Articulação da PEC de transição beneficia Lira

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.
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Como Lira tem forte influência sobre o ritmo de análise da proposta, o PT não pretende disputar o comando da Câmara

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

A movimentação do Partido dos Trabalhadores (PT) para aprovar a proposta de emenda à Constituição (PEC) da transição no Congresso Nacional ainda neste ano deu vantagem ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), figura do chamado centrão.

A votação da PEC e aprovação até dezembro é fundamental para o primeiro ano do governo eleito, encabeçado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Como Lira tem forte influência sobre o ritmo de análise da proposta, interlocutores indicaram a ele que o PT não pretende disputar o comando da Casa, informou a Folha de S. Paulo.

O PT não deve apresentar um candidato próprio na corrida contra o parlamentar e também ainda não há definição sobre quem o partido deve apoiar na disputa, que acontecerá em fevereiro, quando os deputados eleitos tomam posse.

Segundo a reportagem, os petistas também estariam elaborando uma lista de projetos que podem ser do interesse de Lira em troca de uma tramitação rápida da PEC da transição.

Ontem (3), a equipe de Lula teve um encontro com Lira. De acordo com relatos, o parlamentar afirmou que não aprovará “nenhuma pauta bomba” e buscará auxiliar o PT nas propostas prioritárias.

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Emendas de relator

Em meio ao cenário, alguns integrantes da cúpula do PT passaram a negar a ideia de acabar com as chamadas emendas de relator, a fim de “evitar ruídos desnecessários com o atual presidente da Câmara”.

Esse tipo de emenda já foi criticada por Lula, que prometeu acabar com o mecanismo, que é a ferramenta de influência de Lira na Casa.

Outras propostas

Em meio às discussões, a equipe Lula também avalia espaço no orçamento, por meio da PEC de transição, para conceder um aumento real do salário mínimo ainda mais elevado em 2023.

A ideia é que o valor do piso nacional chegue a R$ 1.319. Hoje, a proposta orçamentária para o ano que vem prevê um reajuste de 7,41%, passando dos atuais R$ 1.212 para R$ 1.302.

Vale ressaltar que a PEC de transição será necessária para garantir o auxílio de R$ 600 às famílias de baixa renda, como a garantir o funcionamento de serviços e obras públicas.

Leia também: Ministro nomeia Alckmin e oficializa início da transição de governo 

Ana Gabriela Sales

Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.

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