O desastre das empresas de varejo, por Luis Nassif

Aparentemente, seu desempenho foi afetado pelas plataformas de vendas, especialmente o Mercado Livre e a Amazon.

Além das operadoras de saúde, um dos maiores desastres da B3 são as empresas de varejo.

As Americanas tiveram queda de 88,2% em relação ao pico de R$ 90.39, em 3 de março de 2021. Hoje o papel está cotado a R$ 10,64.

Lojas Renner experimentaram queda de 38,7% em relação ao pico de R$ 40,31, de 8 de junho de 2021.

A maior queda foi da Magazine Luiza, de 87,4%, em relação ao pico de R$ 26,24, de 9 de fevereiro de 2021.

A Via caiu 87,3% em relação ao pico de R$ 16,03, de 28 de junho de 2021.

Aparentemente, seu desempenho foi afetado pelas plataformas de vendas, especialmente o Mercado Livre e a Amazon.

O Mercado Livre desenvolveu um modelo de negócios com base em parceiros. Eles têm acesso aos algoritmos da plataforma e podem desenvolver seus próprios modelos de vendas.

Com isso, há uma redução significativa nos custos de comercialização e, mesmo, de armazenamento de produtos.

Luis Nassif

5 Comentários

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  1. Mais um resultado do antigo “capitalismo à brasileira”. Esquecem do pequeno detalhe de que para ter um mercado consumidor forte, as pessoas têm que ter emprego e renda. Os vinte, trinta por cento do topo se empanturram de milhões, bilhões e impedem até as migalhas de chegar ao resto. Dá nisso.

  2. Uma boa medida pra esse tipo de coisa não acontecer seria mudar de atitude em relação à concorrência. O valor das ações se recupera, o que importa é a empresa demonstrar estar sempre apta a defender seu espaço. A questão da renda em queda somada ao aperto orçamentário das pessoas é um fator não desprezível. A falta de se enquadrar no cenário e saber que faz parte dele é necessário, cada um precisa cuidar de sí mesmo encontrando saídas que não seja a de copiar o que nem sempre se enquadra a você. Ninguém é uma ilha, tudo afeta a todos direta ou indiretamente. O fato é que o Brasil precisa crescer e incluir, e para isso tem que encontrar um rumo.

  3. Parece mais uma lição que o capital nacional tem que aprender com o capital internacional quando ele se volta para a produção. O sistema do mercado livre monopoliza toda a comercialização e a produção e a redistribui, eliminando o comércio intermediário. Fecha as lojinhas as lojas e os lojões, despe os shopping centers e imobilizam o consumidor. O consumidor não tem acesso nem ao fabricante nem ao vendedor, somente o intermediário é quem negocia e tem os maiores lucros, de tal sorte que ele garante economicamente tanto o vendedor quanto o comprador, oferecendo crédito. O Magazine Luiza já percebeu isso, e se tiver juízo, vai agir do mesmo modo oferecendo crédito nas duas (talvez até já o venha fazendo), com a vantagem de manter as suas lojas abertas, eliminando assim, o maior inimigo que o mercado livre enfrenta, que é a impessoalidade. Se o Magazine Luiza mantiver a pessoalidade, isso é, um local onde o cliente possa ter contato físico com a empresa com a qual negocia, um atendimento de vendas e solução de pendências por telefone, como já o faz, e uma rede de colaboradores confiáveis, deverá vencer o Mercado Livre. É claro que se tivesse um sistema de entregas como tem o Mercado Livre, dependente totalmente dos correios, também funcionaria, mas isso pode ser resolvido com a manutenção das lojas de varejo.

  4. Vamos lá. Podem ficar aí apresentando esses gráficos bonitos e cheios de coisa. Mas a verdade é que quem compra nestes sites é doido ou candidato a ficar. Submarino e Americanas falham na entrega, livros vem faltando páginas (capítulos inteiros), eletrônicos com pequenos defeitos vendidos como novos. E a “sereia do bolo” é o tal do marketing place. Você compra algo lá mas na verdade está comprando de alguém do Paraguai, China ou do Kosovo. Moral da história se algo der errado tá ferrado. Já comprei nestes dois e está aqui meu relato. NUNCA MAIS…

  5. O consumidor on line é facilmente enganado por OFERTAS absurdas como o da tal escada de alumínio importada por míseros R$138,00 que jamais ser-lhe-á entregue. Compro da Amazon há mais de 20 anos, incluindo agora aqui do Brasil, e nunca tive qualquer prejuízo. A confiança se adquire com seriedade e honestidade junto ao cliente, coisa que no Brasil ainda é difícil de se achar no varejo on line.

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