GGN pergunta: Senador Dário Berger (PMDB-SC) é a favor do impeachment

Jornal GGN – A equipe GGN perguntou a todos os 81 senadores o posicionamento de cada um sobre o impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. Além do voto “a favor” ou “contra”, a reportagem quis saber as razões que movem o posicionamento dos parlamentares. O senador disse que a sua “tendência” é votar a favor do processo, “para que o Brasil saia desta estagnação econômica e institucional”. O parlamentar acredita que ajudará o país a “voltar a caminhar para frente”, sem o “atual governo” que, na sua visão, “não tem mais forças para conduzir nosso país”.

Leia o posicionamento do senador Dário Berger (PMDB-SC):

1) Votará pela admissibilidade do processo de impeachment no Senado?
Eu já havia me pronunciado antes a favor da admissibilidade. Acredito que a votação na Câmara Federal, do processo de impeachment da presidente Dilma Roussef, deixou transparecer toda a insatisfação da sociedade brasileira com os rumos que foram tomados por esse Governo. Tanto no plenário, quanto nas ruas, ficou claro esse sentimento de mudança da nossa população e os parlamentares só representaram esse sentimento, através do seu voto e fazendo com que a responsabilidade possa seguir aqui no Senado Federal, onde está sendo analisado e será julgado de acordo com os trâmites legais e jurídicos desta Casa Legislativa.
2) Se aceito o processo, votará contra ou a favor do impeachment no Senado?
Como disse antes, a minha tendência é votar a favor do processo, para que o Brasil saia desta estagnação econômica e institucional.
3) Por quê?
Dentro da legalidade do processo, inclusive já ressaltado pelo próprio STF, o Brasil precisa voltar a caminhar para frente. Vamos ajudar nesse caminho acredito que o atual governo não tem mais forças para conduzir o nosso país. Mas tudo tem que ser feito passo a passo, respeitando a legalidade e o ritos do estado de Direito.
Acompanhe no infográfico do GGN o voto a voto dos senadores, nessa primeira etapa, quando o plenário decide se aprova a proposta.

 

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

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  • O atual governo naõ tem força

    O atual governo naõ tem força porque vocês o minaram. Aqui em Florianópolis sabemos bem quem é o Sr. Dário Berger. Aliás, como ficou o caso Andrea Bocelli e a árvore de Natal milionária de 2009, aqui em Florianópolis?

  • Ao "GGN pergunta"
    Três sugestões:

    1 - incluir na consolidação/tabulação dos votos as informações sobre o retorno dos senadores: dia/hora da solicitação e dia/hora da resposta (entendendo que esta consulta foi feita por meio eletrônico/por escrito) (*);

    2 - Aos que responderem a favor do impedimento, replicar com a pergunta do comentarista alexis (aplicar o mesmo procedimento em 1);

    3 - Tão logo a "linha de corte" seja atingida (30%?), divulgar o quadro no estado em que se encontra. Caso não se alcance o mínimo de respostas, divulgar 02 dias antes da votação da comissão de admissibilidade.

    (*) Para os senadores da comissão é aceitável, ainda que questionável, receber um posicionamento antecipado, pois sem ouvir a defesa configura juízo estritamente político.

    Para os demais, idem e muito mais grave pois que não houve ainda admissibilidade e em havendo, não aconteceram as investigações e ampla defesa.

    Mesmo vislumbrando um jogo já jogado, o registro cronológico pode ser importante para análise posterior.

    Obrigado.

  • A voz das ruas e o clamor do

    A voz das ruas e o clamor do povo tem sido as razões de alguns golpistas para dizer sim ao impeachment. Como se os vermelhos não pertecessem ao Brasil. Vermelhos e não-vermelhos, afinal há uma enorme quantidade de brasileiros presos tão-só à quebra do regime democrático, e/ou ao fato de se tirar da Presidência uma mulher sem máculas, trocando-a por seres desprezíveis, arrolados em processos de crimes contra a ética, a probidade que exigem os cargos para os quais foram eleitos.

    Somente o povo esquecido, mas em número expressivo, reagindo nas ruas poderá dar um outro sentido a essa miséria que esses gansgsteres instauraram no País. 

  • O senador está sofismando

    O processo de impeachment refere-se exclusivamente à acusação de pedaladas fiscais. A “insatisfação da sociedade brasileira” não é argumento para o impedimento de Dilma.

    Outro ponto: o STF se pronunciou sobre o rito e não sobre o mérito da acusação. Usar o argumento da “legalidade” e do respeito aos “ritos do Estado de Direito” para destituir a presidente é sofismar deliberadamente, com intuito de confundir a população.

  • Mas que droga de julgador é

    Mas que droga de julgador é esse que condena por razões não expostas na denúncia? Seria o mesmo que condenar um motorista por acidente de trânsito porque o carro não era da marca GM, ou porque o motorista estava em atraso com as prestações.

    Farsa! 

  • Governo Temer

    O impeachment vai passar no Senado a não ser qu8e uma revolta popular se inicie, como parece que está acontecendo. O que ninguém fala é que o empresariado parou de investir de forma proposital no governo Dilma e agora está por trás do possível governo Temer. Só que aqueles que já começaram a entender que o programa Ponte para o Futuro afetará suas vidas vão reagir e eles são a maioria do país, trabalhadores,sem teto, sem terra, pensionistas,aposentados pequenos e médios agricultores, logo fico impresionada com a calma dos senadores que não pensam o que seus atos acarretarão.Eles serão responsáveis pelo que poderá acontecer no país..

  • Esse demagogo não tem

    Esse demagogo não tem condições de julgar quem quer que seja, faria melhor explicar ao menos parte das inúmeras irregularidades cometidas em suas gestões frente as prefeituras de São José e Florianópolis, especialmente as ligadas a Operação Moeda Verde da policia federal;  estranhamente o processo sofre atrasos em cima de atrasos, já ocorrendo a vergonhosa prescrição de irregularidades que beneficiaram elementos acusados como o então prefeito hoje infelizmente senador.

    Sobre a operação declarou na época a delegada Júlia Vergara, responsável pela investigação na PF:  “os 20 funcionários públicos citados no inquérito, inclusive o prefeito, um vereador e quatro secretários municipais de Florianópolis, formavam uma quadrilha de servidores associada para a prática de crimes contra a administração pública e contra o meio ambiente".

    fontes:

    http://dc.clicrbs.com.br/sc/noticias/noticia/2014/10/parte-dos-crimes-da-operacao-moeda-verde-prescrevem-na-justica-pela-demora-em-julgar-processo-4631364.html

    http://dc.clicrbs.com.br/sc/noticias/noticia/2014/12/oito-anos-depois-entenda-a-denuncia-do-ministerio-publico-federal-sobre-a-operacao-moeda-verde-em-florianopolis-4665010.html

    https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Opera%C3%A7%C3%A3o_Moeda_Verde

    http://moedaverde.blogspot.com.br/2007/05/resumo-moeda-verde-3105.html

    http://deolhonacapital.blogspot.com.br/2009/01/irregularidades-no-mercado.html

    Que explique também outras bandalheiras como a contratação irregular e milionária de certa árvore de natal, coisa já condenada, contratação e pagamento de show do cantor italiano Andrea Bocelli que nunca ocorreu, sem falar da especulação imobiliária patrocinada, etc.,etc.

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