES DE PONTOS NO PIB NEOLIBERAL GUEDIANO !!

  3. Nenhum dado pode ser considerado dentro de assimilações normais. Muitas influências procedentes do período afetado pela pandemia mundial, interferem nos números. Houve grande queda nos níveis de atividade em muitos setores, crescimento em outros, de forma que não dá para dimensionar o patamar de emprego e salário como sinalização de melhora ou piora de quadro. A estagnação da economia do País, essa sim, até pelo longo espaço de tempo em que vêm ocorrendo, pode ser considerada.
    Mesmo antes dos acontecimentos que cercam o momento atual, o Brasil já estava mal das pernas. A perda de importância da indústria na realização do PIB e consequente restrição na geração de postos de trabalho, também vem se repetindo há algum tempo. O que veio primeiro: a galinha ou o ovo? A deterioração do País na capacidade de geração de riqueza, de aumentar o volume do todo que resulta na riqueza em forma de renda a ser repartida pela sociedade, tem sido insuficiente. O empobrecimento do País, que se dá de maneira e em intensidade desigual , tem se aprofundado. Não é apenas o não crescer suficientemente, é crescer mal, sem qualidade de crescimento.
    A qualidade do País está ficando pra trás de outros. Não se cresce hoje, não se cresce amanhã. Sempre existirá alguma justificativa. Uma culpa ou um culpado para não se enfrentar os problemas. Se o País estava em melhor condição de 2014 pra trás, e nem dá pra dizer que estava tão bem assim, piorou.

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