Jornal GGN – Na comunidade acadêmica internacional, as medidas adotadas por países contra o coronavírus já são separadas em dois blocos. Há cenários de mitigação da doença e outros que pedem decisões mais radicais, de supressão.
Com base em estudos estrangeiros, Folha de S. Paulo publicou reportagem nesta quinta (19) explicando que as medidas de mitigação visam “diminuir o avanço da pandemia, sem necessariamente detê-la”. A meta é “resguardar os sistemas de saúde”, reduzindo a pressão por atendimento, e também diminuir os riscos de exposição de pessoas em grupos de risco, principalmente idosos.
É neste contexto que governos sugerem quarentena para quem pode ter sido infectado, distanciamento social, redução de aglomerações públicas e outras ações que dependem da disposição da sociedade em cumprir.
Já no cenário de supressão, mais radical, o distanciamento social precisa envolver quase toda a população, a quarentena de todos os casos identificados é imperativa, os testes são feitos em massa, e há fechamento de escolas, universidades, comércios.
O diário citou especialistas que são contra ou a favor das medidas mais radicais de supressão, ponderando que elas têm impacto sobre a economia e dinâmica social do País e, por isso, dificilmente podem ser adotadas por muito tempo.
O brasileiro Paolo Zanotto, virologista da USP, pensa diferente: “Não quero saber de debate entre especialistas. O que me interessa são os fatos, e o que os fatos mostram é que só os países que impuseram distanciamento social e testaram maciçamente sua população, como a Coreia do Sul e Singapura, tiveram sucesso no combate à pandemia.”