Governo Temer fecha eleição da Câmara na quarta, e Cunha terá recurso julgado

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – O governo do presidente interino Michel Temer (PMDB) conseguiu chegar a um acordo com os principais partidos que querem entrar na disputa pela presidência da Câmara e agendou a eleição, junto com Waldir Maranhão (PMBD), para quarta (13). Antes, havia uma disputa se a votação ocorreria nesta terça ou na quinta.

Acontecendo na quarta, a eleição da presidência complica um pouco a situação de Eduardo Cunha (PMDB). O ex-presidente da Câmara esperava que a eleição em plenário ocorresse na terça, no mesmo dia em que estava marcada a sessão da Comissão de Constituição e Justiça para analisar o recurso que pede que o processo de cassação volte ao Conselho de Ética.

A ideia era suspender essa sessão, já que os trabalhos em plenário impossibilitam debates nas comissões especiais da Casa. Como a eleição da Câmara deve ocorrer na quarta-feira às 19h, a CCJ terá dois dias livres (terça e a tarde de quarta) para julgar o recurso de Cunha. Com isso, o destino do deputado pode ser votado em plenário já no início de agosto, após o recesso parlamentar.

É este período de sobrevida que Cunha terá, segundo a visão do Planalto. Mesmo seus aliados consideram ser muito difícil que o deputado consiga salvar o mandato em votação no plenário.

Por isso, Cunha tentará uma última cartada, que é emplacar um novo presidente da Câmara que seja seu aliado. O nome preferido do deputado recebeu a benção do governo interino: é Rogério Rosso, do PSD, partido que integra o chamado “centrão” – formado ainda por PP, PTB, PR e outros menores. Rosso foi o presidente da comissão do impeachment de Dilma Rousseff (PT), afastada pelo Senado em maio.

Mas a disputa pela presidência da Câmara evidencia um racha na base governista. Há pelo menos outros três nomes que ofereceriam boa concorrência a Rosso, além de Rodrigo Maia (DEM), que costura um acordo com o PT e demais partidos de esquerda para frear a eleição de um candidato apadrinhado por Cunha.

Pode ser que o PSDB lance, ainda, Antonio Imbassahy. O partido presidido por Aécio Neves, segundo informações do Painel da Folha desta segunda (11), tenderia a deixar a disputa de lado nessa eleição para um mandato tampão caso Temer e o PMDB prometa apoiar um candidato do DEM ou PSDB para a eleição de 2017.

 

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

2 Comentários

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  1. Não compreendo como é

    Não compreendo como é possível o PT querer se aliar a um bandido como esse rodrigo Maia, que ao longo de sua estada no Congresso outra coisa não tem feito, desde de sempre, em especial durante o julgamento do mensalão, detonar contra os petistas, com a mesma virulência dos tucanos.

    Se o PT fizer esse acordo, espúrio, nojento, eu mudarei toda a minha impressão que ainda procuro ter, favorável, a esse partido.

     

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