Mudança em projeto anticorrupção alerta procuradores e Lava Jato

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Jornal GGN – A notícia de que parlamentares pretendem “afrouxar” o projeto de 10 Medidas Contra a Corrupção preocupou integrantes do Ministério Público Federal (MPF) e da força-tarefa da Operação Lava Jato. Em resposta, o relator do pacote, Onys Lorenzoni (DEM-RS) amenizou as suspeitas, afirmando que irá defender a criminalização do caixa dois, “nos termo da Procuradoria”.
 
Parlamentares da Comissão Especial, que até agora defendiam o andamento do pacote, sentiram que os impactos das 10 Medidas pode prejudicar financiamentos de campanhas e decidiram que tentarão promover mudanças em, pelo menos, quatro pontos centrais do projeto.
 
Publicamente, por outro lado, a intenção é de manter o discurso de confiança dos políticos, com uma movimentação oposta nos bastidores. A informação foi divulgada pelo Estado de S. Paulo, que acompanhou um alerta vermelho nos procuradores da Lava Jato.
 
Não à toa, o relator do DEM adiantou-se em defender a criminalização de caixa dois no projeto, conforme a proposta dos procuradores, assim como acabar com a prescrição de crimes de corrupção, informou o Painel.
 
Junto com o MPF, a equipe de Sérgio Moro apoia-se no clamor da população, causado pelas fases a Lava Jato, e no trabalho da imprensa para pressionar o Congresso, admitiu em reportagem o próprio Estadão.
 
Mas o jornal foi além: adiantou que “não está descartado, em caso de mudanças que desfigurem as medidas, uma posição mais incisiva da Lava Jato e do Ministério Público Federal”.
 
Autores do projeto, a manifestação e interferência do MPF e de setores da Justiça no andamento do projeto será mais presente, indica a imprensa. “Estamos, sim, atentos para que possíveis modificações não extravasem o espirito e a finalidade das leis propostas”, disse o procurador Diogo Castor de Mattos, um dos integrantes da força-tarefa.
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

7 Comentários

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  1. Essas “10 medidas” não são do

    Essas “10 medidas” não são do MPF. É cópia fiel do Direito Americano repassada a Moro. Alguém tem dúvida?

  2. A função do congresso é essa
    A função do congresso é essa mesmo. Alterar proposta de lei faz parte das funcoes parlamentares. O que a República de Curitiba quis dizer com posição mais incisiva. Vao dar um golpe explícito e eliminar o congresso, criando sua versão de democracia só com mpf.

  3. Uè?
    Vocês continuam lendo o

    Uè?

    Vocês continuam lendo o estadinho. Tanto faz como tanto fez, eles querem é lucrar.

    Eles estão de olho e vão fazer o que? 

    Bando de playboy.

  4. Goste-se ou não, o Poder

    Goste-se ou não, o Poder Legislativo é a única instância responsável pela aprovação de Leis. Propostas são só isso: propostas. Se de iniciativa popular ou de qualquer outro agente previsto na CF, isso é de menos; não subtrai do Congresso a última palavra. 

    Se os rapazes do MP querem fazer valer sua visões, que então trabalhem! Gestionem junto aos parlamentares para convencê-los da justeza do arrolado no ante-projeto. 

    Ainda somos a República Federativa do Brasil,  e não a República da Lava a Jato, de Curiitiba, do Ministério Público, ou do que diabo for. 

  5. ABAIXO DA CINTURA

    Quer dizer que o Aloysio bate na própria mulher?

     

    Alguém já pensou em DELAÇÃO ESPONTÂNEA?

     

    Quem vai fechar os arquivos?

  6. Emenda

    Algum parlamentar honesto poderia apresentar uma emenda ao projeto, classificando como crime de corrupção o uso de cargo público – e dinheiro público – para a obtenção de objetivos pessoais, políticos ou não. Não incluiria entre as penas o fuzilamento, porque sou contra o derramamento de sangue. Mas pensaria em enforcar certos justiceiros que, na verdade, não passam de quadrilheiros.

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